segunda-feira, outubro 30, 2017

XXX DOMINGO DO TEMPO COMUM



Para os contemporâneos de Jesus não era fácil ter um clara visão do que constituía o núcleo de sua religião . As pessoas se sentiam perdidas. Os escribas falavam de 613 mandamentos contidos na Lei. Como orientar-se numa rede tão complicada de preceitos e proibições? Em algum momento, esta questão chegou Jesus : O que é o mais importante e decisivo ? Qual é mandamento principal, aquele que pode dar sentido aos demais? 


Jesus não pensou duas vezes e respondeu lembrando palavras que todos os judeus homens repetiam diariamente no começo e no final do dia: “Escuta Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus de todo o coração, com toda a tua alma e com todo o teu ser”. Ele mesmo havia pronunciado estas palavras naquela manhã. Elas o ajudavam a viver entrado em Deus. Para Ele, isto era o principal. 


Em seguida, acrescentou algo que ninguém lhe havia perguntado: “O segundo mandamento é : amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Não há nada mais importante do que estes dois mandamentos que , para Jesus , são inseparáveis . Não se pode amar a Deus e desentender-se com o próximo. 


Sobre isto, muitas perguntas nos ocorrem: O que é amar a Deus ? Como se pode amar a alguém que nem sequer se pode ver? Ao falar do amor a Deus, os hebreus não pensavam nos sentimentos que podem nascer em nosso coração. A fé em Deus não consiste num “estado de ânimo”. Amar a Deus é simplesmente centrar a vida nele para viver tudo segundo a sua vontade. 


Por isso Jesus acrescenta o segundo mandamento. Não é possível amar a Deus e viver esquecido das pessoas que sofrem e as quais Deus ama tanto. Não há um “espaço sagrado” no qual possamos “entender-nos “a sós com Deus, de costas para os outros. Um amor a Deus que esquece seus filhos e filhas é uma grande mentira. 


Para muitas pessoas, a religião cristã lhes parece complicada e difícil de entender. Provavelmente estamos precisando na Igreja de um processo de concentração no essencial , para desprender-nos de acréscimos secundários e permanecer com o que é importante: amar a Deus com todas as minhas forças e amar os outros como amo a mim mesmo.























sábado, outubro 28, 2017

SANTOS SIMÃO E JUDAS



Conheça um pouco da história desses dois santos Apóstolos

Hoje a Igreja celebra dois santos Apóstolos. Eles formaram o “pequeno rebanho” inicial da Igreja a quem Jesus disse: “Não temais pequeno rebanho, pois foi do agrado do Pai, dar-vos o Reino”. A eles Jesus disse: “Quem vos houve a mim houve, quem vos rejeita a mim rejeita, e quem me rejeita, rejeita Aquele que me enviou” (Lc 10,16). Nos Apóstolos estão as colunas e o fundamento da Igreja de Cristo. Sem eles, que são os nossos bispos, não existe Igreja. Jesus os escolheu um a um, depois de uma noite em oração.

Simão talvez seja o mais desconhecido dos apóstolos, a Sagrada Escritura conserva somente o nome, dividido com outro Simão. Para distingui-lo de Pedro, os evangelistas Mateus e Marcos lhe dão o sobrenome de Zelote ou Cananeu. O apelido pode significar tanto a cidade de proveniência, como a sua participação no partido dos zelotes ou conservadores das tradições hebraicas. Nada sabemos das circunstâncias que se referem a sua vocação. Simão, o desconhecido, é sempre um apóstolo do Senhor, protótipo de tantos discípulos sem nome, que trabalham a vida toda na lavoura do Senhor ou combatem nas trincheiras da fé não em vista de uma menção de honra, mas para o triunfo do Reino de Deus.

Como os outros apóstolos, também Simão percorreu os caminhos do Evangelho “sem mala, sem dinheiro, pregando o reino dos céus; curou os enfermos, ressuscitou os mortos, limpou os leprosos, expulsou os espíritos maus”; zeloso desde jovem das tradições hebraicas, e agora zeloso e humilde servo do Senhor. Simão, conforme notícias duvidosas do historiador Eusébio, parece ter sido o sucessor de Tiago na cátedra de Jerusalém, nos anos da trágica destruição da cidade santa. Também as suas atividades além dos confins da Palestina são uma dedução dos lendários Atos de Simão e Judas, segundo os quais, os dois apóstolos percorreram juntos as doze províncias do império persa. Outras fontes assinalam para Simão o Egito, a Líbia e a Mauritânia. Segundo um relato de Egesipo, o apóstolo teria sofrido o martírio durante o império de Trajano, em 107, com a respeitável idade de 120 anos.

Judas, não o Iscariotes (apressa-se a distinguir o evangelista são João), ocupa o último lugar no elenco dos apóstolos, com o sobrenome de Tadeu, e é identificado com o autor da epístola canônica que traz o seu nome. O apóstolo que teve a infelicidade de partilhar o nome com o traidor, é chamado também irmão do Senhor: “Não é este – perguntam-se os nazarenos, maravilhados pela fama de Jesus – o carpinteiro… o irmão de Tiago e Judas?”

Conforme as notícias de Eusébio, Judas teria sido o esposo nas núpcias de Caná (bodas de Caná), (isso explicaria a presença de Maria e de Jesus). Dada a notoriedade de Tiago, na Igreja primitiva, Judas era sempre lembrado como o irmão de Tiago. O breve escrito de Judas é uma severa advertência contra os falsos mestres e um convite a manter a pureza da fé.


sexta-feira, outubro 27, 2017

CONSIDERAÇÕES SOBRE O MOMENTO ATUAL





“Ficai bem atentos à vossa maneira de proceder. Procedei não como insensatos, mas como pessoas esclarecidas... porque estes dias são maus” (Ef 5, 16). “Não vos conformeis com este mundo” (Rm 12, 2).


PROPAGANDA DA IMORALIDADE  ATAQUES À FAMÍLIA:


Junto com a divulgação da imoralidade, fantasiada de arte, e a propaganda maciça do homossexualismo, travestido de respeito à diversidade, reaparece a doutrinação da Ideologia de Gênero, também com ares de liberdade e de orientação sexual. 

Configura-se, visando sua destruição, um verdadeiro ataque à família, santuário da vida, que vai perdendo seus direitos na educação dos seus filhos, os quais se tornam alvo fácil dessa onda destruidora da moral. Os bons ficam acuados. E os meios de comunicação, através de novelas e entrevistas direcionadas, vão divulgando essa mentalidade de modo bem orquestrado.

Se a crise social, política e familiar por que passamos é, sobretudo, moral, essa propaganda em nada a faz diminuir, mas, pelo contrário, aumenta-a rompendo todas as barreiras éticas que deveriam pautar o comportamento humano.

Ao repetir o Mandamento divino “Não pecar contra a castidade”, a Igreja nos ensina a vencer a luxúria e evitar tudo o que a ela conduz, como a pornografia e a indecência no vestir. A castidade faz parte da temperança, conduz ao domínio de si, que exige um esforço constante em todas as idades da vida, especialmente quando se forma a personalidade, durante a infância e a adolescência (cf. Catecismo da Igreja Católica – CIC - 2331-2356).

São Paulo já advertia: “Fostes chamados à liberdade. Porém, não façais da liberdade um pretexto para servirdes à carne” (Gl 5, 13).

Sobre a propaganda da imoralidade, recordo as graves palavras do saudoso Cardeal Dom Lucas Moreira Neves, acusando a Televisão, o que poderíamos aplicar também a certos sites da Internet, devido à onda de impureza que traz para dentro dos lares: “Acuso-a de ministrar copiosamente a violência e a pornografia. A primeira é servida em filmes para todas as idades. A segunda impera, solta, em qualquer gênero televisivo: telenovelas, entrevistas, programas ditos humorísticos, spots publicitários e clips de propaganda. A TV brasileira está formando uma geração de voyeurs, uma geração de debilóides. Acuso-a de ser corruptora de menores”.

E não é só contra essa imoralidade que a Igreja levanta a sua voz. Ela também repudia o assassinato de crianças e adolescentes, a prostituição infantil, a morte de crianças para o roubo de órgãos, a mortalidade das crianças nos hospitais públicos, a violência doméstica, o estupro e o feminicídio. 



PROFANAÇÃO DOS SÍMBOLOS CRISTÃOS:

Quanto à profanação dos símbolos cristãos, como o crucifixo, a hóstia, a imagem da Padroeira do Brasil, fazendo eco às palavras dos Bispos do Regional Nordeste 1 da CNBB, manifesto a minha indignação e repúdio diante do escárnio público desses nossos símbolos, crime de vilipêndio, condenados também pelo Código penal (Artigo 208).

E essa indignação e repúdio deve ser a de todos os católicos e pessoas de bom senso e respeito.


PROPAGANDA DO HOMOSSEXUALISMO:

Sobre a homossexualidade, observamos primeiramente que se deve fazer a distinção entre pessoas e atos, entre a tendência e a prática.


Na linha do pensamento de Santo Agostinho, que dizia que Deus odeia o pecado, mas ama o pecador, e em seguimento do Papa Francisco, que pastoralmente nos ensina a aplicar sempre a misericórdia, as pessoas que apresentam essa inclinação, objetivamente desordenada, cuja gênese psíquica continua em grande parte por explicar, devem ser acolhidas com respeito, delicadeza e compaixão, pois, para a maioria, isso constitui uma provação. Evitar-se-á para com elas todo sinal de discriminação injusta. Estas pessoas são chamadas a realizar a vontade de Deus em sua vida e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar por causa de sua condição. As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas virtudes de autodomínio, educadoras da liberdade interior, às vezes pelo apoio de uma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem se aproximar, gradual e resolutamente, da perfeição cristã (cf. CIC nn. 2357-2358). 

A Igreja, e nós com ela, condenamos e repudiamos, pois, todas as ofensas e, mais ainda, os assassinatos e espancamentos de LGBTIs por conta da intolerância.


Mas não podemos deixar de dizer que a prática do homossexualismo é condenável. Apoiando-se na Sagrada Escritura, que os apresenta como depravações graves (cf. Gn 19,1-29; Rm 1, 24-27; I Cor 6, 9-10; I Tim 1, 10), a tradição sempre declarou que ‘os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados’ (Congregação para a Doutrina da Fé, declaração Persona Humana, 8). São contrários à lei natural. Fecham o ato sexual ao dom da vida. Não procedem de uma complementaridade afetiva e sexual verdadeira. Em caso algum podem ser aprovados (CIC n. 2357).

Por isso, a propaganda do homossexualismo como sendo algo natural é maléfica e, por isso mesmo, condenável. 

São Paulo, apóstolo, fala “com lágrimas”, que muitos “se gloriam daquilo de que se deveriam envergonhar” (Fl 3,19). E, referindo-se aos pecados e perversidade dos pagãos, o mesmo apóstolo nos recorda a moral natural: “Por isso, Deus os abandonou aos desejos dos seus corações, à imundície, de modo que desonraram entre si os próprios corpos. Trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram à criatura em vez do Criador... Por isso, Deus os entregou a paixões vergonhosas: as suas mulheres mudaram as relações naturais em relações contra a natureza. Do mesmo modo também os homens, deixando o uso natural da mulher, arderam em desejos uns para com os outros, cometendo homens com homens a torpeza, e recebendo em seus corpos a paga devida ao seu desvario” (Rm 1, 24-27). 

Aliás, já no Antigo Testamento, Deus já havia condenado os atos homossexuais: “Se um homem dormir com outro homem, como se fosse mulher, ambos cometerão uma coisa abominável” (Lv 20, 13).

Por isso, São Paulo, desejoso de nossa salvação, nos adverte: “Não vos enganeis: nem os impuros, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados (em latim, molles), nem os homossexuais (em latim ‘masculorum concubitores’), nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os difamadores, nem os assaltantes hão de possuir o Reino de Deus” (1Cor 6, 9-10).


IDEOLOGIA DE GÊNERO:

A ideologia de gênero quer eliminar a ideia de que os seres humanos se dividem em dois sexos, afirmando que as diferenças entre homem e mulher não correspondem a uma natureza fixa, mas são produtos da cultura de um país, de uma época. Algo convencional, não natural, atribuído pela sociedade, de modo que cada um pode inventar-se a si mesmo e o seu sexo.

O feminismo do gênero, que promove essa ideologia, procede do movimento feminista para a igualdade dos sexos. A ideologia de gênero, própria das associações LGBT, baseia-se na análise marxista da história como luta de classes, dos opressores contra os oprimidos, sendo o primeiro antagonismo aquele que existe entre o homem e a mulher no casamento monogâmico. Daí que essa ideologia procura desconstruir a família e o matrimônio como algo natural. Em consequência, promovem a “livre escolha na reprodução”, eufemismo usado por eles para se referir ao aborto provocado. Como “estilo de vida”, promovem a homossexualidade, o lesbianismo e todas as outras formas de sexualidade fora do matrimônio. Entre nós, querem introduzir essa ideologia, usando o termo “saúde reprodutiva”. E usam a artimanha de palavras, especialmente “discriminação” e "luta contra o preconceito”. Sob esse nome sedutor – pois todos somos contra a discriminação injusta e o preconceito – querem fazer passar a ideologia do gênero, a ditadura do relativismo moral, estabelecendo uma nova antropologia anticristã, sob o nome de democracia.

Essa campanha é internacional. Na Itália, por exemplo, os folhetos distribuídos nas escolas pretendem ensinar a todos os alunos que “a família pai-mãe-filho é apenas um ‘estereótipo de publicidade’; que os gêneros masculino e feminino são uma abstração; que a leitura de romances em que os protagonistas são heterossexuais é uma violência; que a religiosidade é um valor negativo; chega-se ao ridículo de censurar os contos de fadas por só apresentarem dois sexos em vez de seis gêneros, além de se proporem problemas de matemática baseados em situações protagonizadas por famílias homossexuais”. 

O Papa Francisco, alarmado, fala que estamos diante de uma “colonização ideológica”, de uma maldade ao ensinar a ideologia de gênero (Filipinas, janeiro de 2015). E nos alerta: “Na Europa, nos Estados Unidos, na América Latina, na África, em alguns países da Ásia, existem verdadeiras colonizações ideológicas. E uma delas – digo-a claramente por ‘nome e sobrenome’ - é a ideologia de gênero (gender)! Hoje às crianças – às crianças! –, na escola, ensina-se isto: o sexo, cada um pode escolhê-lo... São as colonizações ideológicas, apoiadas mesmo por países muito influentes. E isto é terrível” (Encontro com os Bispos poloneses, 27/7/2016).


A Igreja nos ensina: “Deus criou o ser humano como homem e mulher, com igual dignidade pessoal, e inscreveu nele a vocação ao amor e à comunhão. Compete a cada um aceitar a sua identidade sexual, reconhecendo a sua importância para a pessoa toda, bem como o valor da especificidade e da complementaridade” (Compêndio do C.I.C. n. 487).



FOGO! SOCORRO! ACUDAM!


É HORA DO PROTESTO DE TODOS:


É preciso dar um basta! É preciso que as forças morais de toda a humanidade se levantem e deem o seu brado de inconformidade com tudo isso. É hora de gritar com São Luiz Maria Grignion de Montfort: “Fogo! fogo! fogo! Socorro! socorro! Socorro!... Socorro, que assassinam nosso irmão! Socorro, que degolam nossos filhos!...”.

A Igreja levanta a sua voz de repúdio a tudo isso: sua doutrina clara já condena esses erros. É preciso que os católicos sejam lógicos e coerentes com o que a Igreja lhes ensina.

É hora, principalmente de os leigos agirem. Não fiquem se perguntando: o que a Igreja vai falar ou fazer sobre isso? Vocês também são a Igreja. A pergunta deve ser: o que nós estamos fazendo contra tudo isso? Não fiquem esperando pelos pastores. As ovelhas têm o direito de se defenderem dos lobos que as atacam. Falem, protestem, escrevam, alertem os filhos, os amigos. Gritem nas redes sociais! Pais de família, reajam! É preciso que o mundo escute a voz dos bons e saiba que ainda existem famílias corretas, pessoas de bem e de coragem que não concordam com a imposição dessas ideologias.

“Unindo suas forças, os leigos purifiquem as instituições e as condições do mundo, caso estas incitem ao pecado. Isto de tal modo que todas essas coisas se conformem com as normas da justiça e, em vez de a elas se oporem, antes favoreçam o exercício das virtudes. Agindo dessa forma, impregnarão de valor moral a cultura e as obras humanas” (LG 36).

Dom Prosper Guérranger (L’Année Liturgique), sobre o episódio em que um leigo, Eusébio, levantou-se em meio à multidão contra a impiedade de Nestório, salvando assim a fé de Bizâncio, comenta: “Há no tesouro da Revelação pontos essenciais, cujo conhecimento necessário e guarda vigilante todo cristão deve possuir, em virtude de seu título de cristão. O princípio não muda, quer se trate de crença ou procedimento, de moral ou de dogma. Traições como a de Nestório são raras na Igreja; não assim o silêncio de certos Pastores que, por uma ou outra causa, não ousam falar, quando a Religião está engajada. Os verdadeiros fiéis são homens que extraem de seu Batismo, em tais circunstâncias, a inspiração de uma linha de conduta; não os pusilânimes que, sob pretexto especioso de submissão aos poderes estabelecidos, esperam, pra afugentar o inimigo, ou para se opor a suas empresas, um programa que não é necessário, que não lhes deve ser dado”.


Campos dos Goytacazes, 26 de outubro de 2017


Dom Fernando Arêas Rifan

Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney


quinta-feira, outubro 26, 2017

SHOW AMOR A SÃO CONRADO



Ícone do Rio de Janeiro, a Igreja de São Conrado será homenageada no dia 13 de novembro pela cantora Preta Gil, e convidados, como seu pai, o cantor e compositor Gilberto Gil, e a cantora Elba Ramalho, no Teatro Oi Casa Grande, no Leblon, Zona Sul do Rio.

O incansável pároco da Igreja de São Conrado, o padre Marcos Belizário, convida a todos os párocos e cariocas não só para assistir a esse grande show, como também para prestigiar a capela centenária que embeleza a capital fluminense.

Num dos momentos mais difíceis do bairro, quando a tão querida comunidade da Rocinha vem passando por uma grave situação em decorrência da violência, certamente essa homenagem à paróquia vai receber o apoio de todo o segmento empresarial de São Conrado para que essa comunidade possa ter sempre na igreja o apoio fundamental para enfrentar o sofrimento.

Fonte:http://www.jb.com.br/rio/noticias/2017/10/25/igreja-de-sao-conrado-sera-homenageada-por-gilberto-gil-preta-gil-e-elba-ramalho/

Show beneficente 
Amor a São Conrado 
Preta Gil e convidados Gilberto Gil e Elba Ramalho 
13 de novembro de 2017
20:30 h 
Teatro Casa Grande 
Av. Afrânio de Melo Franco 290
Leblon
R$ 150,00 inteira
R$ 75,00 meia.

Vendas pelo site: https://www.tudus.com.br/evento/oi-casa-grande-amor-a-sao-conrado
ou Bilheteria do Teatro.

Obs. Quem não puder participar (comparecer ao show),mas quer ajudar entre em contato com a secretaria da igreja.
(21)3322-0560


terça-feira, outubro 24, 2017

SANTO ANTONIO DE SANT'ANNA GALVÃO


Conhecido como “o homem da paz e da caridade”, Antônio de Sant’Anna Galvão, nasceu no dia 10 de Maio de 1739, na cidade de Guaratinguetá, São Paulo. Filho de Antônio Galvão, português natural da cidade de Faro em Portugal e de Isabel Leite de Barros, natural da cidade de Pindamonhangaba, em São Paulo. O ambiente familiar era profundamente religioso. Antônio viveu com seus irmãos numa casa grande e rica, pois seus pais gozavam de prestigio social e influência política. O pai, querendo dar uma formação humana e cultural segundo suas possibilidades econômicas, mandou Antônio, com a idade de 13 anos, à Bahia a fim de estudar no seminário dos padres jesuítas. Em 1760 ingressou no noviciado da Província Franciscana da Imaculada Conceição, no Convento de São Boaventura do Macacu, na Capitania do Rio de Janeiro. Foi ordenado sacerdote no dia 11 de julho de 1762, sendo transferido para o Convento de São Francisco em São Paulo. Em 1774, fundou o Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição da Divina Providência, hoje Mosteiro da Imaculada Conceição da Luz, das Irmãs Concepcionistas da Imaculada Conceição. Cheio do espírito da caridade, não media sacrifícios para aliviar os sofrimentos alheios.

Por isso o povo a ele recorria em suas necessidades. A caridade de Frei Galvão brilhou, sobretudo, como fundador do mosteiro da Luz, pelo carinho com que formou as religiosas e pelo que deixou nos estatutos do então recolhimento da Luz. São páginas que tratam da espiritualidade, mas em particular da caridade de como devem ser vivida a vida religiosa e tratadas as pessoas de dentro e de fora do “recolhimento”. Às 10 horas do dia 23 de dezembro de 1822, no Mosteiro da Luz de São Paulo, havendo recebido todos os Sacramentos, adormeceu santamente no Senhor, contando com seus quase 84 anos de idade. Foi sepultado na Capela-Mor da Igreja do Mosteiro da Luz, e sua sepultura, ainda hoje continua sendo visitada pelos fiéis. Sobre a lápide do sepulcro de Frei Galvão está escrito para eterna memória: “Aqui jaz Frei Antônio de Sant’Anna Galvão, ínclito fundador e reitor desta casa religiosa, que tendo sua alma sempre em suas mãos, placidamente faleceu no Senhor no dia 23 de dezembro do ano de 1822”. Sob o olhar de sua Rainha, a Virgem Imaculada, sob a luz que ilumina o tabernáculo, repousa o corpo do escravo de Maria e do Sacerdote de Cristo, a continuar, ainda depois da morte, a residir na casa de sua Senhora ao lado de seu Senhor Sacramentado.

Frei Galvão é o religioso no qual o coração é de Deus, mas as mãos e os pés são dos irmãos. Toda a sua pessoa era caridade, delicadeza e bondade: testemunhou a doçura de Deus entre os homens. Era o homem da paz, e como encontramos no Registro dos Religiosos Brasileiros: “O seu nome é em São Paulo, mais que em qualquer outro lugar, ouvido com grande confiança e não uma só vez, de lugares remotos, muitas pessoas o vinham procurar nas suas necessidades”. O dia 25 de outubro, dia oficial do santo, foi estabelecido, na Liturgia, pelo saudoso Papa João Paulo II, na ocasião da beatificação de Frei Galvão em 1998 em Roma. Com a canonização do primeiro santo que nasceu, viveu e morreu no Brasil, a 11 de maio de 2007, o Papa Bento XVI manteve a data de 25 de outubro.


segunda-feira, outubro 23, 2017

XXIX DOMINGO DO TEMPO COMUM



Confrontado com a questão, Jesus convidou os seus interlocutores a mostrar a moeda do imposto e a reconhecerem a imagem gravada na moeda (a imagem de César). Depois, Jesus concluiu: “dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” . O que é que esta afirmação significa? Significa uma espécie de repartição equitativa das obrigações do homem entre o poder político e o poder religioso?


Provavelmente, Jesus quis sugerir que o homem não pode nem deve alhear-se das suas obrigações para com a comunidade em que está integrado. Em qualquer circunstância, ele deve ser um cidadão exemplar e contribuir para o bem comum. A isso, chama-se “dar a César o que é de César”.
No entanto, o que é mais importante é que o homem reconheça a Deus como o seu único senhor. As moedas romanas têm a imagem de César: que sejam dadas a César. O homem, no entanto, não tem inscrita em si próprio a imagem de César, mas sim a imagem de Deus (cf. Gn 1,26-27: “Deus disse: ‘façamos o homem à nossa imagem, à nossa semelhança’… Deus criou o ser humano à sua imagem, criou-o à imagem de Deus”): portanto, o homem pertence somente a Deus, deve entregar-se a Deus e reconhecê-lo como o seu único senhor.


Jesus vai muito além da questão que Lhe puseram… Recusa-Se a entrar num debate de carácter político e coloca a questão a um nível mais profundo e mais exigente. Na abordagem de Jesus, a questão deixa de ser uma simples discussão acerca do pagamento ou do não pagamento de um imposto, para se tornar um apelo a que o homem reconheça Deus como o seu senhor e realize a sua vocação essencial de entrega a Deus (ele foi criado por Deus, pertence a Deus e transporta consigo a imagem do seu senhor e seu criador). Jesus não está preocupado, sequer, em afirmar que o homem deve repartir equitativamente as suas obrigações entre o poder político e o poder religioso; mas está, sobretudo, preocupado em deixar claro que o homem só pertence a Deus e deve entregar toda a sua existência nas mãos de Deus. Tudo o resto deve ser relativizado, inclusive a submissão ao poder político.














Crianças homenageiam a Nossa Senhora Aparecida
21 de outubro de 2017