terça-feira, julho 26, 2016

XVII DOMINGO DO TEMPO COMUM



PEDIR : é uma atitude própria do pobre, que precisa receber do outro aquilo que não pode conseguir com seu próprio esforço. Assim imagina Jesus seus seguidores: como homens e mulheres pobres, conscientes de sua fragilidade e indigência, sem nenhum vestígio de orgulho ou autossuficiência. Não é uma desgraça viver numa Igreja pobre, fraca e privada de poder. O que é deplorável é pretender seguir Jesus hoje pedindo ao mundo uma proteção que só nos pode vir do Pai.


BUSCAR: não é pedir. É, além disso, mover-nos, dar passos para alcançar algo que nos é ocultado, porque está encoberto ou escondido. Assim Jesus vê seus seguidores: como “. buscadores do reino de Deus e de sua justiça”. É normal viver hoje numa Igreja descoberta diante de um futuro incerto. O estranho é não mobilizar-nos para, juntos, buscar caminhos novos para semear o Evangelho na cultura moderna.


BATER é bradar para alguém que não sentimos próximos, mas que acreditamos que nos pode escutar e atender. Assim Jesus brada ao Pai na solidão da cruz. É explicável que se obscureça hoje a fé de não poucos cristãos que aprenderam a confessá-la, celebrá-la e vivê-la numa cultura pré-moderna. O que é lamentável é que não nos esforcemos mais para aprender a seguir Jesus hoje bradando a Deus a partir das contradições, conflitos e interrogações do mundo atual.


Precisamos ORAR/REZAR, não é possível viver com vigor a fé cristã nem a vocação humana subalimentados interiormente. Precisamos ORAR/REZAR para encontrar silêncio, serenidade e descanso que nos permitam sustentar o ritmo de nossos afazeres diários. Precisamos ORAR/REZAR para viver em atitude lúcida e vigilante no meio de uma sociedade superficial e desumanizadora.