O Santo Padre fez referência ao Evangelho de João na liturgia: ‘Deus amou tanto o mundo, que entregou o seu Filho único’. O Pai ‘deu’ o Filho para nos salvar, e isso resultou na morte de Jesus e na morte na cruz.
Por que a cruz?
O Papa então questiona: “Por quê? Por que foi necessária a Cruz?” E explica que foi devido a “gravidade do mal que nos mantinha escravos”.
O Papa disse que a Cruz de Jesus exprime duas coisas: toda a força negativa do mal e toda a suave onipotência da misericórdia de Deus.
“A Cruz parece decretar o fracasso de Jesus, mas, na realidade, marca a sua vitória. No Calvário, aqueles que o injuriavam, diziam: ‘Se és Filho de Deus, desce da cruz’. Mas a verdade era o oposto: justamente porque era o Filho de Deus, Jesus estava ali, na cruz, fiel até o final ao desígnio do amor do Pai. E exatamente por isso Deus ‘exaltou’ Jesus, dando-lhe uma realeza universal”, afirmou.
Sinal do amor de Deus
O Pontífice, então, explicou que, quando olhamos para a Cruz onde Jesus foi pregado, contemplamos o sinal do amor infinito de Deus por cada um de nós e a raiz da nossa salvação.
“Daquela Cruz vem a misericórdia do Pai que abraça o mundo inteiro. Através da Cruz de Cristo, se venceu o mal, a morte foi derrotada, a vida nos foi doada e a esperança restituída. A Cruz de Jesus é nossa única e verdadeira esperança!”, destacou o Santo padre.
É por isso que a Igreja ‘exalta’ a Santa Cruz, disse o Papa, e complementou: “é por isso que, nós, cristãos, nos abençoamos com o sinal da cruz”.
Entretanto, a cruz não é um sinal ‘mágico’, alertou Francisco. Acreditar na Cruz de Jesus significa O seguir no Seu caminho. Dessa maneira, inclusive os cristãos colaboram com a Sua obra de salvação, aceitando com Ele o sacrifício, o sofrimento, como também a morte pelo amor de Deus e dos irmãos.
Perseguidos pela fidelidade a Cristo
Neste dia, enquanto a Santa Cruz é contemplada e celebrada, o papa convida os cristãos e lembrar de tantos irmãos e irmãs que são perseguidos e mortos por causa da sua fidelidade a Cristo.
“Isso acontece, em particular, lá onde a liberdade religiosa ainda não é garantida ou plenamente realizada. Acontece, porém, mesmo nos países e ambientes em que, em princípio, protegem a liberdade e os direitos humanos, mas onde concretamente os fiéis e, especialmente, os cristãos, encontram limitações e discriminações. Por isso, hoje, recordamos e rezamos de modo todo especial por eles”.
Nossa Senhora das Dores
Nesta segunda-feira, 15, a Igreja celebra Nossa Senhora das Dores. O papa também lembrou que era Ela quem estava no Calvário, aos pés da Cruz. “A ela, confio o presente e o futuro da Igreja, para que todos sempre saibamos descobrir e acolher a mensagem de amor e de salvação da Cruz de Jesus”, finalizou Francisco.
Fonte: Canção Nova