sexta-feira, maio 31, 2019

A VISITA DE MARIA A ISABEL







Duas mulheres se saúdam no pórtico da Nova Aliança (Lc 1,39-45). Uma já idosa, a outra ainda jovem. Ambas sintetizam toda a História Sagrada. Isabel enrugada pela idade era bem o sinal de longos séculos de preparação para a vinda do Messias prometido. Maria, a cheia de graças, imaculada em sua conceição, prognosticava a vinda de Jesus. Em comum nelas brilhava a esperança e a maternidade de ambas as engajara no plano de Deus ao qual deram total adesão. Viveriam a missão a elas confiadas pelo Todo-poderoso. As duas crianças que nasceriam mostrariam que para o Criador nada é impossível.

Com efeito, Isabel era estéril e Maria era virgem. Num encontro singular Isabel se torna a primeira teóloga do novo Testamento: “Donde me é dada a graça que venha visitar-me a mãe de meu Senhor?” Maria faz resplandecer sua gratidão para com Deus: “Minha alma glorifica ao Senhor”. Havia, contudo, uma diferença profunda entre os filhos de Isabel e Maria. Um, pelo milagre, era filho de Zacarias, o outro, também por um prodígio maravilhoso, era o próprio Filho de Deus, concebido do Espírito Santo. Maria saudou sua ditosa prima e desde que sua voz chegou a Isabel o menino exultou de alegria em seu seio. No mistério dos encontros que marcam as existências humanas, jamais se veria cena tão extraordinária, qual seja o encontro invisível de duas crianças ainda no ventre materno. Naquele momento duas mulheres grávidas e dois meninos privilegiados anunciavam ao mundo que a desgraça de Eva estava desterrada da humanidade. Raiava, de fato, a expectativa da salvação.

A beatitude de Maria se enraíza na fé e, mais tarde, diante dos prodígios operados por Cristo. Perante as sublimes palavras de Jesus outra mulher exclamaria no meio da multidão: “Feliz aquela que te trouxe e te alimentou” (Lc 11,27). Maria foi aquela que acolheu a mensagem divina e a guardou dentro de seu coração com muito amor. Ao se aproximar o Natal nada melhor do que cada um provar a experiência vivida pela Mãe de Jesus. Maria tinha consciência de que Deus interviera na sua vida: “O Poderoso fez em mim grandes coisas”. Quantos infelizmente não percebem a obra do Criador em suas existências. Pela fé é preciso que todo aquele que crê descubra as maravilhas divinas em si e em seu derredor. A exemplo do que ocorreu com Maria, Deus tem um projeto especial para cada um em particular. A solenidade do Natal oferece clima propício para que o cristão possa aquilatar as riquezas com as quais Deus o cumula. Maria tinha certeza absolta e, por isto, pôde dizer que seu espírito exultava de júbilo. É claro que ninguém pode se comparar com ela, mas a experiência de Maria tem pontos comuns com os nossos, pois a seu exemplo nossa vida gira ou deve circular em torno de Jesus. A missão da Mãe de Jesus foi única, singular, a cada um dos remidos por seu Filho divino impende uma tarefa específica a ser executada nesta terra.

As experiências espirituais que a cada ciclo litúrgico cada um vive, precisa contribuir para sua própria perfeição no cumprimento do encargo profissional, familiar e na sociedade em geral. Quando, porém, a fé parece obnubilada, a esperança se esvai e o coração se esvazia, Maria está a proclamar: “Animo, o Senhor está próximo e Ele restabelecerá o significado sublime da missão que Ele te confiou”. Como Isabel e Maria que em tudo acolheram os planos divinos. imersos nos mistério de um Deus que se encarnou e habitou entre nós. Novas luzes brilharão. É que o reencontro com Jesus no seu Natal é sempre um momento privilegiado para se tomar consciência da importância do serviço de cada um para o bem próprio e da sociedade. Quem bem entender o sentido do encontro de Isabel e de Maria sentirá a graça de Deus mobilizando todo o seu ser e dando novas perspectivas para o futuro. Trata-se da experiência da conversão para uma disponibilidade semelhante a que tiveram Isabel e Maria. Elas cumpriram o que Deus delas pediu. Seus filhos João Batista e Jesus deixariam um exemplo de total correspondência aos desígnios divinos. Fundado na experiência de tão extraordinários personagens o cristão redescobre a realidade do itinerário que Deus propõe no curso de sua vida. Isabel deu ao mundo o Precursor do Salvador, Maria foi a Mãe do Messias, o esperado das nações e marcaram História humana. Ambas nos incitam a ir até Jesus no seu Presépio para reconhecer que nossas atividades, por insignificantes que possam parecer, têm uma repercussão imensa em toda a Igreja e em toda a sociedade. Tudo depende do modo como as realizamos.

*Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho

quinta-feira, maio 30, 2019

COMO ACONTECEU A ASCENSÃO DO SENHOR?









Cantemos à glória de Deus, cantemos ao nosso Rei, porque Ele é Rei de toda a terra (SI 47,6-8). É a ascensão do Senhor o coroamento da Sua Ressurreição. É a entrada oficial naquela glória que cabia ao Ressuscitado após as humilhações do Calvário, é a volta ao Pai, já por Ele anunciada no dia da Páscoa: “Subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus” (Jo 20,17).

Aos discípulos de Emaús: “Não era preciso que o Messias sofresse essas coisas e que assim entrasse em sua glória?” (Lc 24,26). Esse modo de exprimir-se indica não tanto volta e glória futuras, mas imediatas, já presentes, porque estritamente unidas à Ressurreição. Todavia, para confirmar os discípulos na fé, era necessário que tal acontecesse de modo visível, como se verificou 40 dias depois da Páscoa.

Como aconteceu a Ascensão do Senhor?
Imagem ilustrativa: Benjamin West

Ascensão do Senhor: quando começa a missão dos discípulos
Aqueles que tinham visto o Senhor morrer na cruz, entre insultos e escárnios, precisavam ser testemunhas da sua suprema exaltação no céu. Referem o fato os Evangelistas com muita sobriedade, todavia, suas narrações salientam o poder de Cristo e sua glória: ‘Foi-me dado todo poder no céu e na terra’, lê-se em Mateus (28,18) e acrescenta Marcos: ‘O Senhor Jesus subiu ao Céu e está assentado à direita de Deus’ (16,19). Lucas, porém, recorda a última grande bênção de Cristo aos apóstolos: ‘Ao abençoá-los, afastou-se deles e ia elevando-se ao céu’ (24,51).

Também nos últimos sermões de Jesus resplandece sua majestade divina. Fala como quem tudo pode e prediz aos discípulos que em seu Nome ‘expulsarão demônios, falarão novas línguas, pegarão em serpentes e, se beberem algum veneno mortífero, não lhes fará mal, imporão as mãos aos doentes e recobrarão a saúde‘ (Mc 16, 17-18). Provam os Atos dos Apóstolos a realidade de tudo isto.

Em seguida, Lucas, tanto na conclusão do seu Evangelho como nos Atos, fala da grande promessa do Espírito Santo que confirma os apóstolos na missão e nos poderes recebidos de Cristo: “Eis que enviarei sobre vós o Prometido por meu Pai” (Lc 24, 49), “recebereis força com a vinda do Espírito Santo sobre vós, e sereis minhas testemunhas… até aos confins do mundo. Dito isso, elevou-se para o alto, à vista deles, e uma nuvem o ocultou a seus olhos” (At 1, 8-9).

Espetáculo magnífico que deixou os apóstolos atônitos, “com o olhar fixo no céu”, até que dois anjos lhes apareceram. E o cristão chamado a participar de todo o mistério de Cristo e, portanto, também de sua glorificação. Ele mesmo o havia dito: ‘vou preparar-vos um lugar. E quando eu tiver ido, voltarei novamente avós e vos tomarei comigo, afim de que onde eu estou estejais também vós’ (Jo 14, 2-3).

Esperança
Constitui, portanto, a Ascensão grande argumento de esperança para o homem que, no seu peregrinar terreno, sente-se exilado e sofre longe de Deus. A esperança que implorava São Paulo para os Efésios e queria viva em seus corações. “O Deus de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, ilumine os olhos de vossa inteligência para compreenderdes qual a esperança a que vos chamou” (Ef 1, 17-18). E onde fundava o apóstolo essa esperança? No grande poder de Deus ‘manifestado em Cristo, ressuscitando-o dos mortos e fazendo-o sentar-se à sua direita nos céus, acima de todo Principado e Poder (ou seja, dos anjos) e de qualquer outro nome” (ibidem, 20-21).

A glória de Cristo exaltado acima de toda criatura é, no pensamento paulino, a prova do que fará Deus por quem, aderindo a Cristo pela fé e pertencendo a Ele como membro do único Corpo de que é Cabeça, participará de sua sorte. Isso requer Cristianismo autêntico: crer e alimentar firme esperança de que, como hoje o fiel, nas tribulações da vida, participa da morte de Cristo, assim um dia participará da Sua glória eterna.

Os anjos, que no monte da Ascensão dizem aos apóstolos: ‘Esse Jesus, que do meio de vós subiu ao céu, um dia virá do mesmo modo com que o vistes ir para o céu’ (At 1, 11), e os fiéis, que, enquanto aguardam a volta final de Cristo, precisam pôr a mão na obra. Com a Ascensão, termina a missão terrena de Cristo e começa a dos discípulos.

“Ide ensinar todas as nações, batizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28,19), devem eles perenizar no mundo sua obra de Salvação pregando, administrando os sacramentos, ensinando a viver segundo o Evangelho.

Todavia, quer Cristo que tudo isso seja precedido e preparado pela oração, na expectativa do Espírito Santo que deverá confirmar e corroborar seus apóstolos. Começa, assim, a vida da Igreja não com a atividade, mas com a oração, junto de ‘Maria, a Mãe de Jesus’ (At 1,14).

Eduardo Rocha Quintella

quarta-feira, maio 29, 2019

DIA DE SÃO PAULO VI: "MEU NOME É PEDRO"








A Igreja celebra hoje, 29/05, pela primeira vez na liturgia das missas e das horas, a memória facultativa de São Paulo VI, Papa.
Padre Arnaldo Rodrigues – Cidade do Vaticano

“Considerada a santidade de vida deste Sumo Pontífice, testemunhada nas obras e palavras, e tendo em conta o grande influxo exercitado pelo seu magistério apostólico na Igreja dispersa por toda a terra, o Santo Padre Francisco, acolhendo a petição e os desejos do Povo de Deus, dispôs que a celebração de São Paulo VI, Papa, seja inscrita no Calendário Romano Geral, no dia 29 de maio, com o grau de memória facultativa.”

Com este pequeno trecho do Decreto da Congregação para o Culto Divino, do dia 25 de Janeiro de 2019, o Papa Francisco inseriu em todos os calendários e livros litúrgicos a celebração da Missa e Liturgia das Horas de São Paulo VI, Papa.

São Paulo VI, Papa
Biografia
Paulo VI (de nome, João Baptista Montini) nasceu a 26 de setembro de 1897 em Concesio (Bréscia), Itália, e foi ordenado sacerdote em 29 de maio de 1920. Desde 1924 colaborou com os Sumos Pontífices Pio XI e Pio XII e, ao mesmo tempo, exerceu o ministério sacerdotal junto aos jovens universitários. Nomeado substituto da Secretaria de Estado durante a Segunda Guerra Mundial, empenhou-se em dar exílio aos perseguidos judeus e também aos refugiados. Sucessivamente foi nomeado pró-Secretário de Estado para os Assuntos Gerais da Igreja, razão pela qual conheceu e encontrou muitos impulsionadores do movimento ecumênico. Nomeado arcebispo de Milão, dedicou-se inteiramente ao cuidado da Diocese. Em 1958, foi elevado à dignidade de cardeal da Santa Romana Igreja por São João XXIII e, depois da morte deste, foi eleito à Cátedra de Pedro em 21 de junho de 1963.

São Paulo VI
Perseverou incansavelmente na obra iniciada pelos seus predecessores, em particular, levando a cabo o Concílio Vaticano II. Levou a bom termo numerosas iniciativas como sinal da sua viva solicitude nos confrontos da Igreja com o mundo contemporâneo. Entre elas, recordam-se as suas viagens na qualidade de peregrino, realizadas como atividade apostólica e que serviam, por um lado, para preparar a unidade dos Cristãos, e por outro, para reivindicar a importância dos direitos fundamentais dos homens. Exerceu ainda o seu Magistério em favor da paz, promoveu o progresso dos povos e a inculturação da fé.

Deu cumprimento à reforma litúrgica aprovando ritos e orações seguindo ao mesmo tempo a tradição e adaptando-os aos novos tempos e promulgando com a sua autoridade, para o Rito Romano, o Calendário, o Missal, a Liturgia das Horas, o Pontifical e quase todos os Rituais, a fim de favorecer a participação dos fiéis na liturgia. Do mesmo modo, empenhou-se em que as celebrações pontifícias fossem revestidas de uma forma mais simples. Em 6 de agosto de 1978, em Castel Gandolfo, entregou a alma a Deus e, segundo as suas diretrizes, foi sepultado humildemente, do mesmo modo como tinha vivido.

Deus, Pastor e guia de todos os fiéis, confia a sua Igreja, peregrina no tempo, àqueles que Ele mesmo constituiu vigários do seu Filho. Entre estes, resplandece São Paulo VI que uniu na sua pessoa a fé límpida de São Pedro e o zelo missionário de São Paulo.

A sua consciência de ser Pedro, aparece clara se nos recordamos de que, em 10 de junho de 1969, na visita ao Conselho Mundial das Igrejas em Genebra, apresentou-se dizendo: “O meu nome é Pedro”; mas a missão pela qual se sentia eleito deriva, também, do nome escolhido. Como Paulo, consumiu a sua vida pelo Evangelho de Cristo, cruzando novas fronteiras e fazendo-se testemunha d’Ele no anúncio e no diálogo, profeta de uma Igreja extroversa que olha para os distantes e cuida dos pobres.

A Igreja, de fato, foi sempre o seu amor constante, a sua solicitude primordial, o seu pensamento fixo, o primeiro e fundamental fio condutor do seu pontificado, porque queria que a Igreja tivesse melhor consciência de si mesma e pudesse levar cada vez mais longe o anúncio do Evangelho.

Papa Francisco
Na celebração de canonização, Papa Francisco ressaltou em sua homilia:

“ O Santo Papa Paulo VI escreveu: «É no meio das suas desgraças que os nossos contemporâneos precisam de conhecer a alegria e de ouvir o seu canto» (Exort. ap. Gaudete in Domino, I). Hoje, Jesus convida-nos a voltar às fontes da alegria, que são o encontro com Ele, a opção corajosa de arriscar para O seguir, o gosto de deixar tudo para abraçar o seu caminho. Os Santos percorreram este caminho. Fê-lo Paulo VI, seguindo o exemplo do Apóstolo cujo nome assumira. Como ele, consumiu a vida pelo Evangelho de Cristo, cruzando novas fronteiras e fazendo-se testemunha d’Ele no anúncio e no diálogo, profeta duma Igreja extroversa que olha para os distantes e cuida dos pobres. Mesmo nas fadigas e no meio das incompreensões, Paulo VI testemunhou de forma apaixonada a beleza e a alegria de seguir totalmente Jesus. Hoje continua a exortar-nos, juntamente com o Concílio de que foi sábio timoneiro, a que vivamos a nossa vocação comum: a vocação universal à santidade; não às meias medidas, mas à santidade. ”

terça-feira, maio 28, 2019

OS 5 MANDAMENTOS DA IGREJA







Uma coisa que muitos católicos não sabem – e por isso não cumprem – é que existem os “Cinco Mandamentos da Igreja”, além dos Dez Mandamentos.
Eles não foram revogados pela Igreja com o novo Catecismo de João Paulo II (1992). É preciso entender que Mandamento é algo obrigatório para todos os católicos, diferente de recomendações, conselhos, etc.
Cristo deu poderes à Sua Igreja para estabelecer normas para a salvação do povo. Ele disse aos Apóstolos:
“Quem vos ouve a mim ouve, quem vos rejeita a mim rejeita, e quem me rejeita, rejeita Aquele que me enviou” (Lc 10,16).
“Em verdade, tudo o que ligardes sobre a terra, será ligado no Céu, e tudo o que desligardes sobre a terra, será também desligado no Céu” (Mt 18,18).
Então, a Igreja legisla com o “poder de Cristo”, e quem não a obedece, não obedece a Cristo, e em consequência, ao Pai.
Para a salvação do povo, então, a Igreja estabeleceu Cinco obrigações que todo católico têm de cumprir, conforme ensina o Catecismo da Igreja. Ele diz:
“Os mandamentos da Igreja situam-se nesta linha de uma vida moral ligada à vida litúrgica e que dela se alimenta. O caráter obrigatório dessas leis positivas promulgadas pelas autoridades pastorais tem como fim garantir aos fiéis o mínimo indispensável no espírito de oração e no esforço moral, no crescimento do amor de Deus e do próximo” (§2041).
Note que o Catecismo diz que isto é o “mínimo indispensável” para o crescimento na vida espiritual; podemos e devemos fazer muito mais, pois isto é apenas o mínimo obrigado pela Igreja. Ela sabe que como Mãe, tem filhos de todos os tipos e condições, portanto, fixa, sabiamente, apenas o mínimo necessário, deixando que cada um, conforme a sua realidade, faça mais. E devemos fazer mais.
1. Primeiro mandamento: “Participar da missa inteira nos domingos e outras festas de guarda e abster-se de ocupações de trabalho”
Ordena aos fiéis que santifiquem o dia em que se comemora a ressurreição do Senhor, e as festas litúrgicas em honra dos mistérios do Senhor, da santíssima Virgem Maria e dos santos, em primeiro lugar participando da celebração eucarística, em que se reúne a comunidade cristã, e se abstendo de trabalhos e negócios que possam impedir tal santificação desses dias (CDC, cân. 1246-1248). (§2042)
Os Dias Santos – com obrigação de participar da missa, são esses, conforme o Catecismo:
“Devem ser guardados [além dos domingos] o dia do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo, da Epifania (domingo no Brasil), da Ascensão (domingo) e do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo (Corpus Christi), de Santa Maria, Mãe de Deus (1º de janeiro), de sua Imaculada Conceição (8 de dezembro) e Assunção (domingo), de São José (19 de março), dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo (domingo), e por fim, de Todos os Santos (domingo)” (CDC, cân. 1246,1; n. 2043 após nota 252). (§2177)
2. Segundo mandamento: “Confessar-se ao menos uma vez por ano”
Assegura a preparação para a Eucaristia pela recepção do sacramento da Reconciliação, que continua a obra de conversão e perdão do Batismo (CDC, cân. 989).
É claro que é pouco se Confessar uma vez ao ano, seria bom que cada um se Confessasse ao menos uma vez por mês, fica mais fácil de se lembrar dos pecados e ter a graça para vencer os pecados.
3. Terceiro mandamento: “Receber o sacramento da Eucaristia ao menos pela Páscoa da ressurreição”
O período pascal vai da Páscoa até festa da Ascenção, e garante um mínimo na recepção do Corpo e do Sangue do Senhor em ligação com as festas pascais, origem e centro da Liturgia cristã (CDC, cân. 920).
Também é muito pouco Comungar ao menos uma vez ao ano. A Igreja recomenda (não obriga) a Comunhão diária.
4. Quarto mandamento: “Jejuar e abster-se de carne, conforme manda a Santa Mãe de Igreja” (No Brasil é na Quarta-feira de cinzas e na Sexta-feira Santa)
Este jejum consiste de um leve café da manhã, um almoço leve e um lanche leve à tarde, sem mais nada no meio do dia, nem o cafézinho. Quem desejar pode fazer um jejum mais rigoroso; o obrigatório é o mínimo. Os que já tem mais de sessenta anos estão dispensados da obrigatoriedade, mas podem fazer se desejarem.
Diz o Catecismo que o jejum “Determina os tempos de ascese e penitência que nos preparam para as festas litúrgicas; contribuem para nos fazer adquirir o domínio sobre nossos instintos e a liberdade de coração (CDC, cân. 882)”.
5. Quinto mandamento: “Ajudar a Igreja em suas necessidades”
Recorda aos fiéis que devem ir ao encontro das necessidades materiais da Igreja, cada um conforme as próprias possibilidades (CDC, cân. 222). Não é obrigado que o dízimo seja de 10% do salário, nem o Catecismo e nem o Código de Direito Canônico obriga isto, mas é bom e bonito. O importante é, como disse São Paulo, dar com alegria, pois “Deus ama aquele que dá com alegria” (cf. 2Cor 9, 7). Esta ajuda às necessidades da Igreja pode ser dada um parte na paróquia e em outras obras da Igreja.

Nota: Conforme preceitua o Código de Direito Canônico, as Conferências Episcopais de cada pais, podem estabelecer outros preceitos eclesiásticos para o seu território (CDC, cân. 455).(§2043)
Demos graças a Deus pela Santa Mãe Igreja que nos guia. O Papa Paulo VI disse que “quem não ama a Igreja não ama Jesus Cristo”.

Prof. Felipe Aquino

Fonte: Cleofas

segunda-feira, maio 27, 2019

VI DOMINGO DA PÁSCOA





À medida que nos aproximamos do final do Tempo Pascal, mais aparece o anúncio da vinda do Espírito Santo para a Igreja e para o mundo. No Evangelho que ouvimos, Jesus dizia que o Espírito Santo é enviado pelo Pai. Jesus promete o Espírito Santo e o Pai o envia. Envia para quê? Envia para harmonizar a Igreja, para que o Evangelho seja acolhido e para que a paz reine entre nós. O contrário disso é a desunião promovida pela lógica da exclusão, como dizia a 1ª leitura. Um motivo forte pelo qual o Espírito Santo é enviado consiste na recordação de tudo aquilo que Jesus ensinou. Nós conhecemos o Evangelho à medida que nos abrimos a ação do Espírito Santo; nós nos aprofundamos no conhecimento do Evangelho, à medida que o Espírito Santo o recorda, quer dizer, o torna vivo, atual, em nossos corações.
Para que fique bem gravado em nós, permita-me chamar sua atenção para duas consequências da atividade do Espírito Santo na Igreja. A primeira é a atividade harmonizadora da comunidade. Nós ouvimos, na 1ª leitura, a descrição de uma comunidade em conflito pela exclusão. É a comunidade de Antioquia, formada por muitos judeus que se converteram ao cristianismo e queriam que os pagãos fossem circuncidados, passassem por este rito do judaísmo como forma para garantir sua aderência à fé. Estamos diante de uma imposição de um grupo
sobre outro grupo. Isso é péssimo para uma comunidade porque em vez de unir, de criar unidade, cria divisão, desunião. O Espírito Santo de Deus une; os grupos que querem dominar impõem normas e divide. Isto aconteceu na comunidade de Antioquia e continua acontecendo em muitas comunidades cristãs, e pode acontecer até mesmo na nossa comunidade quando o Espírito Santo não é acolhido na comunidade.
O segundo elemento da atividade do Espírito Santo encontra-se no Evangelho, quando Jesus diz que o Espírito Santo não revelará nada de novo, mas irá recordar. Jesus está dizendo duas coisas importantes. Primeiro, que toda a revelação está no Evangelho. Ninguém precisa correr atrás de revelações, aparições, visões... tudo que Deus quis revelar para nossa Salvação está no Evangelho; o papel do Espírito Santo é recordar tudo isso. — Qual o sentido do verbo “recordar”? Significa colocar no coração. A palavra “cor”, em latim, é traduzida para o nosso português como “coração”. Recordar o Evangelho, portanto, é colocar o Evangelho no centro da vida; colocar o Evangelho no coração. Não somente conhecer mentalmente o Evangelho, mas aprofundar o Evangelho pela vivência, pelo modo de tratar as pessoas, condição para que Jesus e o Pai habitem em nossas vidas. Ora, quem faz isso em nós é o Espírito Santo e isso só pode acontecer quando acolhemos o Espírito de Deus para que habite em nossa existência. Amém!
































sábado, maio 25, 2019

ORAÇÃO PELO BRASIL








Senhor nosso Deus, dignais-vos pela vossa misericórdia afastar do nosso país, o Brasil, Terra de Santa Cruz, a vossa cólera e a vossa exasperação, porque é devido às nossas iniquidades e aos pecados dos nossos governantes e devido aos pecados do povo brasileiro, que estamos vivendo estes tempos tão difíceis, com tantas provações.
Ouvi, pois, Senhor, a nossa prece suplicante. Vós sois um Deus cheio de Misericórdia, por isso vos pedimos, fazei irradiar vossa face sobre o nosso Brasil.
Ó Deus todo Poderoso, ouvi-nos abri os vossos olhos para ver o sofrimento deste povo. E em nome de vossa grande misericórdia que humildemente suplicamos.
Este país foi marcado com a Santa Cruz, quando os portugueses aqui chegaram.
Não permitais que está cruz caia, Senhor. Que os vossos Santos Anjos sustentem está cruz e que o nosso país tenha um grande derramamento do Espírito Santo, para que assim o nosso Brasil seja livre da ganância, da corrupção, da imoralidade, das drogas e da violência.
Amém.










sexta-feira, maio 24, 2019

SÍNTESE DA 57ª ASSEMBLEIA GERAL DA CNBB









Dom Fernando Arêas Rifan*

Na 57ª Assembleia Geral da CNBB, a Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé, em sua declaração, adverte-nos para sete tendências atuais que ameaçam a ortodoxia e a vivência da fé, na sua unidade e integralidade. São erros e heresias atuais. Resumo alguns trechos:
1- O problema do ateísmo e do secularismo. Chega-se devagar à “morte de Deus”. Há uma recusa da autoridade. Só se aceita a tolerância. A impunidade diante dos erros com base no dito “o inferno existe, mas está vazio” pode conduzir à banalidade do mal. A máxima “se Deus não existe, tudo é permitido”, está em voga, e abre caminho para teorias como a ideologia de gênero etc. Enfim, o direito de a Igreja existir no mundo moderno é contestado até por cristãos.
2- O antropocentrismo exagerado que leva ao relativismo em todos os campos, inclusive o ético. Afirma-se que o homem não só pensa, mas faz a (sua) verdade. É a fé dissociada da prática (que o Papa Francisco chama de hipocrisia). O homem se faz Deus e tudo recria.... De um lado há os que acham suficiente acudir às urgências no empenho por um mundo justo e fraterno, e por outro lado a tendência ao fundamentalismo espiritual, que deseja uma Igreja espiritualista, separando fé e vida. A fé é propriedade de toda a Igreja e não pode ser escamoteada ao gosto de cada um.
3- Quase não se fala mais em pecado. É politicamente incorreto falar de pecado. Hoje o psicologismo isenta a todos de culpa. É quase consenso que quem é pobre, está redimido dos pecados, só pelo fato de ser pobre. Torna-se necessário formar as consciências. Não se fala mais dos novíssimos: morte, juízo, inferno, paraíso, apesar de o Catecismo da Igreja o ensinar.
4-Tentação de separar a fé da oração e do agir: vida de oração, espiritualidade, liturgia, que não podem ser vistos como realidades ultrapassadas, mas partes integrantes da vida eclesial. A Igreja deve crer o que reza e praticar o que crê. E o que se deve crer está explícito.
5- A fé permeada apenas pelo emocional-afetivo e o folclórico. Há que se perguntar até que ponto o desejo de satisfazer e acolher nos leva a passar por cima de verdades irrenunciáveis, nos faz banalizar a Eucaristia em celebrações que fogem até mesmo ao decoro litúrgico, etc.
6- Teologia tentada a limitar-se a ser Ciência da Religião. A Teologia é a fé iluminada pela razão, a fé que busca compreensão. É ciência, mas supõe a fé. A Ciência da Religião estuda a religião como busca de sentido, mas sem a exigência da fé. É a fé fechada no subjetivismo, a doutrina sem mistério, o gnosticismo, uma das piores ideologias (cf. Francisco in GE n. 40).
7- Confiança excessiva na ação humana sem levar em conta o primado da graça de Deus. Pelagianismo, denunciado pelo Papa Francisco, que leva a atribuir tudo ao esforço pessoal e à vontade própria. Daí vem o mundanismo. A opção pelos pobres deve ser fruto da fé cristológica, e não apenas de uma indignação ética, diante da miséria, como se fosse uma ideologia.
Enfim, devemos nos perguntar se a evasão de fiéis para outras denominações, além de todos os motivos já elencados e sabidos, não é provocada, também pela insegurança doutrinal, que leva cada um a crer no que convém, fazendo como que um self-service dos conteúdos da Fé.





quinta-feira, maio 23, 2019

A PASSAGEM SECRETA DA GÁVEA


mobilidade urbana e interesse público






Considera-se interesse público o resultante do conjunto dos interesses que os indivíduos pessoalmente tem quando considerados em sua qualidade de membros da sociedade.
Ligado ao conceito de bem comum, é nada mais nada menos que o objetivo principal do Estado Democrático de Direito.
De fato, dele depende a própria concepção de Estado, na medida em que o contrato social só se justifica quando o ente público criado para garantir o bem estar coletivo se compromete efetivamente a persegui-lo.
Dentre os interesses públicos tuteláveis encontra-se indiscutivelmente a mobilidade urbana, especialmente nas grandes metrópoles, em que o tráfego intenso e desorganizado rouba tempo de vida dos cidadãos, gera poluição exagerada, dificulta o atendimento emergencial hospitalar, facilita o exercício da criminalidade e contribui, em última análise, para o caos social.
Com o fim de evitar o penoso trânsito e seus inúmeros infortúnios, vultosos investimentos são feitos pela Administração Pública para escoamento do trânsito. Pontes, túneis, estradas, ruas, vias de acesso, rodoanéis e obras que envolvem milhões de reais dos cofres públicos são realizadas com frequência para fazer frente ao sempre crescente número de veículos em circulação nas cidades Brasil afora. Em se tratando de verba pública, tais providências requerem planejamento, previsão orçamentária, licitação e toda uma movimentação da máquina administrativa, até que se possa entregar à sociedade a obra que viabilizará um melhor escoamento do trânsito e minimizará os efeitos nocivos da perda de tempo. Nocivos e por vezes fatais.
Isso porque não são apenas os acidentes que matam no trânsito: o atendimento em tempo hábil salva vidas, seja no caso do veículo Corpo de bombeiros, da viatura polícia e da ambulância, seja no caso da senhorinha que está passando mal em direção ao hospital, do pai que corre para salvar seu filho ou da parturiente que tenta chegar à maternidade. Ainda nessa linha de raciocínio é inegável numa metrópole como o Rio de Janeiro que a criminalidade se vale da lentidão do trânsito para fazer suas vítimas. Imóveis que estão em seus veículos, motoristas e passageiros tornam-se presas fáceis dos ágeis predadores em suas motos como gazelas amarradas entregues de bandeja aos leões.
Em outras palavras, mobilidade urbana é vida.
No último dia 17 de maio a cidade do Rio de Janeiro enfrentou um grave problema de mobilidade urbana: zona sul e zona oeste foram geograficamente isoladas por dois eventos simultâneos: o fechamento da Avenida Niemeyer e do túnel Rafael Mascarenhas. A primeira por deslizamento de terra e o segundo por queda de viga de concreto.
Por sorte a sociedade contava com uma passagem secreta guardada há dezesseis anos e sete chaves que prontamente foi aberta: o viaduto Graça Couto que liga o túnel Zuzu Angel à Rua Marquês de São Vicente, na Gávea. Inaugurado na década de 80, a passagem foi fechada em 2003 por pressão da Associação de Moradores daquele bairro, que considerava que o tráfego de veículos pela região tumultuava o trânsito da região.
Ocorre, entretanto, que a passagem melhora o trânsito de outras regiões. Muitas outras. Toda a Zona Oeste, na realidade. E ainda São Conrado, bairro mais atingido com o fechamento da via para a qual se licitou, pagou com dinheiro público e vinte anos depois se fechou por conveniência de um grupo individualizado de pessoas, em detrimento do interesse público de toda a população que diariamente transita entre as zonas oeste e sul da cidade.
O pequeno viaduto de poucos metros de comprimento permite que se chegue com rapidez, por exemplo, à Clínica São Vicente, à Pontifícia Universidade Católica, a inúmeras escolas localizadas na Gávea, em trajeto que a partir de São Conrado não leva mais do que cinco minutos. A volta, entretanto, necessária quando o viaduto está fechado, custa mais trinta e cinco ou quarenta minutos de vida do cidadão.  Ou ela própria, dependendo da urgência e do tempo de que ainda dispõe de atendimento.
O Direito lida diuturnamente com conflitos de interesses, sejam  individuais, sejam coletivos. A forma de solução desses conflitos, caso ambos sejam tutelados  por normas jurídicas de mesma hierarquia é a ponderação dos interesses em litígio. Assim se decide por exemplo quando o direito à liberdade de expressão de alguém se contrapõe ao direito intimidade de outrem ou quando o direito ao mínimo existencial se contrapõe à reserva do possível ou, em outras palavras, às limitações estatais.
Essa técnica de ponderação permite que se observe no caso concreto qual interesse em jogo igualmente tutelado pela norma jurídica deve prevalecer.
São Conrado é um bairro de passagem, constantemente assolado pelo engarrafamento. Se a moda pega, periga a Associação de moradores pleitear o fechamento da Auto Estrada Lagoa Barra para viver em paz com seus poucos carros e não ser incomodada com o trânsito, barulho de ônibus, poluição...
É preciso enxergar o Viaduto Graça Couto como um investimento à mobilidade urbana já pago com dinheiro público. Obra pronta e acabada que é de todos e de cada um dos munícipes e que não pode simplesmente ser obstruída em razão do interesse de um grupo pequeno de pessoas que não quer ser incomodado com um trânsito que não é mazela só de outros nem privilégio de ninguém.

Mirela Erbisti – moradora de São Conrado





quarta-feira, maio 22, 2019

6 DADOS QUE TALVEZ NÃO CONHECIA SOBRE NOSSA SENHORA AUXILIADORA










No dia 24 de maio, a Igreja comemora a Santíssima Virgem Maria sob a advocação de “Maria, Auxílio dos Cristãos”.

A seguir, confira alguns dados que talvez não conhecia sobre Nossa Senhora Auxiliadora:


1. Maria era chamada de “Auxiliadora” pelos primeiros cristãos

Os primeiros cristãos na Grécia, Egito, Antioquia, Éfeso, Alexandria e Atenas costumavam chamar a Santíssima Virgem Maria de “Auxiliadora”, em grego é “Boeteia”, e significa “a que traz auxílios vindos do céu”.

O primeiro Padre da Igreja que chamou a Virgem Maria de “Auxiliadora” foi São João Crisóstomo no ano 345 em Constantinopla. O santo disse: “Tu, Maria, é o auxilio potentíssimo de Deus”. Também foi reconhecida com este nome por Proclus no ano 476 e por Sebas de Cesária em 532.


2. Maria Auxiliadora intercedeu nas batalhas de Lepanto e Viena

Em 1572, o Papa São Pio V, depois da vitória do exército cristão sobre os turcos muçulmanos na batalha de Lepanto, ordenou celebrar no dia 7 de outubro a festa do Santo Rosário e que nas Ladainhas fosse invocada “Maria Auxílio dos cristãos”. Naquele ano, Nossa Senhora livrou prodigiosamente toda a cristandade da destruição de um exército maometano de 282 barcos e 88.000 soldados.

Em 1683, os turcos atacaram Viena durante o pontificado de Inocêncio XI. Sob o comando do rei da Polônia, João Sobieski, com um exército inferior derrotou o exército turco confiando na ajuda de Maria Auxiliadora. Pouco tempo depois, fundaram a Associação de Maria Auxiliadora, que atualmente está em mais de 60 países.


3. A festa nasceu durante a Revolução Francesa

A história do estabelecimento da festa de Nossa Senhora Auxiliadora remete há alguns anos depois da Revolução Francesa, a qual havia realizado um grande golpe à Igreja.

O Papa Pio VII foi preso no Palácio de Fontainebleau pelo imperador francês Napoleão Bonaparte e dedicou as suas orações à Maria Santíssima “Auxílio dos Cristãos”, para que protegesse a Igreja.

As preces do Papa foram ouvidas e, em 181, Napoleão assinou a sua abdicação. Em 1815, quando a Igreja tinha recuperado a sua posição e poder espiritual, o Papa instituiu a festa de Nossa Senhora Auxiliadora no dia 24 de maio, para perpetuar a memória do seu retorno a Roma depois do seu cativeiro na França.


4. A festa de Nossa Senhora Auxiliadora é celebrada na Ucrânia desde o século XI

O nome “Auxiliadora” foi dado à Virgem Maria na Ucrânia desde 1030 por ter libertado aquela região da invasão de tribos pagãs. Desde então, a Igreja Ortodoxa nesse país celebra a festa de Nossa Senhora Auxiliadora no dia 1º de outubro.


5. Maria Auxiliadora apareceu a São João Bosco

São João Bosco foi um grande propagador do amor a esta devoção mariana, porque a própria Virgem Maria apareceu a ele em 1860 e assinalou o lugar em Turim (Itália) onde queria que fosse construído um templo em sua homenagem. Do mesmo modo, pediu para ser homenageada com o título de “Auxiliadora”.

Em 1863, São João Bosco começou a construção da igreja com alguns centavos, mas com a intercessão da Santíssima Virgem Maria, em 9 de junho de 1868, apenas 5 anos depois, foi realizada a consagração do templo.

O Santo costumava dizer: “Cada tijolo deste templo corresponde a um milagre da Santíssima Virgem Maria”. A partir daquele Santuário, começou a espalhar pelo mundo a devoção a Maria sob o título de Auxílio dos Cristãos.


6. Três Papas eram devotos de Nossa Senhora Auxiliadora

O Papa São João XXIII cultivou uma especial devoção a Nossa Senhora Auxiliadora, cuja imagem tirada de um número do Boletim Salesiano, estava na parede perto da sua cama. Ele a proclamou Padroeira do Concílio com o título de Auxilium Christianorum, Auxilium Episcoporum, e em 28 de maio de 1963, gravemente doente, abençoou com profunda emoção as duas coroas destinadas ao quadro da Auxiliadora na Basílica do Sagrado Coração de Roma.

Por sua parte, São João Paulo II costumava visitar a igreja de Santo Estanislau Kostka dos Salesianos, em Cracóvia, entre os anos 1938 e 1944, e muita vez rezou na capela de Nossa Senhora Auxiliadora. Nesta igreja, no dia 3 de novembro de 1946, celebrou uma das suas primeiras missas como sacerdote.

O Papa Francisco, durante sua visita apostólica a Turim em 2015, por ocasião dos 200 anos do nascimento do fundador dos salesianos, São João Bosco, contou que durante a sua infância foi educado em um colégio salesiano e aprendeu a amar Nossa Senhora Auxiliadora:

“Eu lá (em um colégio salesiano) aprendi a amar a Virgem, os salesianos me formaram na beleza, no trabalho, e acredito que este é um carisma deles, me formaram na afetividade e isso era uma característica de Dom Bosco”, assegurou.