sexta-feira, fevereiro 27, 2015

RECITAÇÃO DO TERÇO, MISSA E VIA SACRA COM A PARTICIPAÇÃO DAS CRIANÇAS DA CATEQUESE - SEXTA-FEIRA DIA 27/02/2015


Lembrai-vos Senhor de vossa Igreja, servidora da humanidade. Concedei-lhe paz e fortaleza em meio às angústias, vitórias e lidas da Sociedade de nosso tempo.
O modo como Jesus enfrenta o processo de sua prisão e condenação à morte revela-nos que Ele sempre foi fiel à vontade do Pai. Sua mansidão proclama que não é pela violência que se constrói a paz. O amor e o perdão geraram a nova Sociedade fraterna e solidária.
Pilatos lavou as mãos diante da multidão que gritava “seja crucificado!” dizendo: “Estou inocente desse sangue, a responsabilidade é vossa”. A isso todo o povo respondeu: “Que o seu sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos”. Então, depois de mandar flagelar Jesus, Pilatos entregou-o para que fosse crucificado (cf. Mt 27, 23-26).
Uma Sociedade na qual milhões de pessoas são excluídas, impossibilitadas dos bens necessários à vida; uma sociedade que produz a cada dia novos pobres miseráveis e mata os inocentes torna-se também responsável pelo seu sangue. No Brasil, mata-se 50 mil pessoas em apenas um ano. A maior parte das vítimas é formada por jovens negros e pobres.
Jesus com o rosto no chão orava: “Pai, meu Pai, se é possível, afasta de mim este cálice de sofrimento! Porém, que não seja feito o que eu quero, mas o que tu queres” (cf. Mt 26,39). O ser humano sozinho não tem força para eliminar os males do mundo. Jesus nos ensina que, sem considerar o próximo como semelhante, como filho e filha de Deus, não haverá paz social nem respeito verdadeiro pelos autênticos valores humanos. Com a graça de Cristo é possível vencer as quedas no caminho da vida.
 “Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe: ‘Este menino será causa de queda e de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição - uma espada transpassará a tua alma! - e assim serão revelados os pensamentos de muitos corações’” (Lc 2, 34-35). Na estrada da vida, encontramo-nos com pessoas que amamos e com gente que nos anima. Mãe e Filho encontram-se e caminham para a cruz, para a ressurreição, para o amor total.
“Então O levaram para crucificá-lo. Os soldados obrigaram alguém que passava, voltando do campo, Simão de Cirene, pai de Alexandre e de Rufo, a carregar a cruz” (Mc 15, 20b-21).  Ao nascer da Virgem Maria, o Filho de Deus assumiu nossa condição humana. No caminho da vida e da conversão, não estamos sozinhos. No caminho do calvário e da ressurreição, Jesus nos revela que muitos necessitam de mãos servidoras e de ombros amigos para compartilhar o peso da cruz.
O amor a Deus e ao próximo é o primeiro e maior de todos os Mandamentos. Jesus se faz particularmente presente no rosto dos mais fracos, dos pobres e sofredores, no entanto nem todos conseguem perceber essa presença de Cristo. Nenhum discípulo de Jesus pode ficar surdo a este grito: “o espírito de pobreza e de caridade são a glória e o testemunho da Igreja de Cristo” (Gaudium et Spes, n. 88).
O Reino que Jesus anuncia e convida o ser humano a participar é o Reino do amor, da vida e da justiça, não o da corrupção, da exploração, do abuso do poder e da força. Quando não há respeito pela pessoa humana, e essa é tratada como mercadoria de lucro, a queda é inevitável. Existe pior queda do que essa? O caminho da cruz do cotidiano é duro e penoso - nem por isso a cruz de nossa missão deve ser abandonada.
Seguiam a Jesus mulheres que batiam no peito e choravam por Ele. Jesus, porém, voltou-se para elas e lhes disse: “Mulheres de Jerusalém, não choreis por mim! Chorai por vós mesmas e por vossos filhos... Porque se fazem assim quando a árvore está verde, o que acontecerá quando estiver seca?” (cf. Lc 23, 27-28). Em nosso tempo, a mulher conquistou influência, conquistou um alcance e poder jamais alcançados até agora; Jesus exorta as mulheres a não perderem o sentido de sua vocação, a não cederam ao projeto maléfico que as considera apenas objeto de prazer, de espoliação e domínio. As palavras e gestos de Jesus exprimem o respeito e a honra devidos à mulher (Mulieris Dignitatem, n. 13).
O caminho do calvário é longo, a cruz é pesada e os algozes são insensíveis: Jesus cai pela terceira vez. As organizações da Sociedade e as pastorais da Igreja podem ajudar a preservar e a melhorar as condições de vida nas sucessivas quedas da vida e a não se acomodar à margem do caminho.
Na fidelidade de Jesus ao projeto de amor do Pai, Ele suporta os piores ultrajes: sua dignidade é humilhada até o máximo; a túnica que cobre seu corpo é rasgada e se torna objeto de sorte. A desnudação de Jesus mostra o absurdo da violência e da maldade humana, que por vezes chega a encontrar prazer nos sofrimentos dos pobres e dos indefesos.
Crer em Jesus, que por nós foi crucificado, morreu, foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, é assumir em nossa vida o projeto de Jesus: “Eu vim para servir” (cf. Mc 10,45), “para que tenham vida e tenham em abundância” (Jo 10,10). A cruz é a expressão do amor total, radical, de quem se doa até as últimas consequências, até a morte.
A Igreja é a comunidade dos discípulos de Jesus. Ela é um sinal do amor e da presença do Filho de Deus no mundo e o instrumento da unidade dos seres humanos com Deus. Por esse motivo, a Igreja sente-se real e intimamente ligada à humanidade e a sua história (cf. Gaudium et Spes, n.1). A Igreja é a razão pela qual Jesus se entrega e morre na cruz. Ela é sua esposa e Ele a ama dando sua vida por Ela. 
Por Cristo e em Cristo, ilumina-se o enigma da dor e da morte, que fora de seu Evangelho esmaga-nos. Cristo ressuscitou, com Sua morte destruiu a morte e nos concedeu a vida. O Espírito oferece-nos a todos a possibilidade de nos associarmos ao mistério pascal. A fé na ressurreição impele-nos a agirmos a favor da vida e do respeito à dignidade humana e à natureza, obras do amor de Deus Pai. 

ORAÇÃO 
Ó Pai e Senhor da vida, com a ressurreição de vosso Filho Jesus Cristo abristes para nós as portas do vosso Reino. Concedei-nos que, celebrando o mistério pascal e renovados pelo Espírito da Verdade, ressuscitemos na luz da vida nova. Dai-nos esperança de vida e ressurreição diante de tantas situações humanas de conflitos e guerras. Isso vos pedimos em nome de Jesus, nosso Senhor.
VIA SACRA - CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2015
"EU VIM PARA SERVIR"
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quinta-feira, fevereiro 26, 2015

“RECAI EM TI”


Desde a tarde do primeiro domingo da Quaresma, o Papa e os seus mais diretos colaboradores da Cúria Romana, estão a participar  numa semana de Exercícios Espirituais, na Casa Divino Mestre dos Padres Paulinos, em Ariccia.

Neste segundo dia de Retiro Espiritual, o pregador carmelitano Padre Bruno Secondin, propôs uma reflexão bíblica, baseada na leitura pastoral do profeta Elias.
"Retorne sobre os seus passos"
Terceira jornada dos Exercícios Espirituais da Quaresma, na casa Divino Mestre dos Paulinos. 

O que fazes aqui? O que procuras? Te deixas surpreender por Deus? Queres entender para onde desejas ir? Então "recai em ti''. Começou com perguntas e convites dirigidos diretamente ao coração dos presentes no quarto dia dos exercícios espirituais quaresmais para o Papa e a Cúria romana.

O carmelita difundiu estas solicitações na primeira meditação de quarta-feira 25 de Fevereiro que, depois das reflexões dedicadas a recuperar a própria verdade interior e a liberdade de adesão à proposta de Deus, abriu ao caminho rumo àquela proposta.

A contrastada vicissitude do profeta Elias que se compromete com zelo e furor sagrado, mas com um egocentrismo exasperado, para defender a aliança entre o Senhor e o seu povo, e que se encontra exausto, derrotado e amedrontado numa caverna do monte Oreb, continuou a inspirar as reflexões do pregador. Na meditação vespertina de terça-feira 24, o religioso completou a proposta de "avaliação da consciência", analisando precisamente a trágica situação de Elias que, como narra o capítulo 19 do primeiro livro dos Reis, que se encontra num estado de "depressão mortal", amedrontado, em fuga, sozinho, exausto, desiludido com a própria falência.

Um estado de depressão, disse o padre Secondin, que "não é raro, até na vida sacerdotal. Muitos cedem, também entre os sacerdotes". Portanto, é preciso prestar atenção a determinados sinais que poderiam transformar-se em enormes dificuldades interiores. Antes de tudo o "medo''. Emerge quando tememos o futuro, assumir as responsabilidades. E pode estar acompanhado pela ''solidão'', por se sentir excluído ou diverso, pelo sentido de ''vazio'' dado por uma vida árida, desiludida pelos insucessos, pelo ''colapso psicofísico'' e pela ''auto-acusação'' (o próprio Elias diz: ''não sou melhor que os meus pais''). 

Tudo isto pode acabar na ''fuga'' – podendo esta ser física ou imaginária – ou na repetição obsessiva de determinados gestos (como consumir álcool e comida ou as evasões no mundo virtual), ou até no ''desejo de morrer''.
Para evitar tudo isto é importante levar uma vida na qual ''a relação entre trabalho, repouso, oração e relacionamentos sociais'' seja ''bem equilibrada''.
Reconhecer quanto antes certas dinâmicas interiores, ''sinais de stress'', é fundamental para poder encontrar a solução que é enunciada na narração bíblica através da intervenção do anjo que conforta Elias e o convida a ir para o Oreb.

 ''Elias – explicou o carmelita – precipitado no inferno, conhece a transformação da fuga receosa que se torna peregrinação''. E nós, perguntou, na dificuldade ''sabemos reconhecer ao nosso redor a mão do anjo?''. Assim como o pão foi sustento para Elias, ''reconhecemos nós na Eucaristia o viático que nos acompanha?''. Assim como a viagem levou Elias às raízes da aliança, também nós sabemos ''voltar às raízes'' da nossa fé?

Quando a verdade abre caminho no nosso íntimo e nos predispomos para a escuta, podemos alcançar o confronto com Deus. E a ''manifestação misteriosa'' da qual fez experiência Elias no Oreb, o ''sussurro de uma brisa leve'' sobre o qual tantos exegetas refletiram, pode sugerir muito à meditação pessoal.

O padre Secondin, na meditação da manhã de quarta-feira, repercorreu pormenorizadamente o diálogo entre Deus e Elias. O profeta é caracterizado por um ''eu hipertrófico'' que o leva a considerar-se o ''umbigo do mundo'': nesta ótica, ''a sua derrota poderia parecer a derrota de Deus''. O Senhor ''deixa-o falar no seu solilóquio hipertrófico'', quer que Elias ''se deixa decompor'' e realize uma ''catarse profunda''. Surpreende-o com a pergunta: ''O que fazes aqui?''. Deus ''apresenta-se com uma pergunta'' e obriga o homem a ''olhar para dentro de si, a dar voz às inquietações que traz em si''.
Às vezes, advertiu o pregador, também para nós Deus torna-se uma espécie de ''ornamento''; e corremos o risco de ''o manipular'' com a mesma fúria que parece penetrar o profeta. Mas ''Deus é livre diante dos poderosos e também da fúria de Elias'': a falência de Elias não perturba Deus, que já tem o seu desígnio e um povo que lhe permaneceu fiel.
Elias sente-se abalado. O vento impetuoso, o terremoto, o fogo no qual o profeta não encontra Deus poderiam ser – supôs o padre Secondin – ''projeções de estados interiores'' de uma pessoa que sente que o mundo inteiro lhe caiu em cima.

Desta lectio, explicou o pregador, devem brotar algumas perguntas pessoais: ''Também nós temos alguma Jezabel que nos arruína a vida? Estamos obcecados por problemas com outras pessoas, ou de trabalho, de carreira?'', Como nos relacionamos com Deus? Sabemos ''permanecer em adoração temente a Deus que passa?''. Dado que o Senhor é intimidade, ''temos o hábito de estar com ele na intimidade?''. Ou há vozes ensurdecedoras (''sucesso, vaidade, dinheiro, culpas dos outros'') que nos distraem? Enfim – recordando os sete mil israelitas que permaneceram fiéis ao Senhor – damo-nos conta de que podem representar ''a fidelidade silenciosa de um povo?''
 E quem medita deve também perguntar-se: sou capaz de compreender e interceptar esta fidelidade, sou capaz de ouvir ''os ultrassons dos pobres, dos simples, dos pequeninos'', que são ''dons preciosos e não fragmentos perdidos?''.
As respostas podem encontrar um apoio na reação de Deus na narração bíblica. Elias queria acabar ali, morrer no monte Oreb, onde a aliança tinha tido início; mas Deus ''manda-o de novo para uma nova estação''. Também nós somos chamados a ''ver sinais de futuro'' nas nossas raízes, a ''reencontrar vigor'', a pôr-nos a caminho. E se, como Elias, ''nos sentimos desiludidos, cansados, acreditamos que somos os melhores de todos e pensamos que o mundo é habitado só por demônios desenfreados'', deixemo-nos ''surpreender por Deus'' e iniciemos um caminho novo.

Eis o convite com o qual o pregador concluiu a meditação: ''Recai em ti!''. Uma exortação que o padre Secondin enriqueceu com uma série de sugestões concretas, convidando a partilhar os próprios bens materiais com os mais pobres, a ''abrir os armários cheios de paludamentos inúteis'' e deitá-los fora, a abrir os braços para ''se reconciliar sinceramente com quem não suportamos'', e abrir os horizontes ''para a verdade polifônica, a beleza das culturas e a riqueza das tradições'' para admirar o que Deus criou de bom.
Enfim, o carmelita exortou: ''Dá passos rumo às periferias, vai celebrar nas barracas, almoçar com quem tem pouco para comer. 
Entenderás onde Deus te espera''.
L'osservatoreromano - Roma, 25 de Fevereiro de 2015
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quarta-feira, fevereiro 25, 2015

A IGREJA E A SOCIEDADE


O tema da Campanha da Fraternidade desse ano “Fraternidade: Igreja e Sociedade”, com o lema “Eu vim para servir” (cf. Mc 10, 45), escolhido para recordar a vocação e missão de todo o cristão e das comunidades de fé na sociedade, como sal da terra e luz do mundo, é propício para excelentes reflexões. Mas, infelizmente, pode também ser usado para favorecer a ideologias heterodoxas.
 A Igreja não é uma entidade apenas ou simplesmente filantrópica ou política. Ela vai muito além do corpo e da visão terrestre.
Em sua mensagem, o Papa Francisco recorda o principal da Quaresma, nossa união e identificação com Cristo, e a sua consequência, identificarmo-nos com os irmãos: “Um tempo propício para nos deixarmos servir por Cristo e, deste modo, tornarmo-nos como Ele. 

Verifica-se isto quando ouvimos a Palavra de Deus e recebemos os sacramentos, nomeadamente a Eucaristia. Nesta, tornamo-nos naquilo que recebemos: o corpo de Cristo”. Como consequência, aprendemos que “neste corpo, não encontra lugar a tal indiferença que, com tanta frequência, parece apoderar-se dos nossos corações, porque, quem é de Cristo, pertence a um único corpo e, n'Ele, um não olha com indiferença o outro.

‘ASSIM, SE UM MEMBRO SOFRE, COM ELE SOFREM TODOS OS MEMBROS; SE UM MEMBRO É HONRADO, TODOS OS MEMBROS PARTICIPAM DA SUA ALEGRIA’ (1 Cor 12, 26)

Entre as manipulações possíveis do tema, está a de querer ressuscitar o viés marxista da Teologia da Libertação. Essa ideologia teológica surgiu como reação às escravidões sociais e econômicas, que todos lamentamos, mas muitas vezes enfatizou demasiadamente a linha social em detrimento da espiritual, tentando reduzir o Evangelho da salvação a um evangelho terrestre e, pior, dentro de uma análise marxista, com rejeição da doutrina social da Igreja.
Ao receber Bispos do Brasil em visita ad limina, em dezembro de 2009, o Papa Bento XVI recordou a “Instrução Libertatis nuntius da Congregação para a Doutrina da Fé, sobre alguns aspectos da teologia da libertação, que sublinha o perigo que comportava a aceitação acrítica, realizada por alguns teólogos, de tese e metodologias provenientes do marxismo”. 

Bento XVI advertiu que as sequelas da teologia marxista da libertação “mais ou menos visíveis de rebelião, divisão, desacordo, ofensa, anarquia, ainda se fazem sentir, criando em suas comunidades diocesanas um grande sofrimento e grave perda de forças vivas”. 
Por essa razão, o Santo Padre exortou “aos que de algum modo se sintam atraídos, envolvidos e afetados no íntimo por certos princípios enganosos da teologia da libertação, que se confrontem novamente com a referida Instrução, acolhendo a luz benigna que a mesma oferece com mão estendida”.


No Credo do Povo de Deus, Paulo VI exprimiu bem o pensamento equilibrado da Igreja: “Nós professamos que o Reino de Deus iniciado aqui na Terra, na Igreja de Cristo, não é deste mundo, cuja figura passa, e que seu crescimento próprio não se pode confundir com o progresso da civilização..., mas consiste em conhecer cada vez mais profundamente as insondáveis riquezas de Cristo, em esperar cada vez mais corajosamente os bens eternos, em responder cada vez mais ardentemente ao amor de Deus e em difundir cada vez mais amplamente a graça e a santidade entre os homens.
 Mas é este mesmo amor que leva a Igreja a preocupar-se constantemente com o bem temporal dos homens,... suas necessidades, alegrias e esperanças, seus sofrimentos e seus esforços...”.
Dom Fernando Arêas Rifan
Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney
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terça-feira, fevereiro 24, 2015

"A NOVIÇA REBELDE" - 50 ANOS DO MAIOR DOS MUSICAIS!

Todos amam o filme mais feliz do mundo!
Oscar 1966 (EUA)
Vencedor nas categorias de melhor filme, melhor diretor, melhor montagem, melhor som e melhor trilha sonora. Indicado também nas categorias de melhor atriz (Julie Andrews), melhor atriz coadjuvante (Peggy Wood), melhor fotografia, melhor direção de arte e melhor figurino.


No dia 2 de março haverá exibições em 500 cinemas dos EUA, e também no decorrer do ano, exibições do filme em SING-ALONG na Inglaterra e Áustria, participações do elenco em programas de TV, uma nova edição do filme em BLU RAY !
O filme salvou a vida da 20th Century-Fox do prejuizo causado pelo épico "CLEOPATRA" com Elizabeth Taylor, e desbancou
"...E O VENTO LEVOU" do primeiro lugar de maior bilheteria de todos os tempos."


 “A Noviça Rebelde” foi livremente baseado em um livro de 1949 da segunda mulher de von Trapp, também chamada Maria von Trapp, que morreu em 1987. Ele conta a história de uma austríaca que se casou com um viúvo, pai de sete filhos, e ensinou música a eles.
 Em 1938, a família fugiu da Áustria durante a ocupação nazista. Após chegarem a Nova York, se tornaram famosos com suas apresentações e eventualmente se estabeleceram em Vermont, onde abriram uma hospedaria em uma estação de esqui em Stowe. Von Trapp tocava acordeão e dava aulas de dança austríaca com sua irmã Rosmarie no local.
 Rosmarie von Trapp, Johannes von Trapp e Eleonore von Trapp Campbell são filhos de Georg von Trapp com sua segunda mulher, Maria.
“É difícil acreditar que 50 anos se foram desde que aquele filme estreou. Eu pisquei os olhos, e aqui estou... Todos nós nos sentimos abençoados por fazer parte dele. Quanto a mim, eu não poderia ter tido mais sorte”, declarou Julie Andrews no Oscar 2015.




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segunda-feira, fevereiro 23, 2015

I DOMINGO DA QUARESMA 2015


(Mc 1,12-15) - Naquele tempo, o Espírito levou Jesus para o deserto. E ele ficou no deserto durante quarenta dias, e aí foi tentado por Satanás. Vivia entre os animais selvagens, e os anjos o serviam. Depois que João Batista foi preso, Jesus foi para a Galileia, pregando o Evangelho de Deus e dizendo: “O tempo já se completou e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho!”
Homilia de Padre Marcos Belizário Ferreira no
I Domingo da Quaresma 2015
Jesus não ensinou propriamente uma "doutrina religiosa" para que seus discípulos a aprendessem e difundissem corretamente. Jesus anuncia, antes, um "acontecimento" que pode ser acolhido, porque pode mudar tudo. Ele já o está experimentando: "Deus está introduzindo na vida com sua força salvadora. É preciso dar-lhe lugar".
De acordo com o evangelho mais antigo, Jesus proclamava esta Boa Notícia de Deus: "Completou-se o tempo. O reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede na Boa Notícia". É um bom resumo da mensagem de Jesus: "Aproxima-se um tempo novo. Deus não quer deixar-nos sozinhos. À frente de nossos problemas e desafios. Quer construir junto a nós uma vida mais humana. Mudai a maneira de pensar e de agir. Vivei crendo nesta Boa Notícia."
O que surpreende é que Jesus nunca explica diretamente em que consiste o "reino de Deus". O que ele faz é sugerir em parábolas inesquecíveis como Deus age e como seria a vida se houvesse pessoas que agissem como ele.
Para Jesus o "reino de Deus" é a vida tal como Deus a quer construir. Era esse fogo que ele levava dentro de si.
Para Jesus o "reino de Deus" não é um sonho. É o projeto que Deus quer levar adiante no mundo. O único objetivo que seus seguidores devem ter. Como seria a Igreja se se dedicasse a construir a vida tal como Deus quer, não como a querem os senhores do mundo? Como seríamos nós, os cristãos, se vivêssemos convertendo-nos ao reino de Deus? Como lutaríamos pelo pão de cada dia para todo ser humano? Como gritaríamos: "Venha o teu reino?".
Para conhecer o centro da fé cristã a primeira coisa é captar o que foi para Jesus seu objetivo, o centro de sua vida, a causa a qual se dedicou de corpo e alma.
O objetivo de Jesus foi introduzir no mundo o que ele chamava de “reino de Deus”: uma sociedade estruturada de maneira justa e digna para todos, tal como Deus a quer.
Quando Deus reina no mundo, a humanidade progride em justiça, solidariedade, compaixão, fraternidade e paz. A isso se dedicou Jesus com verdadeira paixão. Por isso foi perseguido, torturado e executado. "O reino de Deus" foi o absoluto para ele.
A conclusão é evidente: a força, o motor, o objetivo, a razão e o sentido ultimo do cristianismo é o "reino de Deus'', não outra coisa. O critério para medir a identidade dos cristãos, a verdade de uma espiritualidade ou a autenticidade do que a Igreja faz é sempre "o reino de Deus". Um reino que começa aqui e alcança sua plenitude na vida eterna.
A única maneira de olhar a vida como Jesus a olhava, a única forma de sentir as coisas como Ele as sentia, o único modo de agir como Ele agia, é orientar a vida para construir um mundo mais humano.
O Reino é a realidade que Deus planejou para nós, através da qual o mal vai sendo vencido pelo bem, a injustiça é vencida pela justiça, a falsidade dos corruptos, pela transparência e pela honestidade. O Reino de Deus se manifesta em Jesus,  que o inicia com uma clara proposta de conversão e com uma mensagem muito clara e direta: a necessidade de não se deixar vencer pela tentação. 
Não se deixar levar por nenhuma tentação, especialmente aquelas que prejudicam outras pessoas; particularmente aquelas que colocam ou podem nos colocar no caminho da corrupção. Na cena da tentação de Jesus, o demônio é um corrupto que procura corromper Jesus oferecendo a ele riquezas, poder e fama em troca de favores. Jesus ensina para cada um de nós, mas especialmente para a sociedade brasileira, para aqueles que mereceram a confiança do povo, nas eleições, a não cederem à tentação da corrupção, porque esta é obra do demônio. Toda corrupção é uma tentação que vem do demônio; é um pecado social grave.
PRECES DA COMUNIDADE
Irmãos e irmãs, conscientes de que o Senhor nosso Deus é força para a vitória sobre a tentação, elevemos confiantemente nossas preces dizendo com toda a Igreja:
T. NÃO NOS DEIXEIS CAIR EM TENTAÇÃO

1. Senhor, grande é a tentação das riquezas. Por isso, vos pedimos:
2. Senhor, grande é a tentação de pensarmos apenas em nós mesmos. Por isso, vos pedimos:
3. Senhor, grande é a tentação de nos omitirmos diante dos problemas de nosso mundo. Por isso, vos pedimos:
4. Senhor, grande é a tentação de vos procurar apenas para a satisfação de nossas necessidades imediatas. Por isso, vos pedimos:
5. Senhor, grande é a tentação de não nos comprometermos com a comunidade, buscando um cristianismo individualista. Por isso, vos pedimos:
6. Senhor, grande é a tentação de buscarmos esperança apenas para nós mesmos, esquecendo-nos de transmitir esperança também aos que sofrem. Por isso, vos pedimos:
7. Senhor, grande é a tentação da violência, que nos leva a esquecer a importância do perdão, da reconciliação e da fraternidade. Por isso, vos pedimos:

domingo, fevereiro 22, 2015

PARÓQUIA SÃO CONRADO REALIZA PRIMEIRA ASSEMBLEIA PAROQUIAL

"A IGREJA NÃO É O REINO DE DEUS, MAS TEM A TAREFA DE LEVAR O REINO DE DEUS A TODOS"

Nos dias 20 e 21/02/2015, foi realizada a primeira assembleia paroquial da Paróquia São Conrado - RJ. Os participantes juntamente com o Pároco Pe. Marcos Belizário e Pe. França Miranda se reuniram na Casa de Retiros Padre Anchieta.
A assembleia teve início com oração na Capela seguida de palestra proferida pelo Padre  França Miranda. Após as conclusões no segundo dia, Padre Marcos presidiu a Missa do I Domingo da Quaresma às 18h.
20 e 21 de fevereiro de 2015
Casa de Retiro Padre Anchieta

“JESUS MOSTRA POR ATITUDES, MAIS QUE PALAVRAS O QUANTO É IMPORTANTE A PESSOA HUMANA. DÁ-SE INICIO AO REDOR DELE UM GRUPO QUE LEVARÁ À SOCIEDADE A PAZ, POIS O SER HUMANO SÓ SERÁ FELIZ QUANDO O OUTRO, IRMÃO OU IRMÃ SEJA QUEM FOR, ESTIVER TAMBÉM FELIZ. A IGREJA NÃO É O REINO DE DEUS, MAS TEM A TAREFA DE LEVAR O REINO DE DEUS A TODOS. SER BATIZADO NÃO É ALGO ESTÁTICO, MAS É CONTINUAR O TRABALHO DE JESUS. TODO CRISTÃO É MISSIONÁRIO, SE NÃO FOR NÃO É CRISTÃO”
Padre França Miranda 
 
PALAVRAS DO PÁROCO
"Entre a noite do dia 20 de fevereiro e todo o sábado, 21 de fevereiro, realizamos a Primeira Assembleia da Paroquia de São Conrado, o encontro foi coordenado por mim, Padre Marcos e com a participação efetiva de 39 membros, seguem os nomes dos paroquianos que estiveram reunidos: Carol e José Carlos, Carol e Fernando, Tânia e Marcos, Cristiane e Jorge, Antônio e Luciana, Maria Lúcia e Hugo, Marco Antônio e Angela, Vânia e Randolfo, Renaldo e Mariza , Jane, Miriam, Thomaz, Maria Rita, Nelly, Flô, Naiara, Francisco, Sandra, Clélia, Elizabeth, Maria Cristina, Fábio, Gina , Vanuza, Sônia Venâncio, Ana Lídia e Paula. 
Contamos ainda com a carinhosa e importantíssima palestra que motivou nossos trabalhos, a mesma foi proferida pelo   querido Padre França Miranda sj.
Assuntos em pauta: 1) Qual minha participação na comunidade paroquial? 2) Como posso concretizar minha vocação cristã que é missionária? 
3) Que iniciativas deveriam ser oferecidas pela paróquia em vista do que foi exposto? (exposto na palestra do Padre França Miranda).
Após a reunião de grupos e apresentação dos trabalhos chegamos a algumas conclusões e ações concretas.
Foi aprovada a Pastoral da Cultura que através de eventos diversos tentará arrecadar fundos, verbas para a Paróquia. O Recadastramento dos dizimistas. Agendamento de um encontro para formação de novos agentes de pastorais que querem trabalhar na igreja mas se sentem despreparados para assumir ações pastorais. A Pastoral do recém-nascido deverá dar maior prioridade aos moradores da Comunidade de Vila Canoas. Aprovada a Pastoral Litúrgica que deverá realizar um encontro para estabelecer metas de trabalho de acordo com as orientações da Igreja no Brasil".
“SE EU POSSO INFLUENCIAR DENTRO DE UMA COMUNIDADE, ENTÃO DEVO FAZER”
Pe França Miranda
“CADA UM DE NÓS TEM UM CARISMA. É DIFÍCIL ALGUÉM DIZER QUE NÃO PODE FAZER NADA. A CULTURA HOJE É DE PARTICIPAÇÃO. CADA UM TEM FÉ NO QUE O ESPÍRITO SANTO NOS TOCOU. O ESPÍRITO SANTO FAZ CONTINUAR O TRABALHO DE JESUS.  LEMBRA-NOS SÃO PAULO “OFERECEI-VOS A VÓS MESMOS”.
Padre França Miranda
Homilia de Padre Marcos Belizário Ferreira
CONVITE PARA MUDAR DE VIDA

Mudar de vida é o apelo que acabamos de ouvir no Evangelho. “Convertei-vos”, diz Jesus. Mas, ninguém muda de vida se não tiver um bom motivo, se não perceber firmeza em algo melhor depois da mudança. Jesus apresenta um bom motivo para mudar: “o Reino de Deus está próximo”. Ou então, dizendo em outros termos: “o projeto de vida para a humanidade está próximo”. Em outras palavras, o motivo para se mudar de vida, para se entrar na estrada da conversão é assumir o projeto de Deus, que conhecemos como “Reino de Deus”. 
 
No contexto da Campanha da Fraternidade deste ano de 2015, o plano divino, o projeto do Reino de Deus, convoca a sociedade brasileira a uma purificação total, representada na figura do dilúvio, como ouvimos na 1ª leitura. É preciso lavar o Brasil com uma água que tire tudo aquilo que nega a fraternidade, que nega as possibilidades de vida para todos. Quem corrompe e quem se deixa corromper não é capaz de vencer a tentação do “deus dinheiro” e acaba prejudicando milhões de pessoas e de famílias.
A CORRUPÇÃO É OBRA DO DEMÔNIO
O Reino é a realidade que Deus planejou para nós, através da qual o mal vai sendo vencido pelo bem, a injustiça é vencida pela justiça, a falsidade dos corruptos, pela transparência e pela honestidade. O Reino de Deus se manifesta em Jesus,  que o inicia com uma clara proposta de conversão e com uma mensagem muito clara e direta: a necessidade de não se deixar vencer pela tentação. Não se deixar levar por nenhuma tentação, especialmente aquelas que prejudicam outras pessoas; particularmente aquelas que colocam ou podem nos colocar no caminho da corrupção.
 Na cena da tentação de Jesus, o demônio é um corrupto que procura corromper Jesus oferecendo a ele riquezas, poder e fama em troca de favores. Jesus ensina para cada um de nós, mas especialmente para a sociedade brasileira, para aqueles que mereceram a confiança do povo, nas eleições, a não cederem à tentação da corrupção, porque esta é obra do demônio. Toda corrupção é uma tentação que vem do demônio; é um pecado social grave.
PREPARAR-SE PARA A MISSÃO DO REINO
O Evangelho dizia que Jesus ficou 40 dias no deserto e tinha sido tentado pelo demônio.  O deserto, como tantas vezes comentado em nossas reflexões, é um local e, ao mesmo tempo, uma experiência de Deus. Este é um lado da Quaresma.
 O outro lado da Quaresma é o convite para fazer experiência de Deus no deserto. O convite para experimentar Deus no silêncio, como é silencioso o deserto. Um convite que vem com o aval de uma experiência fortíssima: a própria experiência de vida de Jesus. A 2ª leitura dizia que o Batismo não serve como banho para limpar a sujeira do corpo, mas como súplica “para obter uma boa consciência”. 
A porta para entrar no silêncio do deserto é a própria vida, é o próprio coração, onde silenciosamente, quer dizer, sozinhos diante de Deus, podemos examinar nossa consciência e verificar se pensamos como Deus ou se pensamos com os valores e os pensamentos do mundo. Papa Francisco insiste muito neste aspecto, de pensar com os pensamentos de Deus, de iluminar nossos pensamentos no Evangelho e não com os valores do mundanismo.
 Para isso, diz Francisco, é preciso ir contracorrente.  E este ir contracorrente tem muito a ver com a Campanha da Fraternidade deste ano de 2015.
cf liturgia.pro

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