Neste
domingo a liturgia nos faz chegar ao domingo da Páscoa, quando somos convidados
a olhar o túmulo vazio de Jesus e, com admiração e gratidão, refletir sobre o
grande mistério da Ressurreição do Senhor. A vida venceu a morte!
Já
na Vigília pascal, entoamos novamente o grito da alegria, o “Aleluia”, uma
palavra hebraica conhecida em todas as línguas e que significa “Louvai o
Senhor”. Este grito do Aleluia volta a ressoar para indicar a nossa alegria
diante da ressurreição do Senhor. Mas este aleluia pascal deve imprimir
profundamente em nós o desejo de constantemente louvar o Senhor, pelas
maravilhas que Ele operou em cada um de nós. E como consequência disso, cada
cristão é chamado a ser proclamador de uma vida nova, deve fazer morrer em si o
“velho homem”, o homem marcado pelo pecado; e fazer ressurgir o “homem novo”,
configurado a Cristo ressuscitado.
“No primeiro dia da semana”. Significa que com
a ressurreição de Jesus começou um novo ciclo – o da nova criação, o da Páscoa
definitiva. Aqui começa um novo tempo, o tempo do homem novo, que nasce a
partir da doação de Jesus. A primeira personagem em cena é Maria Madalena. Ela
é a primeira a dirigir-se ao túmulo de Jesus, ainda quando o sol não tinha
nascido, na manhã do “primeiro dia da semana
Queridos
irmãos e irmãs em Cristo, nós vemos, aqui, a chegada de dois discípulos: Pedro
e João. Mas, antes disso, Maria Madalena foi a primeira a experimentar a
transformação da dor em alegria, da morte em vida. E essa é a essência da
Páscoa, o Cristo que morreu por nós, agora, está vivo, e com Ele a nossa
esperança também é ressuscitada.
Mas
o interessante é que esses dois que correm após o anúncio de Maria Madalena,
dizendo que o túmulo estava vazio, foram e entraram. O Evangelho diz para nós
de forma clara: eles viram e acreditaram.
Essa
é a essência da ressurreição e da Páscoa de nosso Senhor: na fé, nós cremos que
Cristo está vivo e está no meio de nós.
Essa
experiência que Maria Madalena fez e os discípulos fizeram é a experiência de
passar de um tempo de escuridão que eles viviam para um tempo de poder e de
manifestação da glória do Senhor.
É
a fé que cresce, a compreensão do mistério, porque, meus irmãos, a experiência
da ressurreição é sempre algo que nos transforma aos poucos. Não é um
entendimento instantâneo, mas uma vivência progressiva do mistério de Cristo.
Paixão, Morte e Ressurreição.
A
ressurreição de Jesus não é apenas um evento do passado, mas uma realidade viva
que continua a transformar nossa vida.
Olha
que interessante… A cada Semana Santa, a cada Páscoa, a nossa vida é
transformada, mas isso de forma cotidiana.
A
ressurreição que toca as nossas misérias, as nossas imperfeições, as nossas
dificuldades, a ressurreição nos leva sempre a olhar de forma positiva para a
nossa vida.
Cristo
ressuscitou para nos dar vida nova, e essa vida nova nos faz enxergar que o
Senhor está conosco. Ele é o Emmanuel, Ele é Aquele que cumpre as Suas
promessas.
E
Cristo, quer nos dar vida nova, e vida em abundância.
Que
o Cristo ressuscitado possa transformar a sua vida e a vida da sua família,
porque, assim, como Ele transformou a minha vida, a vida de Maria Madalena e a
vida dos discípulos, Ele quer também ressuscitar em seu coração.