Como
viveu Jesus? Qual sua atitude no momento da execução? Os evangelhos não se
detêm a analisar seus sentimentos. Simplesmente lembram que Jesus morreu como
havia vivido. Lucas, por exemplo, quis destacar a bondade de Jesus até o final,
sua proximidade aos que sofrem e sua capacidade de perdoar. De acordo com seu relato, Jesus morreu amando.
No
meio da multidão que observa a passagem dos condenados a caminho da cruz,
algumas mulheres se aproximam de Jesus chorando. Não podem vê-lo sofrer assim.
Jesus "volta-se para elas" e as olha com a mesma ternura com as havia
olhando sempre: "Não choreis por mim, chorai por vós e por vossos
filhos". Assim caminha Jesus para a
cruz: pensando mais naquelas pobres mães do que em seu próprio sofrimento.
Faltam
poucas horas para o final. Da cruz só se
ouvem os insultos de alguns e os gritos de dos justiçados. De repente, um deles
se dirige a Jesus; "lembra-te de mim". A resposta de Jesus é imediata:
"Ainda hoje estarás comigo no Paraíso". Ele sempre fez a mesma coisa:
suprimir medos, infundir confiança em deus, transmitir esperança. E continua
fazendo isso até o final.
O
momento de crucifixão é inesquecível. Enquanto os soldados o vão pregando no
madeiro, Jesus diz: "Pai perdoa-lhes, porque não sabem o que estão
fazendo". Assim é Jesus, assim viveu sempre: oferecendo aos pecadores o
perdão do Pai, mesmo que não o mereçam. De acordo com Lucas, Jesus morre
pedindo ao Pai que continue abençoando os que o crucificam, que continue
oferecendo seu amor, seu perdão e sua paz a todos, inclusive aos que o estão
matando.
DEUS
ESTÁ NA CRUZ, NÃO NOS ACUSANDO DE NOSSOS PECADOS, MAS OFERECENDO-NOS SEU PERDÃO.