sábado, março 31, 2018

VIA-SACRA 2018



Uma prática cristã fantástica para encontrar-se profundamente com Jesus
AVia-Sacra é uma antiga tradição da Igreja Católica que remonta ao século IV, quando os cristãos se dirigiam em peregrinação à Terra Santa.
Como muitas das nossas tradições católicas, a Via-Sacra pode ser rica, profunda e repleta de sentido, mas, ao mesmo tempo, podemos perder a visão do que ela significa e de como relacioná-la com a nossa vida cotidiana.
Tendo o Papa Francisco como nosso diretor espiritual nesta Quaresma, apresentamos, a seguir, 8 motivos pelos quais, segundo ele, deveríamos rezar a Via-Sacra:

1. A Via-Sacra nos ajuda a colocar nossa confiança em Deus

“Na Cruz de Cristo, está todo o amor de Deus, está a sua imensa misericórdia. E este é um amor em que podemos confiar, em que podemos crer. Confiemos em Jesus, abandonemo-nos a Ele, porque nunca desilude ninguém! Só em Cristo morto e ressuscitado encontramos a salvação e a redenção.” (Discurso na Via-Sacra da JMJ 2013)

2. A Via-Sacra nos mostra nosso lugar na história

“E você qual destes quer ser? Como Pilatos, como o Cireneu, como Maria? Agora Jesus está olhando para você e lhe diz: Quer ajudar-me a carregar a Cruz? Irmãos e irmãs, com toda a sua força jovem, que lhe respondem?” (Discurso na Via-Sacra da JMJ 2013)

3. A Via-Sacra nos recorda que Jesus sofre conosco

“Na Cruz de Cristo, está o sofrimento, o pecado do homem, o nosso também, e Ele acolhe tudo com seus braços abertos, carrega nas suas costas as nossas cruzes e nos diz: Coragem! Você não está sozinho a levá-la! Eu a levo com você. Eu venci a morte e vim para lhe dar esperança, dar-lhe vida." (Discurso na Via-Sacra da JMJ 2013)

4. A Via-Sacra nos convida à ação

“Mas a Cruz de Cristo convida também a deixar-nos contagiar por este amor; ensina-nos, pois, a olhar sempre para o outro com misericórdia e amor, sobretudo quem sofre, quem tem necessidade de ajuda, quem espera uma palavra, um gesto; a Cruz nos convida a sair de nós mesmos para ir ao encontro destas pessoas e lhes estender a mão.” (Discurso na Via-Sacra da JMJ 2013)

5. A Via-Sacra nos ajuda a tomar uma decisão a favor de (ou contra) Jesus

“[A Cruz] revela um julgamento: Deus, ao nos julgar, nos ama. Lembremos disso: Deus nos julga amando-nos. Se eu aceito seu amor, então sou salvo; se o rejeito, então me condeno. Não é Ele que me condena, sou eu mesmo, porque Deus nunca condena, Ele só ama e salva.” (Discurso na Via-Sacra da JMJ 2013)

6. A Via-Sacra revela a resposta de Deus ao mal no mundo

“A Cruz é a palavra por meio da qual Deus respondeu ao mal no mundo. Algumas vezes, parece que Deus não reage diante do mal, parece que fica em silêncio. No entanto, Deus falou, respondeu, e sua resposta é a Cruz de Cristo: uma palavra que é amor, misericórdia, perdão.” (Discurso na Via-Sacra da JMJ 2013)

7. A Via-Sacra nos dá a certeza do amor de Deus por nós

“O que a Cruz deu aos que olharam para ela, aos que a tocaram? O que a Cruz deixou em cada um de nós? Ela nos dá um tesouro que ninguém mais pode dar: a certeza do amor fiel que Deus tem por nós.” (Discurso na Via-Sacra da JMJ 2013)

8. A Via-Sacra nos guia da cruz à Ressurreição

“Ó Jesus, guiai-nos da Cruz à Ressurreição, e ensinai-nos que o mal não tem a última palavra, mas sim o amor, a misericórdia e o perdão. Ó Cristo, ajudai-nos a exclamar outra vez: ‘Ontem fui crucificado com Cristo, hoje sou glorificado com Ele. Ontem morri com Ele, hoje vivo com Ele. Ontem fui enterrado com Ele, hoje ressuscito com Ele’.” (Discurso na Via-Sacra da JMJ 2013)

Papa Francisco


















































CELEBRAÇÃO DA PAIXÃO DE JESUS 2018



O CORAÇÃO DE JESUS ABERTO PELA LANÇA

Mas um dos soldados perfurou-lhe o lado com uma lança e logo saiu sangue e água. Aquele que o viu é que o atesta… E isto aconteceu para que se cumprisse a Escritura: nem um só dos meus ossos se há de quebrar. E ainda: Hão-de olhar para aquele que trespassaram (Jo 19, 34-36).

- O último ato da Paixão de Cristo, a abertura do seu lado, explica e resume toda a vida do Salvador. Tomou um Coração para o abrir como a fonte de todas as graças.

- Dai-me, Senhor, a graça de beber nas fontes da santidade e do amor.

PRIMEIRO PONTO: A ferida. – Vamos ao Calvário, depois da morte de Jesus. A multidão afastou-se, os amigos ficam. Alguns soldados vêm verificar ou, se é o caso, apressar a morte dos condenados , para que o espetáculo do seu suplício prolongado não entristeça o dia do sabbat.

Um dos soldados adiantou-se, portanto, e abriu o lado de Jesus com uma lança. É um grande mistério da história sagrada, onde tudo é mistério e ação divina. A ferida exterior é aqui a revelação simbólica da ferida interior, a do amor. O amor, eis o algoz de Jesus! Cristo morreu porque quis, foi o amor quem o matou … É assim que a Igreja canta, para saudar o Coração trespassado do seu esposo: «ó Coração vítima de amor, Coração ferido por amor. Coração morrendo de amor por nós!

Nosso Senhor permitiu este golpe de lança para chamar a nossa atenção para o seu coração, para nos fazer pensar no seu amor que é a fonte de todos os mistérios da salvação: as promessas do Éden, as profecias e as figuras da antiga lei, a ação providencial sobre o povo de Deus, a encarnação, a vida, os ensinamentos e a morte do Salvador. A abertura do lado de Jesus, é como a fonte que regava o paraíso terrestre, é como a fenda do rochedo que deu a água para saciar o povo de Israel.

SEGUNDO PONTO: O sangue e a água. – E saiu sangue e água, diz S. João. O ferro ao retirar-se deixou jorrar uma dupla fonte de sangue e de água, na qual os Padres da Igreja viram o símbolo desta outra maravilha de amor, os sacramentos, canais preciosos da graça da salvação. – Rio de água que, no santo batismo e no banho da penitência, lava a alma da mácula original; rio de sangue que cai todas as manhãs nos cálices dos altares, para se expandir pelo mundo fora, consolar a Igreja sofredora do Purgatório e reanimar a Igreja que combate sobre a terra; rio refrescante, onde o coração, ressequido pelos trabalhos e pelas tentações, vai saciar-se de piedade, de caridade e de santa alegria.

Senhor, concedei-me beber desta água e deste sangue, para não mais tenha esta sede doentia das coisas do mundo que me tortura, e que eu seja inebriado pelo vosso amor.

TERCEIRO PONTO: «Olharão para dentro daquele que trespassaram». – É a palavra do profeta Zacarias, recordada por S. João. O profeta não disse: «Olharão para aquele que trespassaram», mas «olharão para dentro daquele que trespassaram: Videbunt in quem transfixerunt» (Jo 19, 38). S. João aplica estas palavras à abertura do lado de Jesus; devia pensar no interior de Jesus, no Coração mesmo de Jesus que ele pôde entrever pela chaga aberta do lado, no momento do embalsamamento.

Esta ferida entrega-nos e abre-nos o Coração de Jesus. Espiritualmente, nós aí lemos o amor que tudo deu, mesmo a vida. Neste amor mesmo, nós reconhecemos o motivo e o fim de todas as obras divinas: Deus criou-nos, resgatou-nos, santificou-nos por amor. No Coração de Jesus, é o fundo mesmo da natureza divina que nós penetramos na sua mais maravilhosa manifestação. «Deus é emor». S. João leu isto no Coração de Jesus.

Tenho necessidade de contemplar esta ferida para ver como eu sou amado e como por minha vez devo amar. Lá hei de aprender como um coração amante deve agir, sofrer, tudo dar, até à morte, por Deus e pelas almas.

Vamos mais profundamente ainda, e vejamos tudo o que sofreu o mais delicado dos corações: os desprezos, as calúnias, as traições, os abandonos, as desistências. Todas as dores estão reunidas neste Coração e transbordam. Sentiu-as todas, a todas santificou. Nas nossas dores, por mais extremas que sejam, tenhamos confiança na simpatia e na compaixão deste Coração, que quis assemelhar-se a nós no sofrimento, para ser mais compassivo e mais misericordioso (Heb 2, 17).

Comecemos nós mesmos lamentar este amor que não é amado e por compadecer com as suas dores.


Silêncio e Prostração







Liturgia da Palavra





Adoração da Cruz











COMUNHÃO EUCARÍSTICA







DESCIDA DA IMAGEM DO CRISTO