Com
o crescimento dos movimentos pro-LGBTetc, surge sempre a questão da
discriminação e da fobia com relação a pessoas. Por isso, vale sempre lembrar a
posição equilibrada da Igreja Católica a esse respeito.
São
condenáveis toda a violência, discriminação injusta e preconceito contra as
pessoas homossexuais. Deve-se defender sempre a caridade para com essas
pessoas. Mas isso não significa aprovação da prática homossexual.
“A
homossexualidade designa as relações entre homens ou mulheres, que experimentam
uma atração sexual exclusiva ou predominante para pessoas do mesmo sexo. Tem-se
revestido de formas muito variadas, através dos séculos e das culturas. A sua
gênese psíquica continua em grande parte por explicar. Apoiando-se na Sagrada
Escritura, que os apresenta como depravações graves (Cf. Gn 19, 1-29; Rm 1,
24-27; 1 Cor 6, 9-10; 1 Tm 1, 10) a Tradição sempre declarou que ‘os atos de
homossexualidade são intrinsecamente desordenados’ (Congregação da Doutrina da
Fé, Decl. Persona humana, 8). São contrários à lei natural, fecham o ato sexual
ao dom da vida, não procedem duma verdadeira complementaridade afetiva sexual,
não podem, em caso algum, ser aprovados” (Catecismo da Igreja Católica, n.
2357).
As
citações acima da Sagrada Escritura são muito graves: O livro do Gênesis 19,
1-29 narra como a maldade de Sodoma e Gomorra, onde se praticava esse pecado,
clamou ao céu, e lhes trouxe a destruição. São Paulo, na Epístola aos Romanos,
1, 24-27, condena abertamente esse pecado como sendo contra a natureza. Na 1ª
Epístola aos Coríntios 6, 9-10, o Apóstolo fala claramente que os efeminados,
os sodomitas... não terão parte no reino de Deus. E repete essa reprovação na
1ª Epístola a Timóteo,1, 10.
Mas
a Igreja ensina a compreensão para com essas pessoas, quando sofrem com essa
situação e não se vangloriam da prática do pecado.
“Um
número considerável de homens e de mulheres apresenta tendências homossexuais
profundamente radicadas. Esta propensão, objetivamente desordenada, constitui,
para a maior parte deles, uma provação. Devem ser acolhidos com respeito,
compaixão e delicadeza. Evitar-se-á, em relação a eles, qualquer sinal de
discriminação injusta. Estas pessoas são chamadas a realizar na sua vida a
vontade de Deus e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício da cruz do Senhor as
dificuldades que podem encontrar devido à sua condição” (Catecismo da Ig.
Católica, n. 2357). As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas
virtudes do autodomínio, educadoras da liberdade interior, e, às vezes, pelo
apoio duma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem
e devem aproximar-se, gradual e resolutamente, da perfeição cristã.
Tudo
fica resumido na célebre frase de Santo Agostinho: “Odiai o erro, amai os que
erram”. E a palavra do Salmo: “a verdade e o amor se encontrarão, a justiça e a
paz se abraçarão” (Sl 85,11).
Fonte:
Dom Fernando Arêas Rifan