segunda-feira, dezembro 30, 2013

FELIZ 2014!!

OBRIGADO SENHOR, POR MAIS ESTE ANO QUE ESTAMOS CONCLUINDO, E ABENÇOAI-NOS PARA QUE O NOVO ANO QUE SE APROXIMA SEJA MAIS UMA OPORTUNIDADE PARA RECOMEÇAR COM OS PÉS NO CHÃO E OS OLHOS NO CÉU, ANIMADOS POR UMA VIVA ESPERANÇA DE TEMPOS MELHORES.

“Na vida de cada um de nós há sempre uma necessidade de recomeçar, de levantar-se, de 
recuperar o sentido da meta de sua existência” (Papa Francisco, na abertura do Advento).
Na maioria das vezes somos tentados a buscar culpados pelos nossos erros e fracassos. 
 Talvez o que mais pesa é querer concertar o passado, ou talvez criar sentimento de culpa, e até mesmo pensar que não valeu a pena.  Tenho certeza que não temos outra saída a não ser recomeçar, apostando tudo no momento presente, cientes de que o futuro não nos pertence.
 Uma esperança que não decepciona, porque esta alicerçada na fé, construída na Palavra de Deus, alimentada pela capacidade de dobrar os joelhos e orar sempre sem se cansar. Temos como guia permanente a nos mostrar os caminhos 
seguros, verdes e abundantes pastagens, Jesus Cristo, o Bom e Amado Pastor.
A humanidade, mais de dois mil anos, caminha na luz do Menino que naquela noite, sem encontrar lugar nas casas, encontra um estábulo para nascer e ouvir dos anjos:“Glória a Deus nas alturas e Paz na terra aos homens de boa vontade”! 
 Esse é o tempo e o momento de reavivar a esperança que nos faz crer e fazer tudo como se 
tudo dependesse de nós, mas ao mesmo tempo como se tudo dependesse de Deus. Somos humanos, com todos os limites e possibilidades. Ninguém é todo poderoso e muito menos dono do próprio nariz.  Vivemos a transitoriedade de uma vida que se apaga ao sopro do inesperado. 
Sem pretensões de super homens e nem homens sem ideais, somos feitos para solenizar cada momento presente, como único e último.
Ao findar de um ano marcado por sucessos e fracassos, por alegrias e tristezas, resta-nos carregar os nossos sentimentos de uma profunda gratidão.
Em primeiro lugar ao Criador que nos amou e nos deu a capacidade de amar e ganhar o pão com o suor do próprio rosto. 


Gratidão a todos que de uma maneira ou de outra cruzaram os nossos caminhos marcando êxitos ou dividindo as cruzes.
Penso que esta é uma oportunidade para perdoar aqueles que de alguma forma foram obstáculos no caminho da vida.  Não existe satisfação melhor do que ter um coração livre e vazio de rancores e ódios do passado.

Obrigado Senhor, por mais este ano que estamos concluindo, e abençoai-nos para que o novo ano que se aproxima seja mais uma 
oportunidade para recomeçar com os com os pés no chão e os olhos no céu, animados por uma viva esperança de tempos melhores.
Senhor, desejamos construir a nossa vida na dignidade de filhos e filhas criados a sua imagem e semelhança.
Não queremos desfigurar ninguém com nossas atitudes e sim defender a vida, amando a todos, sem perder a esperança. Abençoado Ano Novo para você e sua família! Feliz 2014!
CNBB 
Dom Anuar Battisti
Arcebispo Maringá (PR)
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MENSAGEM DO PÁROCO
"O Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei". Gênesis 12:1

Mostra-nos o Senhor que estamos enraizados, numa terra, num lugar. Em 2014, nós moradores e sobretudo paroquianos de São Conrado queremos comemorar a nossa “pátria”, nosso lugar comum: nosso bairro.
A Igreja de São Conrado e com ela e por causa dela, estamos comemorando um centenário de vida e de sinal da presença amorosa do Deus feito carne na terras da antiga Praia da Gávea, hoje São Conrado.
Assim, pedra sobre pedra edificamos uma comunidade de fé que nos últimos 99 anos celebrou a vida. Seria um ato de injustiça, sobretudo quando olhando a própria história da Cidade do Rio de Janeiro pasmados com as mais belas imagens em forma de fotografias que se espalham pela internet, da Praia da Gávea com sua construção mais significativa a Igreja de São Conrado de Constance.
Homem de visão, o nosso Comendador Jacob Conrado de Niemeyer, que ousou na construção do que é hoje a avenida que leva o seu nome, 
e ao mesmo tempo a coragem de erguer um oratório que faria permanecer para sempre sua fé, num ato semelhante ao da primeira missa celebrada na Terra
 de Santa Cruz, em 26 de abril de 1500, a “Igrejinha” de São Conrado é sem dúvida a Cruz erguida sob a Pedra da Gávea e a beira mar,  mergulhados em dois mundos, céu e terra, nós que aqui moramos e trabalhamos.
Enraizando-nos numa espécie de pátria, amando a terra mas olhando para o Criador para adorá-Lo.
A Igreja de São Conrado está erguida como um monumento a memória de nossa própria história, e dando-nos a possibilidade de olharmos para nós e para o passado, repleto de graças.
Impulsionados por tantos acontecimentos que marcaram os anos que passaram, vamos festejar os 2014 anos do nascimento de Jesus com a grandiosa festa dos 100 anos daquela que é sem dúvida o marco maior e postal em forma de monumento, aos olhos de todos os que por aqui passam, a Igreja de São Conrado.
Padre Marcos Belizário Ferreira
Pároco da Matriz de São Conrado




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domingo, dezembro 29, 2013

FESTA DA SAGRADA FAMÍLIA - TEMPO DO NATAL

"UMA LIÇÃO DE VIDA FAMILIAR. QUE NAZARÉ NOS ENSINE O QUE É A FAMÍLIA, SUA COMUNHÃO DE AMOR, SUA BELEZA SIMPLES E AUSTERA, SEU CARÁTER SAGRADO E INVIOLÁVEL" Paulo VI

                            Das Alocuções do Papa Paulo VI
(Alocução pronunciada em Nazaré a 5 de janeiro de 1964) (Séc. XX)

AS LIÇÕES DE NAZARÉ
Nazaré é a escola onde se começa a compreender a vida de Jesus: a escola do Evangelho.
Aqui se aprende a olhar, a escutar, a meditar e penetrar o significado, tão profundo e tão misterioso, dessa manifestação tão simples, tão humilde e tão bela, do Filho de Deus.
Talvez se aprenda até, insensivelmente, a imitá-lo.
Aqui se aprende o método que nos permitirá compreender quem é o Cristo.
 Aqui se descobre a necessidade de observar o quadro de sua permanência entre nós: os lugares, os tempos, os costumes, a linguagem, as práticas religiosas, tudo de que Jesus se serviu para revelar-se ao mundo. Aqui tudo fala, tudo tem um sentido. Aqui, nesta escola, compreende-se a necessidade de uma disciplina espiritual para quem quer seguir o ensinamento do Evangelho e ser discípulo do Cristo.
 Ó como gostaríamos de voltar à infância e seguir essa humilde e sublime escola de Nazaré! Como gostaríamos, junto a Maria, de recomeçar a adquirir a verdadeira ciência e a elevada sabedoria das verdades divinas.
 Mas estamos apenas de passagem. Temos de abandonar este desejo de continuar aqui o estudo, nunca terminado, do conhecimento do Evangelho.
Não partiremos, porém, antes de colher às pressas e quase furtivamente algumas breves lições de Nazaré.
Primeiro, uma lição de silêncio. Que renasça em nós a estima pelo silêncio, essa admirável e indispensável condição do espírito; em nós, assediados por tantos clamores, ruídos e gritos em nossa vida moderna barulhenta e hipersensibilizada. 
 O silêncio de Nazaré ensina-nos o recolhimento, a interioridade, a disposição para escutar as boas inspirações e as palavras dos verdadeiros mestres. Ensina-nos a necessidade e o valor das preparações, do estudo, da meditação, da vida pessoal e interior, da oração que só Deus vê no segredo.
 Uma lição de vida familiar. 
Que Nazaré nos ensine o que é a família, sua comunhão de amor, sua beleza simples e austera, seu caráter sagrado e inviolável; 
aprendamos de Nazaré o quanto a formação que recebemos é doce e insubstituível: aprendamos qual é sua função primária no plano social.
Uma lição de trabalho. Ó Nazaré, ó casa do “filho do carpinteiro”! 
É aqui que gostaríamos de compreender e celebrar a lei, severa e redentora, do trabalho humano; aqui, restabelecer a consciência da nobreza do trabalho; aqui, lembrar que o trabalho não pode ser um fim em si mesmo, mas que sua liberdade e nobreza resultam, mais que de seu valor econômico, dos valores que constituem o seu fim. 
Finalmente, como gostaríamos de saudar aqui todos os trabalhadores do mundo inteiro e mostrar-lhes seu grande modelo, seu divino irmão, o profeta de todas as causas justas, o Cristo nosso Senhor.
Homilia de Padre Marcos Belizário na Festa da Sagrada Família
Como pode uma sociedade, que vive na prática de costas voltadas para Deus e que destrói, de tantos modos, a dignidade humana, celebrar o mistério de um “DEUS feito homem”?
São, ao que parece, bastantes as pessoas para quem é exatamente igual acreditar ou não acreditar, ouvir que “Deus morreu” ou que “Deus nasceu”. A vida continua igual. Parece já não haver necessidade de Deus.
 E, no entanto, a história contemporânea obriga-nos já a fazer algumas perguntas importantes. Houve um tempo em que se falava da “morte de Deus”; hoje fala-se da “morte do homem”. 
Há alguns anos proclamava-se o “desaparecimento de Deus”; hoje anuncia-se o “desaparecimento do homem”. Não será que a morte de Deus arrasta consigo, inevitavelmente, a morte do homem?
Expulso Deus das nossas vidas, encerrados num mundo criado por nós mesmos e que não reflete senão as nossas próprias contradições e misérias, quem nos pode dizer o que somos e o que realmente queremos? Não temos necessidade de Deus nascer de novo entre nós, de que nasça com nova luz nas nossas consciências, que abra caminho no meio dos nossos conflitos e contradições?
Para nos encontrarmos com esse Deus não é necessário ir muito longe. Basta entrar silenciosamente em nós mesmo. Basta mergulhar nas nossas interrogações e anseios mais profundos.

É esta a mensagem de Natal: Deus está perto de ti, no lugar onde estás, desde que te abras ao seu mistério. 
Deus inacessível tornou-se a sua proximidade misteriosa. Deus pode nascer em cada um de nós.


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sábado, dezembro 28, 2013

"VOCÊ É O NATAL!!!" - CELEBRAÇÃO NA OITAVA DO NATAL NA PARÓQUIA SÃO CONRADO


A paz é universal porque é participação do amor de Deus. E, sobretudo, é-nos dito que a paz é dádiva da vinda de Jesus. 
Não é simplesmente a conquista dos homens, embora de boa vontade, mas uma dádiva que deriva do amor de Deus.
Comandante Coronel Frederico Caldas
A paz é a sombra visível, terrena, da glória invisível de Deus. A glória é o rosto de Deus, o seu amor universal. Ouve-se dizer, por vezes, que a guerra é justa e necessária. Talvez, mas o cristão não poderá jamais falar de guerra de Deus.  A glória de Deus, seja como for, não resplandece na vitória sobre os inimigos, mas na paz com eles.
Amor é oferta de possibilidade. Jesus é oferta, aquele que não veio para ser servido, mas para servir, ensina-nos a servir num amor imensurável.

Hoje, a liturgia celebra a solenidade de são João, apóstolo e evangelista. 
Ao dia seguinte de Natal, a Igreja celebra a festa do primeiro mártir da fé cristã: são Estevão. 
E ao dia seguinte, a festa de são João, aquele que melhor e mais profundamente penetra no mistério do Verbo encarnado, o primeiro "teólogo" e modelo de tudo verdadeiro "teólogo". A passagem do seu Evangelho que hoje se propõe ajuda-nos a contemplar o Natal desde a perspectiva da Ressurreição do Senhor. 
Por isso, João, ao chegar até o túmulo vazio, "viu e creu" (Jo 20,8). Confiados na testemunha dos Apóstolos, nos vemos movidos em cada Natal a "ver" e "crer".
Cada um pode reviver esses "ver" e "crer" a propósito do nascimento de Jesus, o Verbo encarnado. João movido pela intuição do seu coração —e, deveríamos acrescentar pela "graça"— "vê mais além do que seus olhos naquele momento podem contemplar. 
Na realidade, se ele crê, vê sem "ter visto" ainda a Cristo, com o qual já tem implícita a louvação para aqueles que "não viram, e creram!" (Jo 20,29), com o qual acaba o capítulo do seu Evangelho.
  Pedro e João "correm" juntos até o túmulo, mais o texto nos diz que João "o outro discípulo correu mais depressa, chegando primeiro ao túmulo" (Jo 20,4).
Parece como se João desejasse mais estar ao lado de Aquele que amava —Cristo— do que estar fisicamente ao lado de Pedro, ante o qual, porém —com um gesto de esperá-lo e que seja ele quem entre primeiro ao túmulo— demonstra que é Pedro quem tem a primazia no Colégio Apostólico. 
Com tudo, o coração ardente, cheio de zelo, fervoroso de amor por João, é o que o leva a "correr" e "avançar", convidando-nos a viver igualmente a nossa fé com este desejo ardente de encontrar ao Ressuscitado



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quarta-feira, dezembro 25, 2013

ADOREMOS O SALVADOR! - 25/12/2013

Neste dia, somos convidados a contemplar, numa atitude de serena adoração, esse incrível passo de Deus, expressão extrema de um amor sem limites.
O coro dos anjos ressoa na terra e um mundo novo seu canto anuncia: a glória a Deus Pai nas alturas celestes, e ao gênero humano a paz e alegria.

Embora pequeno, deitado em presépio, em todo Universo, ó Cristo, reinais. Ó fruto bendito da Virgem sem mancha, que todos vos amem num reino de paz.
Nasceis para dar-nos o céu como Pátria, vivendo na carne da humanidade. Renovem-se as mentes e os corações, se unam por laços de tal caridade.
Às vozes dos anjos as nossas unimos, num coro exultante de glória e louvor, cantando aleluias ao Pai e ao Filho, cantando louvores e graças ao Amor.
Homilia de Padre Marcos Belizário Ferreira
Uma novidade inesperada e absolutamente surpreendente: 
“a Palavra fez-se HOMEM”. Deus não está apenas conosco, mas tornou-Se um de nós. “HOMEM”, como já vimos. Engloba toda a plenitude da HUMANIDADE, incluindo a fragilidade, a fadiga, a derrota, a dor e a morte. 
Para nos revelar o rosto de Deus, o Filho, compartilhou as nossas experiências. 
E ao fazê-lo tornou visível o Deus invisível. É isto o Natal. Deus já não está escondido, mas revelou-Se dentro da nossa humanidade concreta e dentro da nossa história. Jesus, Filho de Deus feito homem, tornou visível e conhecível o rosto de Deus: o rosto de um Pai que é amor, misericórdia, perdão, atenção por todos os menos afortunados.
A novidade é que Jesus nos revelou sobretudo como Deus nos olha, o que Ele fez e continua a fazer por nós. 
Não em primeiro lugar o que nós devemos fazer por Ele, mas o que Ele faz por nós. 
Pode dizer-se que inverteu o olhar: na Cruz, deve-se ver sobretudo um Deus que morre pelo homem, em vez de um mártir que morre por Deus. Esta é a alegre e surpreendente notícia.
Quem é Deus? É a pergunta do homem de todos os tempos, uma pergunta por vezes escondida,  mas sempre presente. A resposta é: se queres saber quem é Deus olha para Jesus, para Sua vida, para as Suas palavras, para as Suas opções. Há também uma segunda pergunta: qual é a verdade do homem, o caminho que deve percorrer, a meta para a qual deve tender e o projeto que o realiza? 
 A resposta é ainda: olha para Jesus que pode afirmar: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”(Jo 14,6) Jesus é o caminho que conduz à verdade e à vida. Que caminho percorreu Jesus Que opções fez? Ele viveu doando a Sua vida como um “pão partido e distribuído” disse que viera para “servir e não para ser servido” (Mt 20,28). O Homem é muitas vezes tentado a pensar que para se salvar deve conservar-se mas, pelo contrário, salva-se doando-se, O projeto do homem é o amor.
Cf  Casarin, Leccinario Comentado Advento- Natal Paulus , Lisboa 2009 
1Jo 1,1-3 - O que era desde o princípio, o que nós ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplamos e as nossas mãos tocaram da Palavra da Vida, de fato, a Vida manifestou-se e nós a vimos, e somos testemunhas, e a vós anunciamos a Vida eterna, que estava junto do Pai e que se tornou visível para nós – isso que vimos e ouvimos, nós vos anunciamos, para que estejais em comunhão conosco. E a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo.
Hb 1,1-2 - Muitas vezes e de muitos modos falou Deus outrora aos nossos pais, pelos profetas; nestes dias, que são os últimos, ele nos falou por meio do Filho, a quem ele constituiu herdeiro de todas as coisas e pelo qual também ele criou o universo.
Aleluia! Despontou o santo dia para nós: Ó nações, vinde adorar o Senhor Deus, porque hoje grande luz brilhou na terra!  Um menino nasceu para nós: um filho nos foi dado! O poder repousa nos seus ombros. Ele será chamado Admirável, Deus, Príncipe da paz, Emanuel, o Deus-Conosco, e o seu Reino não terá fim.