Naum
apresenta-nos dois cenários contrastantes: de um lado, o pequeno e oprimido
reino de Judá, que, no século VI a. C. se encontrava em situação muito
precária; de outro lado, Nínive, a esplendorosa capital do poderoso império
assírio. No Magnificat, Maria proclama que Deus, exercendo a força do seu
braço, derruba os poderosos dos seus tronos e exalta os humildes. Foi o que
aconteceu, segundo Naum, à Assíria e à sua capital, destruídas pelos babilônios
e medos, enquanto Judá, pequena nação, escuta uma promessa cheia de alegria:
"Eis sobre os montes os pés do mensageiro que traz notícias de paz" (v. 1). E
vem o convite à festa, à ação de graças "porque - diz o Senhor- o ímpio não
passará mais pela tua terra; está completamente destruído" (v. 1). Pelo contrário,
Nínive, "cidade sanguinária, cheia de fraude, de violência e de contínuas
rapinas!" (2, 1), será devastada. O profeta descreve poeticamente a desgraça de
Nínive: "Ruído de chicotes, barulho de rodas, cavalos a galope, movimento de
carros! Ginetes ao assalto, espadas que reluzem, lanças que cintilam..." (vv.
2-3). Segue a ameaça de cobrir Nínive "de imundície e de infâmia, hei-de
expô-la como espectáculo (2, 6). E "todos os que te virem, fugirão de ti,
dizendo: "Nínive está devastada!" (2, 7). E o profeta conclui: "Quem se
compadecerá dela? Onde irei buscar quem te reconforte?" (2, 7). A resposta vem
noutro texto: "Todos os que ouvirem notícias tuas baterão as palmas contra ti;
pois, sobre quem é que não passou a tua contínua maldade?" (3, 19). A destruição
de Nínive é considerada um evento alegre, porque põe fim à opressão, à
crueldade.
Ao
longo da história, e mesmo nos nossos dias, assistimos à queda de tantos
regimes despóticos e opressores, e à alegria que esses eventos trouxeram a
tantos países e povos. Ainda, há poucos anos, assistimos espantados ao
desmoronar-se de um desses colossos. Quem poderia imaginar que tal iria
acontecer? Mas aconteceu. Outros "impérios" cairão! Deus continua a reger o
mundo. O seu ritmo nem sempre corresponde à nossa impaciência, mas está activo.
Há que ter confiança: "No mundo, tereis tribulações; mas, tende confiança: Eu
já venci o mundo!" (Jo 16, 33).
Em
muitas situações, o discípulo é chamado a carregar a cruz, com o Senhor, até ao
Calvário, até à morte. Mas o Senhor garante-nos "quem perder a sua vida por
minha causa, há-de encontrá-la" (v. 25). A lógica de Deus não inclui triunfos
idênticos aos dos poderosos deste mundo, que até acabam por se revelar
transitórios. Mas inclui perder a própria vida, gastá-la ao serviço dos outros,
sem recusar os sofrimentos que daí podem vir, e continuando sempre a amar. Que
viver assim, torna-se uma testemunha silenciosa, mas eficaz, da verdadeira
libertação.
Entrego-me
ao Sagrado Coração de Nosso Senhor Jesus Cristo, consagro – sem reservas –
minha pessoa, minha vida, minhas obras, minhas dores e sofrimentos. Este é meu
propósito imutável: ser eternamente Seu e fazer todas as coisas por Seu amor.
Ao mesmo tempo, renuncio, de todo coração, aquilo que Lhe desagrada.
Sagrado
Coração de Jesus, quero ter-te como único objeto de meu amor. Sê, pois, meu
protetor nesta vida e a garantia da vida eterna. Sê fortaleza na minha
debilidade e inconstância. Coração cheio de bondade, sê para mim o refúgio na
hora da minha morte e meu intercessor diante de Deus Pai. Desvia de mim o
castigo da justa ira. Coração de amor, em Ti deposito toda a minha confiança.
Tira de mim, Senhor, tudo o que Te desagrada ou possa me afastar de Ti. Que teu
amor se imprima tão profundamente no meu coração que eu jamais seja capaz de Te
esquecer e de separar-me de Ti.
Senhor
e Salvador meu, te rogo, pelo amor que tens em mim, que meu nome fique gravado
em teu Sagrado Coração; que minha felicidade e minha glória sejam viver e
morrer a Teu serviço. Amém