HOJE, CELEBRAMOS A SOLENIDADE DO MISTÉRIO CENTRAL DA NOSSA FÉ, DO QUAL TUDO PROCEDE E PARA O QUAL TUDO SE DIRIGE.
O mistério da unidade de Deus e, simultaneamente, a sua subsistência em três Pessoas iguais e distintas. Pai, Filho e Espírito Santo: a unidade na comunhão e a comunhão na unidade. É muito conveniente que nós, os cristãos estejamos conscientes, neste grande dia, de que este mistério está presente nas nossas vidas: desde o Batismo —que recebemos em nome da Santíssima Trindade— até à nossa participação na Eucaristia, que se realiza para glória do Pai, pelo Seu Filho Jesus Cristo, graças ao Espírito Santo. E é o sinal pelo qual nos reconhecemos como cristãos: o Sinal da Cruz, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
O mistério da unidade de Deus e, simultaneamente, a sua subsistência em três Pessoas iguais e distintas. Pai, Filho e Espírito Santo: a unidade na comunhão e a comunhão na unidade. É muito conveniente que nós, os cristãos estejamos conscientes, neste grande dia, de que este mistério está presente nas nossas vidas: desde o Batismo —que recebemos em nome da Santíssima Trindade— até à nossa participação na Eucaristia, que se realiza para glória do Pai, pelo Seu Filho Jesus Cristo, graças ao Espírito Santo. E é o sinal pelo qual nos reconhecemos como cristãos: o Sinal da Cruz, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
A missão do Filho, Jesus Cristo, consiste na revelação
do Pai, do qual é imagem perfeita, e no dom do Espírito, também revelado pelo
Filho. A leitura do Evangelho, hoje proclamada, no-lo mostra: o Filho tudo
recebe do Pai em perfeita unidade: "Tudo que o Pai tem é meu", e o Espirito
recebe do Pai e do Filho o que Ele é. "Por isso, eu vos disse —disse Jesus— 'que ele receberá do que é meu para vos anunciar'" (Jo 16,15). E noutra
passagem deste mesmo discurso (15,26): "Quando vier o Paráclito, que vos enviarei
da parte do Pai, o Espírito da Verdade, que procede do Pai, ele dará testemunho
de mim".
Aprendamos esta grande e consoladora verdade: A
Santíssima Trindade, longe de se colocar à parte, distante e inacessível, vem
até nós, habita em nós e transforma-nos em seus interlocutores. E isto por meio
do Espirito, que assim nos guia até à verdade total (cf. Jo 16,13). A
incomparável "dignidade do cristão", da qual S. Leão Magno fala várias vezes, é
esta: possuir em si mesmo o mistério de Deus e, então, ter já na terra a
própria “cidadania” no céu, quer dizer, no seio da Santíssima Trindade.
Bendito seja Deus Pai, bendito o Filho unigênito e bendito o Espírito Santificador. Deus foi misericordioso para conosco.
Bendito seja Deus Pai, bendito o Filho unigênito e bendito o Espírito Santificador. Deus foi misericordioso para conosco.
EVANGELHO (JOÃO 16,12-15)
NAQUELE TEMPO, DISSE JESUS A SEUS DISCÍPULOS: "TENHO AINDA MUITAS COISAS A VOS
DIZER, MAS NÃO SOIS CAPAZES DE COMPREENDER AGORA. QUANDO ELE VIER, O ESPÍRITO
DA VERDADE, VOS GUIARÁ EM TODA A VERDADE. ELE NÃO FALARÁ POR SI MESMO, MAS DIRÁ
TUDO QUANTO TIVER OUVIDO E VOS ANUNCIARÁ O QUE HÁ DE VIR. ELE ME GLORIFICARÁ,
PORQUE RECEBERÁ DO QUE É MEU PARA VOS ANUNCIAR. TUDO QUE O PAI TEM É MEU. POR
ISSO, EU VOS DISSE QUE ELE RECEBERÁ DO QUE É MEU PARA VOS ANUNCIAR."
Homilia
de Padre Marcos Belizário Ferreira
Meditação
a partir da II Leitura de São Paulo aos Romanos 5, 1-5
São Paulo sente, como Jesus Cristo, a glória e a
fecundidade do sofrimento. “Quanto a mim, não aconteça gloriar-me senão na cruz
de Nosso Senhor Jesus Cristo” (Gl 6,14). É a cruz interior e exterior, assumida
com alegria pela Igreja e pelo mundo: “Agora eu me regozijo nos meus
sofrimentos por vós, e completo em minha carne, o que falta das tribulações de
Cristo pelo seu Corpo, que é a Igreja” (Cl 1,34). Esta felicidade de sofrer por
Cristo deseja-a também de coração para os seus filhos aos quais pede “...que
continuem a viver vida digna do evangelho de Cristo.. e que em nada vos deixais
aterrorizar pelos vossos adversários...pois vos foi concedida, em relação a
Cristo, a graça não só de crerdes nele, mas também de por ele sofrerdes” (Fl
1,27-29).
Mas esta felicidade profunda do sofrimento está ligada
com a firmeza da esperança. E a esperança, por sua vez, extrai a sua força do
amor do Pai manifestado em Cristo Jesus (Rm 8,39) e comunicado a cada um pelo
Espírito Santo que nos foi concedido.
A esperança exige fortaleza para superar as
dificuldades, para assumir a cruz com alegria, para conversar a paz e comunicá-la,
para caminhar com serenidade para o martírio. Nunca foi virtude de fracos ou
privilégio de insensíveis, ociosos ou covardes. A esperança é forte, ativa e
criadora. A esperança supõe o difícil, o que é árduo, embora possível. Não
existe esperança do fácil ou evidente.
Os tempos difíceis exigem fortaleza. Em dois sentidos:
como firmeza, constância , perseverança, e como compromisso ativo, audaz e
criador. Para mudar o mundo com o espírito das bem-aventuranças, para construir
a paz, é necessária a fortaleza do Espírito... “receberei uma força, a do
Espírito Santo, que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas”(At 1,8) .
Nos tempos difíceis existe uma tentação fácil contra a
esperança: começar a pensar inutilmente nos tempos passados ou verificar
passivamente que a tempestade vai passar, sem que se faça nada para que surjam
os tempos novos. A esperança é uma virtude essencialmente criadora: por isso,
no fim, quando tudo estiver feito.
A SANTÍSSIMA TRINDADE É A FACE DE DEUS QUE JESUS
NOS REVELOU.
Deus é comunhão do Pai, do Filho e do Espírito Santo. A cada pessoa é atribuída uma ação característica. O Pai envia o Filho com uma missão salvífica, em relação à humanidade. O Espírito Santo é enviado pelo Pai e pelo Filho para que esteja com os discípulos, em sua missão de testemunhar o Reino do Pai. O Filho tem sua existência totalmente enraizada no Pai. Seu alimento é fazer a vontade do Pai e realizar, com perfeição, a sua obra. O Espírito Santo revela aos discípulos o que ouviu de Jesus. Terminada sua missão terrena, o Filho voltou para junto do Pai, ao passo que o Espírito Santo continua a dinamizar, na história, a obra do Filho.
Deus é comunhão do Pai, do Filho e do Espírito Santo. A cada pessoa é atribuída uma ação característica. O Pai envia o Filho com uma missão salvífica, em relação à humanidade. O Espírito Santo é enviado pelo Pai e pelo Filho para que esteja com os discípulos, em sua missão de testemunhar o Reino do Pai. O Filho tem sua existência totalmente enraizada no Pai. Seu alimento é fazer a vontade do Pai e realizar, com perfeição, a sua obra. O Espírito Santo revela aos discípulos o que ouviu de Jesus. Terminada sua missão terrena, o Filho voltou para junto do Pai, ao passo que o Espírito Santo continua a dinamizar, na história, a obra do Filho.
Quando o cristão é batizado no nome da Trindade, o
modo de ser de Deus lhe é apresentado como modelo de vida. A perfeita comunhão
existente entre as pessoas da Trindade deve tornar-se o ideal de comunhão dos
cristãos. Igualmente, a capacidade de agir de forma integrada, sem
concorrências nem sobreposição de um sobre o outro.
A diversidade não é empecilho para que aconteça a
comunhão trinitária. As pessoas divinas não precisam abrir mão de suas
individualidades para que a Trindade aconteça. A comunhão se faz a partir do
diferente, na acolhida e no respeito pelo Outro. Este é o caminho que a
comunidade cristã terá de tomar, se quiser deixar-se modelar pela Trindade.