segunda-feira, abril 11, 2022

DOMINGO DE RAMOS





Como viveu Jesus? Qual sua atitude no momento da execução? Os evangelhos não se detêm a analisar seus sentimentos. Simplesmente lembram que Jesus morreu como havia vivido. Lucas, por exemplo, quis destacar a bondade de Jesus até o final, sua proximidade aos que sofrem e sua capacidade de perdoar.  De acordo com seu relato, Jesus morreu amando.

No meio da multidão que observa a passagem dos condenados a caminho da cruz, algumas mulheres se aproximam de Jesus chorando. Não podem vê-lo sofrer assim. Jesus "volta-se para elas" e as olha com a mesma ternura com as havia olhando sempre: "Não choreis por mim, chorai por vós e por vossos filhos".  Assim caminha Jesus para a cruz: pensando mais naquelas pobres mães do que em seu próprio sofrimento.

Faltam poucas horas para o final.  Da cruz só se ouvem os insultos de alguns e os gritos de dos justiçados. De repente, um deles se dirige a Jesus; "lembra-te de mim". A resposta de Jesus é imediata: "Ainda hoje estarás comigo no Paraíso". Ele sempre fez a mesma coisa: suprimir medos, infundir confiança em deus, transmitir esperança. E continua fazendo isso até o final. 

O momento de crucifixão é inesquecível. Enquanto os soldados o vão pregando no madeiro, Jesus diz: "Pai perdoa-lhes, porque não sabem o que estão fazendo". Assim é Jesus, assim viveu sempre: oferecendo aos pecadores o perdão do Pai, mesmo que não o mereçam. De acordo com Lucas, Jesus morre pedindo ao Pai que continue abençoando os que o crucificam, que continue oferecendo seu amor, seu perdão e sua paz a todos, inclusive aos que o estão matando.

DEUS ESTÁ NA CRUZ, NÃO NOS ACUSANDO DE NOSSOS PECADOS, MAS OFERECENDO-NOS SEU PERDÃO.