"A família protege a vida em cada uma de suas fases e também no seu surgimento. Para aqueles que trabalham em estruturas sanitárias, pede-se a obrigação moral da consciência. Da mesma maneira, a Igreja não sente apenas a urgência de afirmar o direito à morte natural, evitando o tratamento agressivo e a eutanásia, mas rejeita firmemente a pena de morte", escreveu o Pontífice.
A vida humana começa com a formação do sistema nervoso?
Este vídeo afirma o início da vida humana a partir da concepção refutando a teoria que defende que a vida humana começa apenas depois da formação do sistema nervoso. Esta teoria usa como critério o fato da medicina considerar morte cerebral como o fim da vida e usa esta informação para traçar um paralelo supostamente lógico de que se a vida termina com a morte cerebral, então ela só começa com a formação do sistema nervoso, antes disso não haveria vida humana.
Esta igualdade de critérios neste ponto é enganosa, utilitarista e reducionista, sendo bastante inadequada e até certo ponto desonesta.
Entendendo porque a medicina e o Estado consideram a morte encefálica como critério para o fim da vida, entenderemos que o mesmo critério favorece a defesa do embrião enquanto ser humano vivo e independente!
A morte encefálica é um bom critério clínico porque com ela o indivíduo não mais consegue se sustentar de forma autônoma, pois a partir de uma etapa do desenvolvimento do organismo quem garante essa autonomia é justamente o sistema nervoso. Um organismo adulto sem o funcionamento do sistema nervoso (tronco encefálico) perde irreversivelmente sua autonomia funcional e a manutenção da vida torna-se impossível. Há morte porque a situação é irremediável, independente do que for feito dali para frente, todo o resto do organismo irá parar de funcionar.
No caso do embrião ainda sem sistema nervoso formado este critério não é válido porque mesmo sem o sistema nervoso o embrião consegue sustentar, como qualquer ser humano em condição favorável, seu organismo de forma autônoma e desenvolver-se perfeitamente com os recursos orgânicos que possui para atender as demandas biológicas da respectiva etapa de vida em que está.
Portanto, o critério adotado para determinar a morte encefálica não é a presença ou a ausência de um órgão ou sistema, isso seria reduzir a vida a um simples órgão, mas sim a capacidade de aquele organismo se sustentar de forma independente e organizar suas funções de forma integrada. Isso o embrião faz desde sua concepção, por isso é mais lógico, é mais cientificamente correto e mais seguro defender o início da vida humana a partir da concepção.