Deus escolhe o seu povo por amor
Existem muitos textos Bíblicos que descrevem o amor divino por seu povo. A 1ª leitura é um exemplo disso. Deus escolhe um povo, o menor de todos, para derramar nele seu amor e colocar no meio dele o seu próprio Coração. Sendo um texto do Antigo Testamento, é até um pouco automático distanciar-nos no tempo, julgando que esse amor foi para o antigo Israel. Na verdade, o amor divino continua no meio do seu povo, e será derramado por “mil gerações”, quer dizer, continuará sendo derramado por todo o sempre. Derramado também sobre o novo povo que ele escolheu para si, a quem ama com amor misericordioso: este novo povo é a Igreja. É na Igreja que Deus continua derramando seu amor, para que cada um de nós, membro desse povo, semeemos e cultivemos o amor divino que recebemos.
Um coração igual ao dele
Para que a Igreja transborde o amor divino no meio da sociedade, precisa contar com pessoas que tenham o coração parecido com o Coração de Jesus. Isto significa que, hoje, não estamos celebrando uma devoção ou uma piedade sentimental, como querem alguns. Celebramos uma proposta de vida: a proposta de fazer transbordar o amor misericordioso do Coração de Jesus no meio da sociedade. Para isso acontecer, diz a 2ª leitura, é necessário “permanecer” em Deus. “Permanecer” remete-nos à parábola da Videira, quando Jesus ensina que se não estivermos unidos a ele, como um ramo está unido ao tronco de uma árvore, não poderemos produzir frutos. Para que a sociedade, portanto, conheça e sinta o amor divino, é necessário que transbordemos amor, “permanecendo” em Deus, porque “Deus é amor” e quem ama “permanece em Deus e Deus nele”.
Mansidão divina na sociedade
Outro motivo para transbordar o amor divino na sociedade é o convite de Jesus para o descanso em seu Coração que é manso e humilde. Derramar o amor divino na sociedade através da humildade. Sem a pretensão de ser midiático, mas humildemente e com atitudes humildes, somos chamados a cultivar o amor do Coração de Jesus na sociedade. Não através de agressividades, de provocações — o que seria muito contraditório — mas com mansidão, como é próprio do Coração de Jesus, que é manso e humilde. Se quisermos cultivar o amor divino na sociedade, precisamos aprender de Jesus a sermos humildes e mansos. Nem todos nos aceitarão, muitos nos ridicularizarão, outros nos chamarão de sonhadores e tantos outros obstáculos nos serão impostos. Seja como for, a humildade e a mansidão não permitirão que nada disso nos impeça de derramar o amor divino, de cultivar o amor do Coração de Jesus na sociedade. Amém!