Na
celebração do Jubileu de Ouro da criação da Paróquia São Conrado, relembramos
aqui, resumidamente a história do Cardeal Dom Jayme de Barros Câmara então
arcebispo do Rio de Janeiro que criou em 3 de julho de 1969 o território paroquial
da Matriz de São Conrado.
O
segundo presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o
cardeal Jaime de Barros Câmara teve papel fundamental no projeto de fundação da
Conferência Episcopal. Na série “CNBB – Rumo aos 65 anos”, conheça o homem que,
de acordo com os críticos da época, era conhecido por “servir com tenacidade
convertida em fervor”.
Nascido
em 1894, em São José (SC), dom Jaime de Barros Câmara teve uma infância simples
e humilde. Seu ministério episcopal foi marcado pela bondade, humildade e apego
às orações e à tradição litúrgica. O cardeal era “um homem avesso à pompa e à
ostentação”, como diziam os jornais da época.
Ordenado
sacerdote em 1920, em Florianópolis (SC), dom Jaime na época, com 26 anos,
atuou na arquidiocese de Florianópolis. Por lá desempenhou importantes papeis,
inclusive o de reitor de um dos seminários da arquidiocese e do Santuário de
Nossa Senhora do Caravaggio de Azambuja. Em 1935, foi nomeado camareiro secreto
do papa Pio XI, passando a usar o título de monsenhor.
Assumiu
a diocese Mossoró, no Rio Grande do Norte, em 1935, quando o papa Pio XI o
nomeou. Em 1941, era a vez de assumir a arquidiocese de Belém do Pará, onde
durante seu governo pastoral promoveu a reforma dos estatutos do seminário, e
criou o Colégio Progresso Paraense, a sede do Círculo Operário e o Seminário
Ferial, locais que hoje assumem outros nomes. Em 1943, foi designado pelo papa
Pio XII para a arquidiocese do Rio de Janeiro. Por lá deu grande apoio às
igrejas orientais no Brasil, como é o caso da Igreja de São Basílio, erigida
por ele como paróquia.
“Dom
Jaime nunca foi homem de rompantes nem quixotadas e sempre soube conciliar,
mais do que qualquer outra autoridade eclesiástica, sua sincera e profunda
adesão à Igreja Católica com uma tolerância cristã em face das fraquejas
humanas”, trecho de artigo publicado no jornal “Correio da Manhã”.
Cardinalato
No
consistório presidido pelo papa Pio XII, em 1946, dom Jaime foi criado cardeal
com o título dos santos Bonifácio e Aleixo, do qual tomou posse solenemente em
fevereiro do mesmo ano. Foi como cardeal e arcebispo do Rio de Janeiro que
participou da assembleia de instalação da CNBB, em sua residência, no Palácio
de São Joaquim, em 1952, no Rio de Janeiro.
No
dia 14 de outubro nascia então a CNBB, a ata de instalação contou com a
assinatura dos cardeais Jaime e Carmelo, 17 arcebispos do Brasil e o Núncio
Apostólico.
“Dom
Jaime exerceu também a presidência da Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil, e era Secretário do regional Leste 1 da CNBB (reeleito). Destacou-se
também Dom Jaime, pelas suas inúmeras e contínuas visitas pastorais bem como
retiros para religiosas”, trecho de artigo publicado no jornal “O Dia”.
Além
de participar da instalação da CNBB, seis anos depois, em 1958, dom Jaime tomou
posse como o segundo presidente da Conferência, após renúncia do seu antecessor
reeleito para o cargo. O cardeal exerceu o posto até 1963. Foi ainda durante o
seu mandato que houve a divisão da circunscrição eclesiástica da Igreja no
Brasil. Criaram-se os primeiros regionais da CNBB que foram decisivos em sua
dinamização; hoje são 18 ao todo.
Dom
Jaime Câmara faleceu aos 76 anos de idade, no Palácio Paulino, em Aparecida do
Norte (SP), em 1971, vítima de um edema pulmonar.
“A
Igreja perdeu, com a morte de dom Jaime Câmara, um dos seus mais ilustres
prelados, e o povo brasileiro um dedicado pastor, atento aos problemas e
sofrimentos de seu grande rebanho”, trecho publicado no jornal “O Dia”.
Fonte: CNBB
DECRETO
MAPA DA PARÓQUIA