Comprometamo-nos,
então, a viver os dias do Novo Ano com as mesmas atitudes de Nossa Senhora!
Primeiro,
uma atitude de fé: ela escutou a Palavra, ela creu de todo o coração. Foi
mulher totalmente aberta ao seu Senhor. Que neste tempo novo que hoje inicia,
saibamos, também nós, viver de fé; mesmo quando tudo parecer escuro, mesmo nos
dias difíceis, mesmos nos momentos de pranto e nossa inteligência não conseguir
compreender nem nossa vista conseguir enxergar os passos do Senhor.
Em
segundo lugar, uma atitude de disponibilidade à missão. Nossa Senhora não se
furtou ao convite do Senhor, não se acomodou numa vida centrada nos seus
próprios interesses: fez-se serva, fez-se disponível, fez-se ministra do plano
salvífico do Senhor em nosso favor. Do mesmo modo, saibamos nós discernir o que
o Senhor nos vai pedir e, sem medo, sem mesquinho fechamento, digamos-Lhe
“sim”, mesmo quando tal resposta for difícil e sofrida!
Mas,
tudo isso será impossível sem uma terceira atitude que devemos aprender da Mãe
de Deus: aquela de escuta silenciosa e contemplativa. O Evangelho nos dá conta
de que Maria “guardava todos esses fatos e meditava sobre eles em seu coração!”
Eis! A Virgem rezava, a Virgem pensava nos acontecimentos à luz de Deus, na
presença silenciosa do Senhor, procurando entender o sentido profundo do que
acontecia ao seu redor. Somente quem faz assim pode ver sempre Deus em todas as
coisas e em todas as circunstâncias...
Caríssimos,
certamente, haveremos de sorrir e chorar nestes dias do Novo Ano. Que lágrimas
e sorrisos, vitórias e derrotas, abraços e separações, sejam vividos na luz do
Senhor, do Menino que brilhou como Luz nas nossas trevas e que, Nele,
encontremos sempre a paz. Para tanto, em cada dia deste Novo pedaço de tempo a
que chamamos ano, valha-nos as preces da Toda Santa Mãe de Deus! Amém.