O
caixão com os restos mortais do Papa Francisco foi posto hoje (26) na basílica
de Santa Maria Maior, em Roma, em um túmulo preparado de acordo com os desejos
do papa argentino, cuja devoção à Virgem Salus Populi Romani, abrigada nesse
templo, era conhecida.
O
cortejo fúnebre do papa Francisco chegou à basílica de Santa Maria Maior depois
de percorrer as ruas de Roma a partir da Praça de São Pedro.
Muitos
dos fiéis queriam recebê-lo aos pés desse templo mariano localizado no
Esquilino, uma das sete colinas de Roma. Tanto na parte da frente quanto na
parte de trás da basílica, havia telões para acompanhar o funeral.
A
devoção do papa a essa imagem data de antes de ele ser eleito. Como arcebispo
de Buenos Aires, quando viajava a Roma, ele sempre se confiava a ela. Desde
2013, como Papa, ele a visitava antes e depois de toda viagem apostólica que
fazia, para pedir sua intercessão e agradecer pelos frutos de sua jornada.
O
papa pôde se despedir dessa Madona pouco antes de sua morte, em 12 de abril.
Francisco
foi enterrado em um nicho na nave central, entre a Capela Paulina, onde o ícone
está localizado, e a Capela Sforza. O local escolhido para o nicho do papa era
uma sala onde se guardavam candelabros.
O
sepultamento propriamente dito foi feito em particular. O rito foi o mesmo que
o de qualquer pontífice. Estavam presentes, entre outros, o camerlengo, cardeal
Kevin Farrell, o vigário-geral da diocese de Roma, o prefeito da Casa
Pontifícia, o cerimoniário e familiares do papa Francisco.
Os
selos do camarlengo, da prefeitura da Casa Papal e do Escritório de Cerimônias
Litúrgicas foram estampados no caixão. Além disso, um notário redigiu um
documento atestando que o sepultamento havia sido realizado.
Por
fim, o caixão foi aspergido com água benta e rezou-se o Salve Regina. O túmulo
simples do Santo Padre foi colocado no chão com a inscrição FRANCISCUS e feito
de mármore da Ligúria, norte da Itália, terra onde seus avós nasceram e depois
emigraram para a Argentina.