Eis
Jesus que Se põe a dissertar sobre a economia, mas uma economia que parece
envolver falsários... Como compreender tal parábola na boca de Jesus? Podemos
logo pensar que Ele não quer dar o administrador desonesto como exemplo, mesmo
se o mestre deste faz o seu elogio. Jesus chama-o explicitamente
"administrador desonesto, com esperteza". Jesus conhece o coração do
homem, um coração perverso. Mas Jesus não fica nesta dimensão do coração do
homem. Ele sabe que em todo o homem, por mais pervertido que seja, há sempre um
cantinho positivo. Ele vê a prova de habilidade do administrador para conseguir
safar-se. Esta habilidade é colocada ao serviço de um mal. Mas, em si mesma,
pode ser posta ao serviço do bem. Então, diz Jesus, se vós, meus discípulos,
que sois chamados "filhos da luz", sabeis ser tão habilidosos a
respeito da vossa vida cristã, quantas coisas poderão mudar! Jesus aproveita
para recordar o seu ensino constante sobre o dinheiro e a riqueza material. Não
podemos viver sem dinheiro. Mas saibamos utilizá-lo com habilidade, para o bem.
Que ele não se torne um mestre tirânico. Saibamos utilizá-lo, não para nos
enriquecermos egoisticamente, mas para o pôr ao serviço do bem dos outros, a
começar pelos mais pobres. Aqui, a nossa habilidade deve estar ao serviço do
bem! Não levaremos dinheiro no nosso caixão. Mas o bem que com ele tivermos
feito seguirá para além da morte, "nas moradas eternas". A lição
continua sempre válida hoje!