terça-feira, janeiro 01, 2019

SOLENIDADE DA SANTA MÃE DE DEUS



1 – A bênção do esplendor do rosto divino     
Minha primeira palavra deseja feliz ano novo a cada um, que juntos celebramos esta Eucaristia. Desejo feliz ano de 2019 a suas famílias e a toda a nossa comunidade. Rezemos, para que este novo ano traga para o povo brasileiro, — que está iniciando uma nova etapa na história política — a alegria e um tempo de paz e de prosperidade. Para que nossos votos tornem-se realidade, a 1ª leitura orienta-nos a invocar a bênção divina sobre cada um de nós, sobre nossas famílias e sobre todo o povo. Bênção que, no dizer da 1ª leitura, é a luz da face divina brilhando sobre nós, brilhando dentro de nós. Bênção que expressa a compaixão de Deus e, aquilo que mais desejamos para nossas vidas pessoais, para nossas famílias e para nosso país: o acendimento da luz divina brilhando em nossos dias.

2 – O um novo tempo na história     
Minha segunda palavra é sobre o tempo. O início de cada novo ano marca o começo de um novo tempo. Festejamos este novo tempo sem a possibilidade de prever o futuro.  Hoje, contudo, podemos interceder que seja um tempo de paz e de prosperidade. Muitas pessoas têm medo do tempo, porque no passar do tempo, nós envelhecemos e nos debilitamos. São Paulo, na 2ª leitura, propõe uma reflexão mais otimista: o tempo que passa nos amadurece para Deus. A Palavra da 2ª leitura propõe que o tempo seja vivido como crescimento na filiação divina e isto significa abandonar as escravidões e viver na liberdade oferecida por Deus aos seus filhos e filhas. Vivemos no tempo e, a proposta da Liturgia no início deste novo tempo, suplica que seja um tempo, no qual o Espírito Santo de Deus nos liberte de todo tipo de escravidão e de medo.

3 – Silenciar e meditar tudo no coração     
A Liturgia que celebramos é denominada como Solenidade da Santa Mãe de Deus, Maria. Iniciamos o ano novo colocando-nos sob a proteção de Maria e, da mesma forma, vendo nela um exemplo que pode ser imitado por nós. Falo da Mãe que silenciosamente meditava tudo que acontecia em seu coração. Maria vivia envolvida na graça divina e, mesmo assim, não é possível compreender tudo. Por isso, aprendamos da Mãe de Jesus a silenciar e meditar sobre os acontecimentos, especialmente aqueles que não compreendemos. Isto vale principalmente para os mistérios da vida, nem sempre compreensíveis. Diante deles, silenciar e meditar. Não se trata de resignação, trata-se de entender que existem coisas que só compreendemos no silêncio e pela oração. Que Maria seja nossa mestra para aprendermos a silenciar e meditar.