“Cada
mãe possui uma análoga consciência do início de uma nova vida nela. A história
de cada homem está inscrita em primeiro lugar no coração da própria mãe. Não
admira que a mesma coisa se tenha verificado em relação à vicissitude terrena
do filho de Deus” (João Paulo II).
Jesus
Cristo, por uma decisão trinitária de amor, encarnou-se no ventre da Ssma.
Virgem Maria, pela ação do espírito santo.
Sabemos
que Jesus é a cabeça da igreja, seu corpo místico, no qual todos nós fomos
enxertados pela graça do batismo. Portanto, Maria é a Mãe de Jesus, num todo,
cabeça e corpo, sendo assim, todos fomos gerados no ventre virginal de Maria.
É
natural que, sendo mãe, tenha por seus filhos cuidados especiais e preocupações
que só um coração materno tem! Para nossa Mãe do Céu, jamais deixamos de ser
pequenos, pois Ela nos abre o caminho para o reino dos Céus, que será dado aos
que se fazem crianças.
Quanta
alegria podermos chamar de “mãe” a Mãe de Nosso Senhor, aquela que é segundo
Santo André de Creta: “Ó Santa, ó Santa sobre todos os Santos, ó tesouro mais
vasto de toda a santidade”.
Sabemos
que pela ação do Espírito Santo, todos nós somos chamados à santidade,
recebemos a graça na medida necessária a nossa missão. Em tempo algum, alguém
pode ser igualado à santidade de Maria, pois Ela trouxe em suas entranhas e
alimentou com Seu leite aquele que é Santo, Santo, Santo.
Ao
longo da história, o olhar terno de Maria esteve sobre seus filhos, sem
distinção. Um fato curioso que a tradição da igreja nos lembra é o da neve de
um verão do século IV.
Narra
a tradição que um casal de certa idade, porém de muitas posses e sem ter
herdeiros, vivia em oração, pedindo a Nossa Senhora uma orientação quanto ao
destino de seus bens.
Era
noite de 4 para 5 de agosto, quando o senhor João teve um sonho revelador em
que Nossa Senhora lhe aparecia e indicava o topo de um monte que no dia
seguinte estaria coberto de neve: seria o local da construção de uma igreja a
Ela dedicada.
Na
manhã de 5 de agosto, a notícia de um estranho fenômeno abala toda a cidade de
Roma: o Monte Esquilino estava coberto de neve.
Vendo
no fenômeno a confirmação do seu sonho, o casal decide visitar o Papa Libério,
que com todo o clero de Roma vai ao local.
O
feliz casal iniciou a construção e a basílica passou a ser chamada “Santa Maria
Maior” por ser a mais importante basílica mariana.
A
basílica de Santa Maria Maior é uma das basílicas papais, que possuem trono e
altar papais, além de uma porta santa para o jubileu romano. Como curiosidade
no interior da basílica, em uma das capelas laterais, está, segundo a tradição,
o berço do Menino Jesus.
A
cada 5 de agosto uma celebração solene lembra o milagre das neves, com uma
chuva de pétalas de rosas brancas.
Ao
iniciar o seu pontificado, o Papa João Paulo II pediu que deixassem para todo o
sempre, uma lamparina de óleo acesa diante do ícone da Santa Maria Maior.
Que
a lâmpada da devoção não se apague com o vento da indiferença e muito menos,
com a frieza dos corações.
Senhora
Das Neves, rogai por nós!