terça-feira, junho 09, 2020

FESTA DE SÃO JOSÉ DE ANCHIETA

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Jesus proclama os seus discípulos sal da terra e luz do mundo. Cada um o deve ser conforme os seus carismas, conforme a sua vocação. Por isso, há muitos modos de ser sal da terra e luz do mundo. Elias, de que nos fala a primeira leitura, é sal da terra com o seu zelo pela verdadeira fé. Mas também a viúva pobre é luz do mundo, pela sua fé, esperança e caridade. Apenas tinha «um punhado de farinha na panela e um pouco de azeite na ânfora», para ela e para o filho. Mais um pouco de tempo, e morreriam ambos de fome. E o homem de Deus, o profeta, em vez de vir trazer alguma coisa, pedia-lhe um pouco de água e um pedaço de pão. Parecia legítimo negar-lhe o pedido. Mas a mulher «foi e fez como lhe dissera Elias» (v. 15). Acreditou na promessa do profeta: «a panela da farinha não se esgotará, nem faltará o azeite» (v. 14). Deu e, por isso, recebeu. Não será rica; mas também não lhe faltará o necessário.
O homem «foi criado para fazer boas obras» (Ef 2, 10), irradiando a luz que Cristo derrama sobre ele (cf. Ef 5, 14). O Senhor, que é a luz que ilumina, transforma-nos em luz iluminada, em luz que se reflecte sobre nós, no dizer de S. Gregório Magno. A comunidade dos «iluminados» (Heb 6, 4; 10, 13) torna-se aquele candelabro de ouro, imagem da Igreja, onde Cristo estabelece a sua morada (Ap 1, 13). Na tradição hebraica, o candelabro de sete braços simboliza a totalidade do tempo - a primeira semana genesíaca - e a totalidade da pessoa, sintetizada nos sentidos superiores, com as suas sete aberturas: dois olhos, dois ouvidos, duas narinas e a boca. Será útil pensar: em que medida irradiam luz os meus sentidos, através dos quais interajo com a humanidade?
A generosidade, a que somos chamados, é resposta à generosidade Daquele «que, sendo rico, Se fez pobre por vós, para (nos) enriquecer pela sua pobreza» (2 Cor 8,9). É permitir a Cristo continuar a viver e a realizar em nós a sua generosidade. Por isso, é um verdadeiro dom, uma «graça» ("karis"), tal como a pobreza de Cristo (2 Cor 8, 9). Com essas palavras, o Apóstolo pretende estimular os cristãos de Corinto, para que dêem, com generosidade, aos pobres da Igreja de Jerusalém:
«Distingui-vos... nesta acção generosa» (2 Cor 8, 7). Esta «graça de Deus», já foi concedida às Igrejas da Macedônia (2 Cor 8, 1), as quais, apesar das tribulações e da «sua extrema pobreza», deram com «grande alegria... para além das suas posses, espontaneamente, pedindo-nos insistentemente a graça de tomarem parte neste serviço, a favor dos santos» (2 Cor 8, 2-4).
Um ensinamento importante para todos os cristãos, particularmente para aqueles que fazem voto de pobreza.