1)
O proprietário é Deus Pai , a vinha é o povo eleito , os vinhateiros são os líderes , os empregados
são os profetas e o filho é Jesus .
2)
O problema fundamental posto por este texto é o da coerência com que vivemos o
nosso compromisso com Deus e com o Reino. Deus não obriga ninguém a aceitar a
sua proposta de salvação e a envolver-se com o Reino; mas uma vez que aceitamos
trabalhar na sua "vinha", temos de produzir frutos de amor, de
serviço, de doação, de justiça, de paz, de tolerância, de partilha... O nosso
Deus não está disposto a pactuar com situações dúbias, descaracterizadas,
amorfas, incoerentes, mentirosas; mas exige coerência, verdade e compromisso. A
parábola convida-nos, antes de mais, a não nos deixarmos cair em esquemas de
comodismo, de instalação, de facilidade, de "deixa andar", mas a
levarmos a sério o nosso compromisso com Deus e com o Reino e a darmos frutos consequentes.
O
que é que é decisivo para definir a pertença de alguém ao Reino?
O que é decisivo é o "produzir
frutos" de amor e de justiça, que pomos ao serviço de Deus e dos nossos
irmãos.
(Segunda
Leitura)
A parábola fala de trabalhadores da "vinha" de Deus que rejeitam o
"filho" de forma absoluta e radical. É provável que nenhum de nós,
por um ato de vontade consciente, se coloque numa atitude semelhante e rejeite
Jesus. No entanto, prescindir dos valores de Jesus e deixar que sejam o
egoísmo, o comodismo, o orgulho, a arrogância, o dinheiro, o poder, a fama, a
condicionar as nossas opções é, na mesma, rejeitar Jesus, colocá-lo à margem da
nossa existência.
As nossas comunidades cristãs e religiosas são constituídas por homens e
mulheres que se comprometeram com o Reino e que trabalham na "vinha"
do Senhor. Deviam, portanto, produzir frutos bons e testemunhar diante do
mundo, em gestos de amor, de acolhimento, de compreensão, de misericórdia, de
partilha, de serviço, a realidade do Reino que Jesus Cristo veio propor.