quinta-feira, abril 30, 2015

SÃO JOSÉ É O MODELO IDEAL DO OPERÁRIO - 01 DE MAIO 2015


Basta traçar um paralelo entre a vida cheia de sacrifícios de São José, que trabalhou a vida toda para ver Nosso Senhor Jesus Cristo dar a vida 
pela humanidade, e a luta dos trabalhadores do mundo todo, pleiteando respeito a seus direitos mínimos, para entender os motivos que levaram 
o Papa Pio XII a instituir a festa de
"São José Trabalhador", em 1955, na mesma data em que se comemora o dia do trabalho em quase todo o planeta.

Foi no dia 1º de maio de 1886, em Chicago, maior parque industrial dos Estados Unidos na época, que os operários de uma fábrica se revoltaram com a situação desumana a que eram submetidos e pelo total desrespeito à pessoa que os patrões demonstravam. Eram trezentos e quarenta em greve e a polícia, a serviço dos poderosos, massacrou-os sem piedade. Mais de cinqüenta ficaram gravemente feridos e seis deles foram assassinados num confronto desigual. Em homenagem a eles é que se consagrou este dia.

São José é o modelo ideal do operário. 
Sustentou sua família durante toda a vida com o trabalho de suas próprias mãos, cumpriu sempre seus deveres para com a comunidade, ensinou ao Filho de Deus a profissão de carpinteiro e, dessa maneira suada e laboriosa, permitiu que as profecias se cumprissem e seu povo fosse salvo, assim como toda a humanidade.

Proclamando São José protetor dos trabalhadores, a Igreja quis demonstrar que está ao lado deles, os mais oprimidos, dando-lhes como patrono o mais exemplar dos seres humanos, aquele que aceitou ser o pai adotivo de Deus feito homem, mesmo sabendo o que poderia acontecer à sua família. José lutou pelos direitos da vida do ser humano e, agora, coloca-se ombro a ombro na luta pelos direitos humanos dos trabalhadores do mundo, por meio dos membros da Igreja que aumentam as fileiras dos que defendem os operários e seu direito a uma vida digna.

Muito acertada mais esta celebração ao homem "justo" do Evangelho, que tradicional e particularmente também é festejado no dia 19 de março, onde sua história pessoal é relatada.

São José é descendente da casa real de Davi.
É o esposo da Virgem Maria e pai adotivo de Jesus Cristo. Nos Evangelhos ele aparece na infância de Jesus. Pode-se ver as citações nos livros de Mateus Capítulos 1 e 2, e em Lucas 1 e2. Na Bíblia, São José é apresentado como um justo. Mateus, em seu Evangelho, descreve a história sob o ponto de vista de José. Já Lucas narra o tempo de infância do menino Jesus contando com a presença de José.

São José na História da Salvação
São José estava noivo de Maria e, ao saber que ela estava grávida, decidiu abandoná-la, pois o filho não era dele. Ele pensa em abandoná-la para que ela não fosse punida com a morte por apedrejamento.
Mas ele teve um sonho com um anjo que lhe disse que Maria ficou grávida pela ação do Espírito Santo, e que o menino que iria nascer era Filho de Deus, então, ele aceitou Maria como esposa. Perto do tempo previsto do nascimento de Jesus, por um decreto romano ele foi para Belém partir do recenseamento, lá Maria deu à luz ao Menino Jesus e José estava presente no nascimento.
O anjo, porém, deu novo aviso a José, em sonho. Com efeito, o anjo avisou a José que Herodes queria matar o menino Jesus e mandou-o pegar o menino e sua mãe e fugir para o Egito com eles. José obedeceu. Assim, A sagrada família foi para o Egito e viveram lá durante quatro anos. Após este tempo, o anjo avisou novamente a José em sonhos, dizendo que eles poderiam voltar para Nazaré porque Herodes tinha morrido. José obedeceu e levou a Sagrada Família novamente para Israel.

 Vida Simples
São José devotou sua vida aos cuidados de Jesus e Maria. Vivendo do trabalho de suas mãos, como carpinteiro, sustentou sua família com dignidade e exemplo. A profissão de carpinteiro propiciava dignidade à família. José era um judeu religioso e praticante. Ele consagrou o menino Jesus no Templo, logo depois que o menino nasceu. Este ato só era praticado na época por judeus piedosos. São José levava sua família regularmente às peregrinações de seu povo em Jerusalém, como, por exemplo, na Páscoa. Foi numa dessas peregrinações em que, na volta para Nazaré, o menino Jesus ficou em Jerusalém conversando com os doutores da lei. O menino tinha, então, doze anos. José e Maria, aflitos, voltam ao templo e encontram o menino Jesus debatendo com os doutores da lei. Nesta ocasião, Jesus afirma que “Tinha que cuidar das coisas de seu Pai”. Esta é a última vez que José é mencionado nas Sagradas Escrituras. Todos os indícios levam a crer que José faleceu antes de Jesus começar sua vida pública. Caso contrário, ele certamente teria sido mencionado pelos evangelistas, como o foi Maria.
Influência de José na formação da personalidade de Jesus

Devoção a São José
São José foi inserido no calendário litúrgico Romano em 1479. Sua festa é celebrada no dia 19 de março. São Francisco de Assis e, mais tarde, Santa Teresa d’Ávila, foram grandes santos que ajudaram a divulgar a devoção a São José. No ano de 1870, São José foi declarado oficialmente como o Patrono Universal da Igreja. O autor desta declaração foi o Papa Pio IX. No ano de 1889, o Papa Leão XIII, num de seus grandes documentos,exaltou as virtudes de São José. O Papa Bento XV declarou São José como o patrono da justiça social. Para ressaltar a grande qualidade e poder de intercessão de São José como “trabalhador”, O Papa Pio XII instituiu uma segunda festa em homenagem a ele, a festa de "São José operário". Esta, acontece no dia primeiro de maio.

Oração a São José
A vós, São José, recorremos em nossa tribulação e, depois de ter implorado o auxílio de Vossa Santíssima Esposa, cheios de confiança solicitamos também o Vosso patrocínio. Por este laço sagrado de caridade que Vos uniu à Virgem Imaculada Mãe de Deus, e pelo amor paternal que tivestes ao Menino Jesus, ardentemente Vos suplicamos que lanceis um olhar benigno para a herança que Jesus Cristo conquistou com seu Sangue, e nos socorrais em nossas necessidades com o Vosso auxílio e poder. Protegei, ó Guarda providente da Divina Família, a raça eleita de Jesus Cristo. Afastai para longe de nós, ó Pai amantíssimo, a peste do erro e do vício. Assisti-nos do alto do céu, ó nosso fortíssimo sustentáculo, na luta contra o poder das trevas; e assim como outrora salvastes da morte a vida ameaçada do Menino Jesus, assim também defendei agora a Santa Igreja de Deus contra as ciladas de seus inimigos e contra toda adversidade. Amparai a cada um de nós com o Vosso constante patrocínio a fim de que, a Vosso exemplo e sustentados por Vosso auxílio, possamos viver virtuosamente, morrer piedosamente e obter no céu a eterna bem-aventurança. Amém.

São José Trabalhador, rogai pelos desempregados.
Senhor que disseste, comerás o pão com o suor de teu rosto, eu sei que o trabalho é digno e abençoado para sustentar a vida, mas Senhor, apesar da boa vontade de trabalhar há tanto desemprego!
E por isso Senhor, o desemprego está causando problemas na família e na vida pessoal. Senhor olhai pelos desempregados. Por isso hoje estamos rezando por estes, cujos nomes apresentamos agora...
(Diga os nomes das pessoas que estão precisando da graça de um emprego)

Senhor, por intercessão de São José Operário, faça com que estas pessoas consigam um trabalho decente para sustentar a vida. Senhor, quando estivestes neste mundo, fostes humilde carpinteiro. Tende piedade e compaixão dos desempregados que querem trabalhar, que precisam trabalhar.
Ilumina o caminho para que possam encontrar o que há tanto tempo estão procurando. Nós cremos Senhor naquela Tua Palavra: Batei e a porta vos será aberta.
Ilumina os desempregados a baterem na porta certa. Que não recebam um não ou o descaso, mas consigam a graça de um trabalho. Dai ânimo Senhor, aos desempregados. Abre as portas de um emprego para estas pessoas
(Diga mais uma vez os nomes das pessoas)
São José Operário, intercedei pelos desempregados.
Senhor, eu confio na Tua Graça.
Senhor, eu confio no Teu Poder.
Amém.

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quarta-feira, abril 29, 2015

NEPAL: A IGREJA REZA E AJUDA AS VÍTIMAS DO TERREMOTO


O tremor de magnitude 7,8 destruiu edifícios na capital, Katmandu, e afetou gravemente as áreas rurais. O número de mortos já passou de 6.204 mil, com outros 14 mil feridos. Foi o pior evento do tipo em 81 anos no país.

"De acordo com as estimativas iniciais e com base no último mapeamento de intensidade do terremoto, 8 milhões de pessoas em 39 distritos foram afetadas, das quais mais de 2 milhões estão em 11 distritos gravemente afetados", detalhou o último relatório do coordenador local das Nações Unidas.
 Uma missa de sufrágio pelas vítimas do terremoto foi celebrada na manhã desta terça-feira, 27, pelo vigário apostólico do Nepal, dom Paul Simick. O bispo rezou pelas vítimas e convidou os fiéis nepaleses a um “esforço de conforto e solidariedade para demonstrar a misericórdia amorosa do Pai”.
 A pequena Igreja nepalesa “conta também com a ajuda internacional, dada a tragédia que assolou o país”, disse à Agência Fides o padre Pius Perumana, diretor da Caritas do Nepal, falando sobre o compromisso da organização após o violento terremoto de magnitude 7,9 que devastou Katmandu no sábado, 25 de abril que afetou mais de 8 milhões de pessoas, com mais de 6 mil mortos e 14 mil feridos
“Visitamos os locais afetados. Neste momento, a Caritas, que já lançou um apelo internacional, entrou em campo com as primeiras ajudas aos sobreviventes, com cortinas, alimentos e água. O nosso trabalho é também incentivar as pessoas”, observa o sacerdote acrescentando: “Eu gostaria de observar que o terremoto ocorreu durante o dia e num feriado, e muitas pessoas estavam fora: isso evitou um número ainda maior de vítimas”. No entanto, de acordo com o Unicef, já são mais de 900 mil as crianças nepalesas que precisam urgentemente de assistência humanitária.
 Muitos templos hinduístas e mosteiros budistas foram danificados. Em Katmandu, uma igreja protestante caiu e 70 fiéis estavam dentro. Igrejas, escolas e estruturas católicas sofreram graves danos.

 A consultoria internacional IHS estimou que o custo de reconstrução após o terremoto pode chegar a US$ 5 bilhões - o equivalente a 20% do Produto Interno Bruto nepalês.
Os analistas da firma observaram o atraso, em termos de desenvolvimento, para um país cuja economia começava a se recuperar após uma década de conflito civil, que terminou em 2006
 "O terremoto teve um efeito devastador na economia do Nepal, que é uma nação pobre e com capacidade extremamente limitada de financiar com recursos próprios os esforços de recuperação", disse à agência AFP o economista-chefe da IHS, Rajiv Biswas.
"São necessários esforços internacionais de resgate em massa urgentemente, assim como assistência técnica e financeira internacional em larga escala para a reconstrução da economia no longo prazo."
Diversos países enviaram ajuda, incluindo Índia, China, Estados Unidos e Reino Unido.
 Pelo menos quatro dos sete Patrimônios Mundiais da Unesco no vale do Katmandu – sendo três deles praças antigas da região – sofreram grandes danos.


Ajuda do Brasil
A Caritas Brasileira e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) estão se articulando para o lançamento da campanha de arrecadação de recursos financeiros para as vítimas do terremoto.
Neste momento, 33 agentes de várias Caritas do mundo estão no Nepal e há um recurso de, aproximadamente, 2,5 milhões de euros para atender às necessidades imediatas dos sobreviventes.

A Caritas Nepal determinará sobre a necessidade de mais recursos humanos e será estabelecido mecanismo de apoio.
“Mais 66 tremores secundários menores aconteceram ainda no sábado (25), seguidos por outro grande terremoto no domingo (26), fenômeno raro em um período tão curto. O dano será devastador com este recente terremoto”, relatou Prakash Khadha, da Caritas Nepal.

Foram muitos danos, incluindo vidas humanas e bens materiais. As pessoas estão em pânico e todo mundo está na rua, as pessoas permanecem fora de suas casas.
Há, ainda, a preocupação com as chuvas e a falta de eletricidade em outras partes do país, o que dificulta a chegada de suprimentos médicos e provoca a falta de comunicação. 
Terremoto provocou avalanche no monte Everest 
O forte terremoto desencadeou uma avalanche no Monte Everest. Segundo uma autoridade do Ministério do Turismo local, são ao menos 17 mortos e 61 feridos. "O número de vítimas pode subir e incluir estrangeiros", disse à agência Reuters.
SAIBA COMO AJUDAR AS VÍTIMAS DO TERREMOTO NO NEPAL

Unicef
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) está com uma campanha de doação para apoiar suas equipes que já estão no Nepal trabalhando com foco especial nas crianças.
Saiba mais sobre como doar clicando aqui.

Médicos Sem Fronteiras
A organização humanitária informou que está enviando oito equipes com médicos e outros profissionais para o Nepal para prestar assistência aos afetados pelo tremor. Saiba mais sobre o trabalho da ONG no Nepal como doar.

Save the Children
Organização trabalha no Nepal desde 1976 e montou uma resposta de campo com envio de ajuda a famílias. Segundo eles, 10% de cada contribuição vai para um fundo para emergência futuras. A ONG montou uma página especial para doação, em inglês.

Cruz Vermelha
A organização está atuando na ajuda às vítimas e montou um site para quem colocar nepaleses em contato. Mais informações sobre a resposta e doações aqui.
Action Aid
A organização, que atua há mais de 30 anos no Nepal, enviou uma equipe de voluntários e lançou uma campanha em outros dez países, além do Brasil. Informações sobre os tipos de ajuda e como fazer doações podem ser acessadas aqui.

Mais informações:
- Caritas Brasileira: SGAN Quadra 601 Módulo F / Asa Norte - CEP: 70830-010 (Brasília-DF). +55 (61) 3521-0350

- Caritas Nepal: contato com Lilian Chan: LilianC@caritas.org.au ou telefone +61 410 009 200.
A Santa Sé envia 100 mil dólares para o Nepal
A Santa Sé decidiu enviar uma ajuda concreta para os desalojados do Nepal atingidos pelo terremoto que assolou aquele país no passado sábado dia 25 de abril. Este terrível sismo de magnitude 7,9  na escala de Richter atingiu 8 milhões de pessoas. A ajuda da Santa Sé vai chegar ao país dos Himalaias através do Conselho Pontifício Cor Unum diretamente à Igreja local: serão 100 mil dólares para o socorro aos atingidos.
“A doação é uma primeira e imediata expressão concreta dos sentimentos espirituais de proximidade e encorajamento paterno do Papa às pessoas e aos territórios atingidos” O Papa reza e pede solidariedade para com os nepaleses

“Rezo pelas vítimas, para os feridos e para todos aqueles que sofrem por causa desta calamidade. Que tenham o apoio da solidariedade fraterna e rezemos a Nossa Senhora para que lhes esteja próximos”.

CARITAS INTERNATIONALIS
CARITAS NEPAL
CARITAS AUSTRÁLIA
CARITAS ÍNDIA
AGÊNCIA FIDES 
CNBB
CATHOLIC RELIEF SERVICES 
ONU - BBC - AIS - FUNDAÇÃO PONTIFICIA AJUDA A IGREJA QUE SOFRE - UNICEF 
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terça-feira, abril 28, 2015

PAPA ORDENOU 19 NOVOS SACERDOTES

“O SENHOR JESUS QUIS ESCOLHER ALGUNS EM PARTICULAR, PARA QUE, EXERCENDO PUBLICAMENTE NA IGREJA EM SEU NOME O EXERCÍCIO SACERDOTAL EM FAVOR DE TODOS OS HOMENS, CONTINUASSEM A SUA PESSOAL MISSÃO DE MESTRE, SACERDOTE E PASTOR”.

Na manhã deste IV Domingo da Páscoa, Domingo do Bom Pastor e 52º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, o Papa Francisco ordenou 19 novos sacerdotes. A celebração na Basílica de São Pedro teve início às 9h30 e foi concelebrada, entre outros, pelo Cardeal Vigário de Roma Agostino Vallini.
Treze dos ordenados foram formados nos seminários diocesanos de Roma. Nove no Colégio Diocesano “Redemptoris Mater”, três no Pontifício Seminário Romano Maior e um no Seminário de Nossa Senhora do Divino Amor. Dos outros seis, quatro pertencem à Congregação da Família dos Discípulos, um à Ordem Franciscana dos Frades Menores Conventuais e um é de rito malabarense, da Diocese de Thamarassery, Índia. 
Os novos sacerdotes, assim, são provenientes do Peru, Colômbia, Chile, Coreia do Sul, Croácia, Madagascar,  Índia e Itália. Todos tem menos de 40 anos. O mais jovem, completará 28 anos em 2 de junho.
O Papa recordou inicialmente que todo o povo santo de Deus foi constituído povo sacerdotal, “todos nós!”. No entanto, “o Senhor Jesus quis escolher alguns em particular, para que, exercendo publicamente na Igreja em seu nome o exercício sacerdotal em favor de todos os homens, continuassem a sua pessoal missão de mestre, sacerdote e pastor”. O bispo – observou o Santo Padre – arrisca ao refletir sobre um vocacionado e ao escolhê-lo, “assim como o Pai arriscou com cada um de nós”.
Dirigindo-se àqueles que em poucos instantes “seriam promovidos à ordem dos presbíteros”, o Santo Padre recordou que “seriam partícipes da missão de Cristo, único Mestre". "Deem a todos a palavra de Deus que vós mesmos recebestes com alegria. Leiam e meditem assiduamente a Palavra do Senhor para acreditar naquilo que leram, ensinar aquilo que aprenderam na fé e viver aquilo que ensinaram”. 
E acrescentou:
“E isto seja alimento para o Povo de Deus; que as vossas homilias não sejam monótonas, que as vossas homilias cheguem justamente ao coração das pessoas porque saem do coração de vocês, para que aquilo que vocês dizem a eles seja aquilo que vocês tenham no coração

Assim se dá a Palavra de Deus e a vossa doutrina será alegria e apoio aos fiéis de Cristo, o perfume de vossa vida será o testemunho, para que o exemplo edifique, mas as palavras sem exemplo são palavras vazias, são ideias e não chegam nunca ao coração, e até mesmo fazem mal, não fazem bem!”.
O Papa recordou aos futuros sacerdotes, que quando celebrarem a Missa, devem “reconhecer aquilo que fazem. Não fazer com pressa!”:
“Imitem aquilo que celebram – não é um rito artificial, um ritual artificial – pois assim participando ao mistério da morte e ressurreição do Senhor, levareis a morte de Cristo nos vossos membros e caminhais com Ele na novidade da vida”.
“Nunca recusem o Batismo a quem o  pedir!”, advertiu o Santo Padre. “E com o Sacramento da Penitência, perdoai os pecados em nome de Cristo e da Igreja”: “E eu, em nome de Jesus Cristo, o Senhor, e da sua Esposa, a Santa Igreja, vos peço para não vos cansarem de serem misericordiosos. No confessionário vocês estarão para perdoar, não para condenar! Imitem o Pai que nunca se cansa de perdoar”.
Ao continuar a traçar o perfil de um verdadeiro sacerdote, Francisco advertiu:
“Conscientes de terem sido escolhidos entre os homens e constituídos a seu favor para esperar as coisas de Deus, exerçam na alegria e na caridade sincera a obra sacerdotal de Cristo, unicamente com a intenção de agradar a Deus e não vós próprios. É feio um sacerdote que vive para agradar a si mesmo....É um pavão!”.
Por fim, o Papa exorta a serem “ministros da unidade na Igreja, na família”, para conduzi-la a Deus Pai por meio de Cristo no Espírito Santo”, tendo sempre diante dos olhos “o exemplo do Bom Pastor, que não veio para ser servido, mas para servir; não para permanecer nas suas comodidades, mas para sair e buscar e salvar aquilo que estava perdido”.

(26 de Abril de 2015) © Innovative Media Inc.

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domingo, abril 26, 2015

DOMINGO DO BOM PASTOR - IV DOMINGO DA PÁSCOA 2015

ELE CONTINUA A OFERECER-SE PELA HUMANIDADE, E JUNTO DE VÓS É NOSSO ETERNO INTERCESSOR. IMOLADO, JÁ NÃO MORRE; E, MORTO, VIVE ETERNAMENTE.

No Quarto Domingo da Páscoa, Jesus se apresenta como o Bom Pastor: 'Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida por suas ovelhas' (Jo 10, 11). Jesus, o Bom Pastor, conhece e ama, com profunda misericórdia, cada uma de suas ovelhas desde toda a eternidade: 'Eu sou o bom pastor. Conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem, assim como o Pai me conhece e eu conheço o Pai. Eu dou minha vida pelas ovelhas' (Jo 10, 14 - 15). A missão do Bom Pastor é universal, porque o rebanho é universal e só um verdadeiramente é o Bom Pastor, que não abandona nunca as suas ovelhas: 'Haverá um só rebanho e um só pastor' (Jo 10, 16).
Homilia de Padre Marcos Belizário
O que mais chama atenção, na 1ª leitura, é o milagre realizado por Pedro curando o paralítico. Não podemos negar que se trata de um feito maravilhoso. Curar um paralítico é algo estupendo, um acontecimento que provoca admiração e questionamentos. Lucas, o autor dos Atos dos Apóstolos, coloca ainda outros dois elementos que gostaria de chamar atenção. 
Primeiro, a reação dos chefes religiosos daquele tempo. Gente de coração endurecido, modelados pela intransigência das leis e sem alguma sensibilidade para o bem que se faz a uma pessoa. Viver a religião de modo intransigente é fanatismo; é próprio de quem fica cego até mesmo vendo evidências. O outro elemento, ao qual chamo atenção na 1ª leitura, é o discurso de Pedro.
 Um discurso corajoso porque ele — diz o texto — estava cheio do Espírito Santo. Estar cheio do Espírito Santo de Deus é a condição primária para se testemunhar publica e corajosamente que a Salvação da vida está unicamente em Jesus Cristo, e em Jesus ressuscitado.
O que se entende por Salvação? Já tive a oportunidade de formular esta pergunta em outras ocasiões, mas é sempre bom voltar a este questionamento para entendermos cada vez melhor e mais profundamente o conceito de Salvação. Hoje, a luz para compreender o significado de Salvação vem da 1ª carta de João, que lemos na 2ª leitura. Neste pequeno texto, a Salvação é entendida como participação na vida divina. Mas não é uma participação superficial, feita de modo abstrato e distante. Trata-se de uma participação profunda, própria de quem é filho e filha de Deus. 
Salvar-se, portanto, é tornar-se filho e filha de Deus. São João conclui dizendo que, aqui na terra, essa filiação acontece nos limites de nossa humanidade, mas um dia nós a viveremos plenamente, quando seremos semelhantes a Jesus ressuscitado. O que isso diz para nós, que vivemos num mundo altamente tecnológico, mergulhado na busca de entretenimento de todo tipo, com promessas de realizações da vida unicamente do ponto de vista econômico? O que significa ser filho de Deus? O que significa ser filha de Deus? 
 É uma questão que deixo em aberto, para que possamos pensar, refletir e assumir um modo de viver coerente com quem é filho e filha de Deus.
João dizia que o mundo não conhece os filhos e filhas de Deus porque não conhece o Pai. Depois, o mesmo João, mas desta vez no Evangelho, aponta outro caminho para se tomar consciência do que significa ser filho e filha de Deus, através da imagem do Bom Pastor. Jesus é o Bom Pastor, aquele que dá a vida por suas ovelhas. 
O filho e filha de Deus é aquele que recebe em si a vida divina, dada pelo Bom Pastor. O filho e a filha de Deus é aquele que conhece Deus, conhece o Pai e, por isso, ouve a voz do Pai, ouve a voz do Bom Pastor e direciona suas vidas nos caminhos indicados pelo Bom Pastor. Cada um de nós precisa, no dia de hoje, se perguntar sinceramente se a nossa vida é dirigida pela voz do Bom Pastor. Jesus lembra que existem pessoas que se passam por pastores, mas que são mercenários; não dão a vida e até roubam a vida das ovelhas. Corremos o risco de perder a vida divina em nós por seguir mercenários e não o Bom Pastor.
Jo 10,11-18
Naquele tempo, disse Jesus: “Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida por suas ovelhas. O mercenário, que não é pastor e não é dono das ovelhas, vê o lobo chegar, abandona as ovelhas e foge, e o lobo as ataca e dispersa. Pois ele é apenas um mercenário e não se importa com as ovelhas. Eu sou o bom pastor. Conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem, assim como o Pai me conhece e eu conheço o Pai. Eu dou minha vida pelas ovelhas. Tenho ainda outras ovelhas que não são deste redil: também a elas devo conduzir; elas escutarão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só pastor. É por isso que o Pai me ama, porque dou a minha vida, para depois recebê-la novamente. 
Ninguém tira a minha vida, eu a dou por mim mesmo; tenho poder de entregá-la e tenho poder de recebê-la novamente; essa é a ordem que recebi do meu Pai.”


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sábado, abril 25, 2015

ASSEMBLÉIA GERAL DA CNBB SE ENCERRA EM APARECIDA


O Arcebispo de Brasília (DF), Dom Sérgio da Rocha, foi eleito 1º membro da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para a 14ª Assembleia do Sínodo dos Bispos sobre a Família. O Bispo de Camaçari (BA), Dom João Carlos Petrini, foi eleito 2º membro. O Arcebispo de Mariana (MG), Dom Geraldo Lyrio Rocha, foi eleito 3° membro, enquanto foi escolhido como 4° membro o Arcebispo de São Paulo (SP), Cardeal Odilo Pedro Scherer.

O Bispo de Osasco (SP), Dom João Bosco Barbosa de Sousa, recém eleito presidente da Comissão para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), foi escolhido como 1º suplente para a 14ª Assembleia do Sínodo dos Bispos sobre a Família. Como segundo suplente foi escolhido o Bispo auxiliar de Brasília (DF), Dom Leonardo Steiner, reeleito secretário geral da CNBB.
O Sínodo convocado pelo Papa Francisco, irá se realizar de 4 a 25 de outubro, no Vaticano, e terá como tema “A Vocação e a Missão da Família na Igreja e no mundo contemporâneo”.
Aconteceu a votação e aprovação do Santuário de São José de Anchieta como Santuário Nacional. 

Na última coletiva de imprensa dos bispos durante a 53ª Assembleia Geral da CNBB, na tarde de 23, encontraram os jornalistas o Bispo de Campos (RJ), Dom Roberto Francisco Ferrería Paz, o Bispo de Barra do Piraí – Volta Redonda (RJ), Dom Francisco Biasin, e o Bispo auxiliar de São Luís (MA), Dom Esmeraldo Barreto de Farias. Os temas da coletiva: Ano da Paz, ecumenismo e cristãos perseguidos e a mensagem pelos 50 anos do diaconato permanente.
Dom Francisco Biasin falou do Ecumenismo e Cristãos Perseguidos, ressaltou a importância de celebrar os 50 anos do Concílio Ecumênico Vaticano Segundo que trata da unidade cristã.
Falou da necessidade de cultivar um diálogo com outras igrejas, para a abertura de novos caminhos e horizontes. Comentou sobre a realidade dos cristãos perseguidos enfatizando: “eles dão a vida por professarem a fé cristão e vivem uma continua ameaça por conta da politica de extermínio.” Citou o genocídio do povo armênio, fato ocorrido na Turquia no século passado. Destacou a importância dos organismos internacionais deterem a violência e não somente atacar. “Temos de orar pelos perseguidores e nunca cultivar o ódio”.
Dom Esmeraldo Barreto de Farias apresentou aos jornalistas a mensagem pelos 50 anos do diaconato permanente. Ao comentar a mensagem dom Esmeraldo falou da marca fundamental de Jesus que é o servir, tema deste ano na Campanha da Fraternidade.
Agradeceu por todos os homens, que fazem parte do diaconato permanente, sendo cerca de 3 mil diáconos, que recebem a graça de serem sinal de Cristo. 

O Bispo de Campos (RJ), Dom Roberto Francisco Ferrería Paz, inicio seu pronunciamento dizendo que “A paz a gente faz”. Ao falar sobre o Ano da Paz, celebrado neste ano de 2015, falou que estamos vivendo um momento de Paz Agredida, que é a falta da paz e o desejo da paz, a paz anunciada, que é a paz que vem de cristo e a paz restaurada que é a vocação de sermos operadores da paz.
Dom Roberto destacou: “A paz é um processo, um caminho. A missão da igreja é anunciar a paz e realizar o nascimento de Cristo em cada coração.” Explicou a necessidade de refletirmos a falta da paz, situação que acontece nas escolas e na família, reforçou a necessidade de uma aliança entre igreja, escola e família para que a paz seja trabalhada.
“CNBB É UM DOM PRECIOSO DO AMOR DO RESSUSCITADO”, DIZ DOM SÉRGIO DA ROCHA

Neste último dia da 53ª Assembleia Geral (AG) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a missa de abertura dos trabalhos foi presidida pelo arcebispo de Brasília (DF) e presidente eleito da entidade, dom Sérgio da Rocha. Em sua homilia, ele agradeceu a Deus pela assembleia, pelas diretrizes, estudos e pronunciamentos que resultaram do encontro episcopal. Para dom Sérgio, a presença de Cristo ressuscitado na reunião do episcopado brasileiro iluminou o episcopado ajudando-os a reafirmar que “a CNBB é um dom precioso de seu amor por nós”.

SOMOS UMA IGREJA QUE VIVE DO ENCONTRO COM O SENHOR RESSUSCITADO.
Voltando-se à liturgia, o presidente eleito da CNBB quis indicar três aspectos da vida e da missão da Igreja de modo que estes conduzam a um “tríplice olhar”: para Cristo, para a Igreja e para o povo.
O olhar para Cristo, segundo dom Sérgio, surge do encontro com o Cristo ressuscitado. “A narrativa da conversão de são Paulo nos faz pensar na presença de Jesus na nossa vida e em nossa Igreja. O Senhor que vem a nós nas diferentes situações e nos surpreende com a sua misericórdia, como aconteceu com São Paulo”, explicou.
O chamado à uma “Igreja de discípulos que vivem do encontro com Cristo, que se alimentam da sua palavra e da Eucaristia” e que são evangelizadores é o fruto desse olhar para Cristo.
Ao olhar para a Igreja, afirma dom Sérgio, os discípulos encontram o discernimento sobre a presença e os apelos do Ressuscitado para enxergar com a luz da fé. “Os olhos de Saulo se abriram com a ajuda da Igreja, representada por Ananias, uma Igreja mãe misericordiosa e acolhedora, de portas abertas capaz de acolher tantos caídos por terra como Saulo - incapazes de ver e caminhar, mas necessitados de mãos estendidas e de coração aberto para levantar-se das trevas, recomeçar a vida e caminhar na luz”, lembrou.

Olhar para Cristo e para a Igreja faz com que os discípulos voltem seu olhar para o povo e para a missão, com responsabilidade, de acordo com o arcebispo de Brasília.
“Nós somos e queremos ser cada vez mais uma Igreja missionária, que compartilha a experiência do encontro com Cristo e a alegria do Evangelho no meio do povo, uma Igreja em saída, conforme a palavra do Santo Padre acolhida e enfatizada nas novas diretrizes pastorais. Como Ananias possamos dizer “aqui estou, Senhor”. Como Paulo possamos sair e ir ao encontro de todos, especialmente dos mais pobres e sofredores”, desejou.
“Assim, irmãos e irmãs, possamos sempre caminhar. Com os olhos fixos no Senhor, cheios de fé e de esperança, com o olhar voltado para nossa Igreja a com gratidão, com os olhos e o coração voltados para o nosso povo e a nossa missão com compaixão e responsabilidade”, concluiu dom Sérgio.

Ao final da celebração, todos os bispos dirigiram-se à imagem de Nossa Senhora Aparecida, disposta no altar da basílica para pedir a bênção no retorno aos trabalhos nas respectivas igrejas particulares.

"É NOSSA TAREFA ACOLHER, ASSIMILAR E INTERPRETAR O CONCÍLIO", AFIRMOU CARDEAL ODILO
Ao falar sobre o Concilio Vaticano II, o arcebispo de São Paulo ressaltou que este foi o maior acontecimento eclesial do século XX.

Para dom Odilo, o Concílio não deve ser lembrado como um fato do passado, como se fosse um momento histórico que vai se distanciando. “Permanece como uma tarefa sempre atual. É nossa constante tarefa acolher, assimilar, interpretar de maneira criativa o Concílio diante  da nova realidade cinquenta anos depois. Não estivemos lá, mas somos herdeiros do Concílio e de sua tarefa confiada à Igreja”, afirmou.
“Somos nós os herdeiros desta bênção”, falou referindo-se ao encerramento das comemorações dos 50 anos do Concílio. “Peçamos ao Espírito Santo que nos ilumine e nos fortaleça para manter viva a esperança que o Concílio trouxe. Que saibamos suscitar abundantes frutos para a vida da Igreja e do mundo”, concluiu.

"SUAS VIDAS SÃO PARA NÓS EXEMPLO QUE PERMANECE", DISSE DOM ORANI EM MISSA DEDICADA AOS BISPOS FALECIDOS
“Quantos nomes e quantas histórias teríamos para escutar sobre esses nossos irmãos. Pelos diversos cantos do Brasil eles foram a presença do Cristo Pastor em meio a várias situações que enfrentaram no dia-a-dia de seu pastoreio.

O arcebispo do Rio de Janeiro recordou os “atuais mártires Cristãos”, mortos por professar sua fé em Jesus, e os bispos falecidos. “Ao trabalhar na obra de Deus, acreditando naquele que o Pai enviou, recordamos com carinho tantos irmãos bispos que assim viveram e por Cristo deram suas vidas”, lembrou.
Na memória dos bispos falecidos, Dom Orani pediu que os exemplos dos que partiram edifiquem os membros do episcopado e que “as semeaduras que lançaram à terra ainda prossigam frutificando para a glória de Deus e o bem da sua Igreja”.

BISPOS FALECIDOS DESDE A ÚLTIMA ASSEMBLEIA GERAL DA CNBB
Irecê (BA) – 08/05/2014
 Itumbiara (GO) - 11/05/2014
Porto Alegre (RS) - 13/05/2014
Itaguaí (RJ) – 11/06/2014
Curitiba (PR) - 26/06/2014
Santo Ângelo (RS) – 06/07/2014
 Eparquia de Nossa Senhora do Paraíso em São Paulo 
dos Greco-Melquitas (SP) - 26-07/2014
 Uberaba (MG) – 03/08/2014
Cascavel (PR) – 11/08/2014
 Roraima (RR) – 14/09/2014
Campos (RS) – 15/10/2014
Dourados (MS) – 01/11/2014
 Paranaguá (PR) – 04/12/2014
 Porto Velho (RO) – 29/01/2015
 Paranaguá (PR) – 09/04/2015
Caetité (BA) – 13/04/2015

CNBB

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