(05/05/2013) - Hoje, antes de celebrar a Ascensão e
Pentecostes, voltemos a ler as palavras do chamado sermão da Última Ceia, na
que devemos ver diversas maneiras de apresentar uma única mensagem, já que tudo
brota da união de Cristo com o Pai e da vontade de Deus de associar-nos a este
mistério de amor.
A Santa Teresinha do Menino Jesus um dia lhe
ofereceram diversos presentes para que ela escolhesse, e ela —com uma grande
decisão mesmo apesar de sua pouca idade— disse: "Escolho tudo".
Já depois entendeu que este escolher tudo
deveria se de concretizar em querer ser o amor na Igreja, pois um corpo sem
amor não teria sentido. Deus é este mistério de amor, um amor concreto,
pessoal, feito carne no Filho Jesus que chega a dar tudo: Ele mesmo, sua vida e
seus atos são a máxima e mais clara mensagem de Deus.
É deste amor que abrange tudo de onde nasce a
“paz”. Esta é hoje uma palavra desejada: queremos paz e tudo são alarmes e
violências.
Só conseguiremos a paz se nos voltamos a Jesus, já que é Ele quem nos dá a paz como fruto de seu amor total.
Mas não nos dá como o mundo faz. "Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não é à maneira do mundo que eu a dou" (Jo 14,27), pois a paz de Jesus não é a tranquilidade e a despreocupação, pelo contrário:
Mas não nos dá como o mundo faz. "Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não é à maneira do mundo que eu a dou" (Jo 14,27), pois a paz de Jesus não é a tranquilidade e a despreocupação, pelo contrário:
a solidariedade que se transforma em
fraternidade, a capacidade de ver-nos e de ver aos outros com olhos
novos como faz o Senhor, e assim perdoar-nos.
"Mas o Defensor, o Espírito Santo que o Pai enviará em
meu nome, ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito" (Jo 14,26). Nestes últimos dias de Páscoa peçamos abrir-nos ao Espírito: O
recebemos ao sermos batizados e crismados, mas é necessário que —como dom
ulterior —volte a brotar em nós e nos faça chegar lá onde não ousaríamos.
NOSSA REFLEXÃO:
Jo 14,22-24 – Somos templo de Deus – Neste
texto Jesus afirma várias vezes que permanecerá conosco e estabelecerá morada
em nós.
Como tratamos esse templo, que é o nosso corpo?
Cuidamos bem do nosso corpo para que nele possa habitar o Senhor?
Cristo
permanece na Sua Igreja: nos seus sacramentos, na sua liturgia, na sua
pregação, em toda a sua atividade.
De modo especial, Cristo continua presente entre
nós nessa entrega diária que é a Sagrada Eucaristia. Por isso, a missa é o
centro e a raiz da vida cristã.
Em todas as missas está sempre presente o Cristo
total, Cabeça e Corpo. Cristo vive nos cristãos. A fé diz-nos que o
homem, em estado de graça, está endeusado. Somos homens e mulheres; não somos
anjos.
Seres de carne e osso, com coração e paixões,
com tristezas e alegrias; mas a divinização envolve o homem todo, como
antecipação da ressurreição gloriosa.
A vida de Cristo é a nossa vida, segundo o que prometera aos Seus Apóstolos no dia da Última Ceia: "Se alguém Me tem amor, há-de guardar a Minha palavra; e o Meu Pai o amará, e Nós viremos a ele e nele faremos morada" (Jo 14, 23).
O cristão deve, pois, viver segundo a vida de Cristo,
tornando seus os sentimentos de Cristo, de tal modo que possa exclamar com São
Paulo: "Não sou eu quem vive, é Cristo que vive em mim" (Gal 12, 20).
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