No céu contemplais as perfeições infinitas de Deus. Lançai
sobre nós o vosso olhar cheio de bondade. Socorrei-nos em nossas necessidades
espirituais e corporais. Rogai ao nosso Pai e Criador que nos conceda as graças
que pedimos por vossa intercessão, vós que sempre fostes tão amigo dele. E
inflamai o nosso coração de amor sempre maior a Deus e aos nossos irmãos,
principalmente os mais necessitados.
São Francisco de
Assis, rogai por nós. Amém.
São Francisco de Assis
Este gigante da
santidade era fisicamente de modesta estatura, tinha barbicha rala e escura. E,
no plano cultural, ainda mais modesto. Conhecia o provençal, ensinado pelo pai,
por ter feito algumas leituras de romances de cavalaria. Era um hábil vendedor
de tecidos, ao lado de um pai que lhe enchia a bolsa de moedas. Nas alegres
noitadas com os amigos, Francisco não media despesas. Participou das lutas
entre as cidades e conheceu a humilhação da derrota e de um ano de prisão em
Perúgia.
No regresso,
fez-se armar cavaleiro pelo conde Gualtério e esteve a ponto de partir para a
Apúlia. Mas, em Espoleto, “pareceu-lhe ver”, conta são Boaventura na célebre
biografia, “um palácio magnífico e belo, e dentro dele muitíssimas armas
marcadas com a cruz, e uma voz que vinha do céu: 'São tuas e dos teus
cavaleiros'”.
A interpretação
do sonho veio-lhe no dia seguinte: “Francisco, quem te pode fazer mais bem, o
senhor ou o servo?”
Francisco compreendeu, voltou sobre seus passos, abandonou
definitivamente a alegre companhia e, enquanto estava absorto em oração na
igreja de São Damião, ouviu claramente o apelo: “Francisco, vai e repara a
minha Igreja que, como vês, está toda em ruínas”. O jovem não fez delongas e,
diante do bispo Guido — a cuja presença o pai o conduzira à força para fazê-lo
desistir —, despojou-se de todas as roupas e as restituiu ao pai.
Improvisou-se em
pedreiro e restaurou do melhor modo possível três igrejinhas rurais, entre as
quais Santa Maria dos Anjos, dita Porciúncula. Uma frase iluminante do
Evangelho indicou-lhe o caminho a seguir: “Ide e pregai... Curai os enfermos...
Não leveis alforje, nem duas túnicas, nem sapatos, nem bastão”.
Na primavera de
1208, 11 jovens tinham-se unido a ele. Escreveu a primeira regra da Ordem dos
Frades Menores, aprovada oralmente pelo papa Inocêncio III, depois que os 12
foram recebidos em audiência, em meio ao estupor e à indignação da cúria
pontifícia diante daqueles jovens descalços e malvestidos.
Mas aquele
pacífico contestador teve também a solene aprovação do sucessor, Honório III,
com a bula Solet Annuere, de 29 de novembro de 1223.
Um ano depois,
na solidão do monte Alverne, Francisco recebeu o selo da Paixão de Cristo, com
os estigmas impressos em seus membros. Depois, ao aproximar-se da “irmã Morte”,
improvisou seu “Cântico ao irmão Sol”, como hino conclusivo da pregação de seus
frades. Por fim, pediu para ser levado à sua Porciúncula e deposto sobre a
terra nua, onde se extinguiu cantando o salmo "Voce mea", nas
vésperas de 3 de outubro.
SENHOR! FAZEI DE MIM UM INSTRUMENTO DA VOSSA PAZ.
Onde houver ódio, que eu leve o amor.
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão.
Onde houver discórdia, que eu leve a união.
Onde houver dúvidas, que eu leve a fé.
Onde houver erro, que eu leve a verdade.
Onde houver desespero, que eu leve a esperança.
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria.
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor.
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão.
Onde houver discórdia, que eu leve a união.
Onde houver dúvidas, que eu leve a fé.
Onde houver erro, que eu leve a verdade.
Onde houver desespero, que eu leve a esperança.
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria.
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, fazei
que eu procure mais:
consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe.
É perdoando que se é perdoado.
E é morrendo que se vive para a vida eterna.
consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe.
É perdoando que se é perdoado.
E é morrendo que se vive para a vida eterna.
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