segunda-feira, fevereiro 02, 2015

DOM LESSA ARCEBISPO DE ARACAJU CELEBRA NA PARÓQUIA SÃO CONRADO


“SALVAI-NOS, SENHOR NOSSO DEUS, REUNI VOSSOS FILHOS DISPERSOS PELO MUNDO, PARA QUE CELEBREMOS O VOSSO SANTO NOME E NOS GLORIEMOS EM VOSSO LOUVOR”. (Sl 105,47)

Neste 4º domingo do Tempo Comum, dia 1º de fevereiro, a Paróquia São Conrado recebeu Dom Lessa, Arcebispo da Arquidiocese de Aracaju, 
que presidiu a Celebração Eucarística às 10h. 
Nosso pároco pe Marcos que retornou da Europa no dia anterior ficou muito contente e acolheu Dom Lessa com algumas palavras de agradecimento,  recordando o tempo em que Dom Lessa era pároco da Matriz de São Conrado. Foi uma manhã alegre em que Dom Lessa também pode se reencontrar com antigos paroquianos. 
“A Palavra de Deus se torna Verbo no nosso caminho para o céu”
Dom Lessa em sua homilia afirmou que o amor de Jesus nos ajuda a caminhar rumo a Pai em que o momento da  morte será a nossa ressurreição com uma nova vida gloriosa.
Evangelho (Mc 1,21-28): Entraram em Cafarnaum. No sábado, Jesus foi à sinagoga e pôs-se a ensinar. Todos ficaram admirados com seu ensinamento, pois ele os ensinava como quem tem autoridade, não como os escribas. Entre eles na sinagoga estava um homem com um espírito impuro; ele gritava: 
“Que queres de nós, Jesus Nazareno? Vieste para nos destruir? Eu sei quem tu és: o Santo de Deus!”. Jesus o repreendeu: “Cala-te, sai dele!”. O espírito impuro sacudiu o homem com violência, deu um forte grito e saiu. Todos ficaram admirados e perguntavam uns aos outros:  “Que é isto? Um ensinamento novo, e com autoridade: ele dá ordens até aos espíritos impuros, e eles lhe obedecem!”. E sua fama se espalhou rapidamente por toda a região da Galileia.
Missa das 19h de 01 de fev /2015
Homilia de Pe Marcos Belizário Ferreira
No IV Domingo do Tempo Comum
Jesus não foi um profissional especializado em comentar a Bíblia ou interpretar corretamente seu conteúdo. Sua palavra, clara, direta, autêntica, tem uma força diferente, que o povo sabe captar imediatamente.
O que sai dos lábios de Jesus não é um discurso. Tampouco uma instrução. Sua palavra é um chamado, uma mensagem viva que provoca impacto e abre caminho no mais profundo dos corações.
O povo fica admirado “porque ele não ensina como os escribas, e sim com autoridade”. Esta autoridade não está ligada a nenhum título ou poder social. Não provém da doutrina que ele ensina. A força de sua palavra é ele mesmo, sua pessoa, seu espírito, sua liberdade.
Jesus não é um “vendedor de ideologias”, nem um repetidor de lições aprendidas de antemão. É um mestre de vida que coloca o ser humano diante das questões mais decisivas e vitais.Um profeta que ensina a viver.
É duro reconhecer que, frequentemente , as novas gerações não encontram “mestres de vida” que elas possam escutar. Que autoridade podem ter as palavras dos dirigentes civis ou religiosos, se não estão acompanhadas de um testemunho claro de honestidade e responsabilidade pessoal?
Nossa sociedade precisa de homens e mulheres que ensinem a arte de abrir os olhos , de maravilhar-se diante da vida e interrogar-se com simplicidade sobre o sentido último da existência . Mestres que, com seu testemunho pessoal, semeiem inquietude , transmitam vida e ajudem a considerar honestamente as interrogações mais profundas do ser humano.
Somente aquele que deixa a Palavra divina, especialmente o Evangelho, penetrar em sua vida, liberta-se do mal e pode se dispor ao seguimento de Jesus, pelo discipulado. É com essa disposição, de acolher o ensinamento de Jesus feito com autoridade, que compreendemos melhor a 2ª leitura. Neste ano, por determinação de Papa Francisco, comemora-se o “Ano da Vida Religiosa”. No texto de hoje, Paulo não está menosprezando a vida matrimonial em vista da santidade; apenas está dando destaque para um modo radical de seguir Jesus e viver totalmente envolvido em seu Evangelho, que é a vida consagrada.
 Nem todos podem e nem todos conseguem viver a radicalidade do Evangelho pela vida consagrada, mas mesmo assim, Paulo faz o convite e propõe este estilo de vida de unicamente seguir o Senhor. Um convite especialmente dirigido aos jovens para consagrar suas vidas a Deus. Hoje, este seguimento acontece na vida sacerdotal, na vida religiosa, na vida monástica, em mosteiros, em congregações e no serviço sacerdotal diocesano. São modos radicais de ouvir e seguir a Palavra de Jesus que é falada com autoridade. 
Por isso, vou resumir para concluir com três palavras para guardarmos desta reflexão: discernimento diante dos profetas de hoje, purificação para acolher o Evangelho e, provocação para viver a radicalidade do Evangelho na vida consagrada, consagrando-se totalmente a Deus. Amém!

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