No primeiro dia, ao nascer do sol
O evangelista Marcos, que neste ano proclama o Evangelho da Ressurreição de Jesus, inicia sua descrição desenhando o cenário com um movimento da Ressurreição da natureza: "ao nascer do sol, elas foram ao túmulo" (E). O sol que nasce, ressuscita das trevas, para iluminar com seu brilho um novo dia, um novo tempo. Simbolicamente, o nascer do sol estabelece os limites de um tempo, que fica na escuridão com a sua noite, para dar lugar ao brilho de um tempo novo, iluminado com o sol da Ressurreição de Jesus. A penumbra de todos os tempos históricos, narrada na longa Liturgia da Palavra da Santa Vigília, é iluminada e encontra sentido a partir do sol da Ressurreição de Jesus. É buscando o brilho de um novo sol que as mulheres se aproximam. Os discípulos de Emaús fazem o movimento inverso; afastam-se e se escondem na noite da decepção dos últimos acontecimentos e, por isso, seus olhos e suas mentes permanecem escurecidas, incapazes de perceber Jesus caminhando com eles (Lc 24,13-35). Para ter a vida iluminada é preciso aproximar-se da Ressurreição, não distanciar-se.
Trata-se de uma iluminação lenta, como o sol que vai nascendo e, pouco a pouco, ilumina o caminho das mulheres indo ao encontro da Ressurreição. Vai nascendo (E) e, gradativamente, passo a passo, vai iluminando com sua luz — no longo período da história humana — o sentido da Paixão e da Morte de Jesus propondo um modo novo e diferente de viver e, principalmente, de perceber a vida. É um movimento de Ressurreição que envolve todo discípulo e discípula de Jesus que se aproxima do túmulo de Jesus, trilhando o caminho da fé até encontrá-lo aberto. É o caminho da fé, o crer na Ressurreição. Mas, para que o brilho do sol da Ressurreição brilhe em nós é preciso seguir o mesmo itinerário das discípulas: deixar a escuridão e colocar-se a caminho para se aproximar do túmulo, onde acontece um novo nascer do sol (E). O distanciamento pertence aos incrédulos, aqueles que não caminham para se aproximar do mistério, mas olham de longe, envolvidos na névoa da desconfiança. Por isso, a importância de aproximar-se da Ressurreição e ressuscitar com Jesus para novo modo de viver: "como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim também nós levemos uma vida nova"(Epístola). Vida nova é vida iluminada pela proximidade da Ressurreição de Jesus.
Elas foram ao túmulo
O segundo elemento que chama atenção, na narrativa da Ressurreição de Marcos, é o caminhar das mulheres e sua única preocupação: "quem rolará para nós a pedra da entrada do túmulo?" (E). As mulheres caminham para a sepultura em busca do ausente. A narrativa de Marcos destaca, na preocupação das mulheres com relação à pedra que fechava a sepultura, a ansiedade de não poder encontrar-se com o corpo de Jesus. Buscam algo, mas se sentem impedidas pela pedra e, mesmo assim, caminham para se aproximar do túmulo. O caminho da fé que reconhece as pedras que impedem o encontro e que não permite ao crente ficar parado em impossibilidades. Para quem tem fé, nada é impossível (Mt 17,20-21). Nada é impossível quando se tem fé e quando se ama a Deus. A fé e o amor a Deus motivam caminhar na busca da vida divina, mesmo que esta esteja noticiada com o drama da morte e da separação, com a impossibilidade de remover uma pesada pedra. É o drama e o mistério da fé, na alma que tem sede de Deus (SR da 7ª leitura).
A força da fé e do amor faz caminhar até deparar-se com a pedra removida (E). Não apenas removida, mas qual porta aberta, convidando para entrar e para ouvir o grande Evangelho: "Não vos assustais! Vós procurais Jesus de Nazaré, que foi crucificado? Ele ressuscitou. Não está aqui" (E). Este "não está aqui" é indicativo de um endereço equivocado. Não se pode mais procurar Jesus entre os mortos; é preciso procurá-lo onde a vida está brilhando radiosamente de modo novo. Na Ressurreição de Jesus nasceu uma nova luz, um novo sol. É o amanhecer do sol da Ressurreição (E) que nos torna "mortos para o pecado e vivos para Deus, em Jesus Cristo" (Epístola).
As mulheres, movidas pela fé e pelo amor caminharam ao encontro do túmulo, onde pensavam se deparar com a morte. Ao contrário disso, encontraram-se com a força da vida nova que vem da Ressurreição de Jesus. É o resultado do aproximar-se da Ressurreição de Jesus com fé e amor. As mulheres fazem a experiência da Ressurreição entrando na sepultura, a casa da morte, mas voltam iluminadas pela luz da Ressurreição, deixando a morte na sua escuridão. Depois de iluminadas pela luz da Ressurreição, não levam consigo nenhum troféu ou alguma prova; apenas uma mensagem radiosamente alegre: Jesus ressuscitou! Aleluia!
BENÇÃO DO FOGO NOVO E DO CÍRIO PÁSCAL
LITURGIA DA PALAVRA
SOLENE ENTRADA DO SANTÍSSIMO DURANTE O CANTO DO HINO DE LOUVOR
BENÇÃO DA ÁGUA
CELEBRAÇÃO DA LITURGIA DO BATISMO DE ADULTOS
UNÇÃO DOS CATECÚMENOS
RENÚNCIA AO PECADO
BATISMO DE JOAQUIM E JOSÉ AUGUSTO
ENTREGA DA LUZ
UNÇÃO DO SACRAMENTO DO CRISMA
ASPERSÃO DA ÁGUA BENTA SOBRE ASSEMBLÉIA
LITURGIA EUCARÍSTICA
CELEBRAÇÃO DA PRIMEIRA COMUNHÃO DE JOAQUIM E JOSÉ AUGUSTO