ANUALMENTE O DIA MUNDIAL DA ÁGUA GIRA EM TORNO DE UM TEMA DEFINIDO PELA ONU. PARA 2014 AS DISCUSSÕES E REFLEXÕES TERÃO COMO PAUTA “ÁGUA E ENERGIA”. EM ANOS ANTERIORES O TEMA “ÁGUA” SE RELACIONOU COM OUTROS, COMO
COOPERAÇÃO, SEGURANÇA ALIMENTAR E SANEAMENTO.
A data, 22 de
março, foi escolhida pela ONU (Organização das Nações Unidas) durante a
conferência Eco-92, no Rio de Janeiro, para alertar para a escassez de água
potável.
Isso porque 97% da água do planeta é salgada e está no mar, imprópria
para ser bebida; 1,75% é gelo; 1,24% está em rios subterrâneos. Para
as mais de 7 bilhões de pessoas vivas no mundo está disponível apenas 0,01% do
total de água da Terra.
No dia 22 de março de 1992, a ONU também divulgou um importante
documento: a “Declaração Universal dos Direitos da Água”. Este
texto apresenta uma série de medidas, sugestões e informações que servem para
despertar a consciência ecológica da população e dos governantes para a questão
da água.
EM 2014, DIA MUNDIAL DA ÁGUA É MARCADO PELO TEMA ÁGUA E ENERGIA
A escolha se deu porque água e energia estão intimamente interligadas e
são interdependentes, já que a geração hidrelétrica, nuclear e térmica precisam
de recursos hídricos.
ELEMENTO
MAIS ESSENCIAL PARA A VIDA DE TODO SER VIVO.
Sem água não poderíamos conceber a atmosfera, o clima, a vegetação e a agricultura como são hoje. Seiva do nosso planeta, o equilíbrio da Terra e o nosso futuro dependem do respeito e da preservação deste líquido precioso e de seus ciclos.
Sua utilização deve ser
feita de forma consciente para que não se chegue a uma situação de esgotamento
ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis. Mas,
infelizmente, parece que os homens não estão sabendo protegê-la e planejar a
sua gestão.
Antônio Félix Domingues, coordenador de Articulação e Comunicação da
Agência Nacional das águas (ANA), considera a iniciativa positiva.
“Temos um
problema grande na América do Sul desde a época do regime militar, que é ver o
país vizinho como potencial inimigo em vez de termos uma ligação forte com
eles. Com uma boa aliança, os resultados econômicos são sempre melhores. Por
essa relação conturbada, não temos acesso a coisas mínimas como dados da chuva
da Bolívia, que tem rios que vêm para Brasil.
Temos dificuldade de projetar,
aqui, uma usina para saber o tamanho da obra e resistência da barragem. Temos
que trabalhar com mais redundância e custos. Com o Ano Internacional, ampliamos
a cooperação do Brasil com Peru, investimos no Brasil com Argentina e, apesar
das dificuldades, estamos avançando com a Bolívia. O país que mais avançou foi
o Uruguai”, destaca
Entre os temas já escolhidos para a data estão: Água e Segurança Alimentar, Águas Transfronteiriças, Saneamento, Água Limpa para um Mundo Saudável, Lidando com a Escassez de Água, Água para as Cidades e Cooperação pela Água.
Neste ano de
2014, o assunto é Água e Energia. Dados da Agência Internacional de Energia
(IEA) demonstram que haverá um aumento de 5% do transporte rodoviário no mundo
até 2030 e poderia haver um aumento da demanda por água na agricultura em até
20%, devido ao uso de biocombustíveis. De acordo com a ANA, o Brasil possui
cerca de 1.000 empreendimentos hidrelétricos, sendo que mais de 400 deles são
pequenas centrais hidrelétricas (PCH).
“O Brasil tem a
maior contribuição da água na sua matriz elétrica. Temos uma importação de
energia nuclear que é muito pequena. A energia elétrica ainda é cara porque
estamos no processo de amortização dos grandes investimentos que são feitos. A
sociedade tem que abrir mão e economizar, pelo menos, 10% de energia para não
fazermos Belo Monte, mas aí a pessoa tem que ter um controle rigoroso e fazer
escolhas. Estamos com problema de crise em Cantareira. Podíamos ter tomado
medidas antes do esgotamento. É ruim quando você eleva o preço da água, mas
assim você passa um sinal de que está grave a situação”, ressalta Félix.
Não
existe nenhuma atividade que o homem desenvolva sem água. Meios de transporte,
tecido, alimento, lazer, tudo que se possa imaginar tem uma determinada
quantidade do recurso. As pessoas não percebem e não captam a vulnerabilidade
quando a água falta por estarem em uma zona de conforto. A Unesco divulgou que
85% da população mundial vive na metade mais seca do planeta e 780 milhões de
pessoas não têm acesso à água limpa, sendo que quase 2,5 bilhões não têm acesso
a saneamento adequado. De seis a oito milhões de pessoas morrem, anualmente, em
decorrência de desastres e doenças relacionados à água.
“A água fica circulando na forma de nuvens, vapor de água, rios e oceanos. Nós temos que cuidar da água, ajudar os outros países a aprenderem a monitorar a qualidade e quantidade de água, e a compreender esse fenômeno de ter seca e cheia para não fazermos uma gestão de crise, mas, sim, de risco. Precisamos saber o que acontece no mundo para construir modelos de previsão climática e conhecermos melhor o planeta, conhecemos muito pouco. Hoje, estamos em um novo conceito de expansão econômica sustentável, que é o crescimento azul, o reaproveitamento das águas ”, afirma Antônio Félix Domingues.
Como bem diz a Declaração Universal dos Direitos da Água, o elemento faz parte do patrimônio do planeta. Continente, povos, nações, regiões, cidades e cidadãos são plenamente responsáveis aos olhos de todos. Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia. O equilíbrio depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.
“A água fica circulando na forma de nuvens, vapor de água, rios e oceanos. Nós temos que cuidar da água, ajudar os outros países a aprenderem a monitorar a qualidade e quantidade de água, e a compreender esse fenômeno de ter seca e cheia para não fazermos uma gestão de crise, mas, sim, de risco. Precisamos saber o que acontece no mundo para construir modelos de previsão climática e conhecermos melhor o planeta, conhecemos muito pouco. Hoje, estamos em um novo conceito de expansão econômica sustentável, que é o crescimento azul, o reaproveitamento das águas ”, afirma Antônio Félix Domingues.
Como bem diz a Declaração Universal dos Direitos da Água, o elemento faz parte do patrimônio do planeta. Continente, povos, nações, regiões, cidades e cidadãos são plenamente responsáveis aos olhos de todos. Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia. O equilíbrio depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.
Art. 1º – A
água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente, cada povo, cada
nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos
olhos de todos.
Art. 2º – A
água é a seiva do nosso planeta. Ela é a condição essencial de vida de todo ser
vegetal, animal ou humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a
atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura. O direito à água é
um dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal qual é
estipulado do Art. 3 º da Declaração dos Direitos do Homem.
Art. 3º – Os recursos naturais de transformação da água em água
potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a
água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.
Art. 4º – O
equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da preservação da água e de
seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para
garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende, em
particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.
Art. 5º – A água não é somente uma herança dos nossos
predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua
proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do
homem para com as gerações presentes e futuras.
Art. 6º – A
água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico:
precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito
bem escassear em qualquer região do mundo.
Art. 7º – A
água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral,
sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se
chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das
reservas atualmente disponíveis.
Art. 8º – A utilização da água implica no respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.
Art. 9º – A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.
Art. 10º – O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.
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www.aguasdemarco.ana.gov.br
www.unwater.org/worldwaterday
www.redeglobo.globo.com/globocidadania