segunda-feira, junho 15, 2020

XI DOMINGO DO TEMPO COMUM

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Como cenário de fundo desta catequese sobre o envio dos discípulos está o amor e a solicitude de Deus pelo seu Povo. Não esqueçamos isto: Deus nunca Se ausentou da história dos homens; Ele continua a construir a história da salvação e a insistir em levar o seu Povo ao encontro da verdadeira liberdade, da verdadeira felicidade, da vida definitiva.



Como é que Deus age hoje no mundo? A resposta que o Evangelho deste domingo dá é: através desses discípulos que aceitaram responder positivamente ao chamamento de Jesus e embarcaram na aventura do "Reino". Eles continuam hoje no mundo a obra de Jesus e anunciam - com palavras e com gestos - esse mundo novo de felicidade sem fim que Deus quer oferecer a todos .




Atenção: Jesus não chama apenas um grupo de "especialistas" para O seguir e para dar testemunho do "Reino". Os "doze" representam a totalidade do Povo de Deus. É a totalidade do Povo de Deus (os "doze") que é enviada, a fim de continuar a obra de Jesus no meio da humanidade e anunciar-lhes o "Reino". Tenho consciência de que isto me diz respeito e que eu pertenço à comunidade que Jesus envia em missão?




Qual é a missão dos discípulos de Jesus? É lutar objetivamente contra tudo aquilo que escraviza o ser humano e que o impede de ser feliz. Hoje há estruturas que geram guerra, violência, terror, morte: a missão dos discípulos de Jesus é contestá-las e desmontá-las; hoje há "valores" (apresentados como o "último grito" da moda, do avanço cultural ou científico) que geram escravidão, opressão, sofrimento: a missão dos discípulos de Jesus é recusá-los e denunciá-los; hoje há esquemas de exploração (disfarçados de sistemas econômicos geradores de bem-estar) que geram miséria, marginalização, debilidade, exclusão: a missão dos discípulos de Jesus é combatê-los. A proposta libertadora de Jesus tem de estar presente (através dos discípulos) em qualquer lado onde houver um irmão, uma irmã vítima da escravidão e da injustiça.




As obras que eu realizo são verdadeiramente um anúncio do mundo novo que está para chegar. Nós cristãos procuramos transmitir alegria, coragem e esperança àqueles que vivem imersos no abatimento, na frustração, no desespero.




Quem se dispõe a acolher o chamado de Jesus? Quem se dispõe a viver o chamado de Jesus testemunhando a Boa Nova da esperança, da libertação de todo tipo de escravidão, especialmente daquela que mais machuca nosso povo: a falta de esperança? Somos enviados a curar corações adoecidos pela crise; enviados ressuscitar deprimidos por ter perdido tudo; enviados a purificar leprosos contaminados pelas reclamações da vida; enviados a expulsar os demônios da agressividade. Enviados com o olhar compassivo do Coração de Jesus para testemunhar a misericórdia divina em nossa comunidade. Como ouvíamos na 2ª leitura: isto só pode acontecer pela entrega da própria vida. Amém!