dia é um símbolo para a reflexão sobre o dever da
conversão, da mudança de vida, recordando a passageira, transitória, efêmera fragilidade da vida humana, sujeita à morte.
O tempo da Quaresma é o momento oportuno para que olhemos mais profundamente para o Mistério da Cruz. Olhar para a Cruz, contemplar esse Mistério é ir ao porquê de tudo aquilo que nós faremos durante a Quaresma. As orações, os jejuns e esmolas têm sentido porque nos põem em contato com a Cruz do Senhor.
"Ó Deus, vós tendes compaixão de todos e nada do que criastes desprezais: perdoais nossos pecados pela penitência porque sois o Senhor nosso Deus" - Sb 11,24-25.27
Homilia de Padre
Marcos Belizário Ferreira
Mais uma
Quaresma em nossas vidas. E, como acontece em toda Quaresma, somos desafiados
em nosso modo de viver, provocando-nos com propostas de vida que nada tem a ver
com a cultura que se cultiva atualmente na sociedade.
Desafios para mudar de
vida, não de modo muito silencioso, mas tocando a trombeta, prescrevendo
jejuns, congregando o povo para um novo modo de viver (1ª leitura). Sem ser
agressiva, a Quaresma provoca e desafia a não nos contentar com uma vida
qualquer, mas a buscar uma vida nova, até mesmo chorando, se for necessário,
para que as lágrimas lavem as nódoas deixadas pelos pecados em nossos corações.
Toda Quaresma é, essencialmente, um desafio que a Igreja lança a cada um de
seus membros, através da Palavra de Deus, de ritos e rituais celebrativos e de
práticas concretas, como é o caso de jejuns, da esmola, de pequenos
sacrifícios... todos finalizados para um novo modo de viver.
Outro desafio da
Quaresma é o arrependimento, que consiste na coragem de reconhecer os pecados
para nos aproximar de Deus e dos irmãos e, humildemente, pedir perdão. Mas,
para isso acontecer existe uma condição: o reconhecimento da misericórdia
divina e a confiança de que Deus pode mudar nossa vida; pode criar em nós um
coração novo (salmo responsorial).
Isto nem sempre acontece conosco,
principalmente quando valorizamos demasiadamente a força da auto-ajuda,
considerando-nos onipotentes em tudo, inclusive no empenho de mudar a própria
vida. Também nesse sentido a Quaresma nos desafia a confiar que Deus pode mudar
nossa vida, desde que tenhamos o seu Espírito em nosso coração e, para isso, é
preciso arrepender-se de nossos pecados e caminhar nos caminhos de Deus.
Paulo é sempre
muito desafiador em seus textos e, como não poderia deixar de ser, é ele que
lança o terceiro desafio da Quaresma, na celebração desta quarta-feira de
cinzas: a reconciliação (2ª leitura). Talvez seja o desafio mais exigente que a
Quaresma propõe a cada cristão. Entende-se a reconciliação com Deus, a
reconciliação com os irmãos e a reconciliação consigo mesmo.
Reconciliar-se com
Deus é sair da auto-confiança para colocar-se nas mãos da Providência; se isso
parece fácil, a propaganda do mundo, para confiar no dinheiro e em outros
meios, torna a reconciliação especialmente complicada em nossos tempos. A
reconciliação com os irmãos e irmãs, de outra parte, é uma tarefa árdua para
quem padece a dificuldade de aceitar e de oferecer o perdão.
Quantos irmãos e
irmãs já se prontificaram a aceitar o desafio de uma reconciliação fraterna,
mas fraquejaram quando o orgulho falou mais alto em seus corações. Também
reconciliar-se consigo mesmo é desafiador, principalmente quando se pensa que a
culpa é sempre dos outros e se é incapaz de se perdoar pelos erros cometidos.
Reconciliar-se é um grande desafio quaresmal.
Por fim, Jesus
lança o desafio da humildade (Evangelho).
Um desafio pesado, exigente, nada
fácil e nem tranqüilo para ser enfrentado. Num mundo que valoriza tanto a
exposição e a ostentação para ser admirado pelos outros, ser desafiado pela
humildade é confrontar-se com as exigências culturais da atualidade de querer
aparecer; exigência que vivem dentro de cada um de nós.
A humildade
desafia-nos à confrontação com os valores do mundo. Acolher o desafio para ser
humilde não é tarefa fácil, como se pode pensar, porque as tentações para
aparecer, para exibir-se são muito fortes e poderosas e são proclamadas
continuamente e com as mais diferentes linguagens. Quem passa pelo desafio da
humildade, encontra-se com a paz que somente Deus pode oferecer.
Quatro desafios
lançados pela Palavra da celebração da Quarta-feira de Cinzas. Quatro propostas
de caminhos que conduzem à conversão e nos fazem ser mais autênticos discípulos
e discípulas de Jesus e do seu Evangelho.
ABRAG - A
Associação Brasileira dos Amigos, Familiares e Portadores de Glaucoma foi
criada no primeiro semestre de 2000. Ela nasceu a partir da conscientização de
médicos especialistas, empresas fabricantes de medicamentos e familiares de
pacientes sobre a necessidade de oferecer apoio, educação e informação para
familiares e portadores do glaucoma.
A ABRAG conta
com o suporte de escolas superiores de Medicina, do Conselho Brasileiro de
Oftalmologia, da Sociedade Brasileira de Glaucoma, de médicos especialistas e
das empresas fabricantes de medicamentos.
Recebeu, através
da portaria 912 de 05 de maio de 2009, o título de UPF – Utilidade Pública
Federal , publicado no Diário Oficial da União de 06 de maio do mesmo ano.
--