O SANTÍSSIMO NOME DE MARIA
12 de setembro de
2020
Paróquia São
Conrado
Celebrada
em 12 de setembro, ela incentiva os fiéis a se confiarem a Deus pela
intercessão da Sua Santa Mãe
AIgreja
celebra no dia 12 de setembro o Santíssimo Nome de Maria, festa instituída para
incentivar os fiéis a se confiarem a Deus pela intercessão da Sua Santa Mãe,
conforme o próprio Jesus nos recomendou em várias ocasiões, com destaque para o
episódio das Bodas de Caná e para o momento culminante da história da Redenção,
quando, ao pé da cruz, a entregou como mãe a todos os seus discípulos,
representados por São João Apóstolo e Evangelista.
A
festa do Santíssimo Nome de Maria foi autorizada em 1513 na Espanha e estendida
para toda a Igreja do Ocidente em 1683 pelo Papa Inocêncio XI, como ação de
graças pela vitória cristã sobre os otomanos na decisiva Batalha de Viena.
O
nome da Virgem
Quem
nos apresentou o nome de Nossa Senhora no Novo Testamento foi o evangelista São
Lucas:
“O
nome da virgem era Maria” (Lc 1, 27).
A
própria Mãe de Deus revelou o significado de seu nome a Santa Matilde, em
episódio comentado por São Luís Maria Grignion de Montfort no livro “O Segredo
do Rosário”. Nossa Senhora disse àquela santa:
“O
nome de Maria, que significa Senhora da luz, indica que Deus me encheu de
sabedoria e luz, como astros brilhantes, para iluminar os céus e a terra”.
Oração
para invocar o Nome de Maria
Santo
Afonso Maria de Ligório, no livro “Glórias de Maria“, nos propõe uma oração
para invocar o nome da Santíssima Virgem:
Grande
Mãe de Deus e minha Mãe, ó Maria!
É
verdade que não sou digno de proferir o vosso nome; mas vós, que me tendes amor
e desejais a minha salvação, concedei-me, apesar da minha indignidade, a graça
de invocar sempre em meu socorro o vosso amantíssimo e poderosíssimo nome, pois
é ele o auxílio de quem vive e a salvação de quem morre.
Puríssima
e dulcíssima Virgem Maria, fazei que seja o vosso nome, de hoje em diante, o
alento da minha vida. Senhora, não tardeis a socorrer-me quando vos invocar,
pois, em todas as tentações que me assaltarem, em todas as necessidades que me
ocorrerem, não quero deixar de vos chamar em meu socorro, sempre repetindo:
Maria! Maria!
Assim
espero fazer durante a vida; assim espero fazer, particularmente, na hora da
morte, para ir, depois, eternamente louvar no céu o vosso querido nome, ó
clemente, ó piedosa, ó doce Virgem Maria!
A
jovem que se livrou do diabo graças ao nome de Maria
O
mesmo Santo Afonso Maria de Ligório, no capítulo décimo de “As Glórias de
Maria”, nos relata uma popular história piedosa a respeito de um episódio que
teria ocorrido por volta do ano 1465.
Na
localidade holandesa de Güeldres morava uma jovem chamada Maria, que havia ido
até a cidade de Nimega para levar um recado, mas ali sofreu um tratamento
agressivo de parte de uma tia. Retornando ofendida e com raiva, ela invocou a
ajuda do demônio, que lhe apareceu em forma de homem e impôs algumas condições
para auxiliá-la:
–
Não te peço outra coisa: de agora em diante, não faças mais o sinal da cruz.
Também mudarás de nome.
–
Não farei mais o sinal da cruz, mas não mudarei o meu nome de Maria. Gosto
muito dele.
–
Então não te ajudarei.
Depois
de muita discussão, a jovem e o diabo chegaram a um acordo: ela se chamaria
apenas pela primeira letra do nome de Maria, M. Depois desse pacto, ambos foram
para Amberes, onde a jovem levou má vida durante seis anos na companhia
diabólica até lhe dizer, certo dia, que desejava voltar para a sua terra. O
demônio detestou a ideia, mas consentiu. Chegados a Nimega, viram que estava
sendo representada em praça pública a vida de Santa Maria.
Ao
ver a representação, a pobre M começou a chorar, pois, no fundo, a sua frágil
devoção à Mãe de Deus continuava viva. O companheiro a puxou pelo braço para
levá-la dali, mas ela resistia. Vendo que a perdia, o diabo a levantou,
enfurecido, e a jogou para o meio do teatro.
A
jovem foi se confessar com o pároco, que a remeteu ao bispo e este ao Papa.
Depois de ouvir sua confissão, o Pontífice lhe impôs como penitência levar
sempre três argolas de ferro: uma no pescoço e as outras nos braços.
A
jovem Maria obedeceu e se retirou como penitente a um mosteiro em Maastricht,
onde viveu durante quatorze anos. Certa manhã, notou, ao levantar-se, que as
três argolas tinham se rompido. Passados mais dois anos, ela morreu com fama de
santidade e, conforme um pedido que tinha feito em vida, foi enterrada com
aquelas três argolas: elas simbolizavam que, de escrava do inferno, a jovem
pôde transformar-se em feliz escrava de Maria Santíssima, sua libertadora.
Fonte: Aleteia