O Papa Francisco pediu que neste fim de semana as igrejas fiquem "abertas por muito tempo" para que os fiéis se confessem na iniciativa "24 horas para o Senhor" que será realizada na sexta-feira, 29, e sábado, 30 de março.
Em sua saudação em italiano durante a Audiência Geral na quarta-feira, na Praça São Pedro, o Santo Padre lembrou que, "como todos os anos, na próxima sexta-feira e próximo sábado, nos encontraremos para a tradicional iniciativa: '24 horas para o Senhor'".
Depois de recordar que na sexta-feira, 29, irá celebrar uma liturgia penitencial na Basílica de São Pedro às 17h, o Pontífice manifestou que seria muito significativo que "nossas igrejas também, nesta ocasião especial, estejam abertas por muito tempo, para pedir a misericórdia de Deus e recebê-la no sacramento do perdão".
Por outro lado, o presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, Dom Rino Fisichella, disse que o tema desta edição é: "Nem eu te condeno".
O Arcebispo, que dirige o dicastério responsável por esta iniciativa que em 2019 chega a sua sexta edição, disse que este tema "significa que ninguém, diante do Senhor, encontrará um juiz, mas encontrará um Pai que o acolhe, o consola e indica o caminho para se renovar" nesta Quaresma.
Em entrevista concedida a Vatican News, explicou que a estrutura desse dia de conversão "é a mesma. Após o momento profundo de adoração Eucarística em silêncio, na oração, onde cada um pode encontrar-se consigo mesmo e pensar sobre sua própria vida, segue o sacramento da Confissão para que se possa experimentar em primeira pessoa a misericórdia de Deus".
O mundo, disse o Arcebispo, "sempre precisa de perdão, porque o perdão é o sinal do amor. Se não tivermos a dimensão do perdão, isso significaria que não haveria a dimensão do amor que nos permite entender que ninguém é perfeito. Todos sabem que precisam ser perdoados e assim converter-se em um instrumento de perdão para os outros. E esse perdão é o ápice do amor".
Depois de explicar que esta iniciativa será realizada em diferentes hospitais e prisões em todo o mundo, como Malásia, Austrália, México e Europa, Dom Fisichella indicou que "a misericórdia não conhece limites".
O Prelado advertiu que "ali onde esquecemos o sacramento da Confissão, também esquecemos um pouco nossa humanidade. Esquecemo-nos de nós mesmos”.
Isso, indicou, deve mudar para voltar a colocar a reconciliação no centro da Igreja e "tomar consciência de quem somos realmente e daquilo que está no meio da mensagem do Evangelho que chama a converter-se e acreditar: muda de vida e lembra que sempre estarás diante do amor de Deus".
O Arcebispo também informou que o Congresso Mundial da Misericórdia 2020 será realizado em Samoa, na Oceania, "em uma parte do mundo que nos permite indicar que a misericórdia é uma realidade que todos, a Igreja e o mundo, necessitamos"