Beata Teresa de Calcutá - Missionária da Caridade
e do Amor
O mandamento novo, diante da
iminente partida de Jesus, à comunidade resta só um caminho para continuar
unidade a ele: viver o amor.
Este é o estatuto e a identidade de quem
pretende permanecer unido a Jesus.
Amar a quem nos persegue, amar os
inimigos, aqueles que não nos saúdam e não nos amam. Amar, isto é, os irmãos
por si mesmos e não porque me podem ser úteis.
É a palavra “próximo” que mudou de
sentido; o conteúdo desse termo se ampliou de modo a compreender não só o
vizinho, mas todo ser humano do qual tu
podes te aproximar (“o bom samaritano”) .
Irmã Dulce com
sua total simplicidade e fragilidade mobilizou o nosso tempo e nos sacode
diante do exemplo de prática de amor.
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Jesus viveu esse amor até as
últimas consequências: até amar-nos assim como somos, primeiro, e a se
identificar conosco diante do Pai, a nos perdoar e a morrer por nós. Amou-nos
de verdade até o fim, onde “fim” não indica somente até o fim da vida, mas
também até o extremo limite do possível, a totalidade, o que ele proclamou na
cruz quando disse: “TUDO ESTA CONSUMADO”.
Amando-nos
assim Jesus nos redimiu; fez-nos também seus irmãos e filhos do mesmo pai;
doravante, há algo em nós pelo qual podemos e devemos ser amados; há algo no
irmão e em cada pessoa pelo qual podemos e devemos amá-los.
Jesus
Cristo, nos amando, nos tornou amáveis, dignos de amor de uns pelos outros. Há
um motivo pelo qual cada pessoa, mesmo o mais miserável, pode e deve ser amado.
O motivo não é algo contingente (externo); não é pela beleza, pela simpatia,
pela juventude , mas pela “realidade”nova criada por Cristo.
Eis por que tal amor novo terá sua manifestação
mais genuína não na saudação a quem nos saúda, em convidar a quem nos convida,
mas em amar aqueles que têm menos motivos naturais para ser amados: o pobre, o infeliz,
o idoso; até o inimigo, exatamente porque, neste caso, é claro que não se ama o
irmão por aquilo que tem ou que pode dar, mas somente por aquilo que é aos
olhos a fé.
EVANGELHO-Jo 13,31-33a.34-35
Quando Judas saiu do cenáculo,
disse Jesus aos seus discípulos: "Agora foi glorificado o Filho do
homem
e Deus glorificado n’Ele. Se Deus foi glorificado n’Ele,
Meus filhos, é por pouco tempo que
ainda estou convosco.
Dou-vos um mandamento novo:
que vos ameis uns aos outros. Como Eu vos amei,
que vos ameis uns aos outros. Como Eu vos amei,
amai-vos também uns aos outros.
Nisto conhecerão todos que sois
meus discípulos:
se vos amardes uns aos outros".