domingo, maio 31, 2020

SOLENIDADE DE PENTECOSTES

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A comunidade cristã só existe de forma consistente, se está centrada em Jesus. Jesus é a sua identidade e a sua razão de ser. É Nele que superamos os nossos medos, as nossas incertezas, as nossas limitações, para partirmos à aventura de testemunhar a vida nova do Homem Novo. As nossas comunidades são, antes de mais, comunidades que se organizam e estruturam à volta de Jesus. Jesus é o nosso modelo de referência. 

Identificar-se como cristão significa dar testemunho diante do mundo dos "sinais" que definem Jesus: a vida dada, o amor partilhado. 

As comunidades construídas à volta de Jesus são animadas pelo Espírito. O Espírito é esse sopro de vida que transforma o barro inerte numa imagem de Deus, que transforma o egoísmo em amor partilhado, que transforma o orgulho em serviço simples e humilde... É Ele que nos faz vencer os medos, superar as covardias e fracassos, derrotar o ceticismo e a desilusão, reencontrar a orientação, readquirir a audácia profética, testemunhar o amor, sonhar com um mundo novo. É preciso ter consciência da presença contínua do Espírito em nós e nas nossas comunidades e estar atentos aos seus apelos, às suas indicações, aos seus questionamentos.











sexta-feira, maio 29, 2020

ELES NÃO TÊM VINHO!

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Nas Bodas de Caná, a falta de vinho teria sido um grande vexame. Os convivas queriam vinho. Nossa Senhora só expos o problema, modelo de oração, deixando a Jesus a solução. E Jesus mandou encher a talhas de água, talvez causando decepção e transformou a água em vinho, e dos melhores (Jo 2,1-10). Deus espera que façamos a nossa parte e que confiemos nele.

E fazer a nossa parte, significa tomar os cuidados cabíveis e necessários, numa sadia ecologia cristã. No dia 24 de maio último comemoramos o 5º aniversário da encíclica Lodato Si do Santo Padre o Papa Francisco, sobre o cuidado da casa comum, contra o mal que provocamos à nossa irmã, a mãe terra, na expressão de São Francisco de Assis: “Esta irmã clama contra o mal que lhe provocamos por causa do uso irresponsável e do abuso dos bens que Deus nela colocou... A violência, que está no coração humano ferido pelo pecado, vislumbra-se nos sintomas de doença que notamos no solo, na água, no ar e nos seres vivos”.

Nesse tema de uma sadia ecologia, o Papa Francisco segue a linha dos seus predecessores: “Chamado a cultivar e guardar o jardim do mundo (cf. Gn 2, 15), o homem detém uma responsabilidade específica sobre o ambiente de vida, ou seja, sobre a criação que Deus pôs ao serviço da sua dignidade pessoal, da sua vida: e isto não só em relação ao presente, mas também às gerações futuras. É a questão ecológica — desde a preservação do ‘habitat’ natural das diversas espécies animais e das várias formas de vida, até à ‘ecologia humana’ propriamente dita — que, no texto bíblico, encontra luminosa e forte indicação ética para uma solução respeitosa do grande bem da vida, de toda a vida. Na realidade, ‘o domínio conferido ao homem pelo Criador não é um poder absoluto, nem se pode falar de liberdade de ‘usar e abusar’, ou de dispor das coisas como melhor agrade. A limitação imposta pelo mesmo Criador, desde o princípio, e expressa simbolicamente com a proibição de ‘comer o fruto da árvore’ (cf. Gn 2, 16-17), mostra com suficiente clareza que, nas relações com a natureza visível, nós estamos submetidos a leis, não só biológicas, mas também morais, que não podem impunemente ser transgredidas” (São João Paulo II, Evangelium vitae, 42).

“O tema do desenvolvimento aparece, hoje, estreitamente associado também com os deveres que nascem do relacionamento do homem com o ambiente natural... Quando a natureza, a começar pelo ser humano, é considerada como fruto do acaso ou do determinismo evolutivo, a noção da referida responsabilidade debilita-se nas consciências. Na natureza, o crente reconhece o resultado maravilhoso da intervenção criadora de Deus, de que o homem se pode responsavelmente servir para satisfazer as suas legítimas exigências — materiais e imateriais — no respeito dos equilíbrios intrínsecos da própria criação. Se falta esta perspectiva, o homem acaba por considerar a natureza um tabu intocável ou, ao contrário, por abusar dela. Nem uma nem outra destas atitudes corresponde à visão cristã da natureza, fruto da criação de Deus” (Bento XVI Caritas in Veritate, 48).


Fonte: Dom Fernando Arêas Rifan

quinta-feira, maio 28, 2020

O VENTO, O FOGO, AS LÍNGUAS

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O Espírito Santo desce poderoso do céu sobre os discípulos reunidos no cenáculo, chega ao final de um dia solene em que já não se esperava mais nada, desce para dar inicio a um novo e único tempo, o tempo da Igreja que durará até a parusia, o retorno glorioso de Jesus Cristo até o fim dos tempos.
O Espírito Santo há sua origem celeste, é pré-anunciado por um rombo, um sinal ruidoso para indicar com certeza sua proveniência. “De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados”(Atos 2,2). Exatamente porque o Espírito Santo vem do alto, de Deus, tem a capacidade de encher até a borda nossas vidas, nossos corações.
Para receber o dom do Espírito Santo é necessário permanecer fiel à exortação de viver a oração na procura incessante de receber o mesmo Espírito de Deus, para produzir frutos de compaixão amorosa, mansidão, humildade, paciência, alegria, paz.
E todos esses frutos não podem ser mantidos para si, devem ser comunicados, devem ser compartilhados com os outros. Por esta razão “apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles”(Atos 2, 3). O Espírito Santo desce como língua porque quer falar ao coração do homem pelo homem.
O Espírito Santo se manifesta como uma língua de fogo porque quer acender na alma dos discípulos, o ardor, o desejo de comunicar ao mundo o calor do amor de Deus que se encarnou, que morreu e ressuscitou para a nossa salvação.
O Espírito Santo aparece como muitas línguas porque quer proclamar a Palavra de Deus, os acontecimentos da salvação, para que a pessoa de Jesus Cristo se torne compreensível para os povos de todas as nações, raças, tribos, etnias: “ficaram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.”(Atos 2,4).
O Espírito Santo com a sua descida produz comunhão, suscita partilha. Os discípulos fechados no cenáculo por medo dos judeus, se encontram, num determinado momento, fora da sala no andar de cima, com uma coragem que não tinham antes. O Espírito Santo afasta seus medos, rompe a solidão interior, impulsiona-os a compartilhar o anúncio do Evangelho.
Hoje se cumpre a promessa feita por Jesus em seu discurso de despedida, quando estava no cenáculo: “ e eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Paráclito, para que fique eternamente convosco. É o Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece, mas vós o conhecereis, porque permanecerá convosco e estará em vós. (Jo 14,16-17).
Os discípulos não estão mais sozinhos, receberam a companhia de outro Consolador, o Espírito Santo, para viver sempre em comunhão com Ele. O Espírito Santo é apresentado por Jesus como o Espírito da verdade, para tornar o homem verdadeiramente livre.
Quanto precisamos da verdade que nos liberta dos medos, das angústias que derivam da nossa pouca fé.
O Espírito da verdade é a arma eficaz para superar esses medos. Mas o Espírito Santo é um dom que deve ser invocado, desejado e aceito. E é por isso que o mundo não pode receber, porque não é capaz de pedir, por que não quer invocá-lo, porque não tem espaço para acolhê-lo. O coração do homem do mundo está cheio de outras coisas, está cheio de soberba, orgulho, presunção.
O mundo tem a presunção de ser auto-suficiente, tem a ilusão de ser capaz de fazer sem Deus. Tudo isso acontece porque o homem não vê o Espírito Santo, não é capaz de reconhecê-lo.
Mas para os apóstolos não é assim, porque terão o grande privilégio de poder ouvi-lo, no silêncio de suas almas, terão a possibilidade de serem instruídos pela sabedoria que vem de Deus.
Sim, o Espírito Santo enquanto Deus tem a missão de recordar e ensinar tudo o que viu e ouviu do Filho de Deus. A primeira tarefa do Espírito Santo é ensinar uma mensagem que precisa ser sempre aprofundada, embora seja a mesma há dois mil anos. A Palavra de Deus é sempre a mesma, mas o homem está em constante transformação. O que ontem era incompreensível o espírito de verdade quer fazer-nos compreender para tornar a nossa existência mais alegre e menos ansiosa.
O ensinamento realizado pelo Espírito não é uma lição de escola ensinada por um professor sentado atrás de sua mesa. O Espírito Santo fala na intimidade do coração, inspirando o que pensar, dizer, fazer. A obra incomparável do Espírito Santo é consolar com sua presença discreta, é romper a solidão do homem com Deus, é recordar à alma humana as palavras de vida eterna pronunciadas por Jesus.
Como precisamos recordar os eventos que marcaram a nossa vida de fé. O Espírito Santo nos ajuda neste serviço da memória, lembrando-nos o que fomos e o que somos agora após a intervenção de Deus em nossas vidas.

terça-feira, maio 26, 2020

O ESPÍRITO SANTO É UMA PESSOA VIVA

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E, porque sois filhos, enviou Deus a nossos corações Espírito de seu Filho que clama: Abbá, Pai” (Gl 4,6)

Deus é um só, mas Nele há Três Pessoas divinas, distintas e de igual majestade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Não foi a Igreja quem inventou isso, foi Jesus mesmo que nos revelou. Falou dele como Deus, falou do Pai e do Espírito Santo. Jamais alguma inteligência humana poderia entender quem é Deus na sua essência.

Jesus cumpriu sua missão de Salvador, voltou para o seio da Trindade e enviou o Espírito Santo para conduzir a Igreja e santificar os fiéis. São Paulo disse: “E, porque sois filhos, enviou Deus a nossos corações Espírito de seu Filho que clama: Abbá, Pai” (Gl 4,6).



São Paulo VI professou a fé da Igreja no Espírito Santo:

“Cremos no Espírito Santo, Senhor que dá a vida e que com o Pai e o Filho é juntamente adorado e glorificado. Foi Ele que falou pelos profetas e nos foi enviado por Jesus Cristo, depois de sua ressurreição e ascensão ao Pai. Ele ilumina, vivifica, protege e governa a Igreja, purificando seus membros, se estes não rejeitam a graça. Sua ação, que penetra no íntimo da alma, torna o homem capaz de responder àquele preceito de Cristo: “Sede perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste” (cf. Mt 5,48) (Credo do Povo de Deus, 13).

Foi Jesus mesmo quem nos revelou o Espírito Santo e no-lo enviou no dia de Pentecostes. Ele é inseparável do Pai e do Filho. Ao anunciar e prometer a vinda do Espírito Santo, Jesus o chamou de “Paráclito”, “advocatus”, “consolador”, aquele que está perto. O mundo pecador não pode recebê-lo, mas ele está com os filhos de Deus. Na Última Ceia, na despedida da Igreja, Jesus promete enviá-lo:

“E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Paráclito, para que fique eternamente convosco. É o Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece, mas vós o conhecereis, porque permanecerá convosco e estará em vós” (Jo 14,15). Ele “vos ensinará todas as coisas e vos recordará tudo o que Eu vos disse” (Jo 14,25). Ele é a memória viva da Igreja sobre tudo o que Jesus lhe ensinou.

“Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, ensinar-vos-á toda a verdade” (Jo 16,13). E é por isso que a Igreja nunca errou o caminho da verdade, embora seus filhos sejam santos e pecadores.




Prof. Felipe Aquino

segunda-feira, maio 25, 2020

ASCENSÃO DO SENHOR

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Mateus não quis terminar sua narração evangélica com o relato da Ascensão. Seu Evangelho, redigido em condições difíceis e críticas para as comunidades cristas, pedia um final diferente do de Lucas.

Uma leitura ingênua e equivocada de Ascensão podia criar naquelas comunidades a sensação de orfandade e abandono diante da partida definitiva de Jesus. Por isso Mateus termina seu Evangelho com um frase inesquecível de Jesus ressuscitada: "Sabei que eu estou convosco todos os dias, até o fim do mundo.”

Esta é a fé que animou sempre as comunidades cristãs. Não estamos sós, perdidos no meio da história, abandonadas às nossas próprias forças e ao nosso pecado. Cristo está conosco. Em momento como o que nós cristãos estamos vivendo hoje, é fácil cair e lamentações, desânimos e derrotismo. Dir-se-ia que esquecemos algo que precisamos urgentemente lembrar: ELE ESTÁ CONOSCO. Jesus também se faz presente e Ressuscitado na comunidade cristã.

Para os primeiros cristãos, porém, Jesus não é um personagem do passado, um defunto que se venera e a quem se presta culto, mas alguém vivo, que anima, vivifica e cumula com seu espírito a comunidade cristã.

Quando dois ou três crentes se reúnem em seu nome, ali está Ele no meio deles, os encontros dos crentes não são assembleias de pessoas órfãs que tratam de animar-se mutuamente. No meio delas está Jesus ressuscitado, com seu alento e sua força dinamizadora. Esquece-lo é arriscar-nos a enfraquecer radicalmente nossa esperança.

Mas podemos ir mais longe, quando nos encontramos com uma pessoa necessitada, desprezada ou abandonada, estamos nos encontrando com aquele que quis solidarizar-se com todos os necessitados, de maneira radical. Por isso nossa adesão atual a Cristo em nenhum lugar se verifica melhor do que na ajuda e na solidariedade para com o ser humano necessitado: "Toda vez que o fizestes a um destes pequenos, foi a mim que o fizestes.”

O Senhor ressuscitado está na Eucaristia alimentando nossa fé. Está na comunidade cristã infundindo seu Espirito e impulsionando a missão. Está nos pobres movendo nossos corações à compaixão. Está conosco todos os dias até o fim do mundo.












sexta-feira, maio 22, 2020

A ASCENSÃO DE JESUS AOS CÉUS

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Vamos celebrá-la no próximo domingo
A Ascensão de Jesus aos céus marca o “término” da presença histórica de Cristo neste mundo e o início de um novo contexto para os primórdios da história da Igreja. Solenidade litúrgica presente em todas as Igrejas cristãs, ela é celebrada 40 dias depois da Ressurreição, embora grande parte das Igrejas locais a estabeleçam no primeiro domingo após esses 40 dias, para que mais fiéis possam participar da respectiva missa. É o caso do Brasil.


O que diz a Bíblia

“Depois de dizer isto, Jesus foi elevado, à vista deles, e uma nuvem o retirou aos seus olhos. Continuavam olhando para o céu, enquanto Jesus subia. Apresentaram-se a eles então dois homens vestidos de branco, que lhes disseram: ‘Homens da Galileia, por que ficais aqui, parados, olhando para o céu? Esse Jesus que, do meio de vós, foi elevado ao céu, virá assim, do mesmo modo como o vistes partir para o céu’” (At 1, 9-11).


Sentido

Na Ascensão, que se emoldura dentro do Tempo Pascal, Jesus se despede apóstolos, mas apenas no sentido visível: embora eles agora estejam prontos para levar a Igreja adiante, o Senhor continua, invisível, a agir na Igreja. Além disso, esta “separação” é temporária, porque Jesus voltará.

Ao retornar ao Pai, Jesus encerra o ciclo da Sua existência humana, mas, ao mesmo tempo, supera a dicotomia entre os céus e a terra: Ele parte, mas, mais precisamente, nos precede no Paraíso, reiterando que o céu é o nosso destino a ser buscado. A natureza humana, encarnada pelo Verbo em toda a sua pobreza, é elevada aos céus por Ele e, assim, glorificada.


Fontes históricas

Os Evangelhos falam pouco da Ascensão: Mateus e João terminam suas narrações com a aparição de Jesus depois da Ressurreição; Marcos dedica-lhe a última frase do texto, enquanto que Lucas descreve muito mais, principalmente nos Atos dos Apóstolos. Nos Atos, Lucas detalha que 40 dias depois da Páscoa – um número muito simbólico em toda a Bíblia – Jesus conduz os apóstolos para Betânia e, ao chegar no Monte das Oliveiras, chamado por isso de Monte da Ascensão, os abençoa e lhes fala antes de subir ao céu. Neste discurso, Jesus confirma a promessa da vinda do Espírito, que não os deixará sós, e prefigura a Sua própria segunda vinda, no final dos tempos.


Origens da solenidade

A celebração da Ascensão já é testemunhada por Eusébio de Cesareia e pela peregrina Egéria nos primeiros tempos da Igreja. No início, era comemorada junto com a festa de Pentecostes, mas, entre os séculos V e VI, sabemos que ambas as celebrações já estavam separadas, pois existem homilias de São João Crisóstomo e de Santo Agostinho dedicadas especificamente à Ascensão.


“À direita do Pai”

Nos Evangelhos, há passagens em que Jesus prefigura o que acontecerá na Ascensão. Durante a Última Ceia, por exemplo, Ele anuncia: “Voltarei ao Pai”.

A expressão “à direita do Pai” indica o lugar de honra do Filho de Deus que, junto d’Ele, tem a glória eterna. Se Jesus não retornasse ao Pai, não haveria redenção para o homem: é voltando ao Pai que Ele completa a Sua Ressurreição e, em seguida, envia ao mundo o Espírito Santo Consolador.

quinta-feira, maio 21, 2020

CURIOSIDADE: POR QUE SANTA RITA É CONHECIDA COMO A SANTA DAS CAUSAS IMPOSSÍVEIS?

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             Obs: 22 de maio celebramos o dia de Santa Rita.






Imediatamente após sua morte, Santa Rita de Cássia já era venerada como protetora contra a peste, provavelmente pelo fato de ter se dedicado em vida ao cuidado dos enfermos de peste, sem contrair jamais a doença. Este foi o principal motivo pelo qual era começou a ser conhecida como a Santa das Causas Impossíveis.


História:

Não são poucos os santos que chegaram à santidade por meio de um longo processo de aperfeiçoamento espiritual através do que os moralistas acharam os “três estados de vida”: casamento, viuvez, vida religiosa. Na Idade Moderna, poderíamos lembrar, entre outros, de São Francisco de Borja, governador e duque, que se fez jesuíta depois de perder a esposa e casar seus filhos, chegando a ser terceiro geral da Companhia de Jesus; São Afonso Rodrigues, também jesuíta, após a morte de sua esposa a de suas duas filhas; Santa Francisca Romana, fundadora das Oblatas de Maria; Santa Luíza de Marillac, fundadora das Irmãs da Caridade; Santa Francisca Fremiot de Chantal, fundadora das Salesas.

Santa Rita de Cássia (1381-1457) pertenceu a este grupo, pois ela também foi casada, viúva e religiosa. Há, contudo, uma diferença fundamental entre ela e os santos acima mencionados: o casamento não foi para ela, como para Francisco de Borja ou Luíza de Marillac, uma etapa de harmonioso crescimento espiritual, mas um período de terrível provação.

Casada aos treze anos, teve de suportar durante dezoito longos anos os excessos de um marido duro e cruel. Quando morreu assassinado, Rita ofereceu a Deus a vida de seus dois filhos, João e Paulo Maria, determinados a vingar a morte do pai. Os dois morreram antes de consumar a vingança. Pede então ser admitida no convento das freiras agostinianas. É-lhe negado por não ser virgem. Insiste três vezes. A lenda revestiu poeticamente esse fato, fazendo-a ser introduzida no convento milagrosamente por seus três santos protetores. Por isso é invocada como advogada dos impossíveis.





Oração a Santa Rita de Cássia


Ó Poderosa e gloriosa Santa Rita, eis a vossos pés uma alma desamparada que, necessitando de auxílio, a vós recorre com a doce esperança de ser atendida por vós que tem o título de santa dos casos impossíveis e desesperados. Ó cara santa, interessai-vos pela minha causa, intercedei junto a Deus para que me conceda a graça de que tanto necessito (faça o pedido). Não permitais que tenha de me afastar de vossos pés sem ser atendido. Se houver em mim algum obstáculo que me impeça de alcançar a graça que imploro, auxiliai-me para que o afaste. Envolvei o meu pedido em vossos preciosos méritos e apresentai-o a vosso celeste esposo, Jesus, em união com a vossa prece. Ó Santa Rita, eu ponho em vós toda a minha confiança. Por vosso intermédio, espero tranquilamente a graça que vos peço. Santa Rita, advogada dos impossíveis, rogai por nós. Amém!



Fonte: Cleófas

quarta-feira, maio 20, 2020

OS DONS DO ESPÍRITO SANTO

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São Paulo deixa claro que os dons, carismas, ministérios e atividades provêm de Deus, de Jesus, do Espírito Santo. Sendo assim, não são conseguidos pelo intelecto ou esforço humano, mas dados gratuitamente por intermédio da ação do Espírito (Cf. I Coríntios 12,1-31). 


Vejamos cada um dos dons do Espírito Santo

Sabedoria: este dom como que nos emudece diante das maravilhas de Deus. Ele faz sentir e saborear com docilidade os mistérios de Deus. Concedendo-nos uma compreensão não humana dos mistérios e da grandeza divina. É considerado o maior de todos os dons, porque eleva o homem a uma experiência sobrenatural de Deus. Diz o Senhor: “Feliz aquele que encontrou a Sabedoria…” (Pv 3, 13).

Entendimento: também conhecido como dom de Inteligência, é o dom que nos faz penetrar na Verdade Divina. Concede-nos um conhecimento que não está limitado ao esforço humano, mas ultrapassa, dando-nos a conhecer a Verdade que, simplesmente pela razão humana, não temos conhecimento.

Conselho: é o dom que nos faz agir com esperteza e nos faz escapar das astúcias dos nossos inimigos, muitas vezes, fazendo-nos escapar dos olhos da prudência simplesmente humana. Concede-nos a maneira certa de proceder diante de algumas situações que poderiam pôr em risco o caminho rumo a salvação.

Fortaleza: é o dom que nos move a executar o que nos ensina o conselho, tendo como finalidade a maior glória de Deus, apesar dos sacrifícios exigidos para isso. É, frequentemente, encontrado na vida dos mártires, aqueles que, conduzidos por uma força divina, deram a vida por Cristo.

Ciência: este dom está ligado intimamente com a Providência Divina, pois, pelo Dom de Ciência, conseguimos ver a mão de Deus nos acontecimentos mais ordinários do cotidiano. Ensina-nos a olhar os fatos da vida com o olhar de Deus. É característico na vida de alguns pregadores, dos santos doutores e dos diretores espirituais, cuja missão é propagar a fé e conduzir as almas.

Piedade: é o dom que nos faz tratar as coisas de Deus como sagradas, e a Ele mesmo com simplicidade, confiança verdadeira, como um filho deveria tratar o seu Pai. A piedade nos ajuda a entender o nosso lugar de filhos para com Deus e nos faz tratá-Lo como Pai.

Temor de Deus: não é um dom que nos faz ter medo de Deus, mas, em tudo, nos faz querer agradar-Lhe. Segundo o padre Arintero2 ,“a alma possuída por esse dom quer, a todo custo, destruir, o quanto antes, o ‘corpo de pecado’, vivendo sempre cercada da mortificação de Jesus Cristo, para que também, em sua própria carne mortal, manifeste-se a vida do Salvador”. É característico na vida de todo cristão batizado no início de sua caminhada com Jesus Cristo, onde busca moldar a sua vida de acordo com a Lei de Deus.

terça-feira, maio 19, 2020

VEM ESPÍRITO SANTO

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Deus derrama hoje o seu Espírito Santo, com a mesma força que outrora derramou no início da Igreja. Faz isso para curar, converter, arrancar o nosso povo do pecado e dos vícios; arrancar os nossos jovens das drogas e da prostituição. Deus já providenciou o remédio: a efusão do Espírito Santo, os dons do Espírito Santo. O dom da parresia (o anúncio com destemor)!O nosso chamado hoje é para sermos homens e mulheres de oração, que se deixam conduzir pelo Espírito Santo, tornando-se uma brasa viva do amor de Deus. Faça da sua vida uma oração e a cada dia você poderá testemunhar as maravilhas que o Senhor opera em sua vida.Não queiramos entender os mistérios de Deus com a nossa inteligência. É preciso compreender com o coração, abrindo-nos à ação do Espírito Santo.Ao ficarmos impregnados do Espírito Santo, levamos às pessoas o poder, a autoridade, a cura, o consolo, a palavra, a sabedoria e a ciência que vem do Espírito Santo. É o Espírito Santo que age por meio de nós.O trabalho apostólico de orar, levar cura, libertação, consolo às pessoas, para arrancá-las do pecado, dos vícios das garras do maligno, exige de nós doação. E muitas vezes isso nos torna áridos. O próprio contato com o mundo nos torna áridos.Por isso devemos pedir diariamente a graça da efusão do Espírito Santo, pois precisamos continuamente ser batizados no Espírito Santo.Quando nos sentimos áridos, temos de nos erguer lá do fundo de nós mesmos, buscar os sacramentos, a intercessão de Maria, participar de encontros, aprofundamentos, grupos de oração, fazer o estudo da Palavra  e clamar: Vem, Espírito Santo!






Fonte: Monsenhor Jonas Abib

segunda-feira, maio 18, 2020

VI DOMINGO DA PÁSCOA

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No entanto, Jesus garante aos discípulos que não os deixará sós no mundo. Ele vai para o Pai; mas vai encontrar forma de continuar presente e de acompanhar, a par e passo, a caminhada dos seus discípulos.
É preciso, no entanto, que os discípulos continuem a seguir Jesus, a manifestar a sua adesão a Ele, a amá-Lo (o amor será o culminar dessa caminhada de adesão e de seguimento). A consequência desse amor é o cumprir os mandamentos que Jesus deixou. Nesse caso, os mandamentos deixam de ser normas externas que é preciso cumprir, para se tornarem a expressão clara do amor dos discípulos e da sua sintonia com Jesus (vers. 15).
Como é que Jesus vai estar presente ao lado dos discípulos, dando-lhes a coragem para percorrer "o caminho" do amor e do dom da vida?
Jesus fala no envio do "Paráclito", que estará sempre com os discípulos (vers. 16). A palavra grega "paráklêtos", utilizada por João, pertence ao vocabulário jurídico e designa, nesse contexto, aquele que ajuda ou defende o acusado. Pode, portanto, traduzir-se como "advogado", "auxiliar", "defensor". A partir daqui, pode deduzir-se, também, quer o sentido de "consolador", quer o sentido de "intercessor". No Novo Testamento, a palavra só aparece em João, onde é usada quer para designar o Espírito (cf. Jo 14,26; 15,26; 16,7), quer o próprio Jesus (que no céu, cumpre uma missão de intercessão - cf. 1 Jo 2,1).
O "Paráclito" que Jesus vai enviar é o Espírito Santo - apresentado aqui como o "Espírito da Verdade" (vers. 17). Enquanto esteve com os discípulos, Jesus ensinou-os, protegeu-os, defendeu-os; mas, a partir de agora, será o Espírito que ensinará e cuidará da comunidade de Jesus. O Espírito desempenhará, neste contexto, um duplo papel: em termos internos, conservará a memória da pessoa e dos ensinamentos de Jesus, ajudando os discípulos a interpretar esses ensinamentos à luz dos novos desafios; por outro, dará segurança aos discípulos, guiá-los-á e defendê-los-á quando eles tiverem de enfrentar a oposição e a hostilidade do mundo. Em qualquer dos casos, o Espírito conduzirá essa comunidade em marcha pela história, ao encontro da verdade, da liberdade plena, da vida definitiva.
Depois de garantir aos discípulos o envio do "Paráclito", Jesus reafirma aos discípulos que não os deixará "órfãos" no mundo. A palavra utilizada ("órfãos") é muito significativa: no Antigo Testamento, o "órfão" é o protótipo do desvalido, do desamparado, do que está totalmente à mercê dos poderosos e que é a vítima de todas as injustiças. Jesus é claro: os seus discípulos não vão ficar indefesos, pois Ele vai estar ao lado deles.
É verdade que Ele vai deixar o mundo, vai para o Pai. O "mundo" deixará de vê-Lo, pois Ele não estará fisicamente presente. No entanto, os discípulos poderão "vê-lo" ("contemplá-Lo"): eles continuarão em comunhão de vida com Jesus e receberão o Espírito que lhes transmitirá, dia a dia, a vida de Jesus ressuscitado (vers. 18-19).
Nesse dia (o dia em que Jesus for para o Pai e os discípulos receberem o Espírito), a comunidade descobrirá - por ação do Espírito - que faz parte da família de Deus (vers. 20-21). Jesus identifica-Se com o Pai, por ter o mesmo Espírito; os discípulos identificam-se com Jesus, por ação do Espírito. A comunidade cristã está unida com o Pai, através de Jesus, numa experiência de unidade e de comunhão de vida entre Deus e o homem. Nesse dia, a comunidade será a presença de Deus no mundo: ela e cada membro dela convertem-se em morada de Deus, o espaço onde Deus vem ao encontro dos homens. Na comunidade dos discípulos e através dela, realiza-se a ação salvadora de Deus no mundo.










sexta-feira, maio 15, 2020

10 CONSELHOS SURPREENDENTES PARA REZAR O ROSÁRIO CONVERSANDO COM MARIA NO DIA-A-DIA

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Dá para rezar inclusive “sem palavras”…

Aoração do rosário, popularmente chamado de “terço“, é um meio para repassarmos calmamente os mistérios da vida de Jesus e de Maria – enquanto recebemos graças muito especiais prometidas pela Mãe de Deus à humanidade!
Com base no livro “O rosário, teologia de joelhos”, escrito pelo padre Florian Kolfhaus, da Secretaria de Estado do Vaticano, oferecemos 10 conselhos práticos para rezar o rosário todos os dias:


1. Leve sempre o rosário no bolso

Ou o decenário, que tem apenas dez contas e pode ser transportado facilmente. Toda vez que você pegar a chave para sair de casa, lembre-se também de levar o rosário!


2. Aproveite alguns dos seus tempos livres para rezar

Enquanto espera a consulta médica, num intervalo do trabalho ou dos estudos, nas filas do dia-a-dia…


3. Reze durante tarefas e atividades esportivas

Existem atividades que não exigem muita concentração porque são mais práticas: estender a roupa no varal, lavar o carro, andar de bicicleta, correr… Assim como as pessoas que se amam pensam no outro durante essas atividades, também o rosário pode ser rezado como gesto de amor a Jesus e Maria!


4. Imagens e música podem ajudar…

O rosário é uma oração contemplativa: mais importante que as palavras que recitamos é a predisposição do coração para contemplar os mistérios que estamos meditando. Assim, você pode escolher imagens que ajudem a contemplar cada passagem da vida Cristo e de Maria. Música sacra em segundo plano também pode ser um instrumento útil para recolher os sentidos.


5. Transforme suas distrações em “assunto de oração”

As distrações estão o tempo todo ao nosso redor: é a lista de compras, o aniversário, a pessoa doente, a preocupação… Lutar contra esses pensamentos não os elimina. O melhor é conversar com Deus sobre essas “distrações” e rezar uma ave-maria pelas pessoas e intenções ligadas a elas: com isto, a oração se torna sincera, real, pessoal, englobando as coisas que inquietam o seu coração e colocando-as nas mãos de Deus, por intercessão de Nossa Senhora!


6. Reze durante os seus deslocamentos

A caminho do trabalho ou da escola, seja de carro ou de ônibus, de trem ou caminhando, você pode ir conversando com Maria como quem conversa com qualquer outro amigo: com naturalidade, sem precisar inclinar a cabeça nem fechar os olhos. Aproveite e dedique as ave-marias às pessoas que cruzam pelo seu caminho e pela sua vida: esses “estranhos” que estão pelas ruas e calçadas, as pessoas do trabalho e da escola… Se um médico passar por você, por exemplo, reze por ele e pelos seus pacientes!


7. Reze “peregrinando”

O rosário pode ser rezado em todo lugar. Nada impede que o rezemos de joelhos, oferecendo o sacrifício físico pela nossa formação da vontade e por intenções de desagravo, mas não se trata de “aguentar o máximo possível a todo custo”. O que importa é saber que o nosso corpo e a nossa alma são para Deus! Você pode rezar sentado, deitado, andando, com a mesma confiança de filho que conversa com a mãe sem se preocupar excessivamente com formalidades. A forma, o jeito, a postura devem estar a serviço do conteúdo: se não, não fazem o menor sentido.


8. Ofereça cada mistério por uma intenção

Reze cada mistério por uma intenção especial: pela sua família, por um amigo, pelo Papa Francisco, pelos cristãos perseguidos na Síria, no Iraque, nos Estados Unidos, na sua escola ou empresa… Quanto mais específica for a intenção, melhor. Não peça só por você: seja generoso!


9. Reze também nas horas de “deserto espiritual” – mesmo que seja sem palavras…

Todos nós passamos por momentos de aridez espiritual, de aflição, de angústia, nos quais não conseguimos ou até não queremos rezar. Afinal, acontece a mesma coisa em relação às pessoas que amamos: mesmo amando-as, há momentos em que não estamos a fim de conversar com elas. São os altos e baixos do humor. Nesses momentos difíceis, porém, podemos fazer silêncio e simplesmente recitar um mistério do terço. Esse gesto de força de vontade oferecido a Deus pode ser a semente de uma transformação poderosa e inesperada! Aliás, pode ser suficiente apenas segurar o rosário na mão, sem pronunciar palavra alguma: a boa oração pode ser simplesmente um ato de presença. Assim como aqueles momentos em que não temos vontade de conversar, mas queremos estar perto de alguém, em silêncio, porque a proximidade diz muito mais do que parece.


10. Adormeça rezando o rosário

Rezar ave-marias, para um católico, faz mais sentido que contar carneirinhos para dormir, não faz? E toda mamãe se comove ao ver o filhinho ou a filhinha adormecendo no seu colo…



Fonte: Aleteia