segunda-feira, junho 30, 2014

FESTA DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO APÓSTOLOS E DIA DO PAPA

"TU ÉS O CRISTO, O FILHO DO DEUS VIVO" 
DIA 29 DE JUNHO É UM DIA CONSAGRADO PELO MARTÍRIO DOS APÓSTOLOS SÃO PEDRO E SÃO PAULO.  PEDRO, PRIMEIRO PREDICADOR DA FÉ; PAULO, MESTRE ESCLARECIDO DA VERDADE” 

Nesta solenidade de São Pedro e São Paulo, em que também celebramos o dia do Papa sucessor dos Apóstolos e guia de toda a Igreja, recordamos a grande missão evangelizadora para a qual a Igreja
inteira, sob a condução  dos sucessores dos Apóstolos, é chamada a realizar. Nem mesmo a maior das tribulações  deve impedir a evangelização. O importante é que a Igreja persevere na sua missão de  anunciar e testemunhar o Senhor Ressuscitado, sabendo que nada prevalecerá sobre o anúncio da Boa-Nova.
 (Mt 16,13-19) - Naquele tempo, Jesus foi à região de Cesareia de Filipe e ali perguntou aos seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?” Eles responderam: “Alguns dizem que é João Batista; outros que é Elias; outros ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas.” 
Então Jesus lhes perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Simão Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo.” Respondendo, Jesus lhe disse: 
 “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus.”

HOMILIA DE PADRE MARCOS BELIZÁRIO FERREIRA
Hoje é um dia para agradecer à fé apostólica, que é também a nossa, proclamada por estas duas colunas com sua prédica. É a fé que vence ao mundo, porque crê e anuncia que Jesus é o Filho de Deus: “Simão Pedro respondeu: Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo!” (Mt 16,16).
As outras festas dos apóstolos São Pedro e São Paulo vêem outros aspectos, mas hoje contemplamos aquele que permite nomeá-los como “primeiros predicadores do Evangelho” com seu martírio confirmaram seu testemunho.

Sua fé, e a força para o martírio, não lhes veio de sua capacidade humana. Jesus então lhe disse: Feliz é Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelou isto, mas meu Pai que está nos céus (cf. Mt 16,17). 
Igualmente, o
reconhecimento “daquele que ele perseguia” como Jesus o Senhor foi claramente, para
Saulo, obra da graça de Deus. Em ambos os casos, a liberdade humana que pede o ato de fé se apóia na ação do Espírito. 
A fé dos apóstolos é a fé da Igreja, uma, santa, católica e apostólica. Desde a confissão de Pedro em Cesareia de Felipe, "cada dia, na Igreja, Pedro continua dizendo: 'Vós sois o Cristo, o Filho do Deus vivo!'" (São Leão Magno). 
Desde então até nossos dias, uma multidão de cristãos de todas as épocas, idades, culturas e, de
qualquer outra coisa que possa estabelecer diferenças entre os homens, proclamou
unanimemente a mesma fé vitoriosa.

Pelo batismo e a crisma estamos no caminho do testemunho, isto é, do martírio.  
É necessário que estejamos atentos ao “laboratório da fé” que o Espírito realiza em nós (João Paulo II), e que peçamos com humildade poder experimentar a alegria da fé da Igreja.
Mt 16,13-20 – Primado e profissão de fé realizada por Pedro
 (Mc 8,27-30; Lc 9,18-21)
Texto rico em doutrina. Primeiro temos a profissão de fé de Pedro à pergunta de Jesus: ‘Para vós quem eu sou?’. Cada um tem a sua resposta. Pedro dá a sua: ‘Tu és o Messias’. E para mim quem é o Cristo? Pedro teve suas quedas, mas sempre voltava para Jesus: “a quem iremos Senhor, só tu tens palavras de vida eterna”. 

E nós fazemos o mesmo, professando nossa fé em Cristo? Lembra a instituição da Igreja, o poder e a hierarquia. Uma instituição sólida, invencível, que jamais cairá porque tem o poder sobre as forças do mal: ‘as portas do inferno não terão força sobre ela’. Ou seja, o mal, tudo o que é contrário ao projeto de Jesus, à vida e ao bem no homem, não tem poder sobre a Igreja. A hierarquia está fundada nesses versículos. 
 Se, temos fé no poder de Jesus e se Ele dá poderes a Pedro para edificar e governar a sua Igreja, nós
fiéis devemos defende-la contra todo e qualquer ataque e também ao seu chefe o Papa. 
Pois essa Igreja não acabou com Pedro, por isso esse poder passou para seus sucessores. Três vezes Jesus pede a Pedro “apascenta minhas ovelhas”. Por que duvidar da ordem de Jesus? Está bem claro o mandato do Senhor.  Pedro, o seu sucessor, governará a sua Igreja. Senhor faça-me sempre defender o primado de Pedro nesse mundo cheio de vaidade e soberba onde não se cultiva obediência e subordinação e onde não se defende a teocracia. Recebe também o poder de ligar e desligar dos céus, ou seja, o poder de perdoar os pecados e de retê-los. Poder esse passado aos Padres.
‘Somente Simão, a quem deu o nome de Pedro, o Senhor constituiu em pedra de sua Igreja. Entregou-lhe as chaves da mesma (Mt 16,18-19); instituiu-o
pastor de todo o rebanho. “Porem o múnus de ligar e desligar, que foi dado a Pedro, consta que também foi dado ao colégio dos apóstolos, unido a seu chefe.” Este oficio pastoral de Pedro e dos outros Apóstolos faz parte dos fundamentos da Igreja e é continuado elos Bispos sob o primado do Papa.’


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domingo, junho 29, 2014

GRANDE FESTA DO CENTENÁRIO DA IGREJA SÃO CONRADO

Na chegada do Cardeal Tempesta e demais bispos e padres, a Banda dos Fuzileiros Navais tocou a fanfarra seguido do Hino Nacional no jardim da Igreja.
Com muitos paroquianos e moradores presentes do bairro de São Conrado e da Vila Canoas, que ajudaram a organizar a festa, e a Igreja com luz especial em tons azuis adaptada pela Light, inspirou ainda mais a todos para este dia solene.
 No início da celebração Padre Marcos acolheu o Cardeal, bispos e todos que estavam presentes e exaltou a importância do Centenário da Igreja São Conrado, com um breve discurso:
"Eminentíssimo Sr Cardeal Dom Orani João Tempesta,  Arcebispo da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro,  Excelentíssimos Srs Bispos Dom Edson de Castro Homem e Dom Roque Costa Souza, Excelentíssimo Sr Governador do Estado do Rio de Janeiro  Luiz Fernando Pezão,
Ilustríssimo Sr Paulo Eugênio de Niemeyer e Senhora, 
Caríssimos Carlos, Heloísa e Otto Niemeyer
Queridos netos, bisnetos e tataranetos do nosso Comendador Conrado Jabob de Niemeyer e Senhora Maria Fortunato da CunhaQueridos irmãos e irmãs, amados paroquianos de São Conrado. Em 1914, muitos acontecimentos marcaram a história do Mundo, com certeza o mais significativo, a exatamente a 100 anos, em 28 de junho de 1914, ocorreu o chamado “assassinato de Saravejo”, o nome dado ao incidente que matou o Arquiduque Francisco Fernando, herdeiro do Império Austro-Húngaro, e sua esposa Sofia. 
A verdadeira responsabilidade sobre o atentado tornou-se fruto de grande controvérsia, pois o ataque deflagrou o início da Primeira Guerra Mundial um mês depois. 
Também um ano com dois Papas, pois estava na Cátedra de Pedro, S Santidade o Papa São Pio X, que veio a falecer em agosto daquele ano, sendo então sucedido por Bento XV, eleito a 3 de setembro de 1914. Aqui no Rio de Janeiro, pastoreava o Primeiro Cardeal do América Latina, Dom Joaquim Arcoverde. Na Praia da Gávea , o Comendador Conrado Jacob de Niemeyer mandava construir a igreja que hoje estamos, era o dia 27 de junho de 1914, quando realizou-se aqui a benção da pedra  fundamental, data que hoje recordamos com muito afeto e alegria sobretudo celebramos fazendo a Memória de Jesus e nela e por ela, celebramos a Igreja, comunidade de fé, que não se define por estatísticas mas por viver os Mandamentos  
Divinos, pois pela vivência dos Mandamentos faremos pulsar o coração divino, impedindo-nos de sermos uma instituição fria (ou apática) prestadora de serviços religiosos, mas serva da Misericórdia. Hoje é um dia de festa também para o bairro, afinal a região em que nos encontramos e que um dia foi chamada de Praia da Gávea, é o Bairro de São Conrado. Um bairro que nasceu tendo como útero esta igreja e que tem como padroeiro um santo bispo que amava os pobres e a todos era dedicado.  O Bispo de Constance foi canonizado em 1123, e hoje 891 anos depois estamos na única igreja do Mundo dedicada a ele.
Enfim, agradecemos a tantos que nos ajudaram na festa de hoje, porém nossa gratidão mesmo chega aos padres, meus antecessores que nos encaminharam até este dia, dos Frades Franciscanos Menores, os primeiros responsáveis pela então Capela de São Conrado, passado pelos Frades Agostinianos Recoletos até naturalmente ao 
Cardeal Dom Jayme que em 02 de julho de 1969 elevou a capela a condição e responsabilidade de Paróquia (outro jubileu, em 2014, são 45 anos da elevação ou fundação da Paróquia). Frei Francisco, Dom Lessa, Padre Djalma e Padre Marcos Antônio Duarte (falecido no último dia 23 de abril). Deus seja louvado!
Aproveito para comunicar a todos que muitas serão as celebrações até 2016, quando então estaremos em 29 de junho celebrando os 100 anos da inauguração da igreja e da celebração da primeira missa. Neste período contaremos com a participação de todos pois faremos as homenagens como em 14 de fevereiro de 2015, os 100 anos da morte do Comendador Corando Jacob de Niemeyer, nessa ocasião daremos o nome do Salão da Igreja de “Conrado Jacob de Niemeyer”. 
Também a Senhora Maria Fortunato da Cunha, o jardim da igreja ganhará o seu nome, afinal, ela pediu a seu marido e o Outeiro foi erguido. Que tenhamos uma celebração marcante, verdadeiramente comemorativa, porque estamos aqui e porque a data não poderia de forma alguma passar sem ser recordada. Obrigado" Padre Marcos Belizário 
Na celebração Eucarística, Dom Orani refletiu sobre a generosidade do comendador Conrado em construir a Igreja, e em que o mesmo não imaginaria o nascimento de um bairro.
Dom Orani enumerou de como através  das devoções aos santos nascem bairros e cidades, como a nossa cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro.
 Convidou a todos presentes para celebrar 1 ano da Jornada Mundial da Juventude Rio2013, e a vinda do Papa Francisco ao Brasil, que: na  Arquidiocese do Rio de Janeiro, o evento  será realizado na Quinta da Boa Vista, no dia 26 de julho do qual ele presidirá a missa no local às 18h, e a peregrinação das réplicas dos símbolos da JMJ “a cruz peregrina e o ícone de Nossa Senhora”, a partir do dia 19 de julho.
 “O objetivo é trazer de volta o ardor e a alegria vividos na cidade do Rio”, disse Dom Orani. A bênção dos símbolos será na Praça da Medalha Milagrosa, na Tijuca, no dia 18 de julho.
Estiveram presentes: Cardeal e Arcebispo do Rio de Janeiro Dom Orani João Tempesta, Dom Roque Costa Souza, Dom Edson de Castro Homem, Padre Ricardo Torri e demais padres, seminaristas do Seminário São José, Dr. Paulo Eugênio de 
Niemeyer e sra, como demais membros da família do Dr Conrado Jacob de Niemeyer (netos, bisnetos e tataranetos), o governador do Rio de Janeiro Luiz Fernando Pezão e sra, a Banda dos Fuzileiros Navais e paroquianos (as). Tudo transmitido em tempo real pela Web Redentor.
Devido a decisão inesperada da ANAC ter proibido e fechado a rampa de Voo Livre Mauricio Klabin na Pedra Bonita a partir do meio-dia, por causa dos jogos da Copa do Mundo, a chuva de pétalas 
sobre a Igreja que tinha sido programada para as 
17:00h, foi antecipada, e teve a participação de quatro instrutores e pilotos de Asa Delta (ABVL) que foram orientados pelo piloto Carlos Eduardo Renha (Mosquito), completando assim a programação anunciada do dia 28 de Junho de 2014 da grande festa do Centenário da Igreja São Conrado!

Um dos nossos convidados o empresario Pedro Grossi, fez um belo discurso em agradecimento:
“Queridos irmãos e irmãs é com muita alegria que nos reunimos aqui hoje para comemorar o centésimo aniversário do evento da pedra fundamental dessa igreja dedicada a São Conrado e santo padroeiro do nosso bairro e muito nos honra a
presença de Dom Orani que tão solicitamente 
acolheu o convite de nosso caríssimo pároco padre Marcos Belizário Ferreira, e aqui agradecemos pela sua sempre sábia condução como nosso pastor. E  
fazendo duplo significado ao nome ‘Conrado’ que significa justamente ‘Conselheiro Prudente’
 – lembramos também durante essa celebração de todos os sacerdotes que passaram por essa igreja.
 De fato, a festa de hoje e mais que comemorar a construção feita de pedra e tijolo, nos convida a refletir sobre a nossa vida como comunidade cristã, consciente. Como se pode ler na primeira Carta de São Pedro:
 ‘Pelo batismo, ‘nós somos pedras vivas’ que um formam edifício espiritual’. Assim a festa de hoje quer que  nós a exemplo do nosso santo padroeiro, sejamos um  colaborador e discípulos missionários de Jesus Cristo e com esse sentimento e intenção agradecemos ao nosso querido Arcebispo Dom Orani". 
 Após a bênção final ouvimos o Hino de São Conrado gravado pela voz da cantora Maria Betânia. A intenção é que depois dos tramites legais ela irá oferecer o CD como propriedade da Igreja São Conrado e da Diocese.
HINO DE SÃO CONRADO
Há mil anos caminhava um pastor com seu cajado,
Era um bispo e se humilhava suplicando para os nobres. Aos mais ricos implorava uma ajuda para os pobres, era um homem verdadeiro bom e santo, São Conrado. É o nosso padroeiro nessa Igreja venerado.
Neste outeiro debruçado sobre o verde-azul do mar, nós pedimos São Conrado, vem do céu nos abençoar.
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sexta-feira, junho 27, 2014

SOLENIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS E CENTENÁRIO DA IGREJA SÃO CONRADO

CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA DO CENTENÁRIO DA IGREJA SÃO CONRADO E SOLENIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS, PRESIDIDA POR PADRE MARCOS BELIZÁRIO FERREIRA

O tema “Igreja” iluminou quase todas as celebrações do Tempo Pascal, com reflexões ponderando especialmente a Igreja como continuadora do projeto divino, trazido à terra por Jesus. 
Agora, queremos iluminar esta celebração considerando que a proposta divina só é plenamente compreendida no contexto da misericórdia divina, ou seja, o projeto divino realiza-se no contexto da misericórdia divina. 
BÊNÇÃO DO CÁLICE DO CENTENÁRIO
DA IGREJA SÃO CONRADO
A compreensão deste aspecto, do ponto de vista eclesiológico, encontra no Coração de Jesus a expressão simbólica do amor misericordioso de Deus.
A Igreja, comunidade dos discípulos e discípulas de Jesus, inspira-se na misericórdia divina para ser comunidade com um coração como de seu Mestre Jesus (Evangelho). A Igreja, comunidade de fé, não se caracteriza pelo poder numérico, mas pela força do amor (1ª leitura). 
Não há, por exemplo, necessidade de se preocupar tanto com estatísticas, mas em viver os mandamentos divinos, pois pela vivência dos mandamentos, a comunidade eclesial faz pulsar o coração divino em tudo que realiza. 
Pela vivência dos mandamentos, a Igreja conhece os caminhos de Deus, tornando-se sempre mais paciente, bondosa e compassiva (salmo responsorial). Isto a impede de ser uma instituição fria ou simples prestadora de serviços religiosos, mas misericordiosa.
Papa Francisco faz questão de lembrar, de tempos em tempos, que a Igreja não é uma ONG piedosa, porque ela existe em vista do projeto divino. 
Em algumas oportunidades, Papa Francisco lembra que a Igreja não tem espírito empresarial, com fins lucrativos, porque seu Espírito é divino e a conduz nos caminhos da misericórdia, e a misericórdia não considera lucros, mas a gratuidade para ir ao encontro das periferias, onde vivem os afadigados (Evangelho).
A Igreja recebeu o Espírito de Deus para que nós — Corpo de Cristo — vivamos como Jesus, ou seja, fazendo o bem (At 10,38). 
A Igreja existe para fazer o bem espelhando-se no Coração de Jesus. 
Se assim é, à medida que a Igreja vive no contexto do amor, pulsa nela o mesmo Coração de Jesus, uma vez que é no amor e pelo amor que vivemos em Deus e Deus permanece em nós (2ª leitura). 
Entendemos, assim, que a Igreja é uma comunidade fundada no amor divino e chamada a testemunhar, através das obras, o amor divino. O simbolismo sacramental deste amor é o Coração de Jesus.
Na festa do Sagrado Coração de Jesus, o papa Francisco declarou na homilia que Deus pede que o homem se faça pequeno para poder comunicar a ele o seu amor.
Deus não espera: Ele doa; não fala, mas age. O Santo Padre fala do coração de Jesus, celebrado na liturgia de hoje. Deus, disse Francisco, “nos dá a graça, a alegria de celebrar no coração do seu Filho as grandes obras do seu amor. 
Podemos dizer que hoje é a festa do amor de Deus em Jesus Cristo, do amor de Deus por nós”.
“Existem dois aspectos do amor. Primeiro, o amor está mais em dar do que em receber. Segundo: o amor está mais nas obras do que nas palavras. 
Quando dizemos que está mais em dar do que em receber, é porque o amor se comunica: sempre comunica. E é recebido pelo amado. E quando dizemos que está mais nas obras do que nas palavras, é porque o amor sempre dá a vida, faz crescer”.
Para entender o amor de Deus, o homem tem que procurar uma dimensão inversamente proporcional à imensidão: a pequenez, “a pequenez do coração”.
Moisés, disse o papa, explica ao povo judeu que eles foram escolhidos por Deus porque eram “o menor de todos os povos”. E Jesus, no evangelho, louva o Pai porque Ele “escondeu as coisas divinas dos doutos e as revelou aos pequenos”.
 Deus busca o homem, portanto, numa “relação papai-filhinho”, o acaricia e lhe diz: “Eu estou contigo”.
“Esta é a ternura do Senhor, em seu amor; Ele nos comunica isto e nos dá a força da sua ternura. Mas, se nos sentimos fortes, nunca teremos a experiência da carícia do Senhor, as carícias tão belas do Senhor... tão belas”.
“‘Não temas, eu estou contigo e te dou a mão...’. São palavras do Senhor que nos fazem sentir aquele misterioso amor que Ele tem por nós. E quando Jesus fala de si mesmo, Ele nos diz: ‘Eu sou manso e humilde de coração’. Ele também, o Filho de Deus, se abaixa para receber o amor do Pai”.
Outra prova particular do amor de Deus, indicou o pontífice, é que Ele nos amou primeiro, Ele sempre chega antes de nós e nos espera.
O papa Francisco terminou a homilia pedindo a Deus a graça “de entrarmos neste mundo tão misterioso, de nos aniquilarmos e de termos este amor que se comunica, que nos dá alegria e que nos conduz pelo caminho da vida, como crianças levadas pela mão”.

“Quando nós chegamos, Ele já está lá; quando nós o buscamos, Ele nos buscou primeiro. Ele sempre está diante de nós, nos espera para nos receber no seu coração, no seu amor.

 E estas duas coisas podem nos ajudar a entender este mistério do amor de Deus por nós. Para se expressar, Ele precisa da nossa pequenez, do nosso abaixamento. E também precisa do nosso assombro quando o buscamos e o encontramos lá, esperando por nós” (Zenit)


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