quinta-feira, abril 24, 2025

DOMINGO DA PÁSCOA DE JESUS

 




Neste domingo a liturgia nos faz chegar ao domingo da Páscoa, quando somos convidados a olhar o túmulo vazio de Jesus e, com admiração e gratidão, refletir sobre o grande mistério da Ressurreição do Senhor. A vida venceu a morte!

 

Já na Vigília pascal, entoamos novamente o grito da alegria, o “Aleluia”, uma palavra hebraica conhecida em todas as línguas e que significa “Louvai o Senhor”. Este grito do Aleluia volta a ressoar para indicar a nossa alegria diante da ressurreição do Senhor. Mas este aleluia pascal deve imprimir profundamente em nós o desejo de constantemente louvar o Senhor, pelas maravilhas que Ele operou em cada um de nós. E como consequência disso, cada cristão é chamado a ser proclamador de uma vida nova, deve fazer morrer em si o “velho homem”, o homem marcado pelo pecado; e fazer ressurgir o “homem novo”, configurado a Cristo ressuscitado.

 

 “No primeiro dia da semana”. Significa que com a ressurreição de Jesus começou um novo ciclo – o da nova criação, o da Páscoa definitiva. Aqui começa um novo tempo, o tempo do homem novo, que nasce a partir da doação de Jesus. A primeira personagem em cena é Maria Madalena. Ela é a primeira a dirigir-se ao túmulo de Jesus, ainda quando o sol não tinha nascido, na manhã do “primeiro dia da semana

 

Queridos irmãos e irmãs em Cristo, nós vemos, aqui, a chegada de dois discípulos: Pedro e João. Mas, antes disso, Maria Madalena foi a primeira a experimentar a transformação da dor em alegria, da morte em vida. E essa é a essência da Páscoa, o Cristo que morreu por nós, agora, está vivo, e com Ele a nossa esperança também é ressuscitada.

 

Mas o interessante é que esses dois que correm após o anúncio de Maria Madalena, dizendo que o túmulo estava vazio, foram e entraram. O Evangelho diz para nós de forma clara: eles viram e acreditaram.

 

Essa é a essência da ressurreição e da Páscoa de nosso Senhor: na fé, nós cremos que Cristo está vivo e está no meio de nós.

 

Essa experiência que Maria Madalena fez e os discípulos fizeram é a experiência de passar de um tempo de escuridão que eles viviam para um tempo de poder e de manifestação da glória do Senhor.

 

É a fé que cresce, a compreensão do mistério, porque, meus irmãos, a experiência da ressurreição é sempre algo que nos transforma aos poucos. Não é um entendimento instantâneo, mas uma vivência progressiva do mistério de Cristo. Paixão, Morte e Ressurreição.

 

A ressurreição de Jesus não é apenas um evento do passado, mas uma realidade viva que continua a transformar nossa vida.

 

Olha que interessante… A cada Semana Santa, a cada Páscoa, a nossa vida é transformada, mas isso de forma cotidiana.

 

A ressurreição que toca as nossas misérias, as nossas imperfeições, as nossas dificuldades, a ressurreição nos leva sempre a olhar de forma positiva para a nossa vida.

 

Cristo ressuscitou para nos dar vida nova, e essa vida nova nos faz enxergar que o Senhor está conosco. Ele é o Emmanuel, Ele é Aquele que cumpre as Suas promessas.

 

E Cristo, quer nos dar vida nova, e vida em abundância.

 

Que o Cristo ressuscitado possa transformar a sua vida e a vida da sua família, porque, assim, como Ele transformou a minha vida, a vida de Maria Madalena e a vida dos discípulos, Ele quer também ressuscitar em seu coração.






terça-feira, abril 22, 2025

VIGÍLIA DA PÁSCOA











Cristo Ressuscitou. Deus interveio na nossa história como nunca. Foi a mais espetacular vitória de Deus na nossa Vida, quando anulou a força do pecado e removeu para sempre a pedra do sepulcro. «Não está aqui. Ressuscitou». Eis a grande notícia, o foco imenso de luz. É que Deus sempre rasga no meio da noite um clarão de luz. Deus sempre rompe os nossos limites e nos abre à plenitude. Deus sempre semeia no fundo da nossa angústia uma porção de alegria inefável, de vida, de vida em plenitude e em abundância. A Ressurreição de Cristo é, pois, um protesto vitorioso sobre esta cultura da morte, da angústia e do vazio. É a proclamação dos valores mais altos da conduta do Homem, porque vitória do valor primeiro: a Vida.

Por isso, hoje somos criaturas novas. Somos gente ressuscitada desde o dia em que mergulhamos na morte de Cristo e ressurgimos para uma Vida nova, no dia do nosso Batismo. Somos gente ressuscitada. E por isso afeiçoados às coisas do Alto, aos valores mais belos da alegria, do perdão, da festa, do convívio e da família. Não somos máquinas de morrer, nem escravos do trabalho. Somos gente que precisa de alegria, de vida, de descanso e dos outros como do ar que respira.

Porque somos gente ressuscitada, então não deixemos que esta Páscoa seja apenas mais uma celebração solene, pomposa e rotineira. Afinal foi-me dada uma vida nova! Fui salvo em esperança. Mas não uma esperança qualquer. Fui salvo por uma esperança que me compromete a trabalhar por um mundo novo, dado por Deus, fundado sobre a paz, sobre a justiça e sobre o amor, sempre maior forte do que o ódio ou a morte. Sabemos agora que a força do amor leva qualquer cruz à vitória.

Porque somos gente ressuscitada, então não deve existir em nós a desconfiança, a tristeza, o desencorajamento. Seja banida, entre nós, toda a espécie de maldade, de crítica destrutiva, de juízo precipitado, de individualismo e de espírito de capelinha.

Porque somos gente ressuscitada reine em nós a atitude de serviço e de atenção, de desprendimento dos nossos lugares e posições conquistadas e exibidas na comunidade.

Porque somos gente ressuscitada, então sejamos conhecidos pela caridade e pela disponibilidade, de vida e de coração, para dar espaço a esta incrível, mas verdadeira esperança, que nasce da Ressurreição de Jesus.

Vivamos estes cinquenta dias de Páscoa, para reanimar em todos essa grande esperança da vida nova da Ressurreição! Desejo verdadeiramente que o primeiro fruto desta Páscoa seja, para todos, a plenitude da alegria e da esperança, em Cristo ressuscitado!





























segunda-feira, abril 21, 2025

MORRE SS.PAPA FRANCISCO







O Card Farrell anunciou a morte do Papa Francisco com estas palavras: 

  

"Queridos irmãos e irmãs, com profunda tristeza devo anunciar a morte de nosso Santo Padre Francisco. 

Às 7h35 desta manhã, o bispo de Roma, Francisco, voltou para a casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e de Sua Igreja. 

Ele nos ensinou a viver os valores do Evangelho com fidelidade, coragem e amor universal, especialmente em favor dos mais pobres e marginalizados. 

Com imensa gratidão por seu exemplo de verdadeiro discípulo do Senhor Jesus, encomendamos a alma do Papa Francisco ao infinito amor misericordioso do Deus Trino." 

  

Fonte: Vatican News 






sábado, abril 19, 2025

VIA SACRA - SEXTA-FEIRA DA PAIXÃO












Esta noite, na fé, acompanhamos Jesus, que percorre o último trecho do seu caminho terreno, o trecho mais doloroso: o do Calvário. Ouvimos o alarido da multidão, as palavras da condenação, o ludíbrio dos soldados, o pranto da Virgem Maria e das outras mulheres. Agora mergulhamos no silêncio desta noite, no silêncio da cruz, no silêncio da morte. É um silêncio que guarda em si o peso do sofrimento do homem rejeitado, oprimido, esmagado, o peso do pecado que desfigura o seu rosto, o peso do mal. Esta noite, no íntimo do nosso coração, revivemos o drama de Jesus, carregado com o sofrimento, o mal, o pecado do homem.

 

E agora, que resta diante dos nossos olhos? Resta um Crucificado; uma Cruz levantada no Gólgota, uma Cruz que parece determinar a derrota definitiva d’Aquele que trouxera a luz a quem estava mergulhado na escuridão, d’Aquele que falara da força do perdão e da misericórdia, que convidara a acreditar no amor infinito de Deus por cada pessoa humana. Desprezado e repelido pelos homens, está diante de nós o «homem de dores, afeito ao sofrimento, como aquele a quem se volta a cara» (Is 53, 3).

 

Mas fixemos bem aquele homem crucificado entre a terra e o céu, contemplemo-lo com um olhar mais profundo, e descobriremos que a Cruz não é o sinal da vitória da morte, do pecado, do mal, mas o sinal luminoso do amor, mais ainda, da imensidão do amor de Deus, daquilo que não teríamos jamais podido pedir, imaginar ou esperar: Deus debruçou-Se sobre nós, abaixou-Se até chegar ao ângulo mais escuro da nossa vida, para nos estender a mão e atrair-nos a Si, levar-nos até Ele. A Cruz fala-nos do amor supremo de Deus e convida-nos a renovar, hoje, a nossa fé na força deste amor, a crer que em cada situação da nossa vida, da história, do mundo, Deus é capaz de vencer a morte, o pecado, o mal, e dar-nos uma vida nova, ressuscitada. Na morte do Filho de Deus na cruz, há o gérmen de uma nova esperança de vida, como o grão de trigo que morre no seio da terra.

 

Nesta noite carregada de silêncio, carregada de esperança, ressoa o convite que Deus nos dirige através das palavras de Santo Agostinho: «Tende fé! Vireis a Mim e haveis de saborear os bens da minha mesa, como é verdade que Eu não recusei saborear os males da vossa mesa… Prometi-vos a minha vida… Como antecipação, franqueei-vos a minha morte, como que para vos dizer: Convido-vos a participar na minha vida… É uma vida onde ninguém morre, uma vida verdadeiramente feliz, que oferece um alimento incorruptível, um alimento que restabelece e nunca acaba. A meta a que vos convido… é a amizade como o Pai e o Espírito Santo, é a ceia eterna, é a comunhão comigo … é participar na minha vida» (cf. Discurso 231, 5).

 

Fixemos o nosso olhar em Jesus Crucificado e peçamos, rezando: Iluminai, Senhor, o nosso coração, para Vos podermos seguir pelo caminho da Cruz; fazei morrer em nós o «homem velho», ligado ao egoísmo, ao mal, ao pecado, e tornai-nos «homens novos», mulheres e homens santos, transformados e animados pelo vosso amor.