O
DRAMA DO ABORTO
22 de
junho de 2024
Paróquia
São Conrado
O
debate sobre o PL 1904 trouxe novamente à baila a questão do aborto por nós já
explicado diversas vezes.
Claro
que muitas desculpas alegadas para a prática do aborto são verossímeis. Verdade
que o estuprador merece muito mais punição do que a vítima! Verdade que o
estuprador não pode ser considerado “pai” no sentido verdadeiro que conhecemos!
Verdade que uma menina estuprada não está preparada para ser “mãe” no sentido
pleno da palavra!
Mas
não se pode esquecer a principal vítima: o concepto, o embrião, o feto, fruto
da fecundação. Ele não tem culpa de nada! Só foi vítima! E por que ele tem que
morrer, sem ter tido culpa?! Uma vez concebido, tem direito à vida!
A
Igreja compreende perfeitamente a difícil condição de muitas mães: “É verdade
que, muitas vezes, a opção de abortar reveste para a mãe um caráter dramático e
doloroso: a decisão de se desfazer do fruto concebido não é tomada por razões
puramente egoístas ou de comodidade, mas porque se quereriam salvaguardar
alguns bens importantes como a própria saúde ou um nível de vida digno para os
outros membros da família. Às vezes, temem-se para o nascituro condições de
existência tais que levam a pensar que seria melhor para ele não nascer. Mas
essas e outras razões semelhantes, por mais graves e dramáticas que sejam,
nunca podem justificar a supressão deliberada de um ser humano inocente” (S.
João Paulo II, Enc. Evangelium Vitae, nn. 58 e 62).
A
Igreja (representada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil CNBB)
“empenha-se na defesa das duas vidas, a da mãe e a do bebê... São a dignidade
intrínseca e o direito mais fundamental, que é o direito à vida, que estão sob
ameaça”... Ressalta-se o aspecto específico “trazido à tona pela cruel prática
de assistolia fetal em bebês a partir de 22 semanas de gestação, proibida pelo
Conselho Federal de Medicina, e, no momento, liberada por liminar no STF”. O
que desejamos é “coibir a morte provocada do bebê previamente ao término da
gravidez. Cabe ressaltar que as 22 semanas não correspondem a um marco
arbitrário. A partir dessa idade gestacional, realizado o parto, muitos bebês
sobrevivem. Então, por que mata-los? Por que este desejo de morte? Por que não
evitar o trauma do aborto, e no desaguar do nascimento, se a mãe assim o
desejar, entregar legalmente a criança ao amor e ao cuidado de uma família
adotiva? Permitamos viver a mulher e o bebê. Diante do crime hediondo do
estupro, os agressores sejam identificados e a legislação seja rigorosa e
eficaz na punição. É ilusão pensar que matar o bebê seja uma solução. O aborto
também traz para a gestante grande sofrimento físico, mental e espiritual, e
algumas vezes até a morte”.
“Por
isso, a Igreja Católica reitera a sua posição em defesa da integralidade,
inviolabilidade e dignidade da vida humana desde a sua concepção até a morte
natural”.
“Diante da escolha entre a vida e a morte,
escolhamos a vida, a da mulher e a do bebê”.