Inácio
de Azevedo nasceu no Porto (Portugal), de família ilustre, em 1526 ou1527;
entrou na Companhia de Jesus em 1548 e foi ordenado sacerdote em 1553. Mais
tarde partiu para o Brasil, a fim de se consagrar ao apostolado missionário.
Tendo voltado à pátria, conseguiu recrutar numerosos colaboradores para a sua
obra evangelizadora e empreendeu a viagem de regresso; mas, interceptados ao
largo das ilhas Canárias pelos corsários anticatólicos [protestantes
calvinistas franceses], ali sofreu o martírio no dia 15 de julho de 1570. Os
trinta e nove Companheiros que iam na mesma nau (trinta e um portugueses e oito
espanhóis) foram também Martirizados no mesmo dia ou no dia seguinte. Foram
beatificados pelo papa Pio IX em 1854.
Inácio
e seus companheiros foram assassinados por serem católicos e missionários
Quarenta
mártires. Entre eles 2 padres, 24 estudantes e 14 irmãos auxiliares.
Portugueses e espanhóis. Todos pertenciam à Companhia de Jesus.
Inácio
de Azevedo nasceu no Porto em 1526. Aos 23 anos, já tinha entrado na Companhia
de Jesus ocupando vários serviços. Era ardoroso pelas missões além fronteiras.
Foi
quando o Superior Geral o enviou para o Brasil e, ao retornar, testemunhou a
necessidade de mais missionários. Saíram por isso, 3 naus missionárias. Em uma
delas estavam Inácio de Azevedo e os 39 companheiros. A nau foi interceptada
por 5 navios de inimigos da fé católica que queriam a morte de todos.
Por
amor à Igreja ele aceitou o martírio, exortou e consolou seus filhos
espirituais. Foi morto e lançado ao mar e todos foram martirizados, alcançando
a coroa da glória na eternidade.
Inácio
e seus companheiros foram assassinados por serem católicos e missionários.
Estamos no tempo das novas missões, a começar na nossa casa e onde convivemos.
Ali, é o primeiro lugar onde devemos testemunhar o amor a Cristo e, se preciso,
sofrer por Ele.
Bem-aventurado
Inácio de Azevedo e companheiros mártires, rogai por nós!
Os
sofrimentos e a glória dos mártires
Consideremos
a sabedoria de Paulo. Que diz ele? Eu entendo que os sofrimentos do tempo
presente nem merecem ser comparados com a glória que deve ser revelada em
nós(Rm 8,18). Por que, exclama, me falais das feridas, dos tormentos, dos
altares, dos algozes, dos suplícios, da fome, do exílio, das privações, dos
grilhões e das algemas? Ainda que invoqueis todas as coisas que atormentam os
homens, nada podeis mencionar que esteja à altura daqueles prêmios, daquelas
coroas, daquelas recompensas. Pois as provações cessam com a vida presente, ao
passo que a recompensa é imortal, permanecendo para sempre.
Também
isto insinuava o Apóstolo em outro lugar, quando dizia: O que no presente é
insignificante e momentânea tribulação (cf. 2Cor 4,17). Ele diminuía a
quantidade pela qualidade, e alivia a dureza pelo breve espaço de tempo. Como
as tribulações que então sofriam eram penosas e duras por natureza, Paulo se
serve de sua brevidade para diminuir-lhe a dureza, dizendo: O que no
presente é insignificante e momentânea tribulação, acarreta para nós uma glória
eterna e incomensurável. E isso acontece, porque voltamos os nossos olhares
para as coisas invisíveis e não para as coisas visíveis. Pois o que é visível é
passageiro, mas o que é invisível é eterno (cf. 2Cor 4,17- 18).
Vede
como é grande a glória que acompanha a tribulação! Vós mesmos sois testemunhas
do que dizemos. Antes mesmo que os mártires tenham recebido as recompensas, os
prêmios, as coroas, enquanto ainda se vão transformando em pó e cinza, já
acorremos com entusiasmo para honrá-los, convocando uma assembléia espiritual,
proclamando o seu triunfo, exaltando o sangue que derramaram, os tormentos, os
golpes, as aflições e as angústias que sofreram. Assim, as próprias tribulações
são para eles uma fonte de glória, mesmo antes da recompensa final.
Tendo
refletido sobre estas coisas, irmãos caríssimos, suportemos generosamente todas
as adversidades que sobrevierem. Se Deus as permite, é porque são úteis para
nós. Não percamos a esperança nem a coragem, prostrados pelo peso dos
sofrimentos, mas resistamos com fortaleza e demos graças a Deus pelos
benefícios que nos concedeu. Deste modo, depois de gozarmos dos seus dons na
vida presente, alcançaremos os bens da vida futura, pela graça, misericórdia e
bondade de nosso Senhor Jesus Cristo. A ele pertencem a glória e o poder, com o
Espírito Santo, agora e sempre e pelos séculos. Amém.
Autor:
Das Homilias de São João Crisóstomo, bispo