Ancara (RV) - Faliu o golpe militar na Turquia contra o Presidente Tayyp Erdogan. A tentativa de golpe gerou no país uma situação de caos e violência. Uma parte do exército e da polícia resistiu ao assalto e os militares insurgentes perderam a luta contra o tempo.
O balanço de vítimas é de cerca de 200, ao menos 47 civis. O presidente exortava o povo à resistência e, agora, a permanecer nas ruas. Ainda nas primeiras horas da manhã se ouviam tiroteios. Foram destituídos 29 coronéis e 5 generais.
O golpe durou poucas horas. Tudo teve início pouco antes das 22h locais. Os militares entraram em ação em Istambul e Ancara, a capital, onde carros-tanques se posicionaram diante do Parlamento, helicópteros atiravam no Palácio presidencial. Entraram na sede da TV estatal anunciando ter tomado o poder, prometendo retornar à democracia e à laicidade. Acusam Erdogan de autoritarismo e de ter islamizado o país.
Os militares pedem uma Turquia mais ligada à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e mais próxima dos EUA, ao tempo em que a questão dos separatistas curdos permanece irresoluta.
Em Istambul – metrópole cultural do país e ponto de contato entre Ocidente e Oriente Médio –, ocuparam as duas pontes principais sobre o Bósforo e o aeroporto. Foram horas de confusão. O chefe de Estado, que se encontrava de férias no Mar Egeu, parece ter querido pedir asilo político no exterior.
Uma parte do exército e da polícia resistiu. Muitos simpatizantes do presidente saíram às ruas. Os confrontos foram violentos. Um helicóptero dos golpistas foi abatido. Na madrugada, por volta das 3h locais, Erdogan retornou a Istambul, em meio à multidão, anunciando o falimento da tentativa do golpe e que os autores pagarão caro. Agora se passa à fase do acertamento de contas. Quase 3000 já foram detidos. (RL)
Fonte: http://br.radiovaticana.va/