domingo, janeiro 04, 2015

EPIFANIA DO SENHOR 2015


“...deixando-se guiar pela luz do Menino… e, assim, atingem o Inatingível e, vendo o Menino, reconhecem nele o Deus perfeito: 
“ajoelharam-se diante dele e o adoraram”. Com humildade, oferecem-lhe o que têm: “Abriram seus cofres e lhe ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra”: ouro para o Rei, incenso para o Deus, mirra para o que, feito homem, morrerá e será sepultado! Os magos crêem e encontram o Menino e “sentiram uma alegria muito grande”.

Homilia de Padre Marcos Belizário 
Se os Magos são modelo de peregrinos para nossas vidas, é preciso conhecê-los.
 Quem, afinal, são estes Magos? O Evangelho propõe um significado mais profundo que as histórias populares e a tradição religiosa que envolvem estes personagens. Sabemos que suas cores de pele representam todos os povos da terra e não se chamam Magos por se dedicarem à magia e práticas de ocultismos, mas porque se dedicam a estudar e a descobrir os sinais e as luzes de Deus na história e na natureza. 
Nos Magos, cada pessoa de todas as raças, são viajantes, são peregrinos, são convidados e provocados a perceber onde Deus acende suas luzes para ir ao encontro. Os Reis Magos apresentam-se a nós como buscadores da luz divina, pessoas que entram na viagem da busca de Deus através de um caminho espiritual que encontra sua confirmação na Palavra.
 Quando chegaram em Jerusalém, a estrela da natureza desapareceu e se acendeu a luz da Palavra de Deus apontando o local onde era possível encontrar-se com Deus e encontrar Deus.

 Deus acende sua luz na terra e nos provoca a encontrá-la e, para isso, é preciso se fazer peregrino, como os Reis Magos. Para chegar até ela é preciso percorrer um caminho. É o caminho da fé, feito de buscas e de caminhos nem sempre bem iluminados. 
Na busca para encontrar Deus, a luz, a estrela misteriosa que vemos nos presépios, além de mostrar o local do encontro, brilha na nossa frente, mas isso não significa que escuridões e sombras de dúvidas e incertezas cubram o caminho. Por isso, como os Reis Magos, precisamos parar para perguntar onde iremos encontrar Jesus Cristo. 

Tantas vezes, como também aconteceu com os Reis Magos, nossas perguntas são feitas a pessoas erradas, que nos indicam desvios e afastam-nos do verdadeiro encontro com Cristo. 
A viagem dos Magos é um retrato de todo homem e mulher que se coloca a procura de Jesus porque viram sua luz. Trata-se de uma busca, que coloca numa viagem existencial quem não hesita em deixar seguranças para encontrar-se com o Salvador. 
A cena dos Reis Magos no presépio é uma teologia visual do encontro entre Deus e os homens, entre o silêncio divino e o respeito silencioso e adorante da humanidade que, por mais rica que seja, como eram os Reis Magos, convida a se prostrar diante do Menino Deus.
Tem ainda um último detalhe que deve ser considerado. Os magos eram estrangeiros e mesmo assim foram ao encontro da Salvação trazida por Jesus. Entendemos melhor esse aspecto, relendo a 2ª leitura (Efésios 3, 2-3a.5-6), onde se entende que todos os povos da terra são convidados a se dirigirem ao local onde Deus ilumina o mundo com sua presença. 
É a realização do sonho profético, descrito na 1ª leitura, (Isaías 60, 1-6) quando os povos se colocaram em viagem para se deixarem iluminar com a luz divina, que oferece a paz, a alegria, a solidariedade na terra. Na celebração da Epifania, aprendemos que a vida cristã é uma viagem em busca da luz divina, num caminho marcado pela espiritualidade do Evangelho. 
Toda estrela, todo sinal que vem de Deus conduz a Jesus Cristo, ao seguimento dele e, portanto, a uma prática mais intensa e generosa para viver profundamente o Evangelho (Mateus 2, 1-2). Tantas luzes se acendem diante de nós, mas somente por uma vale a pena deixar tudo para viajar e ir ao encontro: A luz divina, que brilha na vida de Jesus. Amém!
PROCLAMAÇÃO DAS SOLENIDADES
MÓVEIS EM 2015
Irmãos caríssimos, a glória do Senhor manifestou-se. Nos ritmos e nas vicissitudes do tempo, recordamos e vivemos os mistérios da salvação. O centro de todo o ano litúrgico é o Tríduo do Senhor crucificado, sepultado e ressuscitado, que culminará no Domingo de Páscoa, este ano a 5 de abril. Da celebração da Páscoa do Senhor, derivam todas as celebrações do Ano Litúrgico: as Cinzas, início da Quaresma, a 18 de fevereiro; a Ascensão do Senhor, a 17 de maio; Pentecostes, a 24 de maio; e o primeiro domingo do Advento, a 29 de novembro. Também nas festas da Santa Mãe de Deus, dos Apóstolos, dos Santos e na Comemoração dos Fiéis Defuntos, a Igreja peregrina sobre a terra proclama a Páscoa do Senhor.

A CRISTO, QUE ERA, QUE É E QUE HÁ DE VIR, SENHOR DO TEMPO E DA HISTÓRIA, LOUVOR E GLÓRIA PELOS SÉCULOS DOS SÉCULOS. AMÉM.
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