sexta-feira, agosto 23, 2024

CATÓLICO É MESMO "OBRIGADO" A PARTICIPAR DA SANTA MISSA TODO DOMINGO?









Sim, com base no Terceiro Mandamento. O Catecismo da Igreja Católica nos explica melhor o sentido desta maravilhosa e doce “obrigação”!

Todo fiel católico é “obrigado” a assistir à Santa Missa dominical com base no Terceiro Mandamento da Lei de Deus: “Guardar domingos e festas de guarda“. O contexto dos Dez Mandamentos está em Êxodo 20, 3-17, com reforço em Deuteronômio 5, 7-21.

Mas essa “obrigação” passa longe de ser um “peso” quando se entende o seu profundo significado e a maravilha extraordinária que é a Santíssima Eucaristia.

O Catecismo da Igreja Católica orienta a respeito dos domingos e festas de guarda nos seguintes números:

2177. A celebração dominical do Dia e da Eucaristia do Senhor está no coração da vida da Igreja. «O domingo, em que se celebra o mistério pascal, por tradição apostólica, deve guardar-se em toda a Igreja como o primordial dia festivo de preceito».

2180. O mandamento da Igreja determina e precisa a lei do Senhor: «No domingo e nos outros dias festivos de preceito, os fiéis têm obrigação de participar na missa». «Cumpre o preceito de participar na missa quem a ela assiste onde quer que se celebre em rito católico, quer no próprio dia festivo quer na tarde do antecedente».

2181. A Eucaristia dominical fundamenta e sanciona toda a prática cristã. É por isso que os fiéis têm obrigação de participar na Eucaristia nos dias de preceito, a menos que estejam justificados, por motivo sério (por exemplo, doença, obrigação de cuidar de crianças de peito) ou dispensados pelo seu pastor. Os que deliberadamente faltam a esta obrigação cometem um pecado grave.

2182. A participação na celebração comum da Eucaristia dominical é um testemunho de pertença e fidelidade a Cristo e à sua Igreja. Os fiéis atestam desse modo a sua comunhão na fé e na caridade. Juntos, dão testemunho da santidade de Deus e da sua esperança na salvação. E reconfortam-se mutuamente, sob a ação do Espírito Santo.

2183. «Se for impossível a participação na celebração eucarística por falta de ministro sagrado ou por outra causa grave, recomenda-se muito que os fiéis tomem parte na liturgia da Palavra, se a houver na igreja paroquial ou noutro lugar sagrado, celebrada segundo as prescrições do bispo diocesano, ou consagrem um tempo conveniente à oração pessoal ou em família ou em grupos de famílias, conforme a oportunidade».

 

Fonte: Aleteia


sábado, agosto 17, 2024

OS JOGOS OLÍMPICOS









Terminaram as Olimpíadas de Paris. Cabe uma reflexão. Em comunicado de imprensa, a Conferência Episcopal Francesa (CEF) lamentou que a cerimônia de abertura dos Jogos de Paris 2024 tenha incluído “cenas de escárnio e zombaria ao Cristianismo, que deploramos profundamente”. O centro das críticas, especialmente nas redes sociais, foi uma reprodução do quadro “A Última Ceia”, de Leonardo da Vinci, “representada” por cerca de dez travestis.

“Pensamos em todos os cristãos de todos os continentes que foram feridos pelo excesso e pela provocação de certas cenas”, manifestaram os bispos franceses. “Desejamos que eles compreendam que a celebração olímpica vai muito além dos preconceitos ideológicos de alguns artistas”, continuou a CEF. Líderes de outras confissões religiosas expressaram a sua solidariedade para com a Igreja Católica francesa, informa o comunicado de imprensa.

O secretário-geral da CEF, Padre Hugues de Woillemont, destacou na rede social X a contradição entre “a inclusão demonstrada e a exclusão efetiva de certos fiéis, não é necessário ferir as consciências para promover a fraternidade e a sororidade”. Dom François Touvet, Presidente do Conselho de Comunicação da CEF, Bispo coadjutor da Diocese de Fréjus-Toulon, declarou, pelas redes sociais, “protestar, como muitos, contra este insulto escandaloso e grave feito aos cristãos de todo o mundo, sem esquecer os outros excessos do espetáculo”. A CEF concluiu o seu comunicado recordando que o esporte “é uma atividade maravilhosa que encanta profundamente os corações dos atletas e dos espectadores”, e que as Olimpíadas são um “movimento ao serviço desta realidade de unidade e fraternidade humana”.

Muitos valores podem e devem ser cultivados na prática esportiva, fazendo-a altamente educativa e formativa do caráter humano. No esporte, podem e devem ser praticadas as virtudes humanas e cristãs.

Pio XII enumera as virtudes cristãs próprias do esporte: a lealdade, a docilidade, a obediência, o espírito de renúncia ao próprio eu em favor da equipe, a fidelidade aos compromissos, a modéstia nos triunfos, a generosidade para com os vencidos, a serenidade na derrota, a paciência com o público, a justiça e a temperança.

Ser cristão, cultivar os verdadeiros valores morais, não é só fazer o sinal da cruz ao entrar no campo e elevar os braços ao Céu após o gol. É muito mais do que isso. Porque sem os valores cristãos, sem a salutar dependência das diretivas da religião e das regras morais, o esporte entra em decadência, cai no embrutecimento e no mercantilismo. Os profissionais tornam-se vulgar mercadoria de negócio, sujeitos à compra de quem mais oferece. As transações e intrigas de bastidores põem em perigo a personalidade do atleta. Toda a ideia educativa, todo o objetivo moral, todo o ideal superior ao do ganho imediato ficam esquecidos. Aí então o esporte deixa de ser esporte; torna-se batalha e comércio. O jogador deixa de ser esportista para ser mercenário. A nobreza do esporte assim desaparece.

 

 

        *Bispo da Administração Apostólica Pessoal

 

                                                    São João Maria Vianney

 

Fonte: Dom Fernando Arêas Rifan