No dia 11 de fevereiro 52 fiéis receberam a Unção dos Enfermos na em nossa Paróquia de São Conrado.
No
ritual da unção dos enfermos, encontra-se a seguinte petição a Deus: “Por esta
santa unção e pela Sua infinita misericórdia, o Senhor venha em teu auxílio com
a graça dEspírito Santo, para que, liberto dos teus pecados, Ele te salve e, na
Sua misericórdia, alivie os teus sofrimentos”. Essa oração contém o objeto
central desse sacramento, ou seja, confere a ele uma graça especial, que une
mais intimamente o doente a Cristo.
Jesus
veio para revelar o amor de Deus. Frequentemente, faz isso nas áreas e situações em que nos
sentimos especialmente ameaçados em função da fragilidade de nossa vida, devido
a doenças, morte etc. Deus Pai quer que nos tornemos saudáveis no corpo e na alma,
e reconheçamos nisso a instauração do Seu Reino. Por vezes, só com a
experiência da enfermidade percebemos que precisamos do Senhor mais do que
tudo. Não temos vida, a não ser em Cristo. Por isso, os doentes e os pecadores
têm um especial instinto para perceber o que é essencial.
No
Antigo Testamento, o homem doente experimenta os seus limites e, ao mesmo
tempo, percebe que a doença está ligada misteriosamente ao pecado. Os profetas
intuíram que a enfermidade poderia ter também um valor redentor em relação aos
próprios pecados e aos dos outros. Assim, a doença era vivida diante de Deus,
do qual o homem implorava a cura. No Novo Testamento, eram os enfermos quem
procuravam a proximidade de Jesus, tentando “tocá-Lo, pois d’Ele saía uma força
que a todos curava” (Lc 6,19). A compaixão de Jesus Cristo pelos doentes e as
numerosas curas de enfermos são um claro sinal de que, com Ele, chegou o Reino
de Deus e a vitória sobre o pecado, o sofrimento e a morte. Com a Paixão e
Morte, o Senhor dá um novo sentido ao sofrimento, o qual, se for unido ao
d’Ele, pode ser meio de purificação e salvação para nós e para os outros.
A
Igreja, tendo recebido do Senhor a ordem de curar os enfermos, procura pôr isso
em prática com os cuidados para com os doentes, acompanhados da oração de
intercessão. Ela possui, sobretudo, um sacramento específico em favor dos
enfermos, instituído pelo próprio Cristo e atestado por São Tiago: «Quem está
doente, chame a si os presbíteros da Igreja e rezem por ele, depois de o ter
ungido com óleo no nome do Senhor» (Tg 5,14-15).
Dessa
forma, o sacramento da unção dos enfermos pode ser recebido pelo fiel que
começa a se sentir em perigo de morte por doença ou velhice. O mesmo fiel pode
recebê-lo também outras vezes se a doença se agravar ou, então, no caso doutra
enfermidade grave.