sábado, dezembro 30, 2017

FELIZ ANO NOVO!




Queridos paroquianos,

Nunca gostei de “ano novo”, talvez por conta da minha incapacidade de contar o tempo não consiga acompanhar o movimento de todos aqueles que com mais facilidade dão mais importância ao relógio que marcha aceleradamente, e eu mais centrado no hoje. Aprendi com o Evangelho que o “amanhã” não existe e o “ontem”, bem, é ontem, passou.

Mesmo assim, quero reforçar os votos de “feliz ano novo” a todos. Agradeço particularmente a você que está aqui na igreja paroquial e a tantos da nossa comunidade. Agradeço pela partilha da vida que realizamos em nossa comunidade. A tua presença, neste fim e início de um novo ano, tem sido incentivo mútuo, especialmente necessário nos momentos de dificuldades e naqueles momentos desafiadores. Obrigado pela sua presença na comunidade, no decorrer de 2017, nas celebrações e nas promoções que aqui realizamos. Isso demonstra que somos uma comunidade viva. Meu agradecimento é motivado pela esperança que em 2018 a sua presença será ainda mais intensa para fazermos juntos o caminho neste novo tempo. 


Propostas para 2018: 

1) Veja nas imagens do vídeo nós somos muitos, mas poucos engajados, precisamos da sua ajuda, precisamos ser uma COMUNIDADE MAIOR .

2) Venha trabalhar aqui na Paróquia , trabalhe não por causa do padre, mas por causa do CRISTO, Ele morreu na cruz por você e disse "feliz quem dá a vida pelo irmão". Doar vida é doar seu tempo, suas aptidões. Em 2018 ainda continuo aguardando você e se você vier então quem sabe você me fará acreditar em "ano novo". 



Rio de Janeiro 30 de dezembro de 2017 


Padre Marcos Belizário Ferreira 
Pároco da Matriz de São Conrado 






Para 2018 será muito bom que estejam agendadas as seguintes comemorações:

Dia 20 de janeiro de 2018: Missa de São Sebastião na Capela São José de Anchieta às 10 horas.

&

Dia 09 de junho de 2018: Festa de São José de Anchieta, missa com o Cardeal Dom Orani Tempesta às 17h30min, também na Capela São José de Anchieta.


sexta-feira, dezembro 29, 2017

MISSA DO PADRE ALAN EM SÃO CONRADO



Nasceu um pequenino que é o grande Rei. Os magos chegam de longe e vêm adorar, ainda deitado no presépio, aquele que reina no céu e na terra. Ao anunciarem os magos o nascimento de um Rei, Herodes se perturba e, para não perder o seu reino, quer matar o recém-nascido. No entanto, se tivesse acreditado nele, poderia reinar com segurança nesta terra e para sempre na outra vida.

Por que temes, Herodes, ao ouvir que nasceu um Rei? Ele não veio para te destronar, mas para vencer o demônio. Como não compreendes isso, tu te perturbas e te enfureces; e, para que não escape o único menino que procuras, tens a crueldade de matar tantos outros.

Nem as lágrimas das mães nem o lamento dos pais pela morte de seus filhos, nem os gritos e gemidos das crianças te comovem. Matas o corpo das crianças porque o medo matou o teu coração; e julgas que, se conseguires teu propósito, poderás viver muito tempo, quando precisamente é a própria Vida que queres matar.

Aquele que é a fonte da graça, pequenino e grande ao mesmo tempo, reclinado num presépio, apavora o teu trono. Por meio de ti, e sem que saibas, realiza os seus desígnios e liberta as almas do cativeiro do demônio. Recebe como filhos adotivos os filhos dos que eram seus inimigos.

Essas crianças morrem pelo Cristo, sem saberem, enquanto seus pais choram os mártires que morrem. Cristo faz suas legítimas testemunhas aqueles que ainda não falam. Eis como reina aquele que veio para reinar. Eis como já começa a conceder a liberdade aquele que veio para libertar, e a dar a salvação aquele que veio para salvar.

Tu, porém, Herodes, ignorando tudo isto, te perturbas e te enfureces; e enquanto te enfureces contra o Menino, já lhe prestas homenagem, sem o saberes. Ó imenso dom da graça! Que méritos tinham aquelas crianças para obterem tal vitória? Ainda não falam e já proclamam o Cristo. Não podem ainda mover os membros para a luta e já ostentam a palma da vitória.


Dos Sermões de São Quodvultdeus, bispo

























quinta-feira, dezembro 28, 2017

EM BUSCA DA PAZ,POR DOM FERNANDO RIFAN



Em sua mensagem para o 51º dia mundial da Paz, que se celebra no próximo dia 1º de janeiro, sob o título “Migrantes e refugiados: homens e mulheres em busca de paz”, o Papa Francisco formula a sua saudação: “Paz a todas as pessoas e a todas as nações da terra!” E explica: “A paz, que os anjos anunciam aos pastores na noite de Natal, é uma aspiração profunda de todas as pessoas e de todos os povos, sobretudo de quantos padecem mais duramente pela sua falta. Dentre estes, que trago presente nos meus pensamentos e na minha oração, quero recordar de novo os mais de 250 milhões de migrantes no mundo, dos quais 22 milhões e meio são refugiados. Estes últimos, como afirmou o meu amado predecessor Bento XVI, ‘são homens e mulheres, crianças, jovens e idosos que procuram um lugar onde viver em paz’. E, para o encontrar, muitos deles estão prontos a arriscar a vida numa viagem que se revela, em grande parte dos casos, longa e perigosa, a sujeitar-se a fadigas e sofrimentos, a enfrentar arames farpados e muros erguidos para os manter longe da meta. Com espírito de misericórdia, abraçamos todos aqueles que fogem da guerra e da fome ou se veem constrangidos a deixar a própria terra...”.

“Estamos cientes de que não basta abrir os nossos corações ao sofrimento dos outros. Há muito que fazer antes de os nossos irmãos e irmãs poderem voltar a viver em paz numa casa segura. Acolher o outro requer um compromisso concreto, uma corrente de apoios e beneficência, uma atenção vigilante e abrangente, a gestão responsável de novas situações complexas que às vezes se vêm juntar a outros problemas já existentes em grande número, bem como recursos que são sempre limitados. Praticando a virtude da prudência, os governantes saberão acolher, promover, proteger e integrar, estabelecendo medidas práticas, nos limites consentidos pelo bem da própria comunidade retamente entendido, para lhes favorecer a integração. Os governantes têm uma responsabilidade precisa para com as próprias comunidades, devendo assegurar os seus justos direitos e desenvolvimento harmônico, para não serem como o construtor insensato que fez mal os cálculos e não conseguiu completar a torre que começara a construir”.

E o Papa continua explanando as causas desses sofrimentos: ‘uma sequência infinda e horrenda de guerras, conflitos, genocídios, limpezas étnicas, que caracterizaram o século XX. E até agora, infelizmente, o novo século não registrou uma verdadeira mudança: os conflitos armados e as outras formas de violência organizada continuam a provocar deslocações de populações no interior das fronteiras nacionais e para além delas. Todavia as pessoas migram também por outras razões, sendo a primeira delas o desejo de uma vida melhor, unido muitas vezes ao intento de deixar para trás o ‘desespero’ de um futuro impossível de construir”.

Com o Papa Francisco, desejo a todos os leitores e suas famílias, um Feliz Ano Novo de paz e tranquilidade, com as bênçãos da Sagrada Família, migrante e refugiada.



Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney



quarta-feira, dezembro 27, 2017

MISSA DIA DE NATAL


O anunciador das boas notícias

O profeta Isaias fica maravilhado diante do mensageiro que anuncia a paz, o bem e a Salvação . O início da 1ª leitura da Missa do Dia usa duas vezes a expressão "anunciar a boa notícia" — evangelizomai (em grego) —. Este é o tom com o qual preparamos a celebração do Natal de 2017, considerando o Natal como momento anunciador da bela notícia de que Deus não se esqueceu da humanidade. Nas entrelinhas das leituras, a Palavra proclamada nas Missas de Natal revela uma realidade pouco refletida em nossas festas natalinas: no Natal Deus vem procurar "Adão". Para isso, desce ao coração da história a fim de retomar o diálogo interrompido pelo pecado e para confirmar, com sua presença viva e pessoal, na pessoa do Menino Jesus, um fato: ele é Emanuel, o Deus conosco, o Deus que vive no meio de nós.

Esta é a mensagem que propomos anunciar neste Natal: Deus vem ao mundo para encontrar-se com a humanidade, aqui na terra e, no coração da nossa história, partilhar as alegrias e os sofrimentos de todos os povos e de cada homem e mulher. O Natal revela a grande e feliz notícia que Deus quer viver conosco e partilhar nossas vidas .

Deus vem procurar o homem

O Mistério do Natal, portanto, consiste, basicamente, na vinda de Deus a terra para procurar os homens — sua imagem e semelhança — e restabelecer com ele o diálogo interrompido pelo pecado. A finalidade é abrir uma nova estrada de vida, feita de liberdade e de reconstrução existencial e social, representada na reconstrução das ruínas de Jerusalém . No Natal, Deus vem ao encontro do povo para reconstruir a vida do povo. É o Natal considerado na perspectiva da reconstrução, da reformulação da vida em vista de um novo modo de viver. E, ao se falar de reconstrução, subentende-se uma tarefa que exige empenho e trabalho.

Deus assume ambos: o esforço do trabalho e a perseverança do empenho. Na dinâmica de vir ao encontro da humanidade, Deus como que arregaça as mangas porque construir a paz e restaurar o que as estruturas do mal e do pecado causam na sociedade é tarefa grande e exige muita energia. O ódio, a inimizade, a opressão, o pecado têm raízes profundas na história da humanidade. Mesmo assim, Deus não recusa descer nas profundezas, lá onde habita o mal, para que o mal desapareça e não prejudique mais a vida humana. O Natal, neste sentido, proclama a alegre notícia da libertação do mal em vista da vida plena para cada ser hum,ano . No Menino Jesus, Deus se faz presente entre nós. Ele é a esperança viva e concreta que enche de alegria os corações sofredores . Uma vez que a luz da presença divina está entre nós, o desespero desaparece de nosso meio e o coração humano é fortalecido pela esperança .


O Verbo se fez carne

O alegre anúncio da presença de Deus no meio de nós — Emanuel — é proclamado em todas as leituras das Missas Natalinas. Um anúncio para confirmar que o Verbo, que vive em Deus , vem ao encontro da humanidade para habitar na terra, nascendo do seio da Virgem Mãe . O Verbo que, no início do Prólogo de João , é a Palavra criadora de Deus, inicia uma "viagem" na direção da terra para habitar no meio dos homens e das mulheres com a finalidade de recriar a vida plenamente humana na terra.

Claro que isso não deixa de ser um grande paradoxo: o Verbo que é eterno torna-se carne, isto é, torna-se gente, assume a fragilidade e a caducidade da vida humana. Ao se dizer que o Verbo se fez carne, não significa somente que se tornou homem, mas que assume a nudez humana, que entra no contexto humano do sofrimento e na contínua ameaça de morte, a qual, como homens e mulheres, estamos sujeitos. O Natal celebra a eternidade divina sujeita à morte humana. Um mistério que é a manifestação maior do amor divino para com a humanidade.

Uma nova estrada e um novo endereço

Os estudiosos da Bíblia chamam atenção para uma alternativa da tradução da última frase do prólogo de João . O verbo grego "exegêsato", traduzido normalmente como "revelado" . Dizem alguns exegetas que outra possível tradução seria a expressão: "abriu a estrada".

Por isso, nossa reflexão se conclui com um dado importante: o mesmo Deus que se dispõe a vir ao encontro da humanidade, no Mistério do Natal, não é um mero visitante, mas um construtor de estradas que conduzem ao encontro dele, ao encontro do Menino Jesus. E, mais que isso, Deus é apresentado como um indicador do caminho, aquele que dá informações sobre um endereço desconhecido, indicando como seguir para se encontrar com o Menino Deus. As celebrações natalinas também são informativas do mesmo endereço: o presépio. Feliz Natal!



























terça-feira, dezembro 26, 2017

MISSA NA NOITE DE NATAL


Deus nos visita na simplicidade

Em toda celebração do Natal, percebemos um sentimento diferente no ar. Existe mais sensibilidade, mais paz, mais ternura, mais atenção em nossos relacionamentos. Alguém pode pensar que tudo isso seja provocado pela mídia ou, ainda, pela troca de presentes ou pela ceia do Natal, que reúne toda a família. Isso pode contribuir, é claro, mas existe algo mais profundo nisso: a paz, a serenidade e a familiaridade que sentimos neste dia vem do Menino Jesus, que nasce em Belém. Essa não é a magia do Natal, é a realidade do Natal. O mundo e nossos relacionamentos se tornam melhores porque Jesus nasce em Belém. É contemplando a simplicidade de Belém, a simplicidade do presépio que, como que sentimos saudade daquela simplicidade que todos já experimentamos e não temos mais. No Natal, celebramos a simplicidade de Deus vindo ao nosso encontro. Por isso, quem tiver uma semente de simplicidade dentro de si, sentirá a alegria de Deus tocando sua vida. Essa experiência acontece no Natal e nos toca profundamente.

A simplicidade do Natal revela o segredo da vida

Todo Natal é esperado com muita alegria, principalmente pelas crianças, porque o Natal traz alegria. Também esta alegria se faz presente porque o Menino Jesus está presente em nosso meio. Deus que faz criança e nos contamina com a alegria de nossas crianças. Assim, uma vez mais, através das crianças entendemos a simplicidade do Natal. Todo Natal é acolhimento de Deus vindo ao nosso encontro, na simplicidade. Aqui está o segredo. Quando somos simples, a vida torna-se bela; alegre. Quando complicamos, a vida transforma-se em conflito e, em casos mais extremos, em verdadeiras guerras que dilaceram o coração. No Natal, Deus vem ao nosso encontro na pessoa do Menino Jesus. Vem na simplicidade de uma criança e quem tiver o coração repleto de simplicidade sente a alegria do Natal, aprende o sentido da vida e aprende como viver feliz. A simplicidade do Natal revela o segredo de como viver feliz.

Feliz Natal

A revelação do Natal consiste em mostrar que a simplicidade divina é tão simples que ele nasce totalmente pobre. Quem aprendeu o segredo da simplicidade descobre que não precisa de muita coisa para viver bem cada momento da vida. Precisa apenas sentir cada momento da vida com amor e envolvido no amor. É o que vemos nas crianças que, alegremente, isto é, amorosamente, celebram o Natal. Isso, como experimentamos hoje, é favorecido pelo clima do Natal. O Natal nos ensina a acolher Deus na simplicidade da vida e, mais profundamente, a acolher Deus na pobreza da vida. O Menino Deus que nasce pobre em Belém pode nascer em nossas vidas se tornarmos nossos corações simples e pobres. Pobreza como sinônimo de desapego dos bens materiais, para que a riqueza da vida divina nasça na vida de cada um de nós. Desejo que seu Natal seja repleto de alegria, de paz e, principalmente, de muita simplicidade. Feliz Natal!






























MISSA DO GALO
MEIA-NOITE