terça-feira, julho 25, 2023

DIFERENCAS E SEMELHANÇAS ENTRE SÃO TIAGO MAIOR E SÃO TIAGO MENOR





DIFERENÇAS E SEMELHANÇAS ENTRE SÃO TIAGO MAIOR E SÃO TIAGO MENOR

25 de Julho de 2023

 

Paróquia São Conrado






O nome Tiago é uma tradução do nome hebraico Jacó, que significa "aquele que segura pelo calcanhar", "sustentador", ou ainda "aquele que ultrapassa", ou seja, em atitudes relacionadas à fé, como forma de superação das dificuldades, não importa quais e como sejam.

No Novo Testamento, dois foram apóstolos de Cristo: Tiago Maior, nascido em Betsaida na Galileia, irmão e companheiro de pesca de João. Já Tiago Menor era filho de Alfeu e Maria de Cléofas, e primo de Jesus.

Tiago Menor era mais jovem, e por isso recebeu esse título do evangelista Marcos, para diferenciar de Tiago Maior.

"Sem dúvida, estas designações não querem medir a sua santidade, mas apenas distinguir o realce que eles recebem nos escritos do Novo Testamento e, em particular, no quadro da vida terrena de Jesus", orientou o Papa Bento XVI, na audiência geral no dia 21 de junho de 2006.

 

Tiago, o Maior

Celebrado no dia 25 de julho, o “filho do trovão”, como Jesus o chamou, é padroeiro da Espanha e de sua cavalaria, assim como dos peregrinos, veterinários, equitadores e de várias cidades do mundo.

Algumas cidades inclusive levam o seu nome em países como Chile, República Dominicana, Cuba entre outros.

Um dia, Pedro e André pescavam no Lago de Genesaré, bem quando Jesus caminhava perto dali. Foi assim que começaram a fazer parte dos 12 Apóstolos.

Jesus convidou os dois para convertê-los em “pescadores de homens”, e também chamou os companheiros que ajudavam na pesca, e estes eram Tiago e João – os dois partiram de imediato, deixando tudo, inclusive seus pais, para seguir a Jesus.

Tiago, João e Pedro presenciaram o milagre da cura na sogra de Pedro e a ressurreição da filha de Jairo, e foram eles também que acompanharam Jesus nos momentos mais difíceis de sua vida. Os três foram as únicas pessoas que testemunharam a Transfiguração no Monte Tabor e que estavam presentes durante a agonia no Getsêmani, momentos antes de Jesus ser crucificado.

A última vez que São Tiago Maior aparece nas Sagradas Escrituras é em Atos 12, 1-2, onde se noticia seu martírio. O texto diz que Herodes Agripa, filho de Herodes, o grande (aquele que mandou matar os bebês inocentes em Belém), rei da região sul de Israel chamada Judéia, “Mandou matar Tiago, irmão de João, pelo fio da espada”. Isso aconteceu perto do ano 44, na cidade de Jerusalém. Esta é a única morte de um dos 12 Apóstolos a ser narrada na Bíblia.

O missionário redentorista Padre Rubens Gomes de Carvalho falou da importância de sempre rezar pedindo o auxílio do Apóstolo:

“Devemos pedir a intercessão de São Tiago Maior por causa da sua capacidade de seguir Jesus Cristo em todos os momentos da vida! Precisamos ser firmes na fé como ele teve, a ponto de dar a vida pelo martírio por sua atitude em ser uma profunda testemunha de Jesus Cristo”.

O Sacerdote também falou ao A12 que através dos Santos Apóstolos sempre estaremos mais próximos a Cristo.

“E essa devoção que nos leva a sermos Cristãos coerentes, buscando conhecer melhor nosso Senhor, buscando também ver as necessidades da comunidade e caminhar pela solução das dificuldades de cada povo, para transformá-lo, assim como São Tiago fez pela sua evangelização através da Palestina e também através da Espanha.”, completou.

O teólogo Gilberto Cunha, em artigo publicado aqui no A12, falou a respeito das principais características do Apóstolo:

"A sua humildade e o assumir o seu papel na missão que Cristo tinha para ele, fez com que saísse triunfante e tivesse um papel fundamental na fundação das primeiras comunidades cristãs. Era um homem de uma fé extraordinária. Tentem imaginar o momento do chamado que Cristo faz para ele. Deixar toda uma vida para trás e seguir o Senhor exige muita fé e confiança", disse.

 

Tiago Menor

O primo de Jesus é celebrado no dia 3 de maio, junto de São Filipe. Os evangelhos só falam dele nas listas dos apóstolos.

Porém, tal falta de informação foi compensada pelas fartas referências à sua ação e personalidade contidas nos Atos dos Apóstolos e na Carta de são Paulo aos Gálatas, que nos permitem saber que Tiago era, com são Pedro, a principal figura da Igreja.

São Paulo chega a citar seu nome em primeiro lugar, dizendo: “Tiago, Pedro e João, considerados colunas da Igreja” (Gl 2,9). Foi com ele que Paulo, depois de convertido, se encontrou em Jerusalém.

Dizem as Escrituras que Tiago sempre teve atenção e carinho especiais de Jesus Cristo. Além de considerá-lo um homem de grande elevação espiritual, ainda era seu parente próximo.

Tiago foi testemunha da Ressurreição de Jesus; (1Cor 15,7). Antes de subir aos céus, Jesus, numa aparição, deu a ele o dom da ciência como recompensa por sua bondade e santidade.

Da morte de São Tiago Menor se tem informações de antiga data. Entre as mais consideráveis, a do historiador judeu Flávio Josefo, segundo o qual o apóstolo teria sido condenado ao apedrejamento no ano 61 ou 62 do sumo pontífice Anás II, que se aproveitou da morte para eliminar o bispo de Jerusalém.

Suas relíquias foram colocadas na igreja dos Santos Apóstolos, em Roma.

 

Fonte: a12.com


sexta-feira, julho 14, 2023

7 CURIOSIDADES SOBRE SÃO CAMILO DE LÉLLIS








7 CURIOSIDADES SOBRE SÃO CAMILO DE LÉLLIS

14 de julho de 2023

 

Paróquia São Conrado









REDAÇÃO CENTRAL, 14 Jul. 21 / 06:00 am (ACI) - No marco da festa de São Camilo do Léllis, celebrada hoje, 14 de julho, apresentamos 7 coisas que talvez não conhecia sobre este grande santo padroeiro dos enfermos.

 

1. Seu nascimento foi considerado um milagre

A mãe de Camilo, quando estava grávida, sonhou que seu filho encabeçava um grupo em que todos levavam uma cruz vermelha no peito. Quando São Camilo nasceu, sua mãe tinha quase 60 anos e este fato foi considerado um milagre.

 

2. Seu pai foi mercenário

Seu pai era mercenário ao serviço da Espanha ou de Veneza e levou Camilo aos 18 anos para as batalhas.

 

3. Iniciou seus estudos aos 32 anos

Com 32 anos ingressou no Colégio Romano dos jesuítas, onde progrediu rapidamente nos estudos. Foi ordenado sacerdote em 26 de maio de 1584 na Basílica de São João de Latrão.

 

4. Conheceu São Felipe Neri

Diz-se que com o acompanhamento de São Felipe Neri, passou a suavizar seu caráter rude. Com os franciscanos capuchinhos, aprendeu a humildade e o amor ao sacrifício e, com os jesuítas, compreendeu a forte exigência da vida espiritual.

 

5. Rezava o Terço todos os dias

Não só rezava o Terço diariamente, como também incentivavam os outros a fazerem o mesmo. Celebrava a Missa todos os dias (algo que não era costume naquele tempo) e tinha uma grande piedade Eucarística.

 

6. Foi precursor da Cruz Vermelha

O santo fundou os Servos ou Ministros dos Enfermos e os enviou aos campos de batalha. Assim, 250 anos antes do nascimento da Cruz Vermelha Internacional, a “cruz vermelha” estampada nos hábitos dos filhos de São Camilo já brilhava nos campos de batalha como sinal de fraternidade.

 

7. Profetizou a sua morte

Profetizou que morreria em Roma na festa de São Boaventura (14 de julho, segundo o antigo calendário litúrgico) e assim aconteceu. Seu corpo foi embalsamado e retiraram o seu coração, o qual ainda hoje se encontra em um relicário.

 

Fonte: acidigital.com

 

 


sábado, julho 08, 2023

O QUE SIGNIFICA MISERICÓRDIA?

 






O QUE SIGNIFICA MISERICORDIA?

8 de julho de 2023

 

Paróquia São Conrado



Misericórdia significa basicamente um sentimento de compaixão e piedade. É uma palavra muito utilizada em vários contextos diferentes, o que torna seu conceito muito amplo. Diante disso, muitas vezes acaba sendo até difícil definir o que significa misericórdia. 

Neste texto, estudaremos um pouco melhor o conceito de misericórdia, e como essa palavra traduz termos amplamente utilizados na Bíblia.

 

Qual o significado de misericórdia?

Para entendermos o significado de misericórdia na Bíblia, primeiro precisamos considerar algumas coisas importantes no tocante a etimologia da palavra.

No português, a palavra misericórdia vem da junção de duas palavras latinas, no caso, miseratio que deriva de miserere e significa “compaixão“, e cordis que significa “coração“. Logo, misericórdia significa algo como “coração compadecido“, no sentido de ter compaixão pelo sofrimento e a dor de alguém.

Como sabemos, a Bíblia não foi escrita originalmente em latim, e muito menos em português. Portanto, a palavra misericórdia é aplicada para traduzir alguns termos bíblicos empregados nos idiomas originais como veremos a seguir.

 

Misericórdia na Bíblia

Realmente não é nada fácil definir exatamente o conceito de misericórdia na Bíblia. Isso acontece pelo fato de que há várias raízes hebraicas e gregas que foram traduzidas como “misericórdia” e outros termos que transmitem uma ideia semelhante.

Para tentarmos compreender um pouco melhor isso, vamos dividir uso da palavra misericórdia como tradução de termos no Antigo Testamento e no Novo Testamento.

 

Misericórdia no Antigo Testamento

No Antigo Testamento, a palavra misericórdia é geralmente aplicada para traduzir três termos diferentes:

Rehen: esse termo significa “ventre”, e tem origem comum com raham, referindo-se ao conceito de “compaixão materna”, “sentimento maternal” ou até “sentimento fraternal”. O plural rahamim pode ser traduzido como “ternas misericórdias”. Esses termos expressam o aspecto afetivo do amor, em sua compaixão e pena. Num exemplo prático na Bíblia, tais termos podem ser aplicados para se referir à bondade de Deus, principalmente para com aqueles que estão em dificuldades e sofrimentos (cf. Gn 43:14; Êx 34:6).

Resed: basicamente esse termo significa “força permanente”, já que sua raiz etimológica provavelmente significa “intensidade”. Logo, podemos entender o termo resed como um termo que expressa a obrigação e solidariedade mútua de partes relacionadas. Esse termo é usado cerca 250 vezes nos livros do Antigo Testamento, e na maioria das vezes é traduzido por “misericórdia”, mas também pode aparecer como “bondade”, “benignidade”, “solidariedade” e “graça”. Em um exemplo prático, esse termo refere-se à fidelidade de Deus, no sentido de aliança ou pacto. A principal ideia transmitida é o de “amor constante“, ou seja, o amor permanente e imutável do Senhor que estabelece os laços pelos quais Seus filhos O pertencem.

Hanan: esse é um termo geralmente traduzido como “misericordioso”, ou seja, o ato de ter misericórdia. Aqui também vale destacar o termo hen que é traduzido principalmente por “graça” e “favor”.


Misericórdia no Novo Testamento

Nos livros do Novo Testamento, a palavra misericórdia geralmente traduz os termos gregos eleos, e oiktirmos. Também vale ressaltar que no Novo Testamento o sentido dos termos hebraicos já citados hesed e hen quase sempre são combinados no grego charis, que significa “graça”.

Eleos: esse termo pode ser traduzido como “piedade“, “compaixão” e “misericórdia“. Podemos citar o Evangelho de Lucas 10:37 e a Epístola aos Hebreus 4:16 como exemplos de quando esse termo é utilizado no original.

Oiktirmos: esse termo refere-se à ideia de “companheirismo em meio ao sofrimento” ou “companheirismo em meio à dor“. Aqui podemos citar as epístolas aos Filipenses 2:1, Colossenses 3:12 e Hebreus 10:28 como exemplos onde o termo é utilizado.

Além desses dois termos, também é interessante destacarmos o grego eusphlanchnos, que significa literalmente “vísceras gentis“, mas geralmente é traduzido como “misericordiosos“, como é o caso em Efésios 4:32.

No Evangelho de Lucas 1:78 encontramos uma expressão parecida que literalmente significa “entranhas de bondade” (gr. splanchna eleous). Para entendermos melhor isso, precisamos considerar que em muitas passagens bíblicas as entranhas são consideradas como a fonte da bondade e do desejo (Gn 43:30; 1Rs 3:26; Lm 1:20; 2:11; Fp 1:8).

Em Tiago 5:11, o termo grego oiktirmon que vem de oiktos, “pena” é traduzido por misericordioso e piedoso. A combinação das duas palavras gregas são utilizadas na expressão “entranhas de misericórdia/compaixão” das referências já citadas de Colossenses 3:12 e Filipenses 2:1.

 

As lições acerca da misericórdia

Apesar da dificuldade em entendermos o que significa misericórdia em alguns casos, bem como sua aplicação na Bíblia, algumas verdades são facilmente compreensíveis:

Nosso Deus é misericordioso, Ele é o “Pai de misericórdia” (2Co 1:3; Êx 34:6; Ne 9:17; Sl 86:15; 103:8-14; Jn 4:2).

As misericórdias do Senhor são sobre todas as Suas obras (Sl 145:9).

Os misericordiosos são bem-aventurados, pois também receberão misericórdia (Mt 5:7).

A misericórdia de Deus é fundamental para hoje sermos salvos, pois foi por Sua riquíssima misericórdia que Ele demonstrou o Seu grande amor para conosco, estando nós ainda mortos em nossas ofensas (Ef 2:4; Tt 3:5).

Recebemos a ordem para sermos misericordiosos assim como é o nosso Pai que está no céu (Lc 6:36; cf. Mt 18:21-35).

Como cristãos verdadeiros, eleitos de Deus, devemos nos revestir de “ternos afetos de misericórdia” uns para com os outros (Cl 3:12).

sexta-feira, julho 07, 2023

UM POLÍTICO SANTO






UM POLÍTICO SANTO

7 de julho de 2023

 

Paróquia São Conrado



Isso existiu, acreditem, por mais raro que seja! Foi São Tomás More, proclamado pelo Papa São João Paulo II padroeiro dos governantes e dos políticos.

Nascido em Londres em 1478, estudou em Oxford e aos vinte e dois anos já era doutor em direito e brilhante professor, tornando-se logo um renomado intelectual, literato e político. Casou-se, teve quatro filhos, foi um excelente esposo e pai, vivendo sempre como virtuoso cristão. Dedicava-se à oração e à penitência e participava das Missas na Igreja paroquial. Foi eleito duas vezes para o Parlamento, Representante da Coroa, Juiz, Cavaleiro, Presidente da Câmara dos Comuns e Chanceler do Reino da Inglaterra. Estimado por todos pela sua integridade moral, caráter aberto e divertido, argúcia de pensamento e erudição extraordinária, sempre amigo dos pobres e necessitados, nunca aceitou propinas ou subornos no exercício de sua profissão. Em 1532, não querendo dar o seu apoio ao plano de Henrique VIII que desejava dissolver o próprio casamento para se casar com outra mulher e assumir o controle da Igreja na Inglaterra, opôs-se duramente a isso e pediu demissão do seu cargo. Retirou-se da vida pública, resignando-se a sofrer a pobreza e o abandono de muitos que, na prova, se revelaram falsos amigos.

Recusou-se a comparecer aos cerimoniais de coroação da nova rainha, amante do rei. Constatando a firmeza irremovível com que ele recusava qualquer compromisso contra a própria consciência, o rei mandou prendê-lo, em 1534, na Torre de Londres, onde foi sujeito a várias formas de pressão psicológica. Mas Tomás More não se deixou vencer, resistindo aderir ao cisma do rei e defendendo a indissolubilidade do matrimônio. À pressão da sua família para que cedesse, ele respondeu: “Se tivesse duas almas, poderia arriscar uma delas, mas como só tenho uma, preciso salvá-la”. Na prisão escreveu o Diálogo do Conforto nas Tribulações.

Foi condenado por alta traição a ser decapitado. Mesmo condenado, não perdeu o seu peculiar bom humor cristão, sua naturalidade e simplicidade. No dia da execução, pediu ajuda para subir ao cadafalso. E disse ao povo: “Morro leal a Deus e ao Rei, mas a Deus antes de tudo”. E abraçando o carrasco, disse: “Coragem, amigo, não tenhas medo! Mas como tenho o pescoço muito curto, atenção! Está nisso a tua honra!” E pediu para que não lhe estragasse a barba, porque ela, ao menos, não cometera nenhuma traição. Morreu no dia 6 de Julho de 1535. Foi beatificado em 1886 por Leão XIII e canonizado em 1935 por Pio XI.

Nesse clima de corrupção e venalidade que invadiu o mundo político, possa o exemplo de S. Tomás More ensinar aos nossos governantes e políticos, atuais e futuros, que o homem não pode se separar de Deus, nem a política da moral, e que a consciência não se vende por nenhum preço, mesmo que isto nos custe caro e até a própria vida. O legítimo laicismo, que é a independência dos poderes da Igreja e do Estado, não isenta a “César” do dever de dar a Deus o que é de Deus.  Recomendo a todos o excelente filme, vencedor de seis Oscar, cujo título resume bem a vida de São Tomás More: “O homem que não vendeu a sua alma”.

 

Fonte: Dom Fernando Arêas Rifan