segunda-feira, junho 30, 2025

SOLENIDADE DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO











Numa única solenidade a Igreja celebra as suas duas colunas fundamentais. A primeira coluna é um pescador galileia, encarregado de presidir o colégio dos apóstolos e confirmar os irmãos da fé. A segunda coluna é um homem culto e de boa formação, que antes era um inimigo da fé e converteu-se num dos maiores missionários que a história conheceu. São colocados diante de nós dois exemplos de homens apaixonados por Jesus e que foram até os “confins do mundo” para anunciar seu amor: Pedro e Paulo.

Das palavras de S. Paulo na segunda leitura podemos recolher o resumo da vida desses dois santos que são indicações também para as nossas vidas: (1) Combater o bom combate e (2) Guardar a fé.

 

1. O cristão combate o bom combate

O Senhor nos chama, como chamou Pedro e Paulo, e nos dá também uma missão, uma vocação. E todos os chamados que Cristo nos faz, sejam eles quais forem, exigem combate, ou seja, é preciso esforço para vencer. A nossa maior vocação é à santidade, e ela exige muita luta!

Deus sabe de nossas fraquezas e conhece as fragilidades da nossa fé. Muitas vezes ouviremos de Jesus o que num momento de prova disse a Pedro: “homem de pouca fé, porque duvidastes?” (Mt 14, 31). Quando não, Ele irá atrás de nós, após termos lhe negado, como foi atrás de Pedro depois da ressurreição, e nos questionará: “Tu me amas?” (cf. Jo 21, 15).

Eles não esconderam as suas fraquezas: Pedro, de temperamento forte, é aquele que negou o Senhor logo depois da sua ordenação; Paulo era um perseguidor sanguinário dos discípulos de Jesus que nunca escondeu seu passado, mas fez dele a prova da autenticidade da sua pregação.

A nossa missão não é fácil. São muitas as dificuldades, como as de Pedro, narrada na primeira leitura, e as de Paulo, na segunda. Mas a certeza de que o Senhor luta em nós nos consola e nos dá a garantia da vitória! Por isso podemos rezar como o salmista: “De todos os temores me livrou o Senhor Deus”.

S. Paulo e S. Pedro morreram como verdadeiros combatentes. Poderia parecer um fracasso a última página de suas vidas: o primeiro foi degolado e o segundo crucificado. Mas o que era aparente derrota, escondia uma vitória: eles foram fiéis até o final, sabendo que há uma prêmio que está reservado para os que combatem o bom combate: o céu!

Em resumo: sofreram, tiveram falhas, mas se mantiveram fiéis. Perseveram até o final, porque quem ama permanece fiel até o fim. Desta forma servem de exemplo para todos nós! Como disse o príncipe dos apóstolos: que sejamos “fortes na fé” (1Pd 5, 9)!

 

2. O cristão guardar a fé

 Pedro: aquele que confirma os irmãos na fé

A confissão de fé de Pedro, no Evangelho de hoje, é muito importante para nós. Nele encontramos duas importantes indicações: Jesus é Filho de Deus, ou seja, é a realização da esperança do povo de Israel; e, além disso, e Ele mesmo funda uma Igreja e coloca a frente dela S. Pedro.

Pedro é o primeiro Papa e assim como ele os seus sucessores são o sinal da unidade da Igreja e também a garantia de que nos é ensinado, ainda hoje, é o mesmo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. Disse o Papa Bento XVI: “Como Bispo de Roma, o Papa presta um serviço único e indispensável à Igreja universal: ele é o princípio perpétuo e fundamento visível da unidade dos bispos e de todos os fiéis”.

Ao entregar as chaves a Pedro, Jesus dá sentido à autoridade do Papa sobre toda a Igreja e também legitima a autoridade que é própria da Igreja. Jesus não entregaria as chaves só por alguns anos até que Pedro fosse assassinado. Portanto, Pedro continua vivo na Igreja, Pedro é o Papa! Pedro continua sendo o Bispo de Roma. Continua sendo a pedra, sólida e segura, sobre a qual se edifica a Igreja. E assim como os primeiros discípulos hoje nós também rezamos por Pedro, ou seja pelo Santo Padre, o Papa Leão XIV