Homilia de Padre Marcos Belizário Ferreira
"São José não fala.
Era um homem justo, de Deus, obediente até pelo sonho pois obedeceu ao
Espírito Santo, fazendo tudo conforme o Anjo havia lhe mandado. Foi um homem
de firmes resoluções e valentes determinações. Nada o detém quando descobre o
plano de Deus. Não importa a noite, o deserto, a longa caminhada, mas sim a
vitória final. Um grande grande homem de fé, a vontade de Deus estava acima de
tudo. Chega ao Egito fazendo o mesmo caminho do patriarca José. Podemos
imaginar como foi difícil viver num país estrangeiro, mas ele estava seguro de
sua missão.
José filho de
Davi, não tenha medo
Ouvimos
ler, no Evangelho, que "José fez como lhe ordenou o anjo do Senhor e
recebeu sua esposa" (Mt 1, 24). Nestas palavras, encerra-se já a missão
que Deus confia a José: ser custos, guardião. Guardião de quem? De Maria e de
Jesus, mas é uma guarda que depois se alarga à Igreja (...) Como realiza José
esta guarda? Com discrição, com humildade, no silêncio, mas com uma presença
constante e uma fidelidade total, mesmo quando não consegue entender. Desde o
casamento com Maria até ao episódio de Jesus, aos doze anos, no templo de
Jerusalém, acompanha com solicitude e amor cada momento.
Permanece ao lado de
Maria, sua esposa, tanto nos momentos serenos como nos momentos difíceis da
vida, na ida a Belém para o recenseamento e nas horas ansiosas e felizes do parto;
no momento dramático da fuga para o Egito e na busca preocupada do filho no
templo; e depois na vida quotidiana da casa de Nazaré, na carpintaria onde
ensinou o ofício a Jesus.
Como vive José a sua vocação de guardião de Maria, de Jesus, da Igreja? Numa constante atenção a Deus, aberto aos seus sinais, disponível mais ao projeto d’Ele que ao seu. (...) E José é 'guardião', porque sabe ouvir a Deus, deixa-se guiar pela sua vontade e, por isso mesmo, se mostra ainda mais sensível com as pessoas que lhe estão confiadas, sabe ler com realismo os acontecimentos, está atento àquilo que o rodeia, e toma as decisões mais sensatas".
Como vive José a sua vocação de guardião de Maria, de Jesus, da Igreja? Numa constante atenção a Deus, aberto aos seus sinais, disponível mais ao projeto d’Ele que ao seu. (...) E José é 'guardião', porque sabe ouvir a Deus, deixa-se guiar pela sua vontade e, por isso mesmo, se mostra ainda mais sensível com as pessoas que lhe estão confiadas, sabe ler com realismo os acontecimentos, está atento àquilo que o rodeia, e toma as decisões mais sensatas".
..."José
é um nome hebraico, cujo significado é "aumento, acréscimo, Deus dê aumento"
(Gn 30,24). E
que belo nome! Nome honrado, sobretudo por dois grandes personagens bíblicos:
no Antigo Testamento, José, o grande provedor do Egito, vendido pelos irmãos e
depois vice-rei, figura de Jesus Cristo, e no Novo, São José, esposo da Virgem
Maria e pai adotivo de Jesus.
São José era de família nobre, a família real de Davi. Se a sua família ainda estivesse reinando, ele seria um príncipe.
São José era de família nobre, a família real de Davi. Se a sua família ainda estivesse reinando, ele seria um príncipe.
MAS A SUA NOBREZA VEIO PRINCIPALMENTE POR TER
SIDO ESCOLHIDO PARA ESPOSO E GUARDA DA HONRA DAQUELA QUE VIRIA A SER A MÃE DO
FILHO DE DEUS FEITO HOMEM.
Quando ele tinha apenas desposado Maria, primeira parte do casamento hebraico, mas antes de recebê-la em casa, ocorreu a Anunciação e a Encarnação do Filho de Deus. Maria objetou ao Anjo mensageiro a impossibilidade de ter um filho, pois “não conhecia varão” (Lc 1,34), isso apesar de ser noiva de José, o que claramente indica o seu voto de virgindade, de pleno conhecimento do seu futuro esposo.
Quando ele tinha apenas desposado Maria, primeira parte do casamento hebraico, mas antes de recebê-la em casa, ocorreu a Anunciação e a Encarnação do Filho de Deus. Maria objetou ao Anjo mensageiro a impossibilidade de ter um filho, pois “não conhecia varão” (Lc 1,34), isso apesar de ser noiva de José, o que claramente indica o seu voto de virgindade, de pleno conhecimento do seu futuro esposo.
O Anjo, da parte de Deus, lhe garantiu que a concepção daquele filho não seria por obra humana, mas sim “por virtude do Espírito Santo” (Mt 1,18). O próprio José, em sonho, foi advertido pelo anjo do que ocorrera. E ele teria como missão ser o guarda daquela Virgem Mãe e pai nutrício daquele Filho, que era realmente o Filho de Deus. E Jesus lhe dava o nome de pai, sendo conhecido como “o filho do carpinteiro” (Mt 13,55), tido por todos “como sendo filho de José” (Lc 3,23).
São
José protegeu a Sagrada Família, sobretudo na fuga para o Egito, quando da
perseguição de Herodes ao Menino Jesus. Como chefe e protetor da
Sagrada Família, ele se tornou o patrono de todas as famílias. E seu modelo de
amor, humildade, paciência e obediência a Deus. : “Do exemplo de São José
chega a todos um forte convite a desenvolver com fidelidade, simplicidade e
modéstia a tarefa que a Providência nos designou” (Bento XVI).
São José é também o padroeiro dos trabalhadores porque, como carpinteiro, sustentava a Sagrada Família com o seu suor e o trabalho de suas mãos. A festa de São José, como padroeiro dos trabalhadores, se comemora no dia 1º de maio, dia do trabalho. Antes havia uma festa para honrar o Patrocínio de São José, ou seja, sua proteção, seu amparo. Daí o nome muito comum a pessoas e cidades, Patrocínio e José do Patrocínio, em honra do patrocínio de São José.
Tendo
tido a mais bela das mortes, pois morreu assistido por Jesus, que ainda não
tinha começado a sua vida pública, e por Maria Santíssima, São José é invocado
como padroeiro dos moribundos e patrono da boa morte.
O Papa Pio IX proclamou São José patrono da Igreja, que é a família de Deus. Por tantos gloriosos motivos, São José faz jus à honra e à devoção especial que lhe tributamos". Dom Fernando Rifan
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