segunda-feira, fevereiro 09, 2015

V DOMINGO DO TEMPO COMUM E ENTRONIZAÇÃO DA IMAGEM DE NOSSA SENHORA DESATADORA DOS NÓS


Evangelho (Mc 1,29-39): Logo que saíram da sinagoga, foram com Tiago e João para a casa de Simão e André. A sogra de Simão estava de cama, com febre, e logo falaram dela a Jesus. Ele aproximou-se e, tomando-a pela mão, levantou-a; a febre a deixou, e ela se pôs a servi-los. 
Ao anoitecer, depois do pôr do sol, levavam a Jesus todos os doentes e os que tinham demônios. A cidade inteira se ajuntou à porta da casa. Ele curou muitos que sofriam de diversas enfermidades; expulsou também muitos demônios, e não lhes permitia falar, porque sabiam quem ele era.
De madrugada, quando ainda estava bem escuro, Jesus se levantou e saiu rumo a um lugar deserto. Lá, ele orava. Simão e os que estavam com ele se puseram a procurá-lo. E quando o encontraram, disseram-lhe:«Todos te procuram». Jesus respondeu: «Vamos a outros lugares, nas aldeias da redondeza, a fim de que, lá também, eu proclame a Boa Nova. Pois foi para isso que eu saí». E foi proclamando nas sinagogas por toda a Galileia, e expulsava os demônios.
Homilia de Padre Marcos Belizário Ferreira
De tempos em tempos, principalmente no início de novas caminhadas, como é o caso desde ainda início de ano, somos convidados a nos perguntar sobre o sentido de nossas vidas. De onde viemos e para onde vamos? O que a vida representa para mim? O que eu espero da vida? Qual o sentido de minha vida? 
Qual a minha missão neste mundo? Quando não somos capazes de responder a estas questões, corremos o sério risco de nos decepcionar com a vida, como aconteceu com Jó, no relato da 1ª leitura. As primeiras frases de Jó revelam um homem decepcionado com a vida, porque a dor o deixara sem sentido. Quando a pessoa coloca o sentido de sua vida unicamente na força física, nos ganhos financeiros, em ideais como ficar rico, ter um corpo sarado... limitando-se ao terreno, tem todas as chances de se decepcionar diante da dor, do sofrimento e das provações. Sim, porque as coisas do mundo passam, aquilo que investimos em nossos corpos correm o risco de sofrerem enfermidades e, desse modo, o sentido de viver acaba sendo perdido. Onde, portanto, podemos encontrar o sentido da vida?
Como no tempo de Jesus, nos deparamos com uma humanidade que sofre a falta (ou a perda) do sentido da vida. São muitas as pessoas que se perguntam o porquê da vida, para que vivem, ou até mesmo, o que fazer com suas vidas? Estranhamente, são os países desenvolvidos tecnologicamente e com alta medicina onde se encontra o maior número de suicídios entre os jovens. 
A explicação psicológica diz que o problema está em colocar o sentido de suas vidas unicamente no horizonte da materialidade. O que estou falando não se limita ao plano religioso.
Muitos são os livros e palestras de psicólogos, por exemplo, que chamam atenção para a falta do sentido da vida e do viver quando alguém se limita a considerar unicamente o sentido material da vida. Hoje, como no tempo de Jesus, somos uma humanidade que precisa correr para a porta da casa onde ele se encontra para levar aquelas pessoas que sofrem, que vivem decepcionadas e deprimidas com a vida que tem. Ainda hoje, o povo corre para locais onde ouve falar que Jesus está hospedado, mesmo quando a propaganda é falsa. Existe sede de vida entre nós, como existia sede de vida no tempo de Jesus.

Jesus vem e estende a mão e levanta aqueles e aquelas que perderam o sentido da vida. Ergue essa gente da cama, como fez com a sogra de Pedro, e, da mesma forma, os dispõe ao serviço. O sentido da vida não se encontra na inatividade, mas no serviço. 
Assim ele fez com a sogra de Pedro que, logo que se levantou da cama começou a servi-los. Em uma visão estreita do fato, poderíamos entender que ela levantou-se para servir algum alimento para Jesus ou, que Jesus a tenha curado porque estava com fome. Este servir, no Evangelho de Marcos, tem um alcance bem mais extenso: é o sair da comodidade, o deixar enfermidades paralisantes, como o desânimo, para se dispor a servir a Jesus através do seguimento. 
A sogra de Pedro, dizem alguns autores, era uma das mulheres discípulas que acompanhavam Jesus para servi-lo. O sentido da vida não está em ficar deitado numa cama, mas em sair da cama, em se levantar para seguir Jesus e servi-lo. Isso vale especialmente para quem sofre de sofrimentos mais agudos. Neste caso, o sentido da vida precisa ser colocado acima do sofrimento.
Despedida do Seminarista Alan Augusto
“A messe é grande, mas os operários são poucos. Rogai ao Senhor da Messe que envie seus operários para a sua messe!”
É com essa palavras do Evangelho que venho agradecer a querida comunidade de São Conrado por estes dois anos em que exerci o meu estágio pastoral.
 Agradeço sobretudo na pessoa do nosso querido Pároco e grande amigo Padre Marcos Belizário que me acolheu com grande alegria e carinho quando fui enviado para a então Paróquia dos Santos Anjos no Leblon. Foi então que conheci um grande exemplo de padre, pastor e pai e que daquele convívio fraterno brotaria uma grande amizade. 
Quando veio a notícia da transferência para a Paróquia São Conrado, lembro-me que não conseguia entender como se haveria de trocar uma paróquia no qual fora feito um trabalho ao longo de décadas por outra que até então não conhecíamos nem mesmo a sua história. Mas a resposta foi “Aceito!” Talvez meu erro tenha sido olhar a situação segundo o prisma meramente humano e não sob o aspecto divino. 
Esquecendo que Deus é o Senhor da história e guia nossos passos segundo sua vontade e está sempre ao nosso lado em todos os momentos. 
Logo, que aqui chegamos nos deparamos com grandes desafios. Mas o que me deixava mais perplexo é que mesmo diante de todas as dificuldades ao longo de nosso caminho nunca presenciei o padre Marcos Belizário deixar-se abater ou transparecer qualquer sentimento de tristeza ou insatisfação, e em pouco tempo ele deu vigor a esta comunidade não só no âmbito pastoral incentivando as pastorais, implantando os conselhos pastoral e econômico, resgatando as missas diárias na matriz e em Vila Canoas. 
Com reformas nas salas de catequese, na igreja e na casa paroquial.
Padre Marcos aprendi muito com o senhor, muito obrigado por contribuir para a minha formação, confiar em mim e estar ao meu lado em momentos difíceis da minha vida. Sempre com uma mão amiga e com palavras de incentivo. 
Serei eternamente grato por tudo o que fez por mim. 
Agradeço também a minha avó, mãe e companheira de todas as horas Dona Lígia Belizário, muito obrigado pelo seu zelo, pelo seu carinho e dedicação saiba que nunca esquecerei o que fez por mim e serei sempre grato por tudo. 
Agradeço aos nossos queridos funcionários, amigos do dia a dia que tive a grata oportunidade de conviver e que por vezes realizam um trabalho discreto, mas sem o qual a igreja não seria a mesma. 
Agradeço a minha família meus pais, minha irmã e minha sobrinha que sempre estão comigo e rezam incessantemente por mim.
Também aos jovens, com os quais convivi diretamente seja através da Jornada Mundial da Juventude ou na Crisma, faço votos que continuem, perseverantes e não tenham medo de doar-se inteiramente a Cristo, a Igreja espera e confia em vocês.
E por fim, agradeço a todos e a cada um de forma particular por serem coparticipes da minha formação. Muito aprendi ao longo deste período em que estive com vocês. Encontrei aqui pessoas de fé e sobretudo pessoas de bom coração.
Peço que lembrem de mim em suas orações para que Deus me conceda perseverança, pois a jornada é difícil, estarei rezando sempre para que a comunidade de São Conrado seja cada vez mais um local abençoado. Na me despeço de vocês mas digo apenas um “até breve”, pois cada vez em que celebrarmos a Eucaristia estaremos sempre unidos em Cristo.
Alan Augusto

“Paróquia São Conrado recebe doação de Isis Penido, Imagem de Nossa Senhora Desatadora dos Nós. Após graça recebida a  Imagem foi confeccionada pelo escultor mineiro Celso Vieira e agora faz parte de nossa paróquia”.
A devoção a Nossa Senhora Desatadora dos Nós.
Nossa Senhora Desatadora dos Nós é uma devoção que surgiu em 1700, na cidade de Ausburgo, na Alemanha. Um pintor desconhecido pintou a Virgem Maria inspirado na meditação feita por São Irineu, bispo de Lyon e mártir no ano 202, que, à luz do paralelismo escrito por São Paulo sobre Adão-Cristo, criou o de Eva-Maria, dizendo: “Eva, por sua desobediência, atou o nó da desgraça para o gênero humano; ao contrário, Maria, por sua obediência, o desatou!”
Este quadro foi então colocado na pequena igreja de São Peter am Perlack em Ausburgo e ali está até hoje nesta igreja que é cuidada pelos jesuítas locais. Ali foi onde tudo começou, fonte desta fé. A devoção à Maria Desatadora dos Nós, existe há 300 anos!

Mãe do belo amor, escolhida por Deus
Por isso, Aquela que Desata os Nós, escolhida por Deus para esmagar com seus pés este mal, vem se manifestar como nunca hoje, não só para nos dar emprego, saúde, reconciliação na família e outras coisas, mas, principalmente porque quer desatar os nós dos pecados que dominam nossas vidas, para que, livres deles, como filhos de Rei, possamos receber as promessas que nos estão reservadas desde a eternidade. Promessas de vitória, de paz, de bênçãos, de reconciliação.
E, livres dos nós, mais felizes então, poderemos ser testemunhas do poder divino, réplicas pequenas do Coração de Deus neste mundo, frascos de perfume que exalam misericórdia e amor aos outros, embaixadores de Cristo e da Virgem do Belo Amor, àqueles que choram sem consolo, que estão sós, atados de nós, sem Deus, sem Pai, sem Mãe!
Que Nossa Senhora Desatadora dos Nós os abençoe hoje e sempre.
Amém.
CLIQUE NA IMAGEM DA MENSAGEM DO ARCEBISPO CARDEAL DOM ORANI 
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