quinta-feira, julho 30, 2020

SANTO INÁCIO DE LOYOLA

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SANTO INÁCIO DE LOYOLA

30 de julho de 2020

 

 Paróquia São Conrado







A seguir, alguns dados que todo católico deve saber sobre a vida deste santo:


1. Foi um nobre

 

Iñigo de Loyola (não adotaria o nome “Inácio” até depois de seus estudos em Paris) vinha de uma família nobre e antiga do País Basco.

Dessa família, um cronista escreveria mais tarde: “Os Loyola foram uma das famílias mais desastrosas que nosso país teve que suportar, uma dessas famílias bascas que portava um escudo de armas sobre sua porta principal, para justificar melhor os erros que eram o tecido e o padrão de sua vida”.

 

 

2. Foi libertino

 

A situação sociopolítica no País Basco feudal do século XVI, na parte mais ocidental dos Pirineus, era extremamente violenta. Como alguns nobres da época, Inácio era conflitivo, violento e vivia uma sexualidade irresponsável.

O soldado espanhol convertido em místico pode ser o único santo com antecedentes policiais de brigas noturnas (obviamente antes de sua conversão).

 

 

3. Quase morreu em batalha

 

Em 1519, aos 28 anos, Inácio exigiu que seu pequeno grupo de soldados lutasse contra uma força invencível de 12 mil tropas francesas em Pamplona, Espanha. Seu valor (ou obstinação) lhe rendeu uma bala de canhão nas pernas, que destroçou uma afetou gravemente a outra.

Os valores de cavaleiro que possuía eram tão elevados que resultaram em um longo período de convalescência na casa familiar Loyola. Este período mudou sua vida, e o mundo, para sempre.

 

 

4. Converteu-se ao catolicismo lendo livros espirituais

 

Enquanto convalescência, leu textos sobre a vida de Cristo e dos santos e decidiu imitá-los. Uma noite, apareceu-lhe a Virgem Maria com seu Filho e, desde então, colocou-se a servir ao Rei dos céus.

Um dado curioso é que antes da invenção de marcadores, copiou passagens da vida de Cristo e dos santos: as palavras de Jesus foram inscritas em vermelho e as de sua Santíssima Mãe em azul.

 

 

5. Sua congregação ia se chamar a “Companha de Maria”

 

Depois de sua conversão, a Virgem apareceu a ele em até trinta ocasiões. Foram tantas que Inácio quis chamar sua nova ordem originalmente “A Companhia de Maria”.

Logo que terminou sua convalescência, foi em peregrinação ao famoso santuário da Virgem de Montserrat, onde adotou o sério propósito de dedicar-se a fazer penitência por seus pecados. Mudou suas luxuosas vestes pelos de um mendigo, consagrou-se à Virgem Santíssima e fez confissão geral de toda sua vida.

 

 

6. Tornou-se um mendigo

 

Inácio pensou muito sobre os “espíritos” em sua vida: os espíritos que conduzem a Deus e os espíritos nascidos do diabo. Isso o estimulou a viver de uma maneira que os historiadores chamaram seu período de peregrinação.

Durante este tempo, estava decidido a renunciar aos prazeres mundanos. Vestiu-se com um pano de saco e colocou um sapato com sola de corda.

 

 

7. Quis converter muçulmanos

 

Logo depois de completar os exercícios espirituais, Inácio declarou: “Deus quer que converta os muçulmanos!”. Foi até a Terra Santa em 1523, onde pregava nas ruas energicamente e evangelizava a todos os que podia.

Apesar do entusiasmo, só ficou um ano, porque a presença dos maometanos o enfurecia. Regressou para a Espanha e estudou latim, lógica, física e teologia. Também evangelizava as crianças e organizava encontros.

 

 

8. Seus companheiros foram chamados “Diabos”

 

Os primeiros companheiros que teve na Companhia de Jesus, fundada em 1540, foram descritos como os Sete Diabos Espanhóis, não nesse momento, mas no século XIX por um historiador inglês.

Os companheiros (na verdade eram seis e nem todos eram espanhóis) tinha se encontrado com Inácio durante seus estudos em Paris e se reuniram em Roma para tornar-se o núcleo da futura Companhia. Em menos de um século, Inácio de Francisco Xavier seriam canonizados.

 

 

9. Quando morreu, já havia milhares de jesuítas

 

Inácio viveu seus últimos anos em um pequeno quarto de Roma. Dali, governou a Companhia de Jesus e foi testemunho de seu crescimento: de apenas 6 jesuítas em 1541, passaram a 10 mil em 1556, ano de seu falecimento.

Os jesuítas se espalharam por toda Europa, Índia e Brasil durante esses anos.





terça-feira, julho 28, 2020

SANTA MARTA

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SANTA MARTA
28 de julho de 2020


Paróquia São Conrado







A grande lição da irmã de Maria e Lázaro: equilibrar vida ativa e vida contemplativa em vez de “preocupar-se e inquietar-se com tantas coisas”…

AIgreja celebra em 29 de julho a festa litúrgica de Santa Marta de Betânia, irmã de Maria e de Lázaro, grandes amigos de Jesus. Lázaro, aliás, é o homem a quem Jesus ressuscitou quatro dias após ele ter morrido.


Foi a Santa Marta que o próprio Cristo disse:

“Marta, Marta, tu te inquietas e te preocupas com tantas coisas, quando só uma basta. Tua irmã Maria escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada“.

Ele se referia ao comportamento agitado de Marta, que estava preocupada em receber e servir muito bem a Jesus, enquanto sua irmã aproveitava a visita para estar serenamente ao lado do Mestre.

Na espiritualidade da Igreja, este episódio costuma ilustrar a necessidade de equilibrar com harmonia a vida ativa e a vida contemplativa, priorizando a quietude de espírito e a consciência da presença de Deus em meio às agitações do cotidiano.

Marta, sempre fiel a Jesus, foi uma das mulheres que acompanharam de perto a Sua Paixão, Morte e Ressurreição, com grande firmeza e coragem. O nome desta irmã de Lázaro e Maria vem do aramaico e significa “mestra” ou “senhora”.

A lição de serenidade que Jesus nos deu através de Santa Marta é um convite a não nos inquietarmos nem nos preocuparmos com tantas coisas, quando só uma basta: estar perto de Deus.

Santa Marta é considerada padroeira do lar, das cozinheiras, das donas de casa, das faxineiras, das casas de hóspedes, dos hoteleiros, das lavadeiras e das irmãs de caridade. Costuma-se também invocar a sua intercessão em casos urgentes e difíceis, pois foram as suas súplicas que levaram Jesus a trazer seu irmão Lázaro de volta a esta vida. Santa Marta é invocada, ainda, para ajudar os fiéis a realizarem com diligência os seus compromissos cristãos.

segunda-feira, julho 27, 2020

XVII DOMINGO DO TEMPO COMUM

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O primeiro contato é com as leituras e o salmo responsorial propondo um segredo existencial que merece atenção na Liturgia deste 17DTC-A: a importância de ter um coração capaz de ouvir a voz de Deus. Trata-se de uma condição indispensável para obter a sabedoria divina na vida humana.
Salomão, no início do reinado, ouve a proposta divina e coloca-se diante de Deus em oração. Não intercede aquilo que os reis julgavam imprescindível para um bom governo — riqueza e exército, por exemplo —; intercede sabedoria (1L). Salomão não nasceu sábio, mas entendeu que na sabedoria divina encontra-se o segredo para bem conduzir a vida, que "vale mais do que milhões em ouro e prata" (SR). Na sabedoria divina, encontra-se o segredo de Salomão na condução do povo (1L), encontra-se o segredo para conduzir a vida pessoal de qualquer pessoa, porque na escuta da Palavra do Senhor está a sabedoria dos simples (SR) e os simples conhecem os segredos da vida.
O ponto central da oração de Salomão está na frase: "um coração compreensivo" (1L). Na tradução de outras edições Bíblicas se lê: "um coração capaz de ouvir". Um coração capaz de se colocar em escuta da Palavra de Deus para discernir o que é melhor. Ouvindo a voz de Deus, presente na Palavra, nos tornamos predestinados a ser "conformes a imagem do seu Filho", chamados a viver na justiça divina (2L), e a procurar o tesouro do Reino dos Céus (E).
A fé não é dom recebido para proporcionar o conforto de uma estabilidade espiritual. A fé é um tesouro que precisa ser buscado e, para isso, a necessidade de colocar-se a caminho, na busca do tesouro escondido (E).  A fé não é uma crença que estaciona, é um sentimento que inquieta, que desafia a coragem de vender todas as seguranças em troca de um tesouro escondido e achado. A fé é a necessidade essencial, digamos assim, para encontrar o tesouro do Reino de Deus.
Além da fé como suporte para achar o tesouro do Reino de Deus, existe ainda duas outras qualidades propostas por Jesus. A primeira, é a alegria de encontrar um tesouro tão grande a ponto de se vender tudo que se tem (E). A alegria é uma atitude de coragem; o medo impede e impossibilita a alegria.
A segunda qualidade é a capacidade de avaliar entre um tesouro e outro. Isto é possível com os critérios da sabedoria divina (1L). A avaliação do valor do tesouro do Reino de Deus é feita com os critérios da fé, escutando a Palavra de Deus, fonte da sabedoria divina (SR). Para isso, a necessidade de avaliar os valores culturais, os valores pessoais... colocando-os em relação ao valor do Reino de Deus. Jesus diz que esta atitude de avaliação — comparação entre dois valores — é semelhante a um pai de família que faz uma limpeza no tesouro da sua vida: joga fora o imprestável para conservar somente aquilo que produz sentido para viver.

















sábado, julho 25, 2020

TERÇO E MISSA DA MISERICÓRDIA

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Considerar que, nas relações do homem com Deus, é o homem que tem a iniciativa. Pelo contrário, a vida religiosa está, por assim dizer, acima do "eu": "Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim." (v. 20). Não se trata de nenhuma substituição. Paulo não está fazendo antropologia, mas expondo  a sua experiência religiosa. Se a presença de Deus no homem fosse o resultado de um esforço puramente humano, "a graça de Deus" seria como que "inútil". A fé é sempre um dom gratuito. Não há mecanismo catequético ou evangelizador que, por si só, produza a graça nos crentes. A "graça" é mesmo gratuidade de Deus. Compete-nos "apenas" acolhê-la e corresponder-lhe.

A alegoria da videira e dos ramos garante-nos que a promessa da presença de Jesus no meio de nós está cumprida. Há que "permanecer" n´Ele para produzir os frutos que Deus espera de nós, ou melhor, permitir ao Espírito, a "seiva" divina, que produza em nós os seus frutos. Por nós mesmos, não podemos produzi-los. A obra de Jesus, que culminou na sua morte, "limpou-nos". No nosso texto é a Palavra que aparece como meio de purificação. Esta Palavra é a comunicação de Jesus aos seus discípulos através da sua vida, da sua morte, da sua pessoa. Há que permanecer n´Ele. 

Permaneçamos unidos à videira. O agricultor corta da videira os ramos mortos e aqueles que não dão frutos. Limpa os sarmentos que dão frutos, para que produzam ainda mais. «É assim que fará o Pai celeste, diz-nos Nosso Senhor: todo o ramo que não der fruto em mim, cortá-lo-á; atirá-lo-á para longe de mim, será privado da seiva que é a graça e cairá na morte espiritual. Mas os que prometem fruto, podá-los-á, purificá-los-á através de alguma prova e curá-los-á das suas inclinações depravadas, para que deem ainda mais frutos». «Quanto a vós, dizia ainda Nosso Senhor, estais todos podados e purificados pelas instruções que vos dei; mas para que esta purificação se conserve e complete, para que a vossa fecundidade em obras de salvação se desenvolva, uni-vos sempre mais intimamente a mim, permanecei em mim e eu, por minha parte, permanecerei em vós. Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na vinha, se não está aderente à cepa donde tira a seiva vivificante, assim não podeis produzir nada, se não permanecerdes em mim». Sim, Senhor, quero permanecer em vós. Sinto que é a condição da vida, da fecundidade e da felicidade. Quero permanecer em vós pela fidelidade da minha recordação, da minha ternura e da minha dedicação, pela conformidade dos meus pensamentos aos vossos pensamentos, dos meus sentimentos aos vossos sentimentos, das minhas alegrias às vossas alegrias, das minhas tristezas às vossas tristezas, do meu querer à vossa vontade. Só quero ter convosco uma existência, um fim, uma felicidade: a glória de Deus, o reino do Sagrado Coração e a salvação das almas.













quinta-feira, julho 23, 2020

SANTA BRÍGIDA

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SANTA BRÍGIDA
23 de julho de 2020



Paróquia São Conrado






Santa Brígida (Birgitta Birgersdotter) nasceu dia 15 de junho de 1303, no castelo de Finsta, em Norrtälje, na província de Uplândia, Suécia. O castelo era a residência da família Finsta e pertenceu durante certo tempo a seu pai Birger Persson, que era governador de Uplândia. Sua mãe, Ingeborg Bengtsdotter, era parente da família real. Seu avô materno era primo de Magnus Ladulås, de modo que Brígida tinha parentesco com a família real sueca.
Brígida ficou órfã de mãe quando tinha cerca de 10 anos de idade. Seu pai, considerando-se inapto para prover uma educação compatível a uma menina de sua condição social, enviou-a para a casa da cunhada, Catarina Bengtsdotter, em Aspanäs, na proximidade do lago Sommen, em Östergötland.
As manifestações místicas de Brígida começaram aos 12 anos, enquanto ela ouvia um sermão sobre a Paixão de Cristo. Certa vez viu a Virgem Maria colocar em sua cabeça uma coroa. Em outra ocasião, viu diante dela Jesus Cristo torturado e morto na cruz. Estas duas experiências fariam com que desenvolvesse profunda devoção a Maria e meditações sobre o sofrimento de Cristo, que a marcariam por toda a vida.
Em 1316, quando Brígida contava com apenas 13 anos, contra sua vontade, foi dada em matrimônio a Ulf Gudmarsson, filho do governador de Västergötland. Teve um casamento feliz, onde foi mãe de oito crianças, entre elas Santa Catarina da Suécia. A devoção de Brígida também influenciou seu marido. Entre outras viagens, o casal realizou peregrinações a Nídaros (atual Trondheim) e a Santiago de Compostela. A caminho da Espanha, na cidade francesa de Arras, Ulf adoeceu. Quando se temia o pior, o santo francês São Dionísio apareceu ante Brígida e lhe prometeu que seu marido não morreria naquela ocasião. De volta a Suécia, Brígida e o marido se estabeleceram junto ao Mosteiro de Alvastra, onde Ulf faleceu em fevereiro de 1344.
Após a morte de do marido, Brígida repartiu seus bens entre os herdeiros e os pobres e passou a viver de maneira simples nas imediações Mosteiro cisterciense ligado ao de Alvastra. Neste período, suas visões se tornaram mais numerosas, formando a maior parte das aparições que Brígida vivenciou até sua partida para Roma. Foi durante elas que Brígida recebeu a missão de levar mensagens a políticos e líderes religiosos, assim como teve diálogos com santos e mortos.
Brígida viajou a Roma no ano de 1349 com o propósito de tomar parte na celebração do jubileu de 1350, e para obter permissão do papa para fundar uma nova ordem religiosa. Entretanto, na ocasião o papa residia em Avinhão e, além disso, a Igreja havia proibido o estabelecimento de mais ordens. A ausência do papa desanimou Brígida, que havia tido uma visão na qual encontraria o papa e o Imperador quando chegasse a Roma. Foi testemunha da decadência espiritual de Roma após a partida do papa. Durante sua estadia na cidade, escreveu cartas ao papa, onde lhe suplicava que regressasse a Roma, e se dedicou a visitar as igrejas que continham tumbas de santos. Na igreja de São Lourenço em Panisperna, no monte Viminal, perto de onde morava, pedia aos transeuntes esmolas para os necessitados. Também aproveitou para viajar em peregrinação ao santuários de Assis, a Nápoles e ao sul da Itália.
Em 1368, o Papa Urbano V regressou a Roma e, em 21 de outubro recebeu o Imperador Carlos IV. Então, Brígida pôde entregar as regras de sua ordem ao papa, que se encarregaria de examiná-las. As regras foram aceitas com várias revisões. Além disso, o papa tomou a decisão de deixar novamente a Itália por motivos de segurança, situação com a qual Brígida também não estava de acordo. Ela profetizou que o papa receberia um forte golpe de Deus e, após dois meses do regresso a Avinhão, Urbano V faleceu.
No verão de 1373, uma enfermidade a debilitou, e Brígida faleceu, em Roma, no que é hoje a praça Farnese, no dia 23 de julho, aos 70 anos. De acordo com sua própria vontade, seus filhos Birger e Caterina levaram seus restos mortais para a Suécia, especificamente para a Abadia de Vadstena, após haverem sido enterrados na igreja romana de São Lourenço, em Panisperna.
O processo de canonização de Brígida começou em 1377 e terminou em 1391. Foi canonizada em 7 de outubro de 1391 pelo Papa Bonifácio IX .
Em 1999, santa Brígida foi elevada, junto com santa Catarina de Sena e santa Teresa Benedita da Cruz, a co-padroeira da Europa.



Fonte: Aleteia






segunda-feira, julho 20, 2020

XVI DOMINGO DO TEMPO COMUM

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O joio e o trigo

Ontem como hoje, continua-se a questionar a origem do mal no mundo. Jesus é muito claro na sua parábola: Deus semeia o bem e o inimigo semeia o mal no meio da plantação do bem. Por que Deus permite o mal? Seria Deus fraco, a ponto de não conseguir impedir que o mal fosse semeado no mundo? Haveria uma força negativa no mundo para semear o mal e destruir a semente semeada por Deus? São interrogações como estas que promoveram o surgimento de teorias sobre a origem do mal no mundo.
Na parábola do joio e do trigo (E), Jesus não explica a origem do mal, mas como se relacionar com o mal; qual deve ser a atitude diante do mal. Basicamente, propõe duas atitudes: conviver com o mal e entender que o mal não tem poder para impedir que a boa semente do bem cresça e produza frutos.
Como na parábola do Domingo passado, do semeador (15DTC-A), o terreno onde é semeada a boa semente é a vida humana, mas também a vida da comunidade, a vida da Igreja, a vida social como um todo. É o modo para entender que o bem e o mal crescem dentro de nós, dentro de nossa comunidade, dentro da Igreja, dentro das famílias... Muitos se arvoram com a mesma proposta dos ceifeiros: arrancar o mal pela raiz. Jesus não concorda porque a colheita não é tarefa nossa, mas de Deus, que recolherá o joio para ser queimado e os frutos do bem para ser guardado no celeiro celeste. O tempo de Jesus foi um tempo de semeadura; semear o Reino evangelizando. O mesmo acontece com o tempo da Igreja: é tempo de semeadura. A colheita pertence ao Pai, que julga com justiça e ensina que o justo deve ser humano (1L), alguém que seja a boa semente do Reino de Deus (E).


O Reino e sua pequenez

O evangelista Mateus tematizou os ensinamentos do Reino de Deus num único capítulo relatando outras duas parábolas, além daquela do joio e do trigo (E). Cada parábola tem um ponto de vista sobre o Reino de Deus com a finalidade de mudar a mentalidade dos ouvintes sobre o Reino de Deus.
Contrariando aqueles que pensavam o Reino de Deus com uma apresentação grandiosa, Jesus diz que o Reino de Deus se encontra na terra de modo pequeno: "como uma semente de mostarda" (E). Assim falava para aqueles que se escandalizavam pela pregação de Jesus não ter provocado mudanças no meio da comunidade. Até mesmo João Batista ficou confuso diante do projeto do Reino pregado por Jesus (Lc 7,19). Jesus ensina que mesmo pequeno, como um grão de mostarda, o Reino cresce com o potencial de uma grande e acolhedora árvore (E).
A segunda comparação de Jesus faz referência ao fermento. Ninguém vê a atividade e a dinâmica do fermento que levada a massa (E). O Reino de Deus não se apresenta com manifestações estupendas; sua dinâmica é escondida, sem visibilidade, mas sempre ativo. O Reino de Deus é fermento com um potencial transformador.
Tais exemplos e comparações não remetem à fraqueza ou debilidade divina, mas evidenciam a paciência de Deus. Como semeador que pacientemente espera os frutos da semente semeada, como quem faz o pão e espera a levedação da massa, assim o Reino de Deus não tem nada de visivelmente poderoso, pois seu poder transformador acontece no coração. Acontece também pela ação do “Espírito que vem em socorro da nossa fraqueza” (2L).














sexta-feira, julho 17, 2020

MÁRTIRES CARMELITAS

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MÁRTIRES CARMELITAS
17 de julho de 2020


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Vítimas da hipocrisia e do ódio disfarçado de “liberdade, igualdade e fraternidade”, elas não tiveram medo de ser fiéis à verdadeira liberdade

Em 17 de julho, dia seguinte à celebração litúrgica de Nossa Senhora do Carmo, a Igreja rememora o martírio de 16 religiosas carmelitas durante a Revolução Francesa. Vítimas do ódio à fé que caracterizava uma parte muito relevante do assim chamado “iluminismo”, elas foram decapitadas em Compiègne, na França.
A morte sangrenta provocada pela perseguição contra a fé em Cristo havia sido profetizada cem anos antes, quando uma religiosa da mesma comunidade tivera uma visão: todas as freiras do convento, vestidas de branco, seguravam a palma do martírio.

A “liberdade, igualdade e fraternidade” revolucionária
Estabelecidas na região havia quase 150 anos, as carmelitas de Compiègne foram obrigadas, durante a “democrática” Revolução Francesa, a viver como leigas. Além disso, a lei revolucionária de 1790 forçava o fechamento do convento, o que acarretou a redistribuição das freiras em quatro casas separadas. Com muita “liberdade, igualdade e fraternidade“, as religiosas ainda tiveram que escolher entre assinar o “juramento revolucionário” ou sofrer a deportação.

Apesar da extrema hostilidade da qual todos os religiosos da França eram alvo, a priora carmelita Teresa de Santo Agostinho fomentou entre as irmãs da sua comunidade a fidelidade aos preceitos da vida conventual, que elas continuaram a praticar na clandestinidade. Entretanto, algumas denúncias às autoridades revolucionárias levaram a uma investigação que juntou “provas de vida conventual”: as carmelitas foram assim acusadas de “complô para restabelecer a monarquia e extinguir a República”.

As religiosas que foram presas se negaram a assinar novamente o juramento revolucionário e, acusadas de “conspiração contra a revolução”, foram amarradas e levadas a Paris em duas carroças. Na capital francesa, foram trancadas na prisão da Conciergerie, o que, praticamente, equivalia a uma confirmação da pena que as esperava: a guilhotina.

As freiras testemunharam no presídio uma grande firmeza na fé: além de continuarem rezando, elas ainda celebraram com solenidade a festa de Nossa Senhora do Carmo em 16 de julho de 1794.

No dia seguinte, o Tribunal Revolucionário as condenou oficialmente à morte.

À sombra da guilhotina, as carmelitas cantaram o mais solene dos hinos de ação de graças da tradição católica, o “Te Deum”. Após renovarem suas promessas e votos religiosos, foram uma a uma encarar de cabeça erguida o covarde fim material da sua vida, imposto por revolucionários brutais e homicidas que, com a típica hipocrisia que marca tais movimentos, se diziam “ilustrados e democráticos” defensores da “liberdade, igualdade e fraternidade“.

As 16 carmelitas mártires de Compiègne foram beatificadas por São Pio X em 1906.





quarta-feira, julho 15, 2020

NOSSA SENHORA DO CARMO

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NOSSA SENHORA DO CARMO
15 de julho de 2020


Paróquia São Conrado







Como todos os anos, amanhã celebraremos uma festa importante do mês de julho: a de Nossa Senhora do Carmo, uma das mais tradicionais invocações de Nossa Senhora.

Quase na divisa com o Líbano, o monte Carmelo, com 600 metros de altitude, situa-se na terra de Israel. “Carmo”, em hebraico, significa “vinha” e “El”, abreviatura de Elohim, significa “Deus”, donde Carmelo, a vinha de Deus. Ali se refugiou o profeta Elias, que lá realizou grandes prodígios, e depois o seu sucessor, Eliseu. Eles reuniram no monte Carmelo os seus discípulos e com eles viviam em ermidas. Na pequena nuvem portadora da chuva após a grande seca, Elias viu simbolicamente Maria, a futura mãe do Messias esperado.

Assim, Maria foi venerada profeticamente por esses eremitas e, depois da vinda de Cristo, por seus sucessores cristãos, como Nossa Senhora do Monte Carmelo ou do Carmo.

No século XII, os muçulmanos conquistaram a Terra Santa e começaram a perseguir os cristãos, entre eles os eremitas do Monte Carmelo, muitos dos quais fugiram para a Europa. No ano 1241, o Barão de Grey da Inglaterra retornava das Cruzadas com os exércitos cristãos, convocados para defender e proteger contra os muçulmanos os peregrinos dos Lugares Santos, e trouxe consigo um grupo de religiosos do Monte Carmelo, doando-lhes uma casa no povoado de Aylesford. Juntou-se a eles um eremita chamado Simão Stock, inglês de família ilustre do condado de Kent. De tal modo se distinguiu na vida religiosa, que os Carmelitas o elegeram como Superior Geral da Ordem, que já se espalhara pela Europa.

No dia 16 de julho de 1251, no seu convento de Cambridge, na Inglaterra, rezava o santo para que Nossa Senhora lhe desse um sinal do seu maternal carinho para com a Ordem do Carmo, por ela tão amada, mas então muito perseguida. A Virgem Santíssima ouviu essas preces fervorosas de São Simão Stock, dando-lhe, como prova do seu carinho e de seu amor por aquela Ordem, o Escapulário marrom, como veste de proteção, fazendo-lhe a célebre e consoladora promessa: “Recebe, meu filho, este Escapulário da tua Ordem, que será o penhor do privilégio que eu alcancei para ti e para todos os filhos do Carmo. Todo aquele que morrer com este Escapulário será preservado do fogo eterno. É, pois, um sinal de salvação, uma defesa nos perigos e um penhor da minha especial proteção”.

O Papa Pio XII, em carta a todos os carmelitas (11/2/1950), escreveu que entre as manifestações da devoção à Santíssima Virgem “devemos colocar em primeiro lugar a devoção do Escapulário de Nossa Senhora do Carmo que, pela sua simplicidade, ao alcance de todos, e pelos abundantes frutos de santificação, se encontra extensamente divulgada entre os fiéis cristãos”. Mas faz uma advertência sobre sua eficácia, para que não seja usado como superstição: “O sagrado Escapulário, como veste mariana, é penhor e sinal da proteção de Deus; mas não julgue quem o usar poder conseguir a vida eterna, abandonando-se à indolência e à preguiça espiritual”.





Fonte: Dom Fernando Arêas Rifan

terça-feira, julho 14, 2020

AS 13 FIGURAS SIMBÓLICAS

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AS 13 FIGURAS SIMBÓLICAS
14 de julho de 2020


Paróquia São Conrado





Em geral, é no grupo das 13 invocações com figuras simbólicas que surgem as maiores dificuldades de compreensão por parte dos fiéis. A nossa civilização tem se fechado para o simbolismo, de modo que aquilo que até poderia ser evidente em outras épocas é hoje obscurecido pelo espírito prático da vida contemporânea, que não favorece a meditação nem a contemplação das maravilhas da criação.

Eis o significado dessas 13 invocações simbólicas:

Espelho de Justiça — Justiça, aqui, entende-se no sentido mais amplo de santidade. Nossa Senhora é chamada assim porque é um espelho da perfeição cristã. Toda perfeição pode ser admirada nela, do mesmo modo como podemos admirar uma luz refletida na água.

Sede da Sabedoria — Nosso Senhor Jesus Cristo é a Sabedoria, pois, sendo Deus, tudo sabe e tudo conhece. E se Nossa Senhora o levou dentro de si durante nove meses, ela foi, por isso mesmo, a sede da Sabedoria – e continua a sê-lo, pois nela, infalivelmente, encontramos Nosso Senhor.

Causa de Nossa Alegria — A verdadeira alegria vai muito além do riso, até porque rir muito nem sempre significa felicidade. A maior alegria que um homem pode ter é a de salvar-se e estar com Deus por toda a eternidade. Ora, antes da vinda de Nosso Senhor, o Céu estava fechado para nós. Foi o sacrifício do Calvário que nos reconciliou com o Criador e nos proporcionou a verdadeira e eterna felicidade. E como foi por meio de Nossa Senhora que o Redentor da humanidade veio à Terra, Maria Santíssima é, desta forma, causa da nossa maior alegria.

Vaso Espiritual — Nada tem mais valor do que a verdadeira fé. Na Paixão e Morte de Nosso Senhor, quando até os Apóstolos duvidaram e fugiram, foi Nossa Senhora quem recolheu e guardou, como num vaso sagrado, o tesouro da fé inabalável.

Vaso Honorífico — Em nossa época, a honra quase não é considerada: pelo contrário, muitas vezes a falta de caráter e de vergonha é que é louvada, como nas manifestações ditas culturais em que se enaltecem desvios de comportamento como a “malandragem” – e depois se queixam dos resultados óbvios de violência, corrupção e colapso da cidadania… No entanto, a honra é um valor em si mesmo. Nossa Senhora guardou cuidadosamente em sua alma todas a graças recebidas, mantendo a honra apesar da decadência do gênero humano. Se não tivesse existido Nossa Senhora, ficaria faltando na criação quem representasse a perfeição da criatura, fiel até o extremo heroísmo.

Vaso Insigne de Devoção — Devoto quer dizer dedicado a Deus. A criatura que mais se dedicou e viveu em função de Deus foi Nossa Senhora, tendo-o realizado de forma tal que melhor é impossível.

Rosa Mística — A rosa é considerada tradicionalmente a rainha das flores, a que possui de forma mais definida e esplêndida tudo quanto carateriza uma flor. Igualmente, no campo da vida espiritual e mística, Nossa Senhora possui da forma mais primorosa tudo aquilo que representa a perfeição.

Torre de Davi — Lemos na Sagrada Escritura que o rei Davi tomou a fortaleza de Jerusalém dos jebuseus e edificou a cidade em torno dela. Naturalmente, o rei Davi fortificou a cidade para torná-la inexpugnável, dotando-a de forte guarnição. A Igreja Católica é a nova Jerusalém e nela temos uma torre ou fortaleza que nenhum inimigo pode destruir: Nossa Senhora. Ela constitui o ponto de maior resistência e melhor defesa. Por isso, nesta invocação honramos Nossa Senhora reconhecendo que nunca houve, nem haverá, quem melhor proteja os fiéis e defenda a honra de Deus do que ela.

Torre de Marfim — O marfim é um material de raras caraterísticas naturais: ele é ao mesmo tempo muito forte e muito claro, o que gera um aparente contraste entre suavidade e força. Igualmente, Nossa Senhora é muito forte espiritualmente, a maior inimiga dos inimigos de Deus, e, ao mesmo tempo, é de uma pureza e suavidade alvíssima. Ela contraria as ideias falsas de que as coisas de Deus devam ser adocicadas e piegas e de que a força verdadeira deva ser bruta.

Casa de Ouro — O ouro é considerado o mais nobre dos metais. Se tivéssemos que receber o próprio Deus, procuraríamos fazê-lo numa casa que não fosse superável: daí a comparação com uma casa de ouro. Ora, a Santíssima Virgem é essa casa insuperável, a “casa de ouro” que acolheu Nosso Senhor quando Ele veio ao mundo.

Arca da Aliança — No Antigo Testamento, ficavam guardadas na Arca da Aliança as tábuas da Lei dadas por Deus a Moisés, bem como um punhado do maná milagrosamente recebido no deserto. Por isso, ela lembrava as promessas e a proteção de Deus. Nossa Senhora é, no Novo Testamento, a Arca da Aliança que protege o povo eleito da Igreja e recorda as infinitas misericórdias de Deus.

Porta do Céu — Nossa Senhora é invocada deste modo porque foi por meio dela que Jesus veio à Terra e é por Ela que nos vêm todas as graças voltadas a nos levar ao Céu, a nossa morada eterna. Assim, Ela favorece a nossa entrada no Céu.

Estrela da Manhã — Pouco antes de nascer o sol, quando a escuridão é maior e vai começar a clarear, aparece no horizonte uma estrela de maior luminosidade. Depois, quando as outras estrelas desaparecem na claridade nascente, ela ainda permanece. Assim foi Nossa Senhora, pois o seu nascimento significava que logo nasceria o Sol de Justiça, Nosso Senhor Jesus Cristo. E quando a Fé se perdia até entre o povo eleito, Ela continuava a acreditar e esperar. Ela é o modelo da perseverança na provação e o anúncio da Luz que virá.

Estas são, resumidamente, algumas explicações das mais “curiosas” invocações marianas que compõem a Ladainha Lauretana. Compreendê-las certamente nos ajudará a rezar com maior fervor tão meritória oração.

Adaptado de texto de André Damino em “Na escola de Maria”, Ed. Paulinas, 4ª edição, São Paulo, 1962.


Fonte: Aleteia