domingo, julho 24, 2016

CARDEAL TURKSON NO SUDÃO DO SUL



Situação perigosa no Sudão do Sul: somente na terça-feira dia 20 de julho, na capital, Juba, foram violentadas 18 pessoas enquanto os soldados do exército regular subtraíram 4,5 mil toneladas de reservas alimentares dos depósitos da FAO.

O Papa Francisco enviou ao país o cardeal ganês Peter Turkson, Presidente do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz, que já entregou ao Presidente do país uma mensagem do Pontífice.

“Sabemos que o Pontífice acompanha de perto a evolução da situação”, diz o Padre Daniele Moschetti, superior dos missionários combonianos em Juba, aonde vive com outros cinco padres, ao lado do palácio presidencial.

“Os alimentos roubados deviam nutrir cerca de 200 mil pessoas que passam por provações, sem comida e extremadas pelo conflito, dentro e fora dos campos de refugiados”, denuncia o padre.

Calma aparente

Depois dos confrontos da semana passada, reina uma aparente calma no país: a maior parte das ONGs, funcionários das Nações Unidas e o contingente humanitário foram repatriados. O cessar-fogo está em vigor desde terça-feira, “mas as violências, abusos e saques do exército continuam”.

“Este último furto significa pelo menos 20 milhões de dólares queimados”.

“O conflito está assumindo as feições de uma disputa étnica entre a maioria no poder (Dinka), e a oposição, da etnia Nuer. E está mudando também o clima em relação à Igreja; estamos todos em risco”, teme padre Daniele.

Cerca de 350 missionários ainda permanecem no Sudão do Sul. Os confrontos começaram em dezembro de 2013 quando o Presidente Salva Kiir, acusou o vice, e ex-líder dos rebeldes, Riek Machar, de planejar um golpe de Estado para derrubar o governo. Em dois anos, houve uma série de conflitos étnicos e tribais, com represálias, a destruição de aldeias, milhares de mortos e mais de 2 milhões de refugiados. 

(CM)

Fonte: radiovaticana.va




Sudão do Sul ou Sudão Meridional (em inglês: South Sudan), oficialmente República do Sudão do Sul (em inglês: Republic of South Sudan) é um país encravado localizado no nordeste da África. Tem esse nome devido à localização geográfica, ao sul do Sudão.

O que é hoje o Sudão do Sul era parte do Sudão Anglo-Egípcio e tornou-se parte da República do Sudão, quando ocorreu a independência deste em 1956. Após a Primeira Guerra Civil Sudanesa, o sul do Sudão tornou-se uma região autônoma em 1972. Esta autonomia durou até 1983. A Segunda Guerra Civil Sudanesa desenvolvida anos depois, resultou novamente na autonomia da região, através do Tratado de Naivasha, assinado em 9 de janeiro de 2005 no Quênia, com o Exército Popular de Libertação do Sudão (SPLA/M).[5] Em 9 de julho de 2011, o Sudão do Sul tornou-se um estado independente.[6] [7] Em 14 de julho de 2011, o Sudão do Sul tornou-se um Estado-membro das Nações Unidas (ONU).[8] [9] O país entrou para a União Africana em 28 de julho de 2011.[10]

Além da divisa com o Sudão ao norte, o Sudão do Sul faz fronteira a leste com a Etiópia, ao sul com o Quênia, Uganda e República Democrática do Congo e a oeste com a República Centro-Africana.

O Sudão do Sul, também chamado de Novo Sudão, possui quase todos os seus órgãos administrativos em Juba, a capital, que é também a maior cidade, considerando a população estimada. Há um projeto de transferir a capital sul-sudanesa para Ramciel. Apesar de ser rico em petróleo, o Sudão do Sul é um dos países mais pobres do mundo, com altas taxas de mortalidade infantil , e um sistema de saúde muito precário, considerado um dos piores do mundo. Em termos de educação somente 27% da população acima dos 15 anos sabe ler e escrever, chegando a 84% o índice de analfabetismo entre as mulheres e boa parte das crianças não frequentam unidades escolares.

No Sudão do Sul encontram-se 75% das reservas de petróleo do antigo Sudão localizadas sobretudo na região de Abyei, que correspondem a 98% da receita do novo país. No norte também encontram-se osoleodutos  responsáveis pelo transporte do petróleo até o Mar Vermelho.