O ARCEBISPO METROPOLITANO, DOM ORANI JOÃO TEMPESTA,
DEU INÍCIO AO PROCESSO DE BEATIFICAÇÃO DE ODETTE VIDAL DE OLIVEIRA (ODETINHA).
A PARTIR DESSE ATO JURÍDICO CANÔNICO, QUE INSTAUROU O TRIBUNAL QUE VAI
VERIFICAR A VIDA, AS VIRTUDES E A FAMA DE SANTIDADE DA CANDIDATA AOS ALTARES,
ODETINHA JÁ PODE SER CHAMADA DE SERVA DE DEUS.
Conforme as normas da Santa Sé, teve início a
cerimônia, na qual estavam presentes os Bispos auxiliares desta Arquidiocese, o
Bispo de Duque de Caxias, Dom Tarcísio Nascentes dos Santos, diversos membros
do clero, religiosas e autoridades civis. Dom Orani apresentou os membros
integrantes do Tribunal Eclesiástico que cuida da causa e, em seguida, o
notário atuário nomeado, Ronaldo Frigini, destacou que o ato jurídico canônico
aberto para a pesquisa sobre a vida, as virtudes e a fama de santidade de
Odetinha lembra a importância da santidade para a vida cristã. Ele também
explicou que esses estudos não são incomuns e nem mais raros no país, já que no
Brasil há cerca de 60 processos em andamento.
A ata com as nomeações e documentos apresentados foi lida e os membros nomeados para o Tribunal fizeram juramento sobre os Evangelhos, que são a verdade, para simbolizar seu comprometimento com a veracidade da pesquisa e investigação, ao longo do processo de beatificação. O chanceler da Cúria Metropolitana, Monsenhor Hélio Pacheco, afirmou a autenticidade do documento oficial da Arquidiocese.
A ata com as nomeações e documentos apresentados foi lida e os membros nomeados para o Tribunal fizeram juramento sobre os Evangelhos, que são a verdade, para simbolizar seu comprometimento com a veracidade da pesquisa e investigação, ao longo do processo de beatificação. O chanceler da Cúria Metropolitana, Monsenhor Hélio Pacheco, afirmou a autenticidade do documento oficial da Arquidiocese.
A Paróquia Nossa Senhora da Glória foi escolhida
para a abertura do processo canônico pela proximidade do local com a casa da
família de Odetinha e para destacar a importância que a família tem para a boa
formação cristã.
Ao ser iniciado o processo de
beatificação, Odetinha recebeu o título de Serva de Deus.
Hora dos testemunhos das graças alcançadas
Após o trabalho da equipe histórica, que fez o levantamento das informações referentes à vida de Odetinha, e com o ato canônico jurídico do Tribunal, a partir de agora tem início a pesquisa pelos testemunhos de graças alcançadas pelos fiéis devotos, de forma a verificar a vida, as virtudes e a fama de santidade da Serva de Deus.
Se for comprovado pela Congregação para a Causa dos Santos que a fama de santidade de Odetinha é autêntica pela vivência de atos heróicos em grau elevado, será necessária a comprovação médica e científica de milagre para a beatificação. Não há prazo para a conclusão do processo.
Nascida no bairro de Madureira, em 15 de setembro de 1930, era filha de Augusto Ferreira Cardoso e Alice Vidal, imigrantes portugueses vindos da região do Porto, ricos empresários do ramo de carnes que, ao longo da vida, estabeleceram fortes laços com a Igreja através de grandes doações e apoio. A garota, que estudou no colégio Sion, também morou com sua família nos bairros de Botafogo, Copacabana e Laranjeiras.
Sempre demonstrou profunda caridade para com os pobres e a busca da santidade de forma impressionante e extraordinária para uma criança tão nova.
Inserida de fato na causa de promoção dos mais carentes, gostava
muito de ajudá-los com obras concretas de misericórdia, e atividades
caritativas semanais (sua mãe fazia uma feijoada aos sábados para os pobres a
seu pedido e ela colocava seu avental e servia a todos alegremente).
Irradiou e inspirou uma imensa obra social, assumida com seriedade pelos seus pais, tornando-os grandes apóstolos da caridade por toda sua vida. Estes colaboraram efetivamente com muitos Institutos de Vida Religiosa, salvando alguns da falência, além do trabalho com as meninas órfãs (um pedido de Odetinha), até hoje administrado por religiosas e voluntários.
Irradiou e inspirou uma imensa obra social, assumida com seriedade pelos seus pais, tornando-os grandes apóstolos da caridade por toda sua vida. Estes colaboraram efetivamente com muitos Institutos de Vida Religiosa, salvando alguns da falência, além do trabalho com as meninas órfãs (um pedido de Odetinha), até hoje administrado por religiosas e voluntários.
Igreja Nossa Senhora da Glória, no Largo do Machado, no Rio de Janeiro |
Odetinha morreu aos 9 anos de meningite e febre tifoide, e desde então vem conquistando devotos. A autorização para o processo de beatificação de Odete Vidal foi dada em outubro pelo Vaticano.
Túmulo de Odetinha, no Cemitério São João Batista,
em
Botafogo Foto: Thiago Lontra / Extra
O túmulo de Odetinha passou a ser o mais visitado do
cemitério de São João Batista, no Rio.
Celebração na capela
do Cemitério São João Batista em homenagem a Odetinha:O túmulo tornou-se local
de peregrinação de devotos.
Os fiéis vão pedir graças à menina e deixam bilhetes, moedas e muitas flores.
Surpresa na abertura do túmulo
O teólogo Paolo Vilotta revelou que ao abrirem o túmulo da menina, localizado no Cemitério São João Batista, em Botafogo, as autoridades se surpreenderam com o estado de conservação dos restos do corpo de Odetinha, em comparação a outros. Outra curiosidade foi o fato de encontrarem uma grande quantidade de moedas depositadas no túmulo como pagamento dos devotos às graças atendidas por Odette desde a sua morte.
Igreja Nossa Senhora da Glória, no Largo do Machado, no Rio de Janeiro
|
A cerimônia de abertura do processo de canonização
ocorreu na Igreja Nossa Senhora da Glória, no Largo do Machado, no Rio de
Janeiro. A missa foi celebrada pelo arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta,
e contou com a presença de cerca de dois mil fiéis.
Hora dos testemunhos das graças alcançadas
Após o trabalho da equipe histórica, que fez o levantamento das informações referentes à vida de Odetinha, e com o ato canônico jurídico do Tribunal, a partir de agora tem início a pesquisa pelos testemunhos de graças alcançadas pelos fiéis devotos, de forma a verificar a vida, as virtudes e a fama de santidade da Serva de Deus.
Os restos mortais dela vão ficar em uma urna aberta à
visitação primeiro na paróquia Nossa Senhora da Glória, próxima da casa onde
Odetinha morou. Depois, vão para a Basílica da Imaculada Conceição, onde a
menina fez a primeira comunhão. Lá, o túmulo de Odetinha será reconstruído como
relíquia cristã.
ARQUIDIOCESE DE SÃO
SEBASTIÃO DO RIO DE JANEIRO